Como ocorre a herança de características dos pais ou ancestrais para os descendentes?

A hereditariedade é um fenômeno que representa a condição de semelhança existente entre ascendentes (geração parental) e descendentes (geração filial), através da contínua transferência de instruções em forma de código (as bases nitrogenadas), inscritas no material genético (molécula de ácido desoxirribonucleico), orientando a formação, desenvolvimento e manutenção de um ser vivo.

Uma característica hereditária pode permanecer inativa de uma geração para a outra, o que não significa a sua exclusão, mas a dormência circunstancial de um ou vários genes para uma dada característica. Contudo, não impedindo que um portador de genótipo oculto transmita aos seus descendentes um fenótipo que ficou escondido.

Este acontecimento ocorre com frequência em animais e plantas. Nos seres humanos é mais nítido quando observamos a aparência física superficial como: a pigmentação dos olhos ou da pele. Assim, pais com olhos castanhos podem ter filhos com olhos claros, verdes ou azuis, herança de seus avós ou antecedentes.

Recessividade e Dominância
As relações de dominância e recessividade se estabelecem em células diploides (2n), na espécie humana em células somáticas, por meio de genes alelos semelhantes ou distintos, ou seja, células que possuem bagagem cromossômica duplicada, formada por cromossomos homólogos, um de origem materna e outro paterna. Contendo em seus segmentos informações que codificam diferentes ou semelhantes padrões para uma mesma característica. 

Alelo dominante – componente genético que proporciona o mesmo genótipo em homozigose ou heterozigose;

Alelo recessivo – componente genético que só se expressa em homozigose.

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    Para nós, contemporâneos, a hereditariedade é um fato facilmente de ser percebido e também explicado: basta observar a semelhança entre pais e filhos, ou mesmo entre irmãos; e se lembrar de algumas aulas de Ciências e Biologia.

    Entretanto, há alguns milênios, os antigos ainda não conheciam tais mecanismos, e se preocupavam em buscar explicações para tal. A pangênese, por exemplo, foi uma hipótese proposta pelo filósofo grego Hipócrates, aproximadamente 410 anos a.C.. Segundo ela, cada órgão do corpo produziria um material hereditário específico: as gêmulas. Estas se agregariam, e tal conjunto seria, então, encaminhado ao sêmen, transmitindo as características paternas ao futuro filho. Foi este mesmo filósofo o precursor da teoria dos caracteres adquiridos, futuramente adotado por Lamarck.

    A pangênese foi aceita por muitos anos, sendo, inclusive, considerada por Darwin ao escrever sua famosa obra.

    Décadas depois, Aristóteles propôs que tanto pai quanto mãe eram responsáveis pela liberação de material genético para as novas gerações, pela mistura de sangues: o sêmen (purificado) e sangue menstrual feminino.

    Ele argumentava, ainda, que a pangênese era inconsistente, por não explicar, por exemplo, um indivíduo com características semelhantes às dos avós, e inexistentes nos pais; ou mesmo o fato de plantas mutiladas produzirem descendentes íntegros.

    Finalmente, em 1667, Leeuwenhoek descobriu a presença do espermatozoide no sêmen, associando ele à formação dos seres vivos. Apesar de muitos contatarem esta ideia, outra corrente de pesquisadores conseguiu até mesmo visualizar pequenos seres no interior de cada espermatozoide: hipótese pré-formista.

    Entretanto, foi somente no século XIX, com avanços na área da microscopia, que percebeu-se que óvulos e espermatozoides, fecundados, davam origem a novos indivíduos. Mais tarde, o monge Gregor Mendel foi capaz de reconhecer a segregação independente; propiciando o surgimento da Genética moderna e a consolidação da teoria cromossômica da herança.

    A partir da década de 40, novas descobertas foram feitas: a influência do DNA como responsável pela transmissão de caracteres hereditários e sua dupla hélice; o código genético; e a capacidade de se isolar e transplantar genes.

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    A hereditariedade é um fenômeno que representa a condição de semelhança existente entre ascendentes (geração parental) e descendentes (geração filial), através da contínua transferência de instruções em forma de código (as bases nitrogenadas), inscritas no material genético (molécula de ácido desoxirribonucleico), orientando a formação, desenvolvimento e manutenção de um ser vivo.

    Dessa forma, a hereditariedade se expressa a partir do conjunto de todas as características contidas no núcleo das células gaméticas, fusionado durante a fecundação.

    Os eventos biológicos hereditários podem ser classificados em dois tipos:

    Hereditariedade específica → caracterizada por agentes genéticos comuns de uma determinada espécie, conservando a essência de um grupo taxonômico;

    Hereditariedade individual → relativa à expressão de agentes genéticos que estabelecem aspectos individualizados (por exemplo: a fisionomia, traços particulares do semblante), sendo, portanto, um fator que causa biodiversidade entre indivíduos de uma mesma espécie.

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    No entanto, uma característica hereditária pode permanecer inativa de uma geração para a outra, o que não significa a sua exclusão, mas a dormência circunstancial de um ou vários genes para uma dada característica. Contudo, não impedindo que um portador de genótipo oculto transmita aos seus descendentes um fenótipo que ficou escondido.

    Este acontecimento ocorre com frequência em animais e plantas. Nos seres humanos é mais nítido quando observamos a aparência física superficial como: a pigmentação dos olhos ou da pele. Assim, pais com olhos castanhos podem ter filhos com olhos claros, verdes ou azuis, herança de seus avós ou antecedentes.

    Porém, pode a informação gênica hereditária ser suprimida em decorrência dos fatores ambientais, passando por processo de seleção natural e adaptação, mas isso em longo prazo.

    Por Krukemberghe Fonseca
    Graduado em Biologia

    Como os pais passam suas características para os seus descendentes?

    Os filhos herdam dos pais as informações genéticas contidas nos genes e a partir disso desenvolvem suas características; Os genes são transmitidos através dos gametas (espermatozoides e óvulos), de uma geração a outra.

    Por que herdamos características de nossos pais ou familiares distantes?

    A transmissão das características se dá de diversas formas de interação dos genes, por isso, apesar de termos os mesmos genes de nossos pais não somos totalmente iguais a eles e podemos ter irmãos mais ou menos parecidos a nós ou aos pais.

    Como as características de uma espécie são passadas aos seus descendentes?

    Através dos genes, que são transferidos dos pais aos filhos, dando lhes características que estão armazenado no DNA.

    Por que os filhos possuem características de seus pais de onde vêm estas características e como são passadas aos descendentes?

    Porque eles herdam materiais geneticos dos pais durante a fecundação, pelo DNA, presente em forma de cromossomo nas celulas.