Boa parte das mulheres sabe da existência da pílula do dia seguinte, e muitas já fizeram uso desse medicamento em uma emergência - quando a camisinha estoura durante a relação sexual, por exemplo. Mas você sabe exatamente o que é essa pílula e como ela age no corpo? É o que vamos entender nos parágrafos abaixo. Show
Foto: JESHOOTS.com / Pexels/Divulgação / Boa Forma O QUE É A PÍLULA DO DIA SEGUINTE? "A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, à base de um progestágeno chamado levonorgestrel em doses mais elevadas (1,5 mg) que os contraceptivos rotineiros (0,15 mg)", explica Lorena Galaes , ginecologista e professora do curso de Medicina da Pitágoras. Esse medicamento deve ser usado para evitar uma gestação indesejada caso a mulher tenha tido relações sexuais desprotegida, com falha presumida do método utilizado - por exemplo, quando você esqueceu de tomar a pílula anticoncepcional, o seu contraceptivo injetável passou do prazo ou, como dito anteriormente, o preservativo rompeu durante o ato -, ou em casos de abuso sexual. "É o método com maior taxa de falha, e o seu uso deve ser restrito aos casos mencionados", alerta a médica. COMO A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FUNCIONA? Os efeitos dessa medicação no organismo vão variar de acordo com a fase do ciclo menstrual em que foi ingerida.
Por mexer diretamente com as fases do ciclo menstrual e ser também uma bomba hormonal, a pílula pode gerar alguns efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, dores de cabeça, dores nas mamas e até tonturas. A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FAZ A MULHER MENSTRUAR? Esse é um mito comum sobre a pílula do dia seguinte, já que muitas mulheres experienciam um sangramento alguns dias depois da ingestão. No entanto, já fica a resposta: a pílula do dia seguinte NÃO faz você menstruar. "O sistema de controle hormonal do ciclo menstrual não fica bloqueado como nos contraceptivos hormonais rotineiros, logo, o corpo continua produzindo os hormônios normalmente e, dependendo do dia em que a pílula é tomada, a menstruação pode adiantar ou atrasar, mas, na maioria dos casos, o ciclo menstrual não se altera", explica Lorena. Por causa desse processo, é essencial seguir a recomendação de ingesta desse medicamento: tomar a dose recomendada de uma vez (a quantidade de comprimidos depende da marca), o mais rápido possível. O prazo máximo é de até 72 horas após a relação sexual, pois a pílula não atua após a fecundação, quando o espermatozoide encontra o óvulo, e não impede a implantação do óvulo no útero, caso a fecundação ocorra. É por isso, também, que muitos médicos dizem que a pílula "perde" a eficácia quanto mais tempo você leva para tomá-la - afinal, um dia pode fazer toda a diferença no ciclo menstrual. Vale lembrar, também, que esse é um método emergencial - e não deve ser utilizado como o método contraceptivo de escolha e de uso contínuo. "Usada repetidamente, a pílula pode tornar o ciclo menstrual irregular, pode causar inchaços, ganho de peso e náuseas. Deve-se evitar o uso rotineiro, pois a eficácia diminui com a repetição", diz. +Os melhores conteúdos no seu e-mail gratuitamente. Escolha a sua Newsletter favorita do Terra. Clique aqui! Quando o assunto é a anticoncepção de emergência, muitas dúvidas podem surgir. Afinal, a pílula do dia seguinte faz mal? Ela é realmente eficaz para evitar uma gravidez? Quando ela é necessária? Para responder a estas e outras perguntas, é preciso entender, primeiro, como este anticoncepcional age no organismo e qual a sua composição. Neste artigo, esclareça suas dúvidas sobre o tema. Pílula do dia seguinte: o que é e para que serve?Diferentemente de outros métodos contraceptivos femininos, nos quais o objetivo é prevenir uma gestação, a pílula do dia seguinte (PDS) é utilizada após a relação sexual para evitar a gravidez. Por isso, ela também é denominada método contraceptivo de emergência. Comercializada em farmácias sem a necessidade de prescrição médica, a PDS possui doses elevadas do hormônio utilizado nas pílulas anticoncepcionais tradicionais, o levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética. Ela também pode ser combinada com outros tipos de hormônios, como o estrogênio. A pílula age para impedir ou retardar a ovulação, a fim de evitar a fecundação, ou causar a descamação do endométrio, podendo antecipar a menstruação. Ela pode ser administrada em dose única, ou fracionada em duas doses. Recomendações médicas da contracepção de emergênciaImportante ressaltar que a PDS não deve ser utilizada como um método contraceptivo contínuo. Somente, em caso de emergência, quando a anticoncepção tradicional falhar. Seja um preservativo estourado ou esquecimento de tomar pílulas da cartela de anticoncepcionais. Embora seja chamada de pílula do dia seguinte, não é preciso esperar 24 horas para tomar o comprimido caso queira evitar uma gravidez indesejada. Ela pode ser administrada logo após uma relação sexual desprotegida e, em no máximo, 72 horas. 