Publicado em 28/08/2015 15h45 Atualizado em 13/04/2021 16h59
História
Os primeiros anos da ZFM foram marcados por um forte comércio importador. A indústria não teve o mesmo impacto que o setor terciário no alvorecer do modelo de desenvolvimento. As primeiras fábricas da ZFM só começaram a se implantar em 1969. O marco do setor industrial, no entanto, é o ano de 1972, com a inauguração do Distrito Industrial.
O lançamento da pedra fundamental do Distrito foi feita em 30 de setembro de 1968 , reunindo no ato o superintendente da Zona Franca de Manaus, Floriano Pacheco, e o governador do Amazonas, Danilo Duarte de Mattos Areosa. Esta data marcou também a aprovação do projeto da Beta S/A, fabricante de joias e relógios que entrou para a história como o primeiro projeto industrial aprovado para se instalar na Zona Franca de Manaus. A Beta não esperou pela inauguração do Distrito Industrial para se instalar e adquiriu um terreno na zona Centro-Sul de Manaus, onde funcionou até meados da década de 90.
A área escolhida para o Distrito situa-se entre as terras pertencentes ao Campus Universitário da Universidade Federal do Amazonas, num total de aproximadamente, 1.700 hectares divididos em aproximadamente, 150 lotes que se estendem da zona Sul à zona Leste de Manaus. Os trabalhos de infraestrutura no local começaram no final de 1969, com a instalação das redes de energia elétrica, água, esgoto e abertura da malha viária. Todas as obras, foram feitas com recursos próprios da Suframa. Em 1972, o Distrito Industrial de Manaus recebeu a primeira indústria, a CIA, ocupando uma área de 45.416 m² para produção de estanho e, na sequência, foi a vez da instalação da Springer, produtora de aparelhos de ar-condicionado.
Em 1980, a Suframa adquiriu uma área de 5,7 mil ha, contígua à do Distrito já ocupado, para expansão. Da mesma forma que o Distrito I, esta área foi planejada preservando-se áreas verdes em proporção às áreas construídas, para que o equilíbrio ecológico seja mantido.
Marca
Os produtos das indústrias incentivadas da Zona Franca de Manaus são caracterizados pela presença de um selo com uma garça branca de asas abertas, em pleno voo, e as inscrições "Produzido no Polo Industrial de Manaus" e "Conheça a Amazônia". O selo foi desenvolvido em 1982 pela agência amazonense Saga Publicidade. O criador da marca, Reginaldo Lima, explica que “a escolha da garça como elemento
gráfico tem uma explicação simples: leveza, apelo visual, liberdade para voar – em termos de mercado, visando inclusive as exportações”. Segundo Lima, a garça foi escolhida não apenas por ser encontrada na Amazônia, mas por ser achada em várias outras partes do Brasil. "A intenção era também mostrar que a Zona Franca de Manaus é, de fato, a Zona Franca do Brasil: um modelo nacional de desenvolvimento econômico e social”.
A marca foi lançada em uma grande campanha em todo o País, com apoio da Associação Comercial do Amazonas (ACA) e do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), e foi editada uma norma exigindo que todos os lançamentos publicitários de produtos oriundos da Zona Franca fossem realizados primeiro em Manaus. Além desta norma, também passou a se exigir a presença do selo da garça branca nas propagandas dos produtos do Polo Industrial de Manaus - o que ocorre até hoje. Anteriormente, as propagandas continham apenas a frase "Produzido na Zona Franca de Manaus".
Na década de 80, a marca continha os textos “Produzido na Zona Franca de Manaus" e "Conheça o Amazonas". No final da década de 90, com a ampliação dos benefícios da Zona Franca de Manaus para as Áreas de Livre Comércio (no Acre, Amapá, Rondônia e Roraima), adotou-se um texto
mais específico em relação à origem do produto e mais abrangente em relação à região incentivada: "Produzido no Pólo Industrial de Manaus" e "Conheça a Amazônia”. A última alteração feita no selo veio em 2009, em função da reforma ortográfica, quando caiu o acento agudo da palavra "Polo".