Qual era a visão predominante dos europeus com relação a África no século 19?

  • A MUDANÇA POLÍTICA
  • MERCADOS E POVOS
  • CIÊNCIA E TECNOLOGIA
  • O IMPERIALISMO

O século XIX foi um período revolucionário da História da Europa e uma época de grandes transformações em todos os domínios da vida. Os direitos humanos e civis, a democracia e o nacionalismo, a industrialização e os sistemas de mercado livre deram origem a uma era de mudança e oportunidade.

No final do século, a Europa atingiu o auge de seu poder global. Porém, tensões sociais e rivalidades internacionais agravaram-se, explodindo num conflito no início do século XX.

Guia áudio:

  • Europa: uma potência mundial (1789-1914)

A MUDANÇA POLÍTICA

O século XIX, uma época de revoluções! Inspirando-se na Revolução Francesa de 1789, os povos através da Europa desafiaram as classes aristocráticas dominantes e lutaram pelo desenvolvimento dos direitos civis e humanos, pela democracia e pela independência nacional.

O nacionalismo surgiu como uma reivindicação revolucionária, prometendo aos cidadãos maior envolvimento na democracia, mas tinha um carácter restritivo ao conceber um mundo composto por territórios nacionais habitados por povos etnicamente semelhantes. No entanto, alguns visionários europeus desejavam a unidade do continente para além das lealdades nacionais.

Guia áudio:

  • Mudança política

MERCADOS E POVOS

Vapor, fumo, fábricas e ruído: tudo isto constituiu o início da Revolução Industrial na Grã-Bretanha. Posteriormente, a manufatura propagou-se por toda a Europa, com graus de intensidade diferentes, tornando este continente o centro mundial da industrialização, das finanças e do comércio.

Inovações técnicas desencadearam o progresso industrial, tendo a energia a vapor impulsionado o desenvolvimento da indústria pesada. Os métodos de produção foram completamente transformados e grandes fábricas com milhares de trabalhadores produziam em massa produtos industriais e de consumo.

Guia áudio:

  • Industrialização
  • Manifesto do Partido Comunista
  • Burguesia
  • Classe trabalhadora

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

A velocidade, o dinamismo e a confiança no progresso definiram a Europa no final do século XIX. Os caminhos de ferro, a eletricidade, o cinema, a fotografia e as novas teorias nos campos da ciência e da medicina reforçaram o papel fundamental da Europa neste amadurecimento tecnológico. Aproximavam-se tempos de otimismo.

A chegada da época dos caminhos de ferro comprovou o avanço da Europa como forte líder mundial no domínio da tecnologia. A industrialização propagou-se, tornando as viagens de longo curso acessíveis a todas as classes sociais.

As viagens passaram a ser medidas em termos não de distância mas de tempo e velocidade. Os caminhos de ferro criaram redes transeuropeias que beneficiaram o centro da Europa, dotado de boas ligações, mas que conduziram ao isolamento dos países e povos na periferia.

Guia áudio:

  • Ciência e tecnologia
  • Caminho-de-ferro
  • Eletricidade
  • Fotografia e cinema
  • Ciências naturais
  • Arte e exposições

O IMPERIALISMO

O século XIX caracterizou-se por uma Europa dominante a nível mundial. Impérios alargados, colónias acumuladas – tudo isto impulsionado energicamente pela Revolução Industrial. As colónias forneceram as matérias-primas e os produtos de luxo para satisfazer a crescente procura dos consumidores, prometendo, em contrapartida, vastos mercados aos produtos europeus. O tratamento abusivo e desigual foi justificado como parte necessária do processo de «civilizar» povos selvagens. À supressão gradual da escravatura seguiram-se novas formas de intolerância e racismo.

Em 1914, os países europeus governavam cerca de 30 % da população mundial. A Europa encontrava-se envolvida na exploração e no comércio ultramarinos há séculos, mas os benefícios da Revolução Industrial permitiram-lhe reforçar o seu domínio sobre os outros continentes.