7 principais dúvidas sobre a pílula do dia seguinteHá efeitos colaterais no uso da PDS? É verdade que quanto mais eu demoro a tomar a pílula, menos eficácia ela tem? E se eu já estiver grávida, seu uso pode prejudicar o feto ou causar um aborto? Veja, a seguir, as respostas para as principais dúvidas sobre o uso da pílula do dia seguinte. 1. Qual a eficácia do medicamento?A cartilha sobre anticoncepção de emergência do Ministério da Saúde, define algumas formas para testar a efetividade da pílula. Mas em todas elas, o índice de eficácia vai caindo com o passar do tempo. Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento é capaz de evitar 3 de cada 4 gestações que poderiam ocorrer em caso de falha dos métodos contraceptivos regulares. A taxa de falha é de cerca de 2% quando o comprimido é ministrado em até 1 dia após a relação, e de 4,7% se a pílula for ingerida entre 49 e 27 horas. Isso significa que quanto mais rápido você tomar a PDS, maior eficácia tem o fármaco. Por isso, a recomendação é tomar a pílula em até 3 dias, sendo que quanto antes, melhor. 2. Quais impactos pode causar no organismo?A pílula do dia seguinte pode provocar efeitos colaterais, tais como:
Caso haja incidência de vômito em até 2 horas após a ingestão da PDS, é necessário repetir a dose, pois a absorção do fármaco pode ter sido afetada. 3. Quanto tempo dura o efeito?A recomendação é tomar a pílula em até 72 horas após a relação, mas ela pode ter efeitos em até 5 dias após o sexo. Neste caso, contudo, a eficácia se torna bem inferior. Vale lembrar que a anticoncepção de emergência age para impedir a ovulação de forma pontual. Por isso, a mesma pílula não tem validade para uma segunda relação sexual desprotegida. Mesmo após ingerir a PDS, é necessário continuar adotando os devidos métodos de contracepção regular para evitar uma gravidez indesejada nas próximas relações. 4. Como a contracepção de emergência interfere no ciclo menstrual?Com a injeção de uma dose elevada de hormônios de uma vez só no organismo, o fármaco pode causar irregularidade no ciclo menstrual. Até porque, um de seus efeitos pode ser a menstruação em até 72 horas após o uso da pílula, além de alterações no período de ovulação. 5. “Bomba de hormônios”: mito ou verdade?Verdade, já que realmente a pílula do dia seguinte tem doses elevadas de hormônios. Seria o equivalente a tomar meia cartela de pílulas anticoncepcionais tradicionais. 6. Em caso de falha, há risco para o feto?Caso o método contraceptivo de emergência falhe, não há risco de malformação do feto ou qualquer outro problema. A pílula é utilizada para evitar a gravidez, e não para interferir na formação do feto. É a mesma lógica dos anticoncepcionais tradicionais, utilizados para impedir a gestação. Em caso de falha, a gravidez seguirá normalmente. O uso desses medicamentos também não tem ação abortiva. Ou seja, não servem para interromper uma gestação já em curso. 7. Alternativas para evitar o uso indiscriminado da pílula emergencial?Como você viu, a pílula do dia seguinte é restrita a casos de emergência e não deve ser utilizada com frequência. Para prevenir a gravidez, há vários tipos de métodos contraceptivos regulares, como as pílulas anticoncepcionais, contraceptivos injetáveis, diafragma, DIU, dentre outros. Consulte o seu ginecologista para saber qual o melhor método para você, e lembre-se: nenhum deles previne as ISTs. Por isso, a dica é sempre combinar a anticoncepção com o uso de preservativos. Para saber mais sobre fertilidade, recomendamos o seguinte conteúdo da Unimed-BH: Período fértil da mulher: saiba o que é e como calcular. Esse conteúdo foi útil para você? Sim Não Quanto tempo dura os hormônios da pílula do dia seguinte ficam no corpo?O hormônio da pílula fica no corpo por cerca de 24 horas, mas o impacto no nosso ciclo pode ser um pouco mais longo, até 15-20 dias.
O que acontece com o corpo depois de tomar a pílula do dia seguinte?Os principais efeitos colaterais da pílula do dia seguinte são dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, cólicas menstruais, cansaço, tontura, irritabilidade e maior sensibilidade nas mamas. Esses sintomas também podem durar ao longo do mês em que o contraceptivo foi usado.
O que a pílula do dia seguinte pode causar no útero?A pílula também deixa a camada interna do útero, o endométrio, pouco receptiva para a gestação, além de agir alterando a motilidade dos espermatozoides, ou seja, diminuindo a capacidade dos espermatozoides de se moverem até o óvulo.
Quanto tempo vem a menstruação depois da pílula do dia seguinte?Um dos efeitos colaterais da pílula do dia seguinte é a alteração da menstruação. Assim, após tomar a pílula, a menstruação poderá ocorrer até 10 dias antes ou depois da data esperada, mas na maior parte dos casos, a menstruação ocorre na data esperada com uma variação de cerca de 3 dias para mais ou para menos.
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