Qual é considerado o marco histórico mundial da Segurança do Paciente?

A OMS – Organização Mundial da Saúde traça novo panorama da saúde no mundo e destaca segurança do paciente como preocupação global de saúde pública

A segurança do paciente é uma séria preocupação global de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Há uma chance em 1 milhão de uma pessoa sofrer um dano enquanto viaja de avião. Em comparação, existe uma probabilidade de um em 300 de um paciente sofrer um evento durante os cuidados de saúde. Indústrias de alta confiabilidade, como as indústrias de aviação e nuclear, têm um registro de segurança muito melhor do que os serviços de saúde.

Fato 1: O dano ao paciente é a 14ª causa principal de ônus global de doenças, comparável a doenças como a tuberculose e a malária
Estima-se que existam 421 milhões de internações no mundo anualmente, e aproximadamente 42,7 milhões de eventos adversos ocorrem em pacientes durante essas hospitalizações. Usando estimativas conservadoras, os dados mais recentes mostram que o dano ao paciente é a 14ª principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo.

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Fato 2: Um em cada dez pacientes é prejudicado enquanto recebe atendimento hospitalar
As estimativas mostram que em países de alta renda (HIC), até um em cada dez pacientes é prejudicado durante o atendimento hospitalar. O dano pode ser causado por uma série de incidentes ou eventos adversos, com quase 50% deles sendo evitáveis. Em um estudo sobre frequência e evitabilidade de eventos adversos em 26 países de baixa e média renda (LMIC), a taxa de eventos adversos foi de cerca de 8%, dos quais 83% poderiam ter sido evitados e 30% levaram à morte. Aproximadamente dois terços de todos os eventos adversos ocorrem em países de baixa e média rendas.

Fato 3: O uso inseguro de medicamentos prejudica milhões e custa bilhões de dólares por ano
Práticas de medicação sem segurança e erros de medicação são uma das principais causas de danos evitáveis nos sistemas de saúde em todo o mundo. Globalmente, o custo associado aos erros de medicação tem sido estimado em US$ 42 bilhões por ano, sem contar os salários perdidos, a produtividade ou os custos com assistência médica. Isso equivale a quase 1% das despesas globais em saúde.

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Erros de medicação ocorrem quando há sistemas de medicação fracos ou fatores humanos quando entram em cena fatores como fadiga de pessoal, más condições de trabalho, interrupções no fluxo de trabalho, e até a escassez de pessoal, que acaba por afetar a prescrição, a transcrição, a dispensação, a administração e o monitoramento, o que pode resultar em danos graves, incapacidade e até morte.

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Fato 4: 15% dos gastos em saúde são usados para cobrir todos os aspectos dos eventos adversos
Evidências recentes mostram que 15% do total da atividade e despesas hospitalares nos países da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é um resultado direto da ocorrência de eventos adversos, como tromboembolismo venoso, úlceras de pressão e infecções. Estima-se que o custo agregado de danos apenas nesses países seja de trilhões de dólares a cada ano.

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Fato 5: Investimentos na redução de incidentes de segurança do paciente podem levar a economias financeiras significativas
Investimentos na redução de incidentes relacionados à segurança do paciente podem levar a economias financeiras significativas, sem mencionar os melhores resultados para os pacientes. Somente nos Estados Unidos, melhorias de segurança levaram a uma economia estimada de US$ 28 bilhões em hospitais entre 2010 e 2015.

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Fato 6: Infecções hospitalares afetam 14 a cada 100 pacientes admitidos
De cada cem pacientes hospitalizados, sete em países de alta renda e dez em países de baixa e média renda adquirem alguma Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), afetando centenas de milhões de pacientes em todo o mundo. Todos os anos, cerca de 3,2 milhões de doentes estão infectados com IRAS em toda a União Europeia e um total de 37 mil morrem como consequência direta. Medidas de prevenção e controle de infecção simples e de baixo custo, como a higiene adequada das mãos, podem reduzir a frequência das IRAS em mais de 50%.

