Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

5. Circuitos de corrente contínua

Problema 1

No circuito da figura, determine quais das fontes de força eletromotriz fornecem ou absorvem energia e calcule a potência fornecida, ou absorvida, por cada uma.

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

Usando unidades de kΩ para as resistências e V para as voltagens, as correntes obtidas estarão em mA. Definem-se duas correntes de malha i1 e i2 , que podem ser no sentido dos ponteiros do relógio:

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

Como tal, as equações das malhas são o seguinte sistema:

13.3−7−712.6i1i2=11−5

Multiplicando os dois lados da equação pela inversa da matriz que aparece no lado esquerdo, obtêm-se as correntes de malha:

i1i2=13.3−7−712.6−111−5

No Maxima o resultado pode obter-se com o seguinte comando:

(%i1) I: invert( matrix ([13.3, -7],[-7, 12.6])).[11, -5];
(%o1)

0.87370.08855

Os dois valores positivos obtidos indicam que os sentidos das duas correntes de malha sim é o que foi arbitrado (dos ponterios do relógio). A corrente que passa pela f.e.m. de 6 V é a própria corrente de malha i1 = 0.8737 mA, que atravessa a fonte de 6 V do elétrodo negativo para o positivo; como tal, essa fonte fornece 6×0.8737 = 5.24 mW.

Na fonte de 5 V, a corrente é de cima para baixo, porque i1>i2 , e tem intensidade i1−i2=0.8737−0.08855=0. 78515 mA. Essa fonte também fornece potência (a corrente atravessa do elétrodo negativo para o positivo) de valor 5×0.78515 = 3.93 mW.


Problema 4

Determine a potência dissipada em cada resistência no circuito e a potência fornecida pela f.e.m. Verifique que a potência fornecida pela f.e.m. é igual à soma das potências dissipadas em todas as resistências.

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

Há três correntes de malha, i1 , i2 e i3 , que podem ser definidas no sentido dos ponteiros do relógio (unidades SI):

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

As equações das três malhas são:

⎡⎣2500−1000140−60−100−60180⎤⎦⎡⎣i1i2i3⎤⎦=⎡⎣−660⎤⎦

E a solução desse sistema linear é:

⎡⎣i1i2i3⎤⎦=⎡⎣2500−1000140−60−100−60180⎤⎦−1⎡⎣−660⎤⎦

No Maxima o sistema pode ser resolvido armazenando as 3 correntes de malha numa lista, por meio do seguinte comando:

(%i2) i: list_matrix_entries( invert( matrix( [250,0,-100], [0,140,-60], [-100,-60,180])).[-6,6,0]);
(%o2)

−1175000,872000,32000

O produto da matriz inversa pela lista das voltagens, que dá uma matriz com as correntes de malha, foi convertida em lista usando a função list_matrix_entries.

Observando o diagrama acima, conclui-se que a lista das correntes no 6 ramos, I1 … I6 , nos sentidos escolhidos, têm a seguinte relação com as correntes das malhas:

(%i3) I: float ([i[1], i[2], i[3], i[3]-i[1], i[2]-i[3], i[2]-i[1]]);
(%o3) [ -0.0234, 0.0435, 0.0015, 0.0249, 0.042, 0.0669 ]

O sinal negativo de I1 indica que é no sentido oposto ao que foi indicado no diagrama. As respetivas resistências nos seis ramos são:

(%i4) R: [150, 80, 20, 100, 60, 0]$

A potência dissipada em calor em cada uma dessas resitências é Pi=RiI2i . Como tal, a lista das seis potências dissipadas em calor nos seis ramos é:

(%i5) P: R*I^2;
(%o5) [ 0.08213, 0.1514, 4.5×10-5, 0.062, 0.1058, 0 ]

No ramo 6 não há potência dissipada em calor porque não há resistência. A resistência de 150 Ω dissipa 82.13 mW, a resistência de 80 Ω dissipa 151.4 mW, a resistência de 20 Ω dissipa 45 µW, a resistência de 100 Ω dissipa 62 mW e a resistência de 60 Ω dissipa 105.8 mW.

A potência fornecida pela fonte é 6I6=0.4014 W. Para conferir que é igual à potência total dissipada nas resistências, somam-se as potências dissipadas nos seis ramos, ou seja, somam-se os elementos da lista P no Maxima, que pode ser feito aplicando o operador "+" à lista:

(%i6) apply ("+", P);
(%o6) 0.4014


Problema 5

No circuito representado no diagrama, os dois condensadores estão inicialmente descarregados. Determine: (a) As correntes iniciais nas resistências e condensadores. (b) As cargas finais nos condensadores, indicando as suas polaridades.

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

(a) No instante inicial, em que os condensadores descarregados atuam como curto-circuitos, o circuito equivalente é o seguinte

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

A resistência de 1.2 kΩ não foi representada, porque o equivalente dessa resistência em paralelo com o condensador de 68 nF (curto-circuito com resistência nula) é uma resistência nula (curto-circuito).

Arbitrando potencial nulo no ponto onde o elétrodo negativo da f.e.m. de 1.5 V está em contacto com a resistência de 150 Ω, o elétrodo negativo da f.e.m. de 6 V também terá potencial nulo, porque o potencial em todos os pontos no curto-circuito à direita do circuito é o mesmo. Como tal, o potencial no elétrodo positivo da f.e.m. de 1.5 V será 1.5 V, e o potencial do elétrodo positivo da f.e.m. de 6 V será 6 V, tal como mostra o diagrama acima.

