Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?

Soro antiofídico faz parte do tratamento contra acidentes por serpente e é realizado em hospitais de todo o Brasil

Veneno sendo extraído de cobra. (Foto: Reprodução de vídeo)

Você sabia que além das vacinas, o Instituto Butantan produz diversos tipos de soros para combater o veneno de animais peçonhentos, dentre eles o antídoto indicado no tratamento do envenenamento por cobras?

O soro antiofídico, como é chamado, faz parte do tratamento contra acidentes por serpente e é realizado em hospitais de todo o Brasil, salvando milhares de pessoas todos os anos. Dependendo do tipo de cobra que causou o acidente, existe um tipo de soro - afinal, são muitas espécies de cobras.

No entanto, o processo de produção de cada soro é o mesmo, e a efetividade do produto também. O instituto elencou o processo de produção do soro antiofídico em cinco passos.

CONFIRA O PASSO A PASSO

1. O primeiro passo é extrair da serpente o veneno e transformá-lo em antígeno. Antígenos são substâncias capazes de fazer o sistema imunológico reagir, produzindo anticorpos.

2. Os antígenos são aplicados em cavalos, em pequenas doses (que não prejudicam a saúde do animal), para provocar a produção de anticorpos. Dependendo do antígeno, será produzido um tipo de anticorpo específico contra cada veneno - se o antígeno tiver sido extraído de uma cobra coral, o anticorpo produzido combaterá o veneno da cobra coral.

3. Quando se formam anticorpos suficientes no organismo do cavalo, o plasma (a parte do sangue onde ficam os anticorpos) é coletado.

4. Após testes, o plasma é submetido a um processamento industrial, utilizando métodos físico-químicos, obtendo ao final os soros específicos. Os soros antiofídicos são envasados em frascos-ampola com 10 ml de solução líquida contendo anticorpos purificados.

5. Nas diversas etapas de produção, os soros passam por testes de controle de qualidade, garantindo ao final produtos seguros e eficazes.

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?
Infobibos - Informa��es Tecnol�gicas - www.infobibos.com

Soros e Vacinas

Henrique Mois�s Canter
Jos� Ab�lio Perez Junior
Hisako G. Higashi
Rosalvo R. Guidolin
 

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?
No final do s�culo XIX, a descoberta dos agentes causadores de doen�as infecciosas representou um passo fundamental no avan�o da medicina experimental, atrav�s do desenvolvimento de m�todos de diagn�stico e tratamento de doen�as como a difteria, t�tano e c�lera. Um dos principais aspectos desse avan�o foi o desenvolvimento da soroterapia, que consiste na aplica��o no paciente de um soro contendo um concentrado de anticorpos. A soroterapia tem a finalidade de combater uma doen�a espec�fica (no caso de mol�stias infecciosas), ou um agente t�xico espec�fico (venenos ou toxinas).

O Dr. Vital Brazil Mineiro da Campanha, m�dico sanitarista, residindo em Botucatu, consciente do grande n�mero de acidentes com serpentes pe�onhentas no Estado, passou a realizar experimentos com os venenos of�dicos. Baseando-se nos primeiros trabalhos com soroterapia realizados pelo franc�s Albert Calmette, desenvolveu estudos sobre soros contra o veneno de serpentes, descobrindo a sua especificidade, ou seja, cada tipo de veneno of�dico requer um soro espec�fico, preparado com o veneno do mesmo g�nero de serpente que causou o acidente.

J� em S�o Paulo, Vital Brazil identificou um surto de peste bub�nica na cidade de Santos em 1898. Iniciou, ent�o, em condi��es prec�rias, o preparo de soro contra essa doen�a em instala��es da Fazenda Butantan. Essa produ��o iniciou-se oficialmente em 1901, dando origem ao Instituto Serumther�phico de Butantan, nome original do Instituto Butantan. Controlada a peste, o Dr. Vital Brazil deu prosseguimento � prepara��o de soros antiof�dicos nesse Instituto, para atender ao grande n�mero de acidentes com serpentes pe�onhentas, j� que o Brasil era um pa�s com grande popula��o rural, na �poca, tendo, ainda, Vital Brazil iniciado a produ��o de vacinas e outros produtos para a Sa�de P�blica.

Soros & vacinas s�o produtos de origem biol�gica (chamados imunobiol�gicos) usados na preven��o e tratamento de doen�as. A diferen�a entre esses dois produtos est� no fato dos soros j� conterem os anticorpos necess�rios para combater uma determinada doen�a ou intoxica��o, enquanto que as vacinas cont�m agentes infecciosos incapazes de provocar a doen�a (a vacina � in�cua), mas que induzem o sistema imunol�gico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contra��o da doen�a. Portanto, o soro � curativo, enquanto a vacina �, essencialmente, preventiva.

