Qual a importância dos atletas paralímpicos?

Qual a importância dos atletas paralímpicos?

A atividade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência. Mais do que isso: o esporte pode transformar tanto a vida de uma pessoa com deficiência que, em pouco tempo de prática, ela pode estar representando o Brasil em um dos maiores eventos esportivos do mundo, como as Paralímpiadas!

O esporte, além de trabalhar o físico – possibilitando uma vida mais sadia – também atua na conexão social, seja entre colegas que estão participando de uma mesma atividade, como também na relação aluno-professor. O Time Meca – Projeto em execução na OSDM até janeiro de 2022 – atende diretamente 100 crianças e jovens beneficiários da Obra Social, além de, indiretamente, suas famílias. Com o apoio da Eletrobras e Itaú, através do incentivo fiscal da Lei do Incentivo ao Esporte – Secretaria Especial do Esporte / Ministério da Cidadania, o Projeto tem o objetivo de promover – por meio de atividades paradesportivas e psicomotoras – a habilitação e reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência, em contexto multidisciplinar, visando sua inclusão social, desenvolvimento psicomotor e melhoria da qualidade de vida. 

Os objetivos específicos incluem favorecer bem estar físico e mental; estimular aspectos afetivos, educacionais e sociais, a partir da prática do esporte, bem como a melhoria do relacionamento interpessoal dos participantes. Ao todo, são 12 profissionais. A Equipe conta com 3 esportes, sendo eles: Natação, Bocha e Judô; 5 terapias: Terapia Ocupacional I e II, Fisioterapia Motora, Psicomotricidade Aquática e Hidroterapia; além de Serviço Social e Atividades de Apoio.

Que venham as Paralimpíadas de Tóquio 2021!
E reforcem a todos o quanto abraçar uma atividade física pode transformar o dia a dia de nossos pequenos e jovens!

Texto escrito por: Luiza Mattos – Comunicação e Marketing da Obra  Social Dona Meca

 

Post tags#esporteolimpico#olimpiada#paralimpiada#tokyo2020

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Qual a importância dos atletas paralímpicos?

Dia 22 de setembro, é celebrado o Dia Nacional do Atleta Paralímpico (Arte: Giovana Pinheiro/OTD)

Dar visibilidade é fazer algo ser visível. É dar espaço e é dar voz. Há oito anos, o Brasil conquistava a sétima colocação nos Jogos Paralímpicos de Londres, a melhor da história até hoje, o que significou um momento chave para o crescimento e o “aparecimento” do movimento paralímpico no país. Mas foi em casa, na Rio-2016, que ele entrou de vez na radar e nos holofotes. As pessoas puderam ter então um contato mais próximo com modalidades e super atletas que pouco ou sequer conheciam. E a maior conquista da Olimpíada, talvez, tenha sido justamente o aumento da visibilidade do esporte paralímpico.

De lá para cá, foi preciso muito trabalho para pelo menos manter esse espaço conquistado, quando na verdade, poderia ter sido para aumentá-lo. A cultura esportiva brasileira, no entanto, ainda carece de maior diversidade. Mas mais do que isso, o esporte, de maneira geral, é muito mais do que “só” uma medalha. E o paralímpico, especialmente, carrega consigo valores fundamentais para toda a sociedade, como inclusão, acessibilidade e representatividade. 

Por isso, a partir deste sábado (19), o Olimpíada Todo Dia fará série especial para celebrar e homenagear o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, comemorado em 22 de setembro. Começando, assim, pela importância da visibilidade do esporte paralímpico.

