São exemplos de hormônios de ação lenta responsáveis pela manutenção da glicose?

Introdu��o

    Muitos estudos refor�am a tese, de que, a resposta aos est�mulos (Informa��es provenientes do meio externo ou mesmo do meio interno) � controlada de tr�s formas; - Pela contra��o dos m�sculos esquel�ticos de todo o corpo; - Pela contra��o da musculatura lisa dos �rg�os internos e; - atrav�s da secre��o de Horm�nios pelas gl�ndulas ex�crinas e end�crinas em todo o corpo 1. E com, este ultimo funcionando como intermedi�rio entre a elabora��o da resposta pelo sistema nervoso e a efetua��o da resposta pelo �rg�o-alvo, sendo considerado como um outro controlador das fun��es corporais (reguladores fisiol�gicos)2. Ou seja, eles podem acelerar ou diminuir as velocidades de rea��es e fun��es biol�gicas que acontecem mesmo em sua aus�ncia, fundamentais no funcionamento do corpo humano tanto em repouso quanto em atividade �Exercicio�.

    Sendo transportados pela corrente sangu�nea para todas as c�lulas do corpo, onde apenas determinados tecidos especializados t�m a capacidade de reconhecer e responder a cada determinado horm�nio (os receptores de horm�nio). Localizados dentro ou na membrana citoplasm�tica da c�lula, e com capacidade de responder a este neur�nio atrav�s da; - altera��o da velocidade de s�ntese prot�ica intracelular; - mudan�a do ritmo da atividade enzim�tica; - modifica��o do transporte atrav�s da membrana citoplasm�tica e; - indu��o da atividade secretora de outro horm�nio, como resposta ao contato celular com a secre��o.

    E classificados em ester�ides, os composto lipossol�veis que passam com facilidade atrav�s da membrana citoplasm�tica, j� que seu receptor se encontra dentro da c�lula em uma determinada parte do DNA. E a este processo se da o nome de Ativa��o Gen�tica Direta. E os n�o-ester�ides que encontram seus receptores na membrana citoplasm�tica, onde uma vez ativado sofrem uma mudan�a conformacional, que ativa a forma��o intracelular de um segundo mensageiro que interm�dia � resposta da c�lula (sendo o mais estudado o Mono fosfato de Adenosina C�clica AMPc). Sua regula��o se da, na maioria das vezes, pelo mecanismo de feedback Negativo ou Positivo. Onde o Negativo esta, associado � obten��o da secre��o do horm�nio B atrav�s da secre��o do horm�nio A. E o Positivo, associado � obten��o de um impulso biol�gico suficiente para a secre��o do horm�nio B que re-estimula a secre��o do horm�nio A que reinicia o estimulo a secre��o do horm�nio B ate uma faixa pr�-determinada de resposta, para o feedback �negativo� agir reduzindo a resposta ao horm�nio A para n�veis adequados para ap�s a efetua��o da resposta fisiol�gica.

Discuss�o

    E de acordo com os textos abordados, em rela��o ao horm�nio do crescimento GH que � estimulado em quantidade de acordo com a intensidade do exerc�cio3. Devido � produ��o de opi�ceos end�genos que inibem a produ��o de somatostatina pelo f�gado e desta forma o horm�nio que controla o GH � reduzido, ou seja, o exerc�cio estimula a secre��o de GH, horm�nio respons�vel pela capta��o de amino�cidos e da s�ntese prot�ica pelas c�lulas e redu��o da quebra das prote�nas; - pela acentua��o da utiliza��o de lip�dios e diminui��o da utiliza��o de glicose para a obten��o de energia; - a estimula��o da reprodu��o de c�lulas (crescimento tecidual); - e pela estimula��o do crescimento do tecido cartilaginoso e �sseo. Alem do estimulo ao f�gado secretar em pequenas quantidades de uma prote�na semelhante � insulina (somatomedina) que atua com o GH amplificando mutuamente seus efeitos4.

    E, estudos com atletas, demonstraram que quando o treinamento do atleta era basicamente anaer�bico, os n�veis do GH normalmente atingem valores mais expressivos que quando o treinamento do atleta era basicamente aer�bico. Especula-se que as adapta��es necess�rias ao primeiro envolvam mais s�ntese tecidual, na forma��o de massa muscular (Hipertrofia) do que as necess�rias para o segundo. Se fazendo necess�rio destacar que em indiv�duos destreinados apresentam uma maior libera��o de somatotropina do que em indiv�duos treinados. O que para que os indiv�duos j� treinados necessitam de uma menor s�ntese tecidual do que os destreinados, em termos de massa muscular, principalmente5. E freq�entemente o GH � utilizado como agente ergog�nico ex�geno, principalmente por atletas de modalidades que requer mais for�a.

    E �Problemas referentes � sua utiliza��o como tal incluem a acromegalia, que acontece em adultos com hipersecre��o (ou administra��o exagerada do ex�geno) e que � caracterizada por um crescimento demasiado dos ossos em espessura�6.

