Quanto tempo o hormônio da pílula do dia seguinte fica no organismo?

Boa parte das mulheres sabe da existência da pílula do dia seguinte, e muitas já fizeram uso desse medicamento em uma emergência - quando a camisinha estoura durante a relação sexual, por exemplo. Mas você sabe exatamente o que é essa pílula e como ela age no corpo? É o que vamos entender nos parágrafos abaixo. 

Quanto tempo o hormônio da pílula do dia seguinte fica no organismo?

Foto: JESHOOTS.com / Pexels/Divulgação / Boa Forma

O QUE É A PÍLULA DO DIA SEGUINTE?  

"A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, à base de um progestágeno chamado levonorgestrel em doses mais elevadas (1,5 mg) que os contraceptivos rotineiros (0,15 mg)", explica Lorena Galaes , ginecologista e professora do curso de Medicina da Pitágoras. 

Esse medicamento deve ser usado para evitar uma gestação indesejada caso a mulher tenha tido relações sexuais desprotegida, com falha presumida do método utilizado - por exemplo, quando você esqueceu de tomar a pílula anticoncepcional, o seu contraceptivo injetável passou do prazo ou, como dito anteriormente, o preservativo rompeu durante o ato -, ou em casos de abuso sexual. 

"É o método com maior taxa de falha, e o seu uso deve ser restrito aos casos mencionados", alerta a médica. 

COMO A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FUNCIONA? 

Os efeitos dessa medicação no organismo vão variar de acordo com a fase do ciclo menstrual em que foi ingerida. 

  • Primeira fase (folicular) : se tomada nos 14 dias iniciais do ciclo, pode impedir ou atrasar a ovulação.
  • Segunda fase (ovulatória) : caso ingerida após a ovulação (que costuma acontecer no 14.º dia do ciclo), a pílula modifica o muco cervical, tornando-o hostil e espesso, dificultando ou impedindo a passagem dos espermatozoides pelo trato genital feminino em direção ao óvulo.

Por mexer diretamente com as fases do ciclo menstrual e ser também uma bomba hormonal, a pílula pode gerar alguns efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, dores de cabeça, dores nas mamas e até tonturas. 

A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FAZ A MULHER MENSTRUAR? 

Esse é um mito comum sobre a pílula do dia seguinte, já que muitas mulheres experienciam um sangramento alguns dias depois da ingestão. No entanto, já fica a resposta: a pílula do dia seguinte NÃO faz você menstruar. 

"O sistema de controle hormonal do ciclo menstrual não fica bloqueado como nos contraceptivos hormonais rotineiros, logo, o corpo continua produzindo os hormônios normalmente e, dependendo do dia em que a pílula é tomada, a menstruação pode adiantar ou atrasar, mas, na maioria dos casos, o ciclo menstrual não se altera", explica Lorena. 

Por causa desse processo, é essencial seguir a recomendação de ingesta desse medicamento: tomar a dose recomendada de uma vez (a quantidade de comprimidos depende da marca), o mais rápido possível. O prazo máximo é de até 72 horas após a relação sexual, pois a pílula não atua após a fecundação, quando o espermatozoide encontra o óvulo, e não impede a implantação do óvulo no útero, caso a fecundação ocorra. 

É por isso, também, que muitos médicos dizem que a pílula "perde" a eficácia quanto mais tempo você leva para tomá-la - afinal, um dia pode fazer toda a diferença no ciclo menstrual. 

Vale lembrar, também, que esse é um método emergencial - e não deve ser utilizado como o método contraceptivo de escolha e de uso contínuo. "Usada repetidamente, a pílula pode tornar o ciclo menstrual irregular, pode causar inchaços, ganho de peso e náuseas. Deve-se evitar o uso rotineiro, pois a eficácia diminui com a repetição", diz. 

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Quanto tempo o hormônio da pílula do dia seguinte fica no organismo?

Quando o assunto é a anticoncepção de emergência, muitas dúvidas podem surgir. Afinal, a pílula do dia seguinte faz mal? Ela é realmente eficaz para evitar uma gravidez? Quando ela é necessária?

Para responder a estas e outras perguntas, é preciso entender, primeiro, como este anticoncepcional age no organismo e qual a sua composição. Neste artigo, esclareça suas dúvidas sobre o tema.

Pílula do dia seguinte: o que é e para que serve?

Diferentemente de outros métodos contraceptivos femininos, nos quais o objetivo é prevenir uma gestação, a pílula do dia seguinte (PDS) é utilizada após a relação sexual para evitar a gravidez. Por isso, ela também é denominada método contraceptivo de emergência.

Comercializada em farmácias sem a necessidade de prescrição médica, a PDS possui doses elevadas do hormônio utilizado nas pílulas anticoncepcionais tradicionais, o levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética. Ela também pode ser combinada com outros tipos de hormônios, como o estrogênio.

A pílula age para impedir ou retardar a ovulação, a fim de evitar a fecundação, ou causar a descamação do endométrio, podendo antecipar a menstruação. Ela pode ser administrada em dose única, ou fracionada em duas doses.

Recomendações médicas da contracepção de emergência

Importante ressaltar que a PDS não deve ser utilizada como um método contraceptivo contínuo. Somente, em caso de emergência, quando a anticoncepção tradicional falhar. Seja um preservativo estourado ou esquecimento de tomar pílulas da cartela de anticoncepcionais.