“Acredito que o que mais falta é visibilidade. A falta de conhecimento é uma grande inimiga da sociedade brasileira. Tenho certeza de que as pessoas se apaixonariam pelos esportes paralímpicos e pelos atletas, teriam bons exemplos para seguir. Então, sim, ter mais visibilidade ajudaria a crescer o movimento paralímpico e inspirar mais pessoas a acompanharem os esportes ou praticá-los também”, resumiu o nadador Daniel Dias, o maior atleta paralímpico da história do Brasil, ao OTD

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Daniel Dias é dono de 24 medalhas paralímpicas (Divulgação/CPB)

Inclusão

Em um país desigual como o Brasil, pessoas com deficiência são constantemente colocadas à margem da sociedade e têm suas capacidades questionadas. Mas o movimento paralímpico mostra exatamente o contrário: ele é inclusivo e abre as portas a todos, reiterando o caráter democrático do esporte, que por vezes, é esquecido. 

“Para mim, o movimento paralímpico é um meio de entrada, de as pessoas saberem que elas podem fazer o que quiserem. A pessoa não precisa ficar dentro de casa. Ela pode sair, nadar, praticar outro esporte… Ela tem diferentes modalidades para praticar, como lazer ou profissão. E a visibilidade e o reconhecimento ao esporte paralímpico traz essa visão da importância da inclusão”, pontuou Wendell Belarmino, promessa da natação, que conquistou três medalhas no Mundial e seis do Pan de Lima do ano passado. 

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“O esporte não se importa com quem você é, de onde você veio, qual a sua cor, a sua religião… Ele simplesmente está lá para você. Nós somos, antes de tudo, pessoas. Todo mundo tem algum tipo de limitação e nós temos as nossas. E desempenhamos muito bem os nossos papéis, dentro e fora do esporte. Em um espaço mais inclusivo, a pessoa com deficiência vai conseguir fazer coisas espetaculares, porque existe alguém dentro de cada um que tem que ser descoberto”, completou Verônica Hipólito, integrante do Time Ajinomoto e do Time Nissan, campeã mundial e medalhista paralímpica do atletismo.

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Verônica já teve mais de 200 tumores e segue fazendo história por onde passa (Alexandre Schneider/Exemplus/CPB)

Quebrando o tabu

Inclusão pode significar também oportunidade. O esporte paralímpico dá, justamente, oportunidade das pessoas se superarem diariamente e acreditarem e mostrarem seus respectivos potenciais. 

“Acredito que quanto mais visibilidade o esporte paralímpico tenha, não só no Brasil, mas no mundo, mais a gente pode quebrar aquele tabu de que pessoas com deficiência são coitadinhos. Quanto mais visibilidade, a gente pode mostrar que uma pessoa com deficiência é capaz de fazer tudo, sempre superando a sua dificuldade”, destacou Phelipe Rodrigues, dono de sete medalhas paralímpicas na natação. 

“O que eu mais gosto no movimento paralímpico é mostrar para as pessoas que não somos só pessoas com deficiência. A gente vai atrás dos nossos objetivos, de nos superar assim como todos os atletas. É mostrar para as pessoas que a gente pode, que a gente consegue”, concordou Alan Fonteles, campeão paralímpico e mundial no atletismo.

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Alan Fonteles foi ouro em Londres-2012 (Divulgação)

“O movimento paralímpico deixa o legado de que ninguém aqui é coitadinho. Todo mundo pode ser e é muito feliz. E ele mostra para as pessoas com deficiência que não é o fim do caminho, mas é apenas um caminho diferente, como foi comigo”, completou Susana Schnarndorf, que tem uma doença degenerativa e superou a expectativa de vida de alguns anos, sendo hoje medalhista paralímpica. 

Acessibilidade

Junto com a inclusão, a acessibilidade talvez seja um dos pontos mais fortes e necessários quando se fala de pessoas com deficiência, ao mesmo tempo que é um dos pontos mais fracos no Brasil. Pergunte a um cadeirante ou um deficiente visual ou auditivo como é andar nas ruas das grandes metrópoles brasileiras? A resposta, provavelmente, não vai ser positiva. E mais uma vez, a visibilidade tem papel fundamental aqui. Quanto mais visibilidade para o movimento paralímpico e as deficiências, mais consciência a sociedade provavelmente ganharia.

