Por que devemos nos preocupar com a preservação de áreas verdes e preservadas em nossas cidades?

caraguaverde Amazônia

O Brasil tem 12% da reserva de água doce do mundo, e mais de 70% das reservas hídricas do País se concentram na Amazônia. Devido a essa aparente abundância, muitas vezes, o recurso é tratado com se jamais fosse acabar. Entretanto, a importância da preservação dos rios e nascentes é indiscutível.

Nas últimas décadas, o desmatamento de encostas, das matas ciliares e o uso inadequado dos solos tem contribuído para a diminuição dos volumes e da qualidade da água, um bem natural insubstituível na vida do ser humano.

Os cuidados devem se iniciar com a preservação das nascentes, pois, são as origens dos rios que abastecem nossas casas. Elas são manifestações superficiais de água armazenadas em reservatórios subterrâneos, chamados de aquíferos ou lençóis, que dão início a pequenos cursos d’água, que formam os córregos, se juntando para originar os riachos e dessa forma surgem os rios.

Para a conservação de nascentes e mananciais em propriedades rurais, podem ser adotadas algumas medidas de proteção do solo e da vegetação, que vão desde a eliminação das práticas de queimadas até o enriquecimento das matas nativas.

Além disso, outros cuidados também são importantes para a preservação delas. Por exemplo, evitar a construção de currais, chiqueiros, galinheiros e fossas sépticas nas proximidades acima das nascentes, pois, com a chuva, os dejetos podem contaminá-las. Da mesma maneira, o desmatamento no entorno das nascentes e o acúmulo de lixo nas regiões próximas a elas também precisam de atenção.

O desmatamento e a ocupação irregular do solo devastam as áreas de cabeceira ou de recarga, responsáveis pelo reabastecimento dos lençóis freáticos, aquíferos e nascentes, o que contribui em grande parte com a redução da quantidade e da qualidade de água disponível no planeta. Essas localidades são cruciais para o reabastecimento dos lençóis freáticos, aquíferos, das nascentes e, consequentemente, dos rios.

shutterhack Poluição.

De tal maneira, a preservação dos rios é igualmente importante. E algumas simples mudanças de hábitos ajudam a mantê-los sempre em bom estado. Você já chegou a pensar que o lixo jogado nas rodovias quase sempre é conduzido para os rios? Portanto, não custa nada guardá-lo em dentro do veículo. O hábito de jogar bitucas de cigarro nas estradas também é outro problema, uma vez que provoca queimadas que podem atingir as matas ciliares, que são de vital importância para a preservação dos nossos rios.

Dessa forma, é preciso entender que precisamos das nascentes e, portanto, o cuidado com os bens que nos são essenciais cabe somente a nós.

Em geral, as pessoas não costumam associar cidades e árvores, mas a verdade é que as áreas urbanas dependem de florestas saudáveis para sobreviver. Esse entendimento levou 45 cidades de todo o mundo a se unirem à inciativa Cities4Forests, lançada no último dia 12, comprometendo-se a proteger, gerenciar e restaurar florestas em três escalas: florestas internas, próximas e distantes.

Em cada um desses níveis, as florestas oferecem benefícios para as cidades e o planeta como um todo. Dentro do perímetro urbano, as árvores e áreas verdes oferecem espaços de lazer e convivência e contribuem manter as temperaturas mais amenas. Florestas próximas, no entorno das cidades, protegem contra enchentes e deslizamentos de terra. E mesmo as áreas florestais mais distantes têm implicação sobre a vida nos centros urbanos, já que influenciam o clima de forma geral, geram chuvas e abrigam a maior parte da biodiversidade terrestre do mundo.

Florestas distantes são uma oportunidade inexplorada

Se os benefícios das áreas verdes dentro e próximas das cidades já são relativamente conhecidos, o impacto que as florestas mais distantes exercem sobre o dia a dia nas cidades só agora começa a ser compreendido. O desmatamento tropical é um dos principais fatores que contribuem para as emissões de gases de efeito estufa, e as florestas foram incorporadas nas negociações globais sobre mudanças climáticas. Sabe-se, agora, que a proteção das florestas é um elemento essencial em qualquer estratégia para estabilizar o clima global e, assim, mitigar os riscos impostos às cidades pelo aumento do nível do mar e por fenômenos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos.