Embora seja chamada de pílula do dia seguinte, não é preciso esperar 24 horas para tomar o comprimido caso queira evitar uma gravidez indesejada. Ela pode ser administrada logo após uma relação sexual desprotegida e, em no máximo, 72 horas.

7 principais dúvidas sobre a pílula do dia seguinte

efeitos colaterais no uso da PDS? É verdade que quanto mais eu demoro a tomar a pílula, menos eficácia ela tem? E se eu já estiver grávida, seu uso pode prejudicar o feto ou causar um aborto?

Veja, a seguir, as respostas para as principais dúvidas sobre o uso da pílula do dia seguinte.

1. Qual a eficácia do medicamento?

A cartilha sobre anticoncepção de emergência do Ministério da Saúde, define algumas formas para testar a efetividade da pílula. Mas em todas elas, o índice de eficácia vai caindo com o passar do tempo.

Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento é capaz de evitar 3 de cada 4 gestações que poderiam ocorrer em caso de falha dos métodos contraceptivos regulares.

A taxa de falha é de cerca de 2% quando o comprimido é ministrado em até 1 dia após a relação, e de 4,7% se a pílula for ingerida entre 49 e 27 horas.

Isso significa que quanto mais rápido você tomar a PDS, maior eficácia tem o fármaco. Por isso, a recomendação é tomar a pílula em até 3 dias, sendo que quanto antes, melhor.

2. Quais impactos pode causar no organismo?

A pílula do dia seguinte pode provocar efeitos colaterais, tais como:

  • Desregular o ciclo menstrual;
  • Pequenos sangramentos;
  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Cólicas abdominais;
  • Dor nos seios;
  • Náuseas e vômito.

Caso haja incidência de vômito em até 2 horas após a ingestão da PDS, é necessário repetir a dose, pois a absorção do fármaco pode ter sido afetada.

3. Quanto tempo dura o efeito?

A recomendação é tomar a pílula em até 72 horas após a relação, mas ela pode ter efeitos em até 5 dias após o sexo. Neste caso, contudo, a eficácia se torna bem inferior.

Vale lembrar que a anticoncepção de emergência age para impedir a ovulação de forma pontual. Por isso, a mesma pílula não tem validade para uma segunda relação sexual desprotegida.

Mesmo após ingerir a PDS, é necessário continuar adotando os devidos métodos de contracepção regular para evitar uma gravidez indesejada nas próximas relações.

4. Como a contracepção de emergência interfere no ciclo menstrual?

Com a injeção de uma dose elevada de hormônios de uma vez só no organismo, o fármaco pode causar irregularidade no ciclo menstrual.

Até porque, um de seus efeitos pode ser a menstruação em até 72 horas após o uso da pílula, além de alterações no período de ovulação.

5. “Bomba de hormônios”: mito ou verdade?

Verdade, já que realmente a pílula do dia seguinte tem doses elevadas de hormônios. Seria o equivalente a tomar meia cartela de pílulas anticoncepcionais tradicionais.

6. Em caso de falha, há risco para o feto?

Caso o método contraceptivo de emergência falhe, não há risco de malformação do feto ou qualquer outro problema. A pílula é utilizada para evitar a gravidez, e não para interferir na formação do feto.

É a mesma lógica dos anticoncepcionais tradicionais, utilizados para impedir a gestação. Em caso de falha, a gravidez seguirá normalmente. O uso desses medicamentos também não tem ação abortiva. Ou seja, não servem para interromper uma gestação já em curso.

7. Alternativas para evitar o uso indiscriminado da pílula emergencial?

Como você viu, a pílula do dia seguinte é restrita a casos de emergência e não deve ser utilizada com frequência.

Para prevenir a gravidez, há vários tipos de métodos contraceptivos regulares, como as pílulas anticoncepcionais, contraceptivos injetáveis, diafragma, DIU, dentre outros.

Consulte o seu ginecologista para saber qual o melhor método para você, e lembre-se: nenhum deles previne as ISTs. Por isso, a dica é sempre combinar a anticoncepção com o uso de preservativos.

Para saber mais sobre fertilidade, recomendamos o seguinte conteúdo da Unimed-BH: Período fértil da mulher: saiba o que é e como calcular.

Quanto tempo o hormônio da pílula do dia seguinte fica no organismo?

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Quanto tempo dura os hormônios da pílula do dia seguinte ficam no corpo?

O hormônio da pílula fica no corpo por cerca de 24 horas, mas o impacto no nosso ciclo pode ser um pouco mais longo, até 15-20 dias.

O que acontece com o corpo depois de tomar a pílula do dia seguinte?

Os principais efeitos colaterais da pílula do dia seguinte são dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, cólicas menstruais, cansaço, tontura, irritabilidade e maior sensibilidade nas mamas. Esses sintomas também podem durar ao longo do mês em que o contraceptivo foi usado.

O que a pílula do dia seguinte pode causar no útero?

A pílula também deixa a camada interna do útero, o endométrio, pouco receptiva para a gestação, além de agir alterando a motilidade dos espermatozoides, ou seja, diminuindo a capacidade dos espermatozoides de se moverem até o óvulo.

Quanto tempo vem a menstruação depois da pílula do dia seguinte?

Um dos efeitos colaterais da pílula do dia seguinte é a alteração da menstruação. Assim, após tomar a pílula, a menstruação poderá ocorrer até 10 dias antes ou depois da data esperada, mas na maior parte dos casos, a menstruação ocorre na data esperada com uma variação de cerca de 3 dias para mais ou para menos.