Por quê é importante brincar o carnaval com atitudes conscientes

Criança gosta de brincar! Não importa a cultura ou o nível social, as crianças sempre vão encontrar jeitos criativos de se divertirem. No entanto, existe toda uma cultura de consumo voltada para  o Dia das Crianças e a data é um bom momento para refletirmos sobre como nossos hábitos de consumo influenciam diretamente no exemplo que estamos dando às  nossas crianças. Afinal, os pequenos tendem a imitar o que nós, adultos, fazemos. Portanto, é preciso educá-las valorizando mais o tempo juntos, a criatividade, a interação entre elas e com a natureza, a troca e principalmente fazê-las compreender que SER é bem mais importante que TER. Como dizem por aí: “O que temos dentro de nós, ninguém tira”, e numa cultura de descartáveis é fundamental repensarmos todo este consumo desenfreado que já afeta tanto o nosso mundo e que vai só se acumular em mais e mais lixo no futuro.

Foto: Michael Potyomin

Que mundo queremos deixar para estas crianças de hoje? É preciso agir agora e educá-las, desde já, para uma nova consciência. A natureza é riquíssima em “brinquedos” né? Rolar na grama, brincar com animais ao ar livre, catar conchas na praia, pular em lagos são alguns exemplos. Mas também temos opções criativas e baratas de brinquedos que podemos fazer junto com elas. Um dos melhores presentes que já ganhei foi uma casa de bonecas de papelão que meu pai e eu fizemos juntos.

Por que não criar algo com seu filho, sua filha, seu sobrinho, sua neta? Teste suas habilidades, volte um pouco a ser criança, ganhe tempo com quem você ama.

Lembrando que não existe brinquedo de menino ou de menina, que as cores são para todos e que respeito à individualidade de cada criança, assim como educação para a diversidade também são atitudes sustentáveis.

Você, já fez algum brinquedo com seus pais ou com seus filhos? Tem alguma sugestão pra gente? Comenta aqui!

E para inspirar sua criatividade, selecionamos algumas dicas de brinquedos sustentáveis da Bebel Marrey Ferreira:  

‍Crocodilos e fantasmas de rolo de papel higiênico

Casinha de papelão (Fotos: apartmenttherapy.com)

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Carnaval: divirta-se com mais uma dose de conscientização e de prevenção

Artigo publicado em Fevereiro, 2017

Dr. José Mauro Braz de Lima, PhD.      

