O Brexit representou a saída do Reino Unido da União Europeia, o que ocorreu em 23 de junho de 2016. Show Em 23 de junho de 2016, a população do Reino Unido (composto por Inglaterra, País de Gales, Escócia – estes formando a Grã-Bretanha – e a Irlanda do Norte) foi às urnas para votar um referendo que decidiria pela permanência ou saída dos britânicos da União Europeia. 17,4 milhões de pessoas votaram a favor da saída. Esse ato ficou conhecido pelo nome Brexit, que junta as siglas correspondentes às palavras Brintain (britânico) e Exit (saída). A fim de compreender melhor os motivos que levaram os britânicos a optar pela saída da União Europeia, faz-se necessário saber em que contexto ocorreu a criação desse bloco, à época chamado de CEE – Comunidade Econômica Europeia, quais são suas propostas básicas e como está organizada sua estrutura política.
A União Europeia estava constituída, contando o Reino Unido, por 28 nações, todas do continente europeu. A concepção de uma união política e econômica com características supranacionais passou a ser elaborada após a Segunda Guerra Mundial. A ideia era conceber uma união que não apenas permitisse a ajuda mútua econômica e financeira entre os países-membros, mas que também impedisse o retorno das rivalidades nacionalistas que culminassem novamente em guerras mundiais. Nesse sentido, em 1957, por meio do Tratado de Roma, foi criada a Comunidade Econômica Europeia. Ao longo da segunda metade do século XX, uma série de tratados solidificou a CEE e abriu caminho para o que seria a UE. Entre esses tratados, os principais são: → o Tratado de Maastricht. Firmado em 1992, esse tratado criou a moeda Euro, que se tornou comum a quase todos os países-membros da UE; → O Tratado de Amsterdã. Firmado em 1997, instituiu a chamada Política de Segurança Comum (PESC); → Tratado de Lisboa, de 2007, que reformou alguns dos pontos da Constituição Europeia de 18 de junho de 2004. Como qualquer instituição política democrática, a União Europeia também conta com instituições representantes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). São eles: a Comissão e o Conselho Europeu (Poder Executivo), o Tribunal de Justiça da União Europeia (Poder Judiciário) e o Parlamento Europeu (Poder Legislativo). Para saber de mais detalhes sobre essa estrutura, clique aqui. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
O Reino Unido entrou na União Europeia em 1º de janeiro de 1973. Entretanto, essa inserção logo apresentou alguns problemas. Tanto parte da população quanto os políticos britânicos começaram a discutir a pertinência e as vantagens de se permanecer no bloco. As contendas aumentaram de tal forma que, em 5 de junho de 1975, foi realizado um referendo para decidir sobre a permanência ou saída dos britânicos – tal como houve em 2016. Na ocasião (1975), quase 70% da população votou pela permanência. Vale ressaltar que a situação do Reino Unido na UE nunca foi plenamente aceita. Um dos grandes exemplos disso é o fato de que os britânicos nunca entraram na “zona do Euro”, isto é, a sua moeda, libra esterlina, nunca esteve na esfera de padronização monetária proposta pela UE.
Entre as principais figuras que advogaram pelo Brexit, estão Boris Johnson e Nigel Farage. O primeiro, associado aos políticos conservadores ingleses, já foi prefeito de Londres e presidente da Câmara dos Lordes. É um rival histórico de David Cameron (o primeiro-ministro inglês que propôs o referendo, mas que defendia a permanência do Reino Unido na UE) e um forte candidato a ser o novo primeiro-ministro da Inglaterra. O segundo é eurodeputado, isto é, é membro do Parlamento Europeu, mas nunca foi do Parlamento Britânico. Apesar disso, Farage tem bastante aceitação popular e é conhecido por ter fundado o partido UKIP (United Kingdom Independence Party – Partido da Independência do Reino Unido), que defende, entre outras coisas, uma acentuada política anti-imigração para o Reino Unido.
O Acordo de Saída celebrado entre a União Europeia e o Reino Unido estabelece os termos da saída ordenada do Reino Unido da UE, em conformidade com o artigo 50.º do Tratado da União Europeia. O Acordo de Saída entrou em vigor em 1 de fevereiro de 2020, após ter sido aprovado em 17 de outubro de 2019, juntamente com a Declaração Política que estabelece o quadro das futuras relações entre a União Europeia e o Reino Unido. O Acordo é constituído por dois documentos principais:
The EU-UK Withdrawal Agreement explained (slides) English (1.59 MB - PDF) DescarregarDomínios abrangidos pelo Acordo de Saída
A aplicação do Acordo de Saída exige medidas tanto a nível da UE como dos Estados-Membros. Quais são os principais efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia Brainly?Resposta: Fim da livre circulação: será possível continuar viajando sem visto, mas apenas para estadias curtas. - Vistos para trabalho: o Reino Unido implementará um novo sistema baseado em pontos, e a União Europeia aplicará as regras para países fora do bloco.
O que é Brexit e quais são as principais causas?A palavra Brexit vem da junção das palavras inglesas “Britain” (Bretanha) e “Exit” (saída). A expressão é usada para caracterizar o processo de desligamento do Reino Unido da União Europeia iniciado com o referendo de 23 de junho de 2016. Nesta data, os britânicos escolheram deixar o bloco econômico e político europeu.
O que é o Brexit e qual o seu objetivo?Em 23 de junho de 2016, o Reino Unido realizou consulta popular para decidir se o país deveria permanecer na União Europeia (UE) ou deixar o bloco. Com 51,9% dos votos, ganhou a posição favorável à saída da UE. Conhecida como “Brexit”, a saída do Reino Unido da UE foi formalizada em 31 de janeiro de 2020.
Qual o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia?O fim do período de transição do Brexit, a 31 de dezembro de 2020, marcou o fim da livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido, e acarretou consequências sociais e económicas adversas para as pessoas, as empresas e as administrações públicas de ambos os lados.
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