Por que o latim foi escolhido para ser a língua que dá nome aos seres vivos?

Em 1735, Lineu publicou o livro Systema naturae, no qual apresentava determinadas regras capazes de padronizar a forma de nomear espécies. Tais sugestões foram amplamente aceitas e são utilizadas até hoje. Esse sistema compreende as seguintes características:

- Todo ser vivo possui um nome científico;

- Todo nome científico é composto por duas palavras. A primeira se refere ao Gênero da espécie, e o segundo, ao epíteto (ou nome) específico, que é o que caracteriza a espécie em questão;

- O epíteto específico pode se referir a uma característica própria daquele indivíduo, como a sua localização, organização corporal, dentre outros; ou mesmo uma homenagem a algum cientista, personagem, etc.;

- Os nomes científicos, quando escritos, devem estar destacados em itálico. Em casos em que os nomes estejam sendo redigidos à mão; ou em outras situações nas quais utilizar o itálico se apresente inviável, tais nomenclaturas devem estar

grifadas

;

- A primeira letra do nome científico deve ser apresentada em maiúsculo e a primeira letra do epíteto específico, em minúsculo;

- A partir da segunda vez que se escreve o nome de determinada espécie, o Gênero pode se apresentar abreviado. Ex: Cachorro - Canis familiaris - C. familiaris.

- Em algumas situações, quando o cientista não conseguiu, ainda, identificar a que espécie um determinado indivíduo pertence, ou quando não é de interesse que esta seja explicitada; ele utiliza, após o nome do Gênero, o termo sp., na Zoologia; ou spec., na Botânica. Tanto um como outro não devem ser colocados em itálico, ou mesmo sublinhados; e devem estar acompanhados de um ponto final: Hypsiboas sp. (perereca pertencente ao Gênero Hypsiboas); Hypsiboas goianus (perereca-de-pijama).

Observação: há casos em que indivíduos são, ainda, divididos em subespécies, como é o caso das tartarugas gigantes de Galápagos (Chelonoidis nigra abingdoni, C. nigra hoodensis, etc.). Nestas situações, valem as mesmas regras, sendo que tanto o epíteto específico quanto o epíteto subespecífico devem apresentar todas as letras em minúsculo.

Considerando que uma única espécie pode receber diversos nomes vulgares, a nomenclatura biológica se torna uma importante ferramenta de comunicação entre cientistas e sociedade em geral, já que padroniza as informações referentes a indivíduos de uma espécie.

Alguns nomes científicos:

Ser humano - Homo sapiens
Leão - Panthera leo
Tigre - Panthera tigris
Barata-americana - Periplaneta americana
Milho - Zea mays
Ipê-amarelo - Tabebuia alba]

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Você alguma vez já se perguntou por que os cientistas do mundo todo preferem utilizar aqueles nomes difíceis ao nome que todo mundo conhece? Por que será que eles usam aqueles nomes que a maioria de nós nem consegue falar? Hoje o Escola Kids acabará de uma vez por todas com essa sua dúvida!

Imagine que você, ao ter uma conversa com um amigo, conta que viu um adorável tatu-bola. Você diz o nome do animal, mas seu amigo nunca ouviu falar desse bicho. Após explicar as características, ele entende de quem você está falando, mas explica que esse animal é conhecido por ele como tranquinha. Você, claro, fica confuso, pois não sabia e nem conhecia esse nome.

O que você e seu amigo estavam utilizando eram nomes populares, os tais nomes que todos conhecem. Entretanto, vocês não imaginavam que o tatu-bola apresentava tantos nomes diferentes. Somente para essa espécie de tatu existem cerca de seis nomes distintos: tatu-bola, tatu-apara, bola, bolinha, tranquinha e tatu-bola-do-nordeste. Podemos perceber a variação dos nomes de acordo com o local que visitamos.

Apesar de tantos nomes populares, o tatu-bola apresenta apenas um nome científico: Tolypeutes tricinctus. Esse nome, mesmo que difícil, é único. Dessa forma, em qualquer lugar do planeta os pesquisadores saberão que se trata do tatu-bola.

Os nomes científicos são exclusivos, não existindo dois ou mais nomes científicos válidos para um mesmo ser vivo. Sendo assim, não há confusão entre os pesquisadores, pois não ocorrem variações como as que acontecem com o nome popular.

Todo nome científico é escrito em latim ou deriva dessa língua. Como o latim não é língua oficial de nenhum país, ele não sofre nenhuma variação. Além disso, outra característica importante de um nome científico é que, normalmente, ele é composto de dois nomes, que juntos formam o nome de uma determinada espécie.

As regrinhas para a escrita do nome científico foram criadas por Carl von Linné em 1735, porém sofreram algumas variações até os dias atuais. Lineu, como é conhecido pelos brasileiros, propôs normas que são usadas até hoje por todos os cientistas para nomear os seres vivos.

Agora que você já aprendeu a importância dos nomes científicos, que tal aprender alguns deles?

- Abelha - Apis mellifera

- Cachorro - Canis familiaris

- Borboleta-monarca- Danaus plexippus

- Boi - Bos taurus

- Gato - Felis catus

- Lobo - Canis lupus

- Mosquito da dengue- Aedes aegypti

- Baleia-jubarte -Megaptera novaeangliae

- Hipopótamo - Hippopotamus amphibius

- Onça-pintada - Panthera onca

- Elefante-africano - Loxodonta africana

- Girafa - Giraffa camelopardalis

- Panda - Ailuropoda melanoleuca

- Tomateiro- Solanum lycopersicum

- Pequizeiro - Caryocar brasiliense

- Limoeiro -Citrus limon

Porque a língua escolhida para dar nome aos seres vivos foi o latim?

O latim foi escolhido como língua base da nomenclatura essencialmente por duas razões: primeiro, porque se trata de uma língua morta, logo é uma língua que não evolui e o significado das palavras não se altera; segundo, porque já existem muitos taxa com nomes em latim, dado que desde a Idade Média que se atribui nomes ...

Por que o nome dos seres vivos e escrito em latim?

Língua padrão Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim ou latinizados. O latim foi escolhido por Lineu por ser uma língua “morta”, ou seja, que não era mais falada pela população em geral. Dessa maneira, o latim está pouco sujeito a modificações, como as línguas faladas.

Qual o idioma escolhido para nomear cientificamente os seres vivos?

Todo nome científico é escrito em latim ou deriva dessa língua. Como o latim não é língua oficial de nenhum país, ele não sofre nenhuma variação.

Quais são as vantagens de se usar as palavras em latim para dar nomes aos seres vivos?

Resposta. A Padronização Universal, por isso escolheram o latim, porque é uma lingua morta, que não tem mais tantas mudanças.