Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)
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Os alvéolos pulmonares são pequenas estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios, constituindo a última porção da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela estrutura de aspecto esponjoso do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas, morfologicamente semelhantes a um favo de mel, abertas de um dos lados, possuindo uma parede altamente vascularizada. Esta última é comum a dois alvéolos vizinhos, dando origem ao septo interalveolar que consiste em duas camadas de penumócitos (principalmente do tipo II), separadas pelo interstício de tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do tecido conjuntivo, e capilares.
É neste compartimento que ocorre a hematose pulmonar. O ar ali presente, é separado do sangue capilar por quatro membranas; são elas: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal desta célula, a lâmina basal do capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar através deste conjunto de membranas; o gás carbônico irá se difundir em direção contrária. Estima-se que os pulmões contenham aproximadamente 300 milhões de alvéolos, aumentando de forma considerável a superfície de trocas gasosas.
A parede interalveolar é composta por três tipos principais de células:
Células endoteliais dos capilares
São as que estão em maior número e possuem o núcleo mais alongado.
Pneumócitos tipo I
Também denominada célula alveolar pavimentosa, com núcleo achatado, fazendo uma discreta saliência para o interior do alvéolo. O citoplasma desta célula é extenso, fazendo com que os núcleos fiquem muito separados um dos outros; há a presença de desmossomos, ligando as células vizinhas e também, zonas de oclusão, impedindo a passagem de fluídos intersticiais para o alvéolo. Sua principal função consiste na formação de uma barreira para possibilitar as trocas gasosas e ao mesmo tempo, impedir a passagem de líquido.
Pneumócitos tipo II
Também denominadas células septais, estão localizados entre os pneumócitos tipo I, formando desmossomos e junções que unem estas células. São células arredondadas que ficam sobre a membrana basal do epitélio alveolar. Possuem um núcleo maior e mais vesiculoso em relação às outras células; o citoplasma não se adelgaça, possuem reticulo plasmático rugoso desenvolvido e microvilos na sua superfície livre; possuem corpos multilamelares elétron-densos responsáveis pelo aspecto vesiculoso do citoplasma quando visto na microscopia óptica. Sintetizam substâncias liberadas pela porção apical dos pneumócitos tipo II. São os corpos lamelares que produzem a substância presente na superfície alveolar, formando uma camada extracelular nos alvéolos, chamada de surfactante pulmonar.
Fontes:
//pt.wikipedia.org/wiki/Alvéolo_pulmonar
//www.infopedia.pt/$alveolos-pulmonares
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/sistema-respiratorio/alveolos-pulmonares/
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bronquíolos e alvéolos pulmonares
Os alvéolos pulmonares são estruturas de pequena dimensão, localizadas no final dos bronquíolos, onde se realiza a troca gasosa.[1] O conjunto desses alvéolos existente em cada extremidade dos bronquíolos é denominado saco alveolar.[1]
São cavidades diminutas que se encontram formando os pulmões nas paredes dos vasos menores e dos sacos aéreos. Por fora dos alvéolos há redes de capilares sanguíneos, derivadas dos vasos sanguíneos da pequena circulação. As paredes alveolares são muito finas e são compostas por uma camada única de células epiteliares planas, os pneumócito tipo I. As moléculas de oxigênio e de dióxido de carbono difundem com facilidade por essas células, dos alvéolos para os capilares e vice-versa. Nesse epitélio também se encontram células de formato cúbico , os pneumócitos tipo II, que secretam o surfactante pulmonar. Essa substância reduz a tensão superficial dos líquidos pulmonares, que podem oferecer resistência considerável à expansão alveolar.[sem fontes]
A hematose pulmonar, ou troca gasosa ocorre durante a respiração orgânica do ser vivo e é o processo onde o oxigénio é conduzido até os alvéolos no pulmão, passa para a corrente sanguínea para ser conduzido pelas hemácias e futuramente entrar nas células e ocasionar a respiração aeróbia na presença da glicose. Na hematose também ocorre o processo de eliminação do dióxido de carbono, produzido pela combustão combinada da glicose com o oxigénio, como resultado da respiração celular.
O corpo humano é projetado para trabalhar ao nível do mar, por isto em voos de aeronaves a altitudes acima de 8 500 metros, devido à pressão atmosférica se ir reduzindo conforme a altitude, o ar começa a ficar muito rarefeito, então é necessário pressurizar a cabine da aeronave de maneira a se garantir uma coluna de pressão suficiente para que estes alvéolos pulmonares possam absorver o oxigénio do ar.
Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos realizam-se as trocas gasosas entre o meio ambiente (o ar) e o organismo (através do sangue), graças à membrana muito fina que os reveste e abriga inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares.
Nos alvéolos pulmonares ocorre a hematose pulmonar, na qual o alvéolo fornece oxigénio da respiração ao sangue e o sangue expele dióxido de carbono, vapor da água e outros gases tóxicos, que mais tarde será expelida, na expiração.
Referências
- ↑ a b Standring, Susan,. Gray's anatomy : the anatomical basis of clinical practice Forty-first edition ed. [Philadelphia]: [s.n.] ISBN 9780702052309. OCLC 920806541