Quais danos às práticas corporais de aventura pode trazer para o meio ambiente?

No período realista da literatura brasileira, os poetas se concentravam em abordar nas suas obras os problemas sociais da época. Nesse sentido, é evidente que se esse período literário ainda fizesse presença na contemporaneidade, uma das possíveis temáticas abordadas seriam os efeitos negativos que as práticas corporais de aventura causam no meio ambiente, sendo algumas dessas: a mudança do espaço, a poluição e os impactos no solo. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um problema, em virtude da falta de informações e da má influência midiática.

A princípio, é de suma importância destacar que a falta de informações aos indivíduos sobre as consequências das práticas de aventura constitui um fator determinante para a persistência do problema. Segundo Émile Durkheim, considerado um dos pais da sociologia, “o indivíduo só poderá agir na medida em que conhecer o contexto que está inserido”. Desse modo, é possível dissertar, com base na citação do pensador, que a falta de informações e notícias sobre um contexto, faz com que os cidadãos não tenham o conhecimento de um panorama, analogamente, essa situação descrita se encontra verídica com as pessoas que praticam os esportes de aventura, pois com a escassez de informações sobre as consequências dessas práticas, se faz impossível os indivíduos mudarem a sua postura, de modo que isso, infelizmente, comprova o que foi dito por Durkheim.

Além disso, outro agente importante para a perpetuação da controversa é a má influência midiática. Conforme Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, “não existe opinião pública, existe opinião publicada”. Dessa maneira, observa-se na frase da autoridade, que as mídias digitais possuem o poder de mostrar a sociedade apenas uma parte da situação. Nessa perspectiva, essa conjuntura detestável está de acordo com o ocultamento feito pela mídia, dos efeitos negativos das práticas corporais de aventura no meio ambiente, em que apenas é mostrado à população os benefícios e a beleza do esporte, de maneira que tudo isso gera a continuação do empecilho e os seus impactos ambientais severos.

Portanto, medidas são necessárias para reduzir os impactos ambientais causados pelas práticas dos esportes de aventura. Logo, o Ministério do Meio Ambiente, deve realizar campanhas publicitárias, em todo o País, com o intuito de mostrar a população os malefícios causados pela  prática das atividades de aventura sem consciência, além de distribuir informações sobre o risco que esses esportes causam no ambiente, em que serão distribuídas em forma de folheto, sendo tudo isso feito por meio de auxílios fiscais do Governo Federal, a fim de que não só a controversa deixe de ser uma problemática no Brasil, mas também que não seja abordada como uma barreira, em nenhum movimento literário, como outras foram no realismo brasileiro.

DAR NOTA DE ACORDO COM AS COMPETÊNCIAS DO ENEM!!!

O aumento gradativo da busca de atividades esportivas e de aventura em ambientes naturais tem mobilizado pesquisadores de diversas áreas (Educação Física, Turismo, Biologia, Engenharia Florestal, Geografia, Geologia etc.), a uma reflexão mais detalhada sobre os impactos sociais, culturais e ambientais dessas práticas. A crescente utilização de algumas áreas vem causando tanto descaracterizações socioculturais quanto impactos ambientais, sendo necessárias medidas de manejo e de gestão capazes de minimizar tais impactos negativos e planejar futuras atividades. As preocupações também têm sido direcionadas às atitudes dos praticantes dessas modalidades, buscando caminhos que possibilitem práticas mais conscientes e sustentáveis.

Apesar de serem atividades de esporte e aventura que muitas vezes são tidas ou divulgadas como ecológicas, por motivos diversos (falta de informação, normatização, consciência ambiental etc.), não vêm sendo observadas por parte dos praticantes medidas que visem minimizar os impactos decorrentes das mesmas. Pelo contrário, em muitos casos fica evidenciado que a natureza nada mais representa que um ambiente cheio de obstáculos a serem vencidos ou superados.

