Quanto ganha quem trabalha em banco em Portugal?

O Banco de Portugal vai perder a competência para resolver casos extremos na banca, como foram os do BES e do Banif, e a supervisão macroprudencial.

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Pedro Araújo

11 Março, 2017 • 08:00

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O Banco de Portugal (BdP) vai perder dois dos 13 poderes que detém atualmente. O regulador funciona com base numa estrutura de 1777 funcionários do quadro, com um salário médio bruto de 5054 euros mensais (descontando 81 efetivos que estão em licença sem vencimento). As medidas que combatem o risco do sistema financeiro e a capacidade de resolução, à semelhança do aconteceu com o BES e Banif, passarão para uma nova entidade supervisora.

Banco de Portugal-pessoal net

O regulador do setor bancário tem uma despesa anual com pessoal de 120 milhões de euros, de acordo com o último relatório e contas, relativo a 2015. O mesmo documento revela que os 1696 funcionários no ativo (1777 no quadro) absorveram uma despesa salarial média de 5054 euros, valor distorcido em alta pelas remunerações do conselho de administração. Carlos Costa, governador, ganha 15 572,67 euros, contando com o apoio de dois “vices”, com salários de 14 599,38 euros, e ainda três administradores, que auferem 13 626,10 euros mensais.

O BdP tem atualmente 13 competências, perdendo duas delas, que aliás só fazem parte dos seus poderes formais desde 2013, segundo a lei orgânica da instituição. Uma das mais conhecidas é a sua capacidade de encerrar bancos e criar novas entidades. O episódio mais mediatizado ocorreu em agosto de 2014, quando o atual governador acabou com o BES e criou o Novo Banco. O episódio repetiu-se no final de 2015, com a resolução do Banif.

Mas há muitas outras competências que serão mantidas. Desde logo, o BdP continuará a ser o braço nacional para a política monetária imposta pelo Banco Central Europeu (BCE), que se foca na estabilidade dos preços. A supervisão microprudencial sobre as instituições de crédito, sociedades financeiras e instituições de pagamento continuará na sua alçada, podendo aplicar medidas preventivas e sancionatórias. A supervisão comportamental também se manterá intacta, sendo que neste caso o fim é regular, fiscalizar e sancionar a conduta das instituições.

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Questionado sobre a quem caberá servir de interlocutor com o BCE na sequência das mudanças previstas para meados do ano, o Ministério das Finanças explicou que este é um ponto “prematuro” para abordar, já que as alterações “ainda vão para discussão pública” e só depois haverá uma proposta.

O Banco de Portugal (BdP) é o braço do BCE para concretizar a estabilidade dos preços. Cabe-lhe gerir também parte das reservas cambiais. Supervisiona as instituições de crédito ao nível “micro” (individual). Fiscaliza e sanciona a conduta das instituições, promovendo também a formação financeira dos clientes. Os sistemas de pagamentos são vigiados pelo BdP, regulando também o comércio de câmbios. Elabora estatística e estudos. E emite moeda sob a alçada do BCE, entre várias outras competências.

É, ainda, a autoridade nacional que procura assegurar a resolução ordenada dos bancos em situação de insolvência, garantindo a estabilidade do sistema. Ao nível macroprudencial, identifica riscos e propõe medidas que previnam ou reduzam o seu impacto. Impor determinados rácios de capital a todos os bancos é um bom exemplo.

Salário mínimo bruto para os quadros do banco estatal supera média remuneratória nacional. Salário médio na CGD ascende a 2.462 euros brutos. Banco liderado por Paulo Macedo investe 1,9 milhões em formação.

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 © LUSA

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José Varela Rodrigues

11 Fevereiro, 2022 • 10:33

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Depois de fechar o acordo salarial com as estruturas sindicais, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou esta sexta-feira que aumentou o salário mínimo aos trabalhadores nos quadros para 1.359 euros brutos. Face a este aumento, o salário médio do banco sobe para 2.462 euros brutos. Estes crescimentos refletem o aumento médio ponderado de 0,92% em 2021 e de 0,90% para este ano. Além dos aumentos salariais, a CGD decidiu investir 1,9 milhões em formação.

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"O salário mínimo pago aos colaboradores da Caixa, de 1.359,03 euros (incluindo subsídio de alimentação), reforça ainda mais o salário médio dos trabalhadores que estão nos quadros da Caixa que ascende a 2.462 euros", informa o banco do Estado num comunicado enviado à redação.

O banco liderado por Paulo Macedo refere que se se considerar os subsídios de férias e de Natal, o salário mínimo ascende a 1.525 euros. "Fica, assim, 12% acima daquela que é a remuneração média no mercado nacional", lê-se.

"A nova retribuição mínima dos quadros da Caixa é bastante superior à remuneração bruta mensal média - que considera os valores dos subsídios de férias e de Natal - por trabalhador em Portugal que subiu para 1.361 euros, de acordo com os dados do INE", complementa a Caixa.

A administração de Paulo Macedo afiança que a CGD é o banco que melhores condições remuneratórias garante, visto que a tabela salarial na organização "já é quase 20% superior às dos bancos com que concorre".

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A CGD foi o primeiro banco português a fechar a revisão salarial para 2022, numa altura em que se iniciam negociações para revisão do Acordo Coletivo de Trabalho dos bancários, sob a égide da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, do Ministério do Trabalho.

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À revisão salarial acresce também uma renovada aposta na formação dos quadros do banco. Há um ano, a CGD investiu 1,65 milhões em ações de formação, mas para 2022 esse valor subirá para 1,9 milhões. Contas feitas, em cinco anos (entre 2017 e 2022), o montante total canalizado para formação dos trabalhadores da Caixa ascende a 8,5 milhões de euros, de acordo com o banco.

"A valorização dos profissionais da Caixa, que só é possível graças ao empenho e ambição de todos, passa também pela aposta na sua formação contínua, dotando-os de competências que permitam dar resposta às exigências do setor financeiro de hoje", argumenta a CGD.

A atualização destes valores ocorre menos dez dias depois do acordo fechado com os sindicatos bancários. Em dezembro, o Sindicato de Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), que acabou por subscrever o acordo, convocou uma greve, reivindicando um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores.

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Intervalo salárial máximo e minimo da maioria dos trabalhadores daq Caixas bancários e similares - a partir de 673 € para 1 305 € por mês - 2022. Um/uma Caixas bancários e similares ganha normalmente entre 673 € e 1 017 € brutos por mês em início de carreira.

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