O Carnaval está chegando, ou melhor, já chegou com o início de fevereiro quando os blocos de rua e os bailes antecipam os esperados festejos carnavalescos nas grandes cidades do país. É uma das mais importantes marcas de nossa cultura brasileira, reconhecida em todo o mundo e que atrai milhares de turistas e foliões e, naturalmente, esquentam os negócios. Quando olhamos para trás, há apenas algumas décadas, é possível observar as mudanças e a evolução dos antigos blocos de rua e os bailes em clubes de subúrbios ou nos elegantes salões de grandes clubes, lembrando o charmoso e imponente baile do Teatro Municipal, para hoje com os imponentes desfiles das Escolas de Samba, verdadeiras empresas de espetáculos e shows na Sapucaí e, mais recentemente, “o retorno” com toda força dos Blocos de Rua, em novo formato de empreendedorismo, mas com a mesma energia contagiante de alegria que envolve milhões de pessoas. O brasileiro resiste e insiste na oportunidade de se divertir e se distrair, mesmo que seja “para tudo acabar na quarta feira”. Parece que a alegria está algo registrada no nosso DNA, no inconsciente coletivo, como traço cultural de um povo resiliente, que possui sim uma natural vocação para ser alegre e criativo como mostrou recente pesquisa publicada na imprensa. Apesar de ter que sempre enfrentar as diversas vicissitudes do dia a dia, os desafios do sobreviver, como acontece naturalmente, em maior ou menor escala, na vida de tantos outros povos, nestes últimos tempos e na atualidade, o Brasil, em particular, vem passando por uma das mais sérias e graves situações nunca antes vivida na nossa história recente, não só nos aspectos sócio - econômicos e políticos, mas também nos aspectos de segurança e de violência urbana. Nesse momento de incertezas e grandes desafios, mas também de esperanças e de fé, mesmo “com todo samba, com todo drama, com toda lama, com toda Ipanema, a gente vai levando”, lembrando do lindo enredo que cantava “Como que será o amanhã?”. Isso nos leva a refletir sobre nossas atitudes e responsabilidades individuais, familiares e coletivas para vivermos dias melhores no Carnaval e na vida.  Neste sentido, é preciso ficar atento para as ações de prevenção dos problemas relacionados ao consumo abusivo de álcool e de outras drogas. Assim, nestes dias com justificadas razões para cair na folia, somando-se a necessidade do alívio do “mal estar” destes tempos, mesmo que por alguns dias, pelos tantos problemas que estamos enfrentando, é preciso ressaltar que, não se trata aqui de “botar água no chope” do pessoal,  mas chamar a atenção para a importância da conscientização e da prevenção. Seria enfadonho repetir números e dados estatísticos sobre o aumento da violência urbana, dos acidentes pessoais e de trânsito com mortos e feridos graves que se elevam nessa época dos festejos, do aumento do atendimento das emergências dos hospitais e das chamadas de socorro pelo SAMU, das delegacias com aumento das ocorrências policiais,... ou no IML, onde também aumentam as ocorrências nesse período. É óbvio que todos estão cientes, embora nem sempre tão conscientes, desses problemas relacionados ao consumo de álcool e de outras drogas. Vale, por fim ressaltar, à guisa de informação de interesse médico preventivo, e de Saúde Pública e de Segurança, que por si só o clima festivo já incita ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas, sobretudo cerveja que está quase que tradicionalmente inserida nesta festa coletiva. Como todos sabem que, além do clima de diversão natural, existe um forte apelo de marketing eficiente, inclusive contando com explícito apoio de entes públicos, estimulando os foliões e as pessoas em geral, e nisso grande parte dos jovens a beberem cada vez mais, visto o aumento da produção e consumo aumentando a cada ano. Não é mero acaso que somos um dos maiores produtores de bebidas alcoólicas do mundo e o terceiro maior fabricante mundial de cerveja! A produção de cerveja hoje é de cerca de 16,5 bilhões de litros/ano (2016). Por outro lado, não custa lembrar a “falsa idéia” difundida de que a cerveja seria uma bebida “leve” pelo seu teor alcoólico de 5% por dose padrão (300 ou 350 ml). Como se sabe, a quantidade de álcool etílico/etanol ingerida em uma latinha de cerveja é a mesma contida em uma taça de vinho (150 ml), cujo teor é 11 a 12%, ou em uma dose de destilado – cachaça, vodka ou uísque, (40 ml), com teor alcoólico de 40%, ou seja, de 15 a 17 ml de álcool puro por dose padrão. Enganam-se aqueles que acham que podem beber mais cerveja por ser a mesma “mais leve”. Basta uma simples regra de três. Portanto, a Saúde Pública adverte: divirta-se com moderação, consciência e responsabilidade. E bom carnaval para todos.

Dr. José Mauro Braz de Lima, PhD
Médico/Especialista em Problemas Relacionados ao Álcool e outras Drogas (PRADs)

Diretor Médico da Evolução – Clínica e Consultoria (Rio de Janeiro)

(21) 999 66 47 80; (21) 22 05 72 23;

www.evolucaovida.com.br

Eis algumas recomendações práticas de prevenção:

Curta o carnaval com responsabilidade, priorize sua saúde e sua vida.

Lembretes importantes, Priorize no Carnaval:

  • Não beber se for dependente químico ou estiver em tratamento;

  • Brincar com liberdade e responsabilidade;

  • Não abusar de álcool ou de outras drogas que altere humor ou comportamento;

  • Atividades de lazer, esportivas e culturais;

  • Se beber, não dirija;

  • Atenção para seus valores éticos;

  • Se for trabalhar, evite beber;

  • Estar com familiares e amigos é sempre bom;

  • Se estiver grávida, qualquer dose representa risco para seu filho;

  • Adote comportamentos que valorize sua qualidade de vida;

  • Cuidado: lembre-se de usar camisinha;

  • Curta sua alegria sem ressaca;

  • Lembre-se das responsabilidades que continuam depois do Carnaval;

  • Suas metas e projetos de vida;

  • Hidrate-se com água e não bebida alcoólica;

  • Sua proteção e seus limites.

“Valorizando o fator humano evoluímos sua performance.”

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