Quais fatores contribuíram para a ascensao do fascismo na Itália durante a década de 1920?

Em 1922 Benito Mussolini chegou ao poder em Itália. Na Alemanha, em 1933, foi a vez de Adolf Hitler se tornar chanceler. Apesar de características comuns entre o regime fascista e o nacional-socialista, o nazismo destacou-se por ser mais radical e violento. O desejo de conquista do “espaço vital” levou a Alemanha a desencadear uma nova guerra mundial, durante a qual ocorreu o genocídio de 6 milhões de judeus europeus.

A subida ao poder de Benito Mussolini.

O pós-guerra em Itália ficou marcado pela crise económica e pela instabilidade social. Verificou-se uma onda de greves nas cidades e a ocupação de terras nas áreas rurais. Perante a incapacidade de o governo repor a ordem, as classes médias e os proprietários começaram a temer a revolução.

Em toda a Itália, surgiram movimentos paramilitares, os fasci, que os industriais e latifundiários financiavam para colocarem fim às greves. O fasci criado por Benito Mussolini, em 1919, acabou por se destacar e, em 1921, transformou-se no Partido Nacional Fascista.

Em 1922, depois da demissão do governo e de Mussolini marchar sobre a cidade de Roma com os seus camisas castanhas, o rei Vítor Emanuel III convidou-o a ocupar o cargo de primeiro-ministro.

A subida ao poder de Adolf Hitler

O Partido dos Trabalhadores Alemães foi fundado em 1919. Em fevereiro de 1920 mudou o seu nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e, pouco depois, Adolf Hitler tornou-se o seu líder.

A linguagem simples e direta de Hitler, os gestos dramáticos e emotivos, tornaram a sua mensagem facilmente compreendida pelas massas. Em 1923, Hitler levou a cabo uma tentativa de golpe, que fracassou. Passou alguns meses na prisão, onde escreveu o livro Mein Kampf. A partir daqui, a estratégia do NSDAP vai centrar-se na propaganda e nos comícios públicos, com o objetivo de atrair o voto das massas e derrubar a República de Weimar.

A queda da bolsa de Wall Street, em 1929, e a crise económica que se seguiu, atingiram duramente o país e polarizaram a sociedade alemã, beneficiando dois partidos políticos que se encontravam em espectros políticos opostos, o NSDAP à direita e o Partido Comunista Alemão à esquerda.

Em janeiro de 1933, o presidente alemão Hindenburg, aconselhado pelo seu círculo político, nomeou Hitler chanceler da Alemanha. A direita conservadora, apesar de temer a dinâmica revolucionária do movimento nacional-socialista, achava que conseguiria controlar Hitler. Foi um erro de cálculo que teve consequências desastrosas.

As especificidades do Nazismo

Embora o Nazismo partilhasse algumas características do Fascismo italiano, o regime teve especificidades que devem ser destacadas.

O regime nazi era mais radical e violento que o fascista. Dois dos elementos centrais da ideologia nazi eram o racismo biológico e, em especial, o antissemitismo. Hitler acreditava que os alemães eram arianos, uma “raça superior”, à qual caberia governar o mundo, enquanto os judeus, os eslavos e outros povos e minorias, eram encarados como uma “raça inferior” e uma ameaça à pureza da “comunidade racial alemã”.

A partir de 1933, o antissemitismo de Hitler transformou-se em política oficial do Estado alemão. O regime começou por retirar os direitos e a propriedade aos judeus. Progressivamente, a discriminação e a segregação evoluíram para o encarceramento (em guetos e campos de concentração) e para o assassinato.

O desejo de conquista do “espaço vital”, localizado no Leste da Europa, levaram os nazis a lançar uma guerra para a conquista de territórios e riquezas. Foi durante a Segunda Guerra Mundial que teve lugar o genocídio de 6 milhões de judeus europeus, que ficou conhecido como Holocausto. Tratou-se um processo pensado e executado de forma sistemática pelos nazis e pelos seus colaboradores.

Os judeus foram assassinados em florestas da Europa de Leste ou deportados e mortos em campos de extermínio. Também as pessoas de etnia cigana, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová, homossexuais ou os opositores políticos, entre outros grupos, foram perseguidos e encarcerados em campos de concentração pelo regime.

  • Fascismo italiano - chegada ao poder
  • Fascismo italiano - governo de Mussolini
  • Fascismo italiano - Segunda Guerra Mundial
  • Fascismo italiano - política externa

O fascismo é um movimento político - e também um regime ou sistema político (como o estabelecido por Benito Mussolini na Itália, em 1922) - que defende a prevalência, isto é, a superioridade dos conceitos de nação, Estado e raça sobre os valores individuais. Como dizia o próprio Mussolini: "Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato", ou seja, "Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado". Um regime político fascista é representado por um governo autocrático, centralizado na figura de um ditador.