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Fato 7: Mais de um milhão de pacientes morrem anualmente de complicações cirúrgicas
Dados da OMS sugerem que a cirurgia ainda resulta em altas taxas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, com pelo menos sete milhões de pessoas por ano sofrendo complicações cirúrgicas incapacitantes, das quais mais de um milhão morrem. Embora as taxas de mortalidade perioperatória e relacionada à anestesia tenham diminuído progressivamente nos últimos 50 anos, parcialmente como resultado de esforços para melhorar a segurança do paciente no cenário perioperatório, elas ainda permanecem duas a três vezes maiores em países de baixa e média renda do que em países de alta renda.

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Fato 8: Diagnósticos imprecisos ou atrasados afetam o atendimento e prejudicam um número inaceitável de pacientes
Pesquisas mostram que pelo menos 5% dos adultos nos Estados Unidos sofrem um erro de diagnóstico a cada ano em ambientes ambulatoriais. Pesquisas recentes de exames pós-morte cobrindo décadas mostraram que erros de diagnóstico contribuem para aproximadamente 10% das mortes de pacientes nos Estados Unidos. Na Malásia, um estudo transversal em clínicas de cuidados primários determinou uma prevalência de erros de diagnóstico em 3,6%. Revisões de registros médicos também sugerem que erros de diagnóstico são responsáveis por 6 a 17% de todos os eventos adversos em hospitais. Evidências de países de baixa e média renda são limitadas; no entanto, a taxa esperada é maior do que nos países de alta renda, pois o processo de diagnóstico é ainda mais afetado por fatores como acesso limitado a recursos de cuidados e testes diagnósticos, provedores de cuidados primários qualificados e especialistas insuficientes e sistemas de registro em papel.

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Fato 9: Embora o uso de radiação tenha melhorado os cuidados de saúde, a exposição médica geral à radiação é uma preocupação de saúde pública e segurança
O uso médico da radiação ionizante é o maior contribuinte individual para a exposição da população à radiação de fontes artificiais. Em todo o mundo, existem mais de 3,6 bilhões de exames de raios-X realizados a cada ano, com cerca de 10% deles ocorrendo em crianças. Além disso, existem mais de 37 milhões de medicamentos nucleares e 7,5 milhões de procedimentos de radioterapia realizados anualmente. O uso inadequado ou não especializado de radiação pode levar a riscos à saúde tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.

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Fato 10: Erros administrativos respondem por até metade de todos os erros médicos na atenção primária
Análises recentes da literatura revelaram que os erros médicos na atenção primária ocorrem entre cinco e 80 vezes por 100.000 consultas. Erros administrativos – aqueles associados aos sistemas e processos de prestação de cuidados – são os tipos de erros mais frequentemente relatados na atenção primária. Estima-se que de 5 a 50% de todos os erros médicos na atenção primária são erros administrativos.

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Como começou o movimento mundial para a segurança do paciente?

Criação da Segurança do Paciente Em 2004, a OMS criou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente que, em 2009, foi renomeada como Segurança do Paciente. Após inúmeras iniciativas elaboradas para fortalecer esse tema, foi criado uma classificação para segurança do paciente.

Qual a primeira meta internacional de segurança do paciente?

META 1 - IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO PACIENTE O processo de identificação do paciente deve ser capaz de identificar corretamente o indivíduo como sendo a pessoa para a qual se destina o serviço (medicamentos, sangue ou hemoderivados, exames, cirurgias e tratamentos).

O que é a Aliança Mundial para a segurança do paciente?

A World Alliance for Patient Safety (Aliança Mundial para a Segurança do Paciente) foi criada em outubro de 2004 pela Organização Mundial da Saúde com o objetivo de dedicar atenção ao problema da segurança do paciente.

Quanto ao histórico de segurança do paciente qual foi o primeiro artigo científico com relatos sobre o tema *?

Quanto ao histórico do tema segurança do paciente, o autor reconhece que esse movimento surgiu em 1991 a partir da publicação dos resultados do Estudo de Harvard.