O livro "Turismo de Aventura: Reflexões e Tendências", de Ricardo Ricci Uvinha, apresenta possíveis impactos resultantes da prática de atividades na natureza, onde é possível verificar que, apesar de algumas modalidades possuírem grau de intensidade baixo (boiacross, treking, montainbike, entre outros), todas causam algum tipo de impacto socioambiental, cabendo aos praticantes tentar reduzi-los ao mínimo possível e às autoridades locais criarem mecanismos de normatização e controle a fim de aproximar tais práticas de um grau aceitável de sustentabilidade.

Alguns estudos apontam que as práticas de OffRoad (Rally) e o Motocross (Enduro e trilhas) estão entre as práticas esportivas na natureza causadoras de maiores impactos, destacando-se entre eles:

1. Impacto na paisagem pela abertura e utilização de trilhas, inclusive em APPs
2. Erosão e compactação do solo;
3. Assoreamento de córregos e nascentes;
4. Alteração e destruição da vegetação e de habitat de animais;
5. Poluição: barulho, lixo, emissão de gases e petróleo (combustível);
6. Interferências social e cultural em comunidades próximas envolvidas.

Os impactos se tornam ainda maiores com o aumento indiscriminado do número de motos nas trilhas, especialmente no período chuvoso. Os prejuízos decorrentes da falta de planejamento desta atividade podem afetar, além dos recursos naturais, setores importantes da economia local, como é o caso do turismo.

Considerando a fragilidade dos recursos hídricos e a suscetibilidade do solo a processos erosivos, faz-se necessária uma avaliação dos impactos socioambientais decorrentes da prática desordenada de atividades neste ambiente, especialmente o motocross, que possui significativo potencial de interferência e transformação dos ambientes naturais. Não se trata de condenar a prática do motocross, mas sim de se estabelecer critérios para sua prática de forma sustentável.

O aumento dos impactos socioambientais causados pela prática de tal atividade no município precisa ser gerenciado de modo a não afetar a conservação dos recursos naturais e os modos de vida das populações que moram ou desenvolvem atividades produtivas no campo. Para isso, tanto a educação ambiental quanto o planejamento da atividade tornam-se instrumentos fundamentais para que se possa conciliar a prática com a conservação da paisagem, dos recursos naturais e da qualidade de vida dos moradores.

Para o planejamento da atividade será de fundamental importância a elaboração de um diagnóstico prévio dos impactos socioambientais decorrentes desta prática, a ser apresentado e discutido com os praticantes de motocross do município, tendo o envolvimento de representantes do setor público (Secretaria de Meio Ambiente, Turismo e Ministério Público) e da população (produtores rurais, empresários do turismo etc.).

O diagnóstico certamente trará subsídios importantes para que se possa planejar a atividade considerando a intensidade da prática, o grau de comprometimento dos envolvidos, o número de praticantes, os impactos detectados e as medidas cabíveis para mitigá-los, o limite de tolerância e a capacidade de carga das trilhas mapeadas, as áreas frágeis a serem preservadas da atividade, o grau de comprometimento da paisagem e dos recursos naturais, entre outros.

Por Rodrigo Borges Santana
Geógrafo e especialista em Planejamento Urbano e Ambiental.

Qual o impacto da prática do esporte de aventura ao meio ambiente?

Quando os esportes de aventura são realizados por meio de motocicletas off road, nas chamadas “trilhas” podem causar diversos danos socioambientais como erosão do solo, poluição da água, poluição sonora, descarte lixo, incêndios, entre outros.

Quais os impactos ambientais podem ser causados pelas práticas?

Dentre os principais impactos ambientais causados pela atividade humana, principalmente pelas empresas, podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats.

Quais os esportes que podem prejudicar o meio ambiente?

Os esportes que normalmente mais prejudicam o meio ambiente são os esportes de aventura, pois são praticados na natureza. Alguns exemplos dessas modalidades são o montanhismo, o rally e o motocross.

É importante conservar o meio ambiente para as práticas corporais de aventura?

É inegável não reconhecermos que o meio ambiente natural, ao se tornar indispensável para as práticas corporais de aventura, há de implicar a necessidade de uma conservação ambiental bem como de um processo educativo (educação ambiental), no qual se exercitem a compreensão e o conhecimento das relações estabelecidas ...