Na resistência de 150 Ω a diferença de potencial é 6 V e a corrente será 6/150 = 0.04 A (de esquerda para direita), que é a mesma corrente no condensador de 82 nF (de direita para esquerda). Na resistência de 200 Ω, a diferença de potencial é 1.5 V e a corrente 1.5/200 = 0.0075 A (de cima para baixo). Pela regra dos nós, a corrente no condensador de 68 nF é então, 0.04−0.0075=0.0325 A (de cima para baixo). Na resistência de 1.2 kΩ a corrente é nula, porque a diferença de potencial é nula.

(b) No estado final, quando os condensadores completamente carregados são equivalentes a interruptores abertos, o circuito equivalente é o seguinte

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

Observe-se que a corrente na resistência de 150 Ω é nula, porque não tem percurso por onde circular. Como tal, o potencial nos dois extremos dessa resistência é o mesmo e pode arbitrar-se que é nulo, como mostra o diagrama anterior. O potencial no elétrodo negativo da f.e.m. de 6 V será então igual a −6 V e o potencial no elétrodo positivo da f.e.m. de 1.5 V será igual a 1.5 V.

No ponto comum às resistências de 200 Ω e 1.2 kΩ o valor do potencial, V no diagrama, deverá ser obtido pela lei de Ohm. Essas duas resistências, que estão em série, são equivalentes a uma única resistência de 1400 Ω entre os pontos onde o potencial é 0 e 1.5 V; como tal, a corrente através dessas duas resistências é I=1.5/1400 A, e o valor de V é:

V=1200I=1200×1. 51400=1. 286V

Observa-se então que no condensador de 82 nF a carga é positiva na armadura do lado direito (maior potencial), no condensador de 68 nF a carga é negativa na armadura de cima (menor potencial) e os valores das cargas nesses dois condensadores são os seguintes:

Q1=82×(1.286− (−6))=597nCQ2=68×1.286=87.4nC


Problema 6

(a) Determine a intensidade e sentido da corrente no condensador, no instante inicial em que está descarregado. (b) Determine a carga final do condensador, indicando a sua polaridade.

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

(a) O circuito equivalente no estado inicial, com o condensador em curto-circuito, é o seguinte

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

Usando o método das malhas, com três correntes de malha no sentido contrário aos ponteiros do relógio, o sistema de equações do circuito é então,

⎡⎣650−180−470−180780−330−470−3301360⎤⎦⎡⎣i1i2i3⎤⎦=⎡⎣300⎤⎦

A solução desse sistema é i1=0.00824 , i2=0.00346 e i3=0.00369 . A corrente através do condensador é i1−i2 , para cima, ou seja, 0.00478 A, para cima.

(b) O circuito equivalente no estado final, com o condensador como interruptor aberto, é o seguinte

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

Onde as resistências de 470 Ω e 330 Ω estão em série entre C e D, e a resistência equivalente ficará em paralelo com a resistência de 560 Ω, conduzindo aos seguintes circuitos equivalentes mais simples:

Para o circuito abaixo, determine a intensidade da corrente em cada ramo

No circuito do lado direito, a corrente é igual a

I=3270+329.4=0.005005A

e a voltagem entre os pontos D e C é:

∆VDC=329.4×0.005005=1.649V

No circuito do lado esquerdo, a corrente através da resistência de 800 Ω, (de esquerda para direita) é:

I800=1.649800=0.002061A

Que é a mesma corrente I470 que passa de C para D no circuito original. Nesse circuito original, a diferença de potencial entre os dois pontos onde está ligado o condensador é igual a,

∆V AB=∆VAC+∆VCB =3−470×0.002061=2.031V

O resultado positivo indica que a carga é positiva na armadura de baixo (maior potencial em B do que em A) e negativa na armadura de cima. Finalmente, a carga no condensador calcula-se a partir da sua voltagem

Q=C∆V=1.2×2.031=2.438µC

Como calcular a intensidade da corrente de um circuito?

A corrente de um circuito é diretamente proporcional à tensão e inversamente proporcional à resistência. Dela, extrai-se a seguinte fórmula básica: Ou seja, I=V/ R, sendo: I: Corrente elétrica, dado em ampere (A).

Como calcular a intensidade da corrente elétrica em cada resistor?

Para encontrar o valor da corrente que passa pelo resistor basta dividir a tensão sobre a resistência e para descobrir a corrente total do circuito basta somar as duas correntes, pois de acordo com a lei de kirchhoff para as correntes, a soma das correntes que entra em um nó é a mesma que a soma das correntes que saem.

Como aplicar as leis de Kirchhoff?

Para aplicar as Leis de Kirchhoff devemos seguir os seguintes passos:.
1º Passo: Definir o sentido da corrente em cada ramo e escolher o sentido em que iremos percorrer as malhas do circuito. ... .
2º Passo: Escrever as equações relativas a Lei dos Nós e Lei das Malhas..

Como calcular i1 i2 i3 em um circuito?

Aplicando a lei dos “nós” temos que a corrente i1 é igual a soma das correntes i2 e i3, sendo assim temos que a corrente i2 é igual a diferença entre as correntes i1 e i3. Substituindo os valores na expressão temos que i2 é igual a 0,34 A menos 0,17 A. Dessa forma temos que a corrente i2 é igual a 0,17 A.