Contexto histórico

No início do século 20, a Itália vivia uma profunda crise. A unificação de seu território foi tardia, as guerras tinham durado entre 1859 e 1870, mas os problemas políticos e sociais ainda não tinham terminado: o papado romano não aceitava se submeter ao rei da Itália; as várias regiões, historicamente diferentes, se recusavam a falar o italiano, preferindo os dialetos locais.

Além disso, os problemas econômicos eram sérios: a industrialização e a modernização da economia aconteciam de forma lenta; as diferenças entre o Sul do país, agrícola e muito pobre, e o Norte modernizado eram gritantes, dificultando a integração econômica. Levas de migrantes buscavam trabalho nas indústrias, esvaziando o campo, causando períodos de carestia. Ao mesmo tempo, o desemprego aumentava nas cidades industriais.

Os partidos de esquerda, comunistas e socialistas, bem como os anarquistas, ganhavam cada vez mais adeptos entre os italianos, o que preocupava a elite capitalista.

O Estado monárquico, herdado do período da unificação (dinastia de Savoia), marcado por um profundo conservadorismo e com o apoio das elites industriais, pouco fazia para resolver os problemas sociais.

Em nome do crescimento no cenário internacional (reconhecimento de sua soberania política e busca de territórios para expandir sua economia), a Itália se declarou inimiga da Alemanha e entrou na Primeira Guerra Mundial em 1915.

Por estar ao lado dos países vitoriosos no conflito, a Itália pretendia receber alguns territórios, mas teve suas ambições frustradas, o que causou um grande mal-estar na população, que se sentia traída pela Inglaterra e pela França. Para completar o quadro negativo, a crise socioeconômica se aprofundou no pós-guerra. É nesse contexto que surge o movimento fascista.

Fascio de Combate

Em clima de total insatisfação, vários movimentos políticos se organizaram na Itália, dentre eles o Fascio de Combate, que teve como um de seus fundadores Benito Mussolini, conhecido jornalista e agitador político.

A palavra "fascio" significa feixe. O fascismo se apropriou do símbolo de poder dos magistrados da Roma Antiga, o feixe de varas, que representava a união do povo em torno da justiça do Estado. O objetivo era evidente: retomar a história do povo italiano, sugerindo que a Itália poderia voltar a ser o Império Romano da Antiguidade.

Esse movimento, fundado em Milão, em março de 1919, não tinha ainda o perfil político-ideológico que iria assumir anos depois. Nas palavras do próprio Mussolini: "Não temos uma doutrina pronta; nossa doutrina é a ação!".

Em junho de 1919 foi publicado o programa oficial do movimento, e algumas de suas reivindicações eram: jornada de trabalho de 8 horas; sufrágio universal extensivo às mulheres; representação proporcional no Parlamento; abolição do Senado do Reino; formação de uma milícia que atuasse paralelamente ao Estado; e maior atuação da Itália no cenário internacional.

Desse programa inicial, somente as duas últimas propostas seriam levadas a cabo durante o período em que os fascistas controlaram a Itália, pois o Fascio de Combate era, na realidade, um grupo de pessoas que tinham formações políticas e opiniões diferentes sobre o futuro da Itália, mas que se uniram no calor da hora, em função da grande crise do pós-guerra. Ali se misturavam socialistas, sindicalistas, intelectuais futuristas, militares e nacionalistas, entre outros.

O que contribuiu para a ascensão do fascismo na Itália durante a década de 1920?

Existem alguns fatores que contribuíram para a ascensão do Partido Nacional Fascista na Itália, como a grave crise econômica que a Itália enfrentava e o não atendimento de reivindicações territoriais no pós Primeira Guerra Mundial. Essa frustração vai inflar ainda mais o nacionalismo italiano.

Quais os fatores que contribuíram para a ascensão do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha durante a década de 1920?

Após a I Guerra, a Itália vivia uma grave crise econômica, com inflação galopante, desemprego e queda da produção industrial. Nesse contexto, em 1919, o ex-militante socialista Benito Mussolini fundou o Partido Fascista, ultra nacionalista, opondo-se ao socialismo e à democracia liberal.

O que levou ao surgimento do fascismo?

A ascensão do fascismo na Itália está diretamente relacionada com a crise econômica que o país viveu. Além disso, tem relação com a frustração italiana com a Primeira Guerra Mundial e com o temor da expansão do socialismo no país. O líder do fascismo italiano foi Benito Mussolini.

Como se deu a ascensão do fascismo na Itália Brainly?

A popularização dos fascistas na Itália no começo da década de 1920 aconteceu exatamente por causa do uso da força. Por meio dos “camisas negras” (grupos paramilitares), os fascistas atacavam violentamente seus opositores, sobretudo os socialistas. Foi isso que fez o fascismo ganhar popularidade na Itália.