    H� horm�nios tamb�m que atrav�s do aumento da s�ntese prot�ica, e s�ntese de enzimas aumentando o tamanho e o numero de mitoc�ndrias na maioria das c�lulas, promovendo um aumento na atividade contr�til do cora��o e uma absor��o mais r�pida de glicose pelas c�lulas. E como conseq��ncia da glicose incrementada a um melhoramento da gliconeog�nese e da mobiliza��o de lip�dios, ampliando desta forma a disponibilidade de �cidos graxos livres para oxida��o como forma de obten��o de energia como com o horm�nio tire�ideo. Que para os autores, o exerc�cio estimula o aumento da libera��o de TSH que estimula a secre��o do horm�nio tire�ideo. Contudo esta resposta ao TSH n�o acontece de forma imediata7.

    H� horm�nios tamb�m que atuam no; - aumento da glicogen�lise tanto no f�gado quanto no m�sculo que esta em exerc�cio; - aumento da for�a de contra��o card�aca; - Aumento da libera��o da glicose e �cidos graxos livres para a corrente sangu�nea; - na vaso-dilata��o em vasos musculares em exerc�cio e a vaso-constri��o nas v�sceras e na pele (com o efeito da norepinefrina); - aumento de press�o arterial; - e no aumento da respira��o. Como as catecolaminas (epinefrina, norepinefrina). Que durante o exerc�cio os n�veis de epinefrina s�o elevados conforme a intensidade do exerc�cio quase que de forma exponencial. Enquanto os n�veis de norepinefrina se mant�m pr�ximos aos n�veis basais at� que a intensidade do VO2 m�x atinja os n�veis de 75% de sua intensidade, aumentando de forma linear. Promovendo a adequada redistribui��o do fluxo sangu�neo para supri as necessidades dos m�sculos em atividade, e o aumento da for�a de contra��o card�aca e a mobiliza��o de substrato como fonte de energia8.

    N�o esquecendo os glicocortic�ides em especial o Cortisol, que sua secre��o � influenciada pelo ACTH. E sua a��o consciente em; - adapta��o ao estresse; - manuten��o dos n�veis de glicose adequados mesmo em jejum; - o estimulo a gliconeog�nese (especialmente a partir de amino�cidos desanimados que v�o, atrav�s da circula��o, para o f�gado); - mobiliza��o de �cidos graxos livres, fazendo deles uma fonte de energia mais dispon�veis; - diminui��o da capta��o e oxida��o de glicose pelos m�sculos para obten��o de energia, reservada para o c�rebro num efeito antag�nico ao da insulina; - estimula��o do catabolismo prot�ico para a libera��o de amino�cidos para produ��o de energia em todas as c�lulas do corpo, com exce��o do f�gado; - alem de facilitar a a��o de outros horm�nios, especialmente o glucagon e o GH, no processo de gliconeog�nese9. Porem sua resposta ao exerc�cio � um pouco complexa de ser diagnosticada, devido � presen�a de muitas vari�veis como: o tipo a intensidade do exerc�cio; o n�vel de treinamento; o estado nutricional e o ritmo card�aco. E atualmente sabe-se que os n�veis de cortisol s�o elevados com exerc�cio f�sico intenso10.

    Porem as principais secre��es que influenciam o controle da glicose plasm�tica, s�o liberadas pelo p�ncreas de forma ex�crina no trato gastrintestinal. E s�o produzidas pelas c�lulas α (alfa) que s�o respons�veis pela secre��o do glucagon e as c�lulas β (beta) que s�o respons�veis pela secre��o da insulina. Com um respons�vel pelo controle da secre��o do outro. E a fun��o do glucagon consiste em aumentar a concentra��o de glicose plasm�tica atrav�s da glicogen�lise e gliconeog�nese hep�tica. E de acordo com os autores, no principio do exerc�cio seus n�veis se elevam de forma progressiva ate os quinze minutos iniciais do exerc�cio em seguida tende a se estabilizar11. N�o esquecendo que o mesmo estudo demonstra uma rela��o linear entre o glucagon e a dura��o do exerc�cio, ou seja, quanto mais durar o exerc�cio mais glucagon ser� liberado. Ou seja, a atividade aer�bica liberara de forma mais continua e com menos oscila��o o glucagon do que as atividades sazonais de indiv�duos destreinados �sedent�rios�. Embora, outros autores demonstrem que, ap�s o treinamento, a libera��o de glucagon ap�s 10 minutos � maior do que antes do treinamento. J� a insulina, sua principal fun��o � regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos, com exce��o do c�rebro12. Funcionando inicialmente reabastecendo as reservas de glicog�nio nos m�sculos e no f�gado. Em seguida caso os n�veis de glicose plasm�tica estiverem ainda altos, ela, faz a capta��o da glicose plasm�tica pelas c�lulas adiposas que as transformam em triglic�rides. Como no exerc�cio, h� uma estimula��o de glucagon, com isso a estimula��o da insulina � diminu�da. Isto �, h� uma rela��o inversamente proporcional entre o exerc�cio e a insulina, em outras palavras, quanto maior for a dura��o do exerc�cio menor ser� a produ��o de insulina, e com esta diminui��o reduz-se tamb�m a capta��o da glicose plasm�tica por c�lulas adiposas para a transforma��o em triglic�rides13.

