Como se denomina o hormônio responsável pela quantidade final de água reabsorvida pelo rim e consequentemente a concentração final de urina?

Um tema importante para o vestibular é o estudo da fisiologia humana, relacionada à excreção e à regulação da liberação de água pelos rins, que envolve dois hormônios, a aldosterona e o ADH.


A aldosterona e o ADH agem de formas diferentes. Numa aula em vídeo, Cícero Melo, professor de biologia do curso pH, no Rio de Janeiro, mostra de que forma cada um deles atua no néfron, isto é, dentro do sistema renal.


Segundo Melo, a aldosterona é um hormônio que é liberado pela suprarrenal para que haja a reabsorção de sódio, sal mineral. “É claro que a reabsorção de sódio acaba levando à reabsorção de água. Uma vez levando à reabsorção de água, acaba concentrando a urina e levando a água de volta para a corrente sanguínea.”
 

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O outro hormônio, que também trabalha na reabsorção de água, é o ADH, produzido pelo hipotálamo e liberado pela neurohipófise. “Ele atua diretamente na reabsorção de água, por osmose, aumentando a quantidade de uma proteína, chamada aquaporina, nos túbulos renais.”


Enquanto o primeiro age na reabsorção de um sal mineral para que haja reabsorção de água, o segundo age diretamente na reabsorção de água, através de poros de água na membrana plasmática das células.


Outro ponto distintivo entre os dois hormônios é o seu local de atuação. “Enquanto a aldosterona age, usando uma fisiologia renal simplificada, na região ascendente da Alça de Henle e, com isso, acaba provocando reabsorção de água nos túbulos renais, o ADH age no duto coletor, também promovendo a reabsorção de água.”


Segundo o professor, os dois hormônios são antidiuréticos, aumentando a concentração da urina e elevando a pressão arterial.

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O sistema urinário é um conjunto de órgãos responsável pela filtração do sangue. Entre suas funções estão o controle da quantidade de líquidos no organismo (equilíbrio hídrico) e a eliminação, através da urina, de substâncias tóxicas (excretas) ou em excesso.

Em humanos, o sistema urinário é formado por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga e pela uretra.

Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue. Eles se situam na região dorsal do corpo e possuem uma forma similar a de um grão de feijão (mas, é claro, em tamanho bem maior).

Cada rim é formado por milhares de pequenas unidades filtradoras chamadas de néfrons. O néfron é uma estrutura tubular que se inicia numa porção dilatada denominada cápsula de Bowman. No interior da cápsula de Bowman existe uma rede de pequenos capilares que formam o glomérulo de Malpighi. Os capilares do glomérulo desembocam em um duto coletor que recolhe as substâncias filtradas. Esses dutos se ligam a outros canais, formando estruturas maiores, que acabam por formar um duto único, chamado de ureter.

Agora que já conhecemos a estrutura dos rins, vamos ver qual é o caminho do sangue através desses órgãos. O sangue chega ao rim através das artérias renais e segue através de uma série de arteríolas até o glomérulo de Malpighi.

No interior do glomérulo, o sangue é submetido a uma forte pressão, que força a passagem de substâncias dissolvidas no plasma sanguíneo para o interior da cápsula de Bowman. Entre essas substâncias, podemos citar a água, a ureia, pequenas moléculas de sais, glicose e aminoácidos. As proteínas, por serem moléculas grandes, não conseguem passar através da parede dos glomérulos. A esse conjunto de substâncias filtradas é dado o nome de urina primária ou filtrado glomerular.

O filtrado glomerular segue por uma série de alças e dutos até atingir o duto coletor. Durante esse percurso, parte da água e algumas substâncias importantes, como, por exemplo, vitaminas e sais minerais, são reabsorvidos e voltam para a circulação sanguínea. O sangue filtrado deixa o rim através da veia renal.

O produto resultante após a filtração e reabsorção é chamado de urina. A urina deixa os néfrons através dos dutos coletores e chega ao ureter. O ureter leva a urina até a bexiga urinária. A bexiga é um órgão elástico que armazena a urina até ela ser eliminada. Da bexiga parte um canal, chamado uretra, que transporta a urina da bexiga para o meio externo.