Em paralelo, novos estudos científicos têm revelado que florestas distantes das áreas urbanas podem afetar as cidades também, como pela geração de chuvas, essencial para manter a produtividade agrícola em fazendas que produzem alimentos para a população urbana. Em fevereiro deste ano, cientistas alertaram que a combinação de desmatamento, mudanças climáticas e o frequente uso do fogo na região amazônica pode estar relacionada às secas e inundações severas que afetaram as cidades do Brasil e dos países adjacentes nos últimos anos.

Diante disso, o que as cidades poderiam fazer para ajudar a conservar essas florestas, tão distantes de seu território mas com impactos tão profundos em seu cotidiano?

Para começar, podem garantir que seus próprios padrões de consumo não contribuam para o problema. O Painel Internacional de Recursos estima que o consumo de materiais (como madeira, areia, cascalho, minério de ferro e carvão) crescerá de 40 bilhões de toneladas em 2010 para cerca de 90 bilhões de toneladas em 2050. As cidades têm o poder de escolher se esse consumo se dará a partir de fontes sustentáveis ou não. Quando Londres sediou as Olimpíadas de 2012, as autoridades posicionaram-se em relação às florestas certificando-se de que toda a madeira usada para construir o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas possuísse o certificado de produção legal e sustentável.

A experiência de Santiago

No Chile, o Rio Mapocho é um dos principais eixos geográficos do vale onde está a capital Santiago – e o potencial desse curso de água para a paisagem urbana é um desafio que remonta à fundação da cidade. Com o projeto Mapocho 42k, a capital chilena conseguiu um exemplo de como proteger áreas verdes e ao mesmo tempo torná-las parte da vida urbana

O projeto foi desenvolvido com o objetivo de aproveitar o potencial das margens do Rio Mapocho, em especial a sul, de comportar o espaço público de escala metropolitana: um grande eixo que conecte a cidade de Santiago geográfica e socialmente. Essa conexão é feita a partir de um corredor verde, ou “cicloparque”, que permite a circulação tanto de pedestres quanto ciclistas.

Ciclovia ao longo do rio Mapocho, em Santiago (Foto: Mara Daruich/Flickr)

Em resumo, estamos falando de um sistema de parques integrados por uma ciclovia nas margens do Rio Mapocho. São 42 quilômetros que percorrem 11 comunas (a menor subdivisão administrativa do Chile) e conectam as diversas áreas verdes da região. O corredor consegue conectar ao mesmo tempo os parques já existentes e potenciais espaços verdes ao longo da margem, promovendo, assim, uma continuidade ambiental e ecológica da qual fazem parte áreas verdes adjacentes como o Parque Bustamante, o Parque Metropolitano ou as margens do Canal San Carlos.

Toda essa rede forma um Sistema Integrado de Parques que vincula espaços públicos a um importante eixo hidrográfico e, com isso, consolida uma matriz geográfica e ecológica como um dos principais elementos do desenvolvimento urbano de Santiago.

Por que precisamos preservar as áreas verdes?

Elas possuem a importante função de reduzir efeitos da poluição e dos ruídos, agem diretamente na redução da temperatura e na velocidade dos ventos, além de influenciarem no balanço hídrico e ainda podem servir de abrigo a diversos animais silvestres que vivem nas cidades, como pássaros, insetos e até macacos.

O que devemos fazer para preservar as áreas verdes?

Dicas para Conservar Áreas Verdes Urbanas.
Podar árvores com galhos secos;.
Extrair árvores que oferecem riscos de queda e fazer a substituição;.
Poda especializada em levantar copas;.
Manutenção do gramado capinado;.
Cuidar e evitar com que surjam doenças e pragas;.
Priorizar espécies nativas e..

Qual é a importância da conscientização ambiental e da preservação das áreas verdes da escola e imediações justifique?

Resumo: As áreas verdes são consideradas um indicador na avaliação da qualidade ambiental urbana e também obrigatórias por lei. Quando não existem ou não são efetivadas no ambiente urbano interferem na qualidade do mesmo, e também a falta desses espaços adequados para o lazer prejudica a qualidade de vida da população.

O que podemos fazer para preservar as áreas verdes próximas às escolas?

6 dicas para conservação e cuidados em áreas verdes.
Os galhos sejam podados com regularidade;.
As árvores com risco de queda sejam extraídas e substituídas;.
Haja poda especializada em levantar copas;.
O gramado seja cortado;.
As doenças e pragas sejam evitadas;.
As espécies nativas sejam priorizadas..

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