Conclus�o

    E desta forma, podemos observar que a glicose sangu�nea sofre altera��es de acordo com as concentra��es do GH, do Cortisol, das Catecolaminas (epinefrina e nor-epinefrina), do Glucagon e da Insulina. J� que todos os autores concordam que os horm�nios atuam como controladores das fun��es corporais (reguladores fisiol�gicos). Podendo acelerar ou diminuir as velocidades de rea��es e fun��es biol�gicas, e todos atuam de forma direta ou indireta com a glicose ou com os processos em que ela esteja envolvida. E em atividade, os corpos demandam de uma maior quantidade de energia, ou seja, glicose em maiores quantidades e tanto o GH, o Cortisol e as Catecolaminas est�o associados a reserva de gordura �Dep�sitos de Energia�, a s�ntese tecidual �Principalmente �ssea e Cartilaginosa�. Tanto em repouso quanto em atividade. Porem faz-se necess�rio destacar que h� consenso entre todos quanto a uma melhora na efici�ncia das fun��es corp�reas com o menor desgaste do corpo devido � otimiza��o que o Exerc�cio pode promover com um processo mais eficiente na s�ntese de energia e tecidual, minimizando a necessidade de dep�sitos de Energia �gordura�. E desta forma garantindo uma melhora na qualidade de vida para indiv�duos treinados do que para indiv�duos d�s-treinados.

Refer�ncias bibliogr�ficas

  1. BERNE, R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. 3. Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

  2. CANALI, Enrico S.; KRUEL, Luiz Fernando M. Respostas hormonais ao exerc�cio. Revista Paulista de Educa��o F�sica. 15(2): 141-153; 2001.

  3. WILSON, J.D.; FOSTER, D.W. Tratado de endocrinologia. 7� ed. S�o Paulo: Manole, 1988. v.1.

  4. FOX, E.L.; MATTHEWS, D.K. Bases fisiol�gicas da educa��o f�sica e desportos. 3. Ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1983.

  5. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia m�dica. 9� ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

  6. FERN�NDEZ-PASTOR, V.J.; ALVERO, J.R.; P�REZ, F.; RUIZ, M.; FERN�NDEZ-PASTOR, J.M.; DIEGO, A.M. Niveles de glucosa, glucag�n y hormona Del crecimiento plasm�ticos en sujetos sedentarios y entrenados en respuesta a ejercicio m�ximo. Archivos de Medicina del Deporte, Pamplona, v.9, n.36, p.355- 60, 1992.

  7. TSUJI, H.; CURI, P.R.; BURINI, R.C. Altera��es metab�licas e hormonais em nadadores durante o treinamento f�sico. Revista Brasileira de Ci�ncia e Movimento, S�o Caetano do Sul, v.7, n.2, p.35-41, 1993.

  8. MCARDLE, KATCH & KATCH (1988). McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exerc�cio: energia, nutri��o e desempenho f�sico. 4� ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

  9. MARTIN, W.H. Effects of acute and chronic exercise on fat metabolism. Exercise and Sport Sciences Reviews, Baltimore, v.24, p.203-30, 1996.

  10. WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Physiology of sport and exercise. Champaign: Human Kinetics, 1994.

  11. FERN�NDEZ-PASTOR, V.J.; ALVERO, J.R.; P�REZ, F.; RUIZ, M.; FERN�NDEZ-PASTOR, J.M.; DIEGO, A.M. (1992). Niveles de glucosa, glucag�n y hormona Del crecimiento plasm�ticos en sujetos sedentarios y entrenados en respuesta a ejercicio m�ximo. Archivos de Medicina del Deporte, Pamplona, v.9, n.36, p.355- 60, 1992.

  12. FOX, E.L.; MATTHEWS, D.K. Bases fisiol�gicas da educa��o f�sica e desportos. 3. ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1983.

  13. DEUSCHLE, M.; BLUM, W.F.; FRYSTYK, J.; ORSKOV, H.; SCHWEIGER, U.; WEBER, B.; KORNER, A.; GOTTHARDT, U.; SCHMIDER, J.; STANDHARDT, H.; HEUSER, I. Endurance training and its effect upon the activity of the GH-IGFs system in the elderly. International Journal of Sports Medicine, Stuttgart, v.19, p.250-3, 1998.

Outros artigos em Portugu�s

 
São exemplos de hormônios de ação lenta responsáveis pela manutenção da glicose?

São exemplos de hormônios de ação lenta responsáveis pela manutenção da glicose?

Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 15 � N� 151 | Buenos Aires,Diciembre de 2010
© 1997-2010 Derechos reservados