Guia áudio:

  • Imperialismo (1)
  • Imperialismo (2)
  • Expansão colonial
  • Estados europeus e colonialismo
  • Realidade do colonialismo
  • Racismo científico

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Qual era a visão predominante dos europeus com relação a África no século 19?

O imperador Mansa Musa liderou o Mali no século 14 (Foto: Wikimedia Commons)

Desde 2003, uma lei tornou obrigatório o ensino de história da África e cultura afrobrasileira nas escolas do país. O continente não é importante só para o Brasil: ele é o berço da humanidade, pois são de lá as primeiras descobertas arqueológicas sobre os seres humanos.

Também vêm de lá algumas das civilizações mais estudadas, como os egípcios e o Império Cartaginês. Mas o que mais se sabe sobre o resto do continente? A seguir, trazermos mais detalhes sobre a história da África Subsaariana: 

Isolamento
Cercados por florestas densas, savanas ricas em vida animal, litoral de um lado e montanhas e lagos de outro, os africanos viveram milênios isolados do restante do mundo. Isso não significa, porém, que não desenvolveram sociedades tão avançadas quanto a egípcia — no interior da África em 100 d.C., o ouro era um fundido com um processo que só chegou à Europa no início da Idade Média.

Reinos e impérios
A região era dividida em reinos e impérios. Na África Oriental, havia o Império de Gana, que durou do século 8 ao 11 e era baseado no comércio de ouro; e o do Mali, que durou do século 13 ao 18 e tinha como força o comércio de sal, ouro, especiarias e couro.

Na África Ocidental, o Império da Etiópia, também conhecido como Abissínia, durou de 1270 a 1975 e foi o único a resistir à colonização europeia.

No sul da África, o Reino do Congo compreendia o que hoje é Angola, Congo e Gabão. Foi independente até o século 18, quando se tornou vassalo de Portugal. Havia ainda o Sultanato de Kilwa, território na costa do sudoeste africano habitado por bantos que foram conquistados por muçulmanos, e os reino zulu, onde hoje estão África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique. Os zulus foram os primeiros a perceber o perigo da colonização branca e tentaram resistir, mas foram derrotados.

Organização política e social
Além dos reinos mais conhecidos, havia uma série de outros reinos e cidades-estado altamente organizados. Eles contavam com sistemas de conselhos de anciões e de administração para controlar as tribos, que tinham áreas de influência e as disputavam.

É daí que vem o argumento de quem tenta defender os europeus do processo de escravidão: “os próprios africanos escravizavam uns aos outros, que eram os inimigos de outras tribos”, dizem. Embora isso de fato ocorresse entre as tribos que guerreavam, os inimigos capturados tinham direitos sociais e não sofriam a agressão observada durante a escravidão praticada no Brasil.

A religião
A maioria dos grupos africanos acreditava em um deus único, criador, maior e distante do homem. Em cada etnia, esse deus recebia um nome diferente: os Ashanti o chamavam de Onyankopoa; os Ewe, de Mawu; e os Iorubá, de Olorum.

Havia também culto às forças da natureza, que ganhavam personalidades humanas (orixás), por exemplo Ogum (do ferro, guerra, fogo) e Iemanjá (mãe de muitos orixás, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade).

Qual era a visão predominante dos europeus com relação a África até o século XIX?

A percepção européia da África era a de um continente vazio, já que quase não tinha brancos, um continente vazio a pedir povoamento e inversões. E, na Europa, sobejavam gente e dinheiro.

Qual era a visão dos europeus sobre o continente africano?

"Já se contrastavam os africanos negros com o resto da humanidade, classificando-os como selvagens, supostamente indolentes e possuidores de uma inteligência inferior."

Qual é a imagem que os europeus produziram sobre os africanos?

Resposta: que eles eram povos atrasados, e sem uma religião.

Quais eram as justificativas ideológicas dos europeus para a dominação sobre os povos africanos e asiáticos no século 19?

A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.