Controle da reabsorção de água

Uma das funções do sistema urinário é manter o equilíbrio hídrico do organismo. Ou seja, eliminar ou reabsorver líquidos de acordo com a concentração destes na circulação sanguínea.

Esse controle é realizado por um hormônio chamado de hormônio anti-diurético ou ADH (sigla para o termo em inglês: antidiuretic hormone). O ADH é liberado pela hipófise, uma glândula do sistema endócrino. O hormônio atua nos dutos que deixam os néfrons, favorecendo a reabsorção e, assim, aumentando a quantidade de líquido que retorna ao sangue. Portanto, o resultado é a formação de uma urina mais concentrada. Quando a concentração de líquidos no sangue volta ao normal, a liberação de ADH é inibida e a urina se torna mais diluída.

Problemas do sistema urinário

Existem diversas disfunções ou doenças que afetam os órgãos do sistema urinário. Entre elas, podemos citar a incontinência urinária, a cistite, os cálculos renais e a nefrite.

A incontinência urinária atinge principalmente as mulheres e sua incidência aumenta com a idade. Existem diversos tipos de incontinência, mas, de maneira geral, o problema é caracterizado pela eliminação involuntária de urina através da uretra.

Existem diversas causas para a incontinência urinária, tais como comprometimento da musculatura que controla a micção, inflamações no sistema urinário e doenças que comprimem a bexiga. O tratamento varia de acordo com a causa que provoca a incontinência.

Cistite é o nome dado ao processo de inflamação ou infecção da bexiga, geralmente provocado por bactérias. Alguns dos sintomas da cistite são: aumento da frequência de micção, dor ou ardência ao urinar, febre e dores na região da bexiga. O tratamento é realizado através da administração de antibióticos, receitados de acordo com o tipo de bactéria infectante.

Durante os processos de filtração e reabsorção do sistema urinário pode ocorrer a formação de pequenos cristais de sais minerais e outras substâncias. Dependendo do tamanho dos cristais e de características individuais do organismo, estes podem passar despercebidos ou provocar uma doença conhecida como cálculo renal. No segundo caso, a pessoa sente fortes dores na região dos rins e muita dor ao urinar. Dependendo do tamanho do cálculo, ele pode ser eliminado naturalmente com a urina, ou pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para a sua remoção.

A nefrite é uma inflamação nos néfrons que provoca lesões nos glomérulos de Malpighi. Existem dois tipos principais de nefrite: a aguda e a crônica.

A nefrite aguda pode ser causada por alguns vírus ou bactérias. A forma crônica pode ser uma evolução da nefrite aguda ou pode ser uma doença autoimune. No caso da nefrite autoimune, as células do sistema imunológico não reconhecem os glomérulos e passam a atacá-los, provocando as lesões. Retenção de líquidos e aumento da pressão arterial são alguns dos sintomas dessa doença.

Devido ao mau funcionamento dos néfrons, o sangue não é filtrado de maneira apropriada e substâncias tóxicas começam a se acumular no organismo. Em casos muito graves é necessário realizar hemodiálise. A hemodiálise é um procedimento no qual uma máquina realiza a filtração do sangue, ou seja, realiza a função dos rins, desintoxicando o organismo.

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Qual o hormônio que controla a reabsorção de água pelos rins?

O hormônio antidiurético (ADH) regula o teor de água no corpo humano, determinando o controle da reabsorção de água nos túbulos renais.

Como se denomina o hormônio responsável pela quantidade final de água?

ADH: O hormônio antidiurético.

Qual o papel do hormônio ADH?

A principal função do ADH é controlar a osmolalidade e o volume dos líquidos corporais. Os neurônios secretores são ativados em conseqüência do aumento na pressão osmótica ou redução da pressão hidrostática sanguínea.

O que significa o hormônio ADH?

O ADH origina-se de um pré-pro-hormônio com 168 aminoácidos. Esse polipeptídeo contém uma seqüência de peptídeo sinal (resíduos –23 a –1) cuja função é assegurar a incorporação do pré-pró-hormônio nos ribossomos dos neurônios dos núcleos supra-óptico (NSO) e para-ventricular (NPV) do hipotálamo.

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