O BUTANTAN E A PRODU��O NACIONAL DE SOROS

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?
Em 1984 foi lan�ado o Programa de Auto-Sufici�ncia Nacional em Imunobiol�gicos, para atender � demanda nacional por esses produtos e tentar eliminar a necessidade de importa��o. Para tanto, foram realizados investimentos em instala��es e equipamentos para os laborat�rios, contando com a colabora��o do Minist�rio da Sa�de.

No Instituto Butantan, al�m do investimento na produ��o, percebeu-se a import�ncia do investimento em pesquisas & desenvolvimento, e criou-se o Centro de Biotecnologia, visando o desenvolvimento de novas tecnologias para a produ��o de soros e vacinas e de novos produtos.

Toda a produ��o de imunobiol�gicos (o Instituto Butantan produz cerca de 80% dos soros e vacinas utilizados hoje no Pa�s) � enviada ao Minist�rio da Sa�de, e por ele redistribu�da �s secretarias de Sa�de dos Estados.

A PRODU��O DE SORO

Os soros s�o utilizados para tratar intoxica��es provocadas pelo veneno de animais pe�onhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e t�tano. A primeira etapa da produ��o de soros antipe�onhentos � a extra��o do veneno - tamb�m chamado pe�onha - de animais como serpentes, escorpi�es, aranhas e taturanas. Ap�s a extra��o, a pe�onha � submetida a um processo chamado liofilizac�o, que desidrata e cristaliza o veneno. A produ��o do soro obedece �s seguintes etapas:

1.O veneno liofilizado (ant�geno) � dilu�do e injetado no cavalo, em doses adequadas. Esse processo leva 40 dias e � chamado hiperimunizac�o.

2.Ap�s a hiperimunizac�o, � realizada uma sangria explorat�ria, retirando uma amostra de sangue para medir o teor de anticorpos produzidos em resposta �s injec�es do ant�geno.

3.Quando o teor de anticorpos atinge o n�vel desejado, � realizada a sangria final, retirando-se cerca de quinze litros de sangue de um cavalo de 500 Kg em tr�s etapas, com um intervalo de 48 horas.

4.No plasma (parte l�quida do sangue) s�o encontrados os anticorpos. O soro � obtido a partir da purifica��o e concentra��o desse plasma.

5.As hem�cias (que formam a parte vermelha do sangue) s�o devolvidas ao animal, atrav�s de uma t�cnica desenvolvida no Instituto Butantan, chamada plasmaferese. Essa t�cnica de reposi��o reduz os efeitos colaterais provocados pela sangria do animal.

6.No final do processo, o soro obtido � submetido a testes de controle de qualidade:
6.1. atividade biol�gica - para verifica��o da quantidade de anticorpos produzidos;
6.2. esterilidade - para a detec��o de eventuais contamina��es durante a produ��o;
6.3. inocuidade - teste de seguran�a para o uso humano;
6.4. pirog�nio - para detectar a presen�a dessa subst�ncia, que provoca altera��es de temperatura nos pacientes; e
6.5. testes f�sico-qu�micos.

A hiperimuniza��o para a obten��o do soro � realizada em cavalos desde o come�o do s�culo porque s�o animais de grande porte. Assim, produzem uma volumosa quantidade de plasma com anticorpos para o processamento industrial de soro para atender � demanda nacional, sem que os animais sejam prejudicados no processo. H� um acompanhamento m�dico-veterin�rio destes cavalos, al�m de receberem uma alimenta��o ricamente balanceada.

Processamento do Plasma para obten��o de Soro

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?

O processamento do plasma para obten��o do soro � realizado em um sistema fechado, inteiramente desenvolvido pelo Instituto Butantan, instalado para atingir a produ��o de 600 mil ampolas de soro por ano, atendendo �s exig�nicas de controle de qualidade e biosseguran�a da Organiza��o Mundial de Sa�de.

Os soros produzidos pelo instituto Butantan s�o:
Antibotr�pico: para acidentes com jararaca, jararacu�u, urutu, cai�aca, cotiara.
Anticrot�lico: para acidentes com cascavel.
Antilaqu�tico: para acidentes com surucucu.
Antielap�dico: para acidentes com coral.
Antibotr�pico-laqu�tico: para acidentes com jararaca, jararacu�u, urutu, cai�aca, cotiara ou surucucu.
Antiaracn�dico: para acidentes com aranhas do g�nero Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e escorpi�es brasileiros do g�nero Tityus.
Antiescorpi�nico: para acidentes com escorpi�es brasileiros do g�nero Tityus.
Antilonomia: para acidentes com taturanas do g�nero Lonomia.

Al�m dos soros anti-pe�onhentos, o Instituto Butantan tamb�m produz soros para o tratamento de infec��es e preven��o de rejei��o de �rg�os. A maior parte desses soros � obtida pelo mesmo processo dos soros antipe�onhentos. A �nica diferen�a est� no tipo de subst�ncia injetada no animal para induzir a forma��o de anticorpos. No caso dos soros contra difteria, botulismo e t�tano, � usado o tox�ide preparado com materiais das pr�prias bact�rias. Para a produ��o do anti-r�bico, � usado o v�rus r�bico inativado.
 

OUTROS SOROS

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?

  • Anti-tet�nico: para o tratamento do t�tano.

  • Anti-r�bico: para o tratamento da raiva.

  • Antidift�rico: para tratamento da difteria.

  • Anti-botul�nico - "A": para tratamento do botulismo do tipo A.

  • Anti-botul�nico - "B": para tratamento do botulismo do tipo B.

  • Anti-botul�nico - "ABE": para tratamento de botulismo dos tipos A, B e E.

  • Anti-timocit�rio: o soro antitimocit�rio � usado para reduzir as possibilidades de rejei��o de certos �rg�os transplantados. O Instituto Butantan produz dois tipos desse soro: o de origem eq�ina e o monoclonal. O primeiro tipo � obtido atrav�s da hiperimunizac�o de cavalos com c�lulas obtidas do timo humano (gl�ndula localizada no pesco�o) e, em seguida, s�o purificados. O segundo tipo � produzido a partir de c�lulas obtidas em equipamentos especiais chamados bioreatores.

Como resultado de estudos na �rea, est�o sendo desenvolvidas novas formas de utiliza��o dos soros, aumentando o seu potencial de utiliza��o, seja atrav�s da obten��o de graus mais elevados de purifica��o, da redu��o de custos ou do aumento do prazo de armazenamento, como os produtos liofilizados. Soros Antipe�onhentos Liof�lizados estar�o sendo disponibilizados brevemente.

Uma pequena parcela de indiv�duos tratados com os soros de origem eq�ina torna-se hipersens�vel a certos componentes desses soros. Para esses casos, o Butantan vem estudando a possibilidade de produ��o de alguns soros a partir de sangue humano, como o anti-r�bico e o anti-tet�nico, que tamb�m pode ser obtido a partir de m�es que foram vacinadas contra o t�tano (visando o controle profil�tico dessa doen�a em rec�m-nascidos) j� que elas concentram os anticorpos na pr�pria placenta.

Produ��o de Soros e Estimativa

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?

VACINAS

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?
As vacinas cont�m agentes infecciosos inativados ou seus produtos, que induzem a produ��o de anticorpos pelo pr�prio organismo da pessoa vacinada, evitando a contra��o de uma doen�a. Isso se d� atrav�s de um mecanismo org�nico chamado "mem�ria celular". As vacinas diferem dos soros tamb�m no processo de produ��o, sendo feitas a partir de microrganismos inativados ou de suas toxinas, em um processo que, de maneira geral, envolve:
- fermenta��o;
- detoxifica��o;
- cromatografia;

Entre as vacinas produzidas pelo Instituto, est�o:
- Tox�ide tet�nico: para preven��o do t�tano. A produ��o de tox�ide tet�nico pelo Instituto Butantan chega a 150 milh�es de doses por ano, atendendo a demanda nacional. O tox�ide tamb�m serve para produzir as vacinas dupla (dTe DT] e tr�plice [DTP].
- Vacina dupla (dT): para preven��o da difteria e t�tano em indiv�duos acima dos 11 anos.
- Vacina tr�plice (DTP): para preven��o da difteria, t�tano e coqueluche. Esta vacina � obtida a partir de uma bact�ria morta, o que constitui uma dificuldade em sua produ��o, pois a bact�ria deve estar em um determinado est�gio de crescimento, que garanta � vacina, ao mesmo tempo, pot�ncia e baixa toxicidade.
- BCG �ntrad�rmico: para preven��o da tuberculose. O Instituto Butantan produz cerca de 500 mil doses de BCG por ano. Com novas t�cnicas de envase e liofilizac�o, a produ��o deve ser aumentada em 50%.
- Contra a raiva (uso humano): para preven��o da raiva. Produzida em cultura celular, que nos possibilita ter uma vacina menos reatog�nica.

NOVAS VACINAS

Em sua tradi��o pioneira voltada � Sa�de P�blica, o Instituto Butantan segue realizando pesquisas para a produ��o de novas vacinas. Est� em desenvolvimento uma vacina contra meningite A, B e C, e uma nova vacina contra coqueluche.

Tamb�m est�o sendo realizadas pesquisas com a utiliza��o de engenharia gen�tica, assim como foi feito com a vacina contra hepatite, desta vez para o desenvolvimento de vacinas contra a dengue e esquistossomose (em conjunto com a FIOCRUZ- Funda��o Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.) O Instituto Butantan desenvolveu a primeira vacina recombinante no Brasil (utilizando t�cnicas de engenharia gen�tica) contra a Hepatite B, com capacidade de produ��o de 50 milh�es de doses por ano. H� uma previs�o de aumento dessa produ��o para suprir a demanda nacional, bem como a perspectiva de combin�-la com a vacina tr�plice e a hemophilus, obtendo desta maneira a vacina pentavalente.


- Vacina contra a gripe (influenza) � Acordo firmado com Laborat�rio Aventis Pasteur/Fran�a, possibilita ao Instituto receber mat�ria prima e se responsailizar pelo controle de qualidade e envasametno de doses (17 milh�es). Essa transfer�ncia de tecnologia vem ocorrendo desde 2000 e, a partir de 2007, o Butantan estar� atendendo a demanda nacional.

Produ��o de vacinas e estimativa

Como é produzido o soro antiofídico utilizado em pessoas que foram picadas por serpentes peçonhentas?

 

Novos produtos

Al�m dos soros & vacinas, o Instituto Butantan continua investindo em novos produtos para a Sa�de P�blica. Entre estes produtos est�o os biof�rmacos que s�o medicamentos biol�gicos para uso humano. Como a maioria da popula��o n�o tem condi��es de pagar o valor extremamente alto destes medicamentos importados, o Instituto Butantan, inicia tamb�m a produ��o de biof�rmacos para que o Minist�rio da Sa�de possa distribuir �s unidades de sa�de em todo o Brasil para uso gratuito. Dois exemplos de grande fun��o social s�o:

Eritropoetina - medicamente necess�rio para pacientes renais que permanecem na fila de espera aguardando o transplante de rim;

Surfactante - medicamento para beb�s prematuros que nascem com pulm�es ainda n�o totalmente desenvolvidos por falta desta subst�ncia. Na maioria dos casos em que os pais n�o t�m recursos para pagar o produto importado, estes beb�s acabam falecendo. Hoje, isto representa cerca de 25.000 casos. A produ��o do surfactante pulmonar para beb�s prematuros foi viabilizada por meio de uma parceria do Instituto Butantan com a FAPESP - Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo - e a empresa Sadia.

Toxina Botul�nica, para tratamento de doen�as oculares, ortop�dicas e para uso est�tico.

Hemoderivados, iniciar� em 2004 a implanta��o de planta que atrav�s do processamento de plasma produzir� fatores anti-hemof�lico, imuno globulina e albumina.

Com alto controle de qualidade aprovado pela Organiza��o Mundial da Sa�de, observando os princ�pios de bioseguranca e bio�tica, o Instituto Butantan vem cumprindo sua fun��o social na tr�plice atividade de pesquisa cient�fica, desenvolvimento & produ��o de imunobiol�gicos e educa��o aplicados � Sa�de P�blica. Assim, valoriza seu passado e caminha em dire��o ao futuro.

* Material Produzido originalmente pela DIVIS�O DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL do Instituto Butantan - www.butantan.gov.br, Contato:


Ficha T�cnica:
Divis�o de Desenvolvimento Cultural: Prof. Henrique Mois�s Canter (coord); Jos� Ab�lio Perez Junior; Texto: Dra. Hisako G. Higashi; Dr. Rosalvo R. Guidolin (Divis�o de Desenvolvimento tecnol�gico e Produ��o).



Reprodu��o autorizada desde que citado a autoria e a fonte


Dados para cita��o bibliogr�fica(ABNT):

CANTER, H.M.C.; Perez Junior,J.A., HIGASHI, H.G., GUIDOLIN, R.R.

Soros e vacinas. 2008. Artigo em Hypertexto. Dispon�vel em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_2/SorosVacinas/index.htm>. Acesso em:

Publicado no Infobibos em 29/05/2008


Como é fabricado o soro antiofídico?

Os soros antiofídicos são produzidos a partir do veneno retirado da própria serpente e da hiperimunização de animais. Primeiramente, obtém-se o veneno da serpente da qual se deseja produzir o soro. Posteriormente, esse veneno é inoculado em um animal, normalmente o cavalo, que produz anticorpos contra esse antígeno.

Onde é fabricado o soro antiofídico?

Você sabe como é produzido o soro antiofídico, o famoso antídoto? O #InstitutoButantan produz diversos tipos de soros contra animais peçonhentos, dentre eles o antídoto indicado no tratamento do envenenamento por serpentes.

Como é feita a produção de soro?

A produção do soro antipeçonhento começa com a retirada do veneno dos animais peçonhentos, como serpentes, aranhas, escorpiões e taturanas. Depois de retirado, o veneno é liofilizado, ou seja, retira-se toda a água dele, para o seu armazenamento em um freezer.

Como é feito o soro contra picada de escorpião?

O soro antiescorpiônico é obtido a partir do plasma de equinos hiperimunizados, com veneno de escorpiões Tityus serrulatus. Via de administração: intravenosa.