“Acredito que (acessibilidade) ainda seja um tabu para muita gente, porque pouco se fala sobre o assunto, então, estando mais exposto geraria maior consciência sobre. Haveria maior atenção e discussões sobre o tema”, pontuou Daniel Dias.

+De monstro à deusa: a jornada de aceitação de Raíssa Machado

“Quanto mais visibilidade a gente tiver, mais a gente vai lutar pela consciência maior sobre acessibilidade. Precisamos de acessibilidade, de ter a nossa adaptação. A gente tem que se adaptar ao local, mas o local também tem que se adaptar à nós. A gente está lutando por tanta coisa e acho que hoje, no século XXI, a gente tem que lutar mais ainda pelos nossos direitos e pela nossa acessibilidade e inclusão”, acrescentou Raíssa Machado, medalhista mundial no lançamento de dardo. 

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Wendell Belarmino foi eleito atleta revelação de 2019 (Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

Essa conscientização influencia muito na acessibilidade. As pessoas vão se empenhar mais em saber da necessidade das pessoas com deficiência para poder ajudar, saber como ajudar, o que pode fazer para deixar a vida da pessoa com deficiência mais adaptada ao dia a dia, para que ela possa fazer tudo”, completou Wendell Belarmino.

Inspiração

Susana Schnarndorf é um dos exemplos de atleta com uma história para lá de inspiradora, algo muito presente no movimento paralímpico. Depois de completar 13 Ironman, vencer o Brasileiro de triatlo por cinco vezes e representar o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata-1995, a gaúcha foi diagnosticada, aos 37 anos, com Atrofia de Múltiplos Sistemas, e recebeu o prognóstico de apenas três anos de vida. Passadas 15 primaveras, no entanto, Susana segue em busca de sua terceira participação em Paralimpíadas, aos 52 anos, já tendo sido campeã mundial.

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Susana foi medalha de prata na Rio-2016 (Divulgação)

“Eu sempre fui uma pessoa apaixonada por esporte. E depois da minha doença, com certeza é o esporte que me mantém viva. É literalmente vital para mim e vai muito além de uma simples medalha. É a minha vida que o esporte me devolve todos os dias”, disse Susana. 

+Inspirações vivas: as atletas que têm tudo para brilhar em Tóquio

“Eu admiro muitas coisas no movimento e nos atletas paralímpicos, e uma delas é a superação, a história de vida de cada atleta. Porque cada um tem a sua deficiência, a sua forma de se superar e de ser exemplo para outras pessoas”, pontuou Petrúcio Ferreira, o paratleta mais rápido do planeta e da história. 

Representatividade

Por fim, mas não menos importante, a representatividade, que anda lado a lado com a inspiração. É aquela chama que se acende quando você vê alguém semelhante a você conquistando algo importante. É uma criança com deficiência olhar para os atletas e se identificar. E acima de tudo, entender que ela também pode chegar lá. Isso, no entanto, só acontece com visibilidade, espaço e voz. 

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Raíssa Machado foi bronze no Mundial do ano passado (Douglas Magno / EXEMPLUS / CPB)

“Quem são as referências das pessoas com deficiência? Porque na televisão, no rádio, a gente sempre tem referência de homens e mulheres brancos. Em filmes e tal ainda tem referência para homens, mulheres e crianças negras, ainda que pouco, mas tem. E as pessoas com deficiência? Elas são sempre esquecidas! Tanto que teve uma redação no Enem sobre deficiência e ninguém sabia o que falar, porque isso não é ensinado na escola. A gente precisa de mais espaço para pessoas com deficiência, e até sem deficiência, terem mais heróis, heroínas… Referências”, pontuou Verônica Hipólito. 

“Hoje, o esporte e os atletas paralímpicos estão tendo mais visibilidade, principalmente em rede social, tