Por quê ela wiecko foi exonerada

A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, solicitou a sua exoneração nesta terça-feira (29), após a divulgação de um vídeo no qual ela participa de uma manifestação contra o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), no mês de junho, em Portugal. 

O pedido da subprocuradora foi atendido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Como ela é procuradora de carreira, Wiecko continuará na PGR mesmo com a exoneração do cargo.

Em nota, segundo o G1, a assessoria da Procuradoria informou que o afastamento de Wiecko da função será publicada no "Diário Oficial da União". Ainda não foi divulgado quem irá ficar no lugar dela na segunda função mais importante do Ministério Público Federal.

Por quê ela wiecko foi exonerada

A vice procuradora geral da República, Ela Wiecko (foto), foi exonerada do cargo ontem, a pedido, após a divulgação de um vídeo que mostra a sua participação em uma manifestação organizada em Portugal contra o presidente interino Michel Temer. Ela Wiecko, como é procuradora de carreira, mesmo com a exoneração do cargo de vice do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, permanecerá na Procuradoria. Segundo a PGR, o pedido de exoneração foi aceito por Janot. Em nota, a assessoria da Procuradoria informou que o afastamento da vice-procuradora da função será publicado na edição de hoje do “Diário Oficial da União”. Ainda não divulgado quem irá substituí-la na segunda função mais importante do Ministério Público Federal. O protesto contra o governo Temer em Portugal, do qual Ela Wiecko participou, ocorreu em junho. Ela foi filmada no protesto segurando uma faixa que denunciava a realização de um “golpe” no Brasil e que tinha a mensagem “fora, Temer”.

Marido engajado

No começo de agosto, o marido de Ela Wiecko, Manoel Volkmer de Castilho, que trabalhava no gabinete do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, como assessor técnico, foi exonerado após assinar um manifesto de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Castilho assinou o documento que afirma que Lula sofre “ataques preconceituosos e discriminatórios”. No documento, juristas defenderam o direito de o petista recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Por quê ela wiecko foi exonerada
Ela Wiecko, vice-procuradora-geral da República: a número dois de Rodrigo Janot participou de manifestação contra o que chama de “golpe” /

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Depois de aparecer em uma manifestação em que integra um grupo de apoiadores que condena o impeachment da presidente Dilma Rousseff e classifica o processo como “golpe”, a vice-procuradora-geral da República no Brasil, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, renunciou ao cargo nesta terça-feira. Número dois do procurador-geral Rodrigo Janot, Wiecko foi filmada em uma gravação de 28 de junho em que aparece segurando uma faixa onde se lê “Fora Temer. Contra o golpe!”.

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Revelado por VEJA, o vídeo era uma manifestação para denunciar o suposto “golpe contra a democracia” e deveria funcionar como uma mobilização internacional contra a queda da petista Dilma Rousseff. As imagens foram registradas durante uma viagem a Portugal e na companhias do acadêmico Boaventura de Sousa Santos, professor da Universidade de Coimbra.

Em nota, a própria Ela Wiecko anunciou sua saída do cargo. “Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu dispensa das funções do cargo de vice-procuradora-geral da República nesta terça-feira, 30 de agosto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou o pedido e assinou a portaria que será publicada no Diário Oficial da União”. Não há nenhuma menção ao vídeo em que a procuradora, de óculos escuros e aparentemente constrangida, segura a faixa anti-Temer.

Há três semanas, o marido dela, Manoel Lauro Volkmer de Castilho, envolveu-se em polêmica similar. Só que por sair em defesa do ex-presidente Lula. Mesmo trabalhando no gabinete do ministro Teori Zavascki, relator de investigações do petrolão que tem Lula como um dos suspeitos, Manoel Lauro Volkmer assinou um manifesto em apoio à decisão do petista de recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU para denunciar o que classifica como uma injusta “caçada judicial” contra ele. A polêmica o levou a pedir exoneração do cargo de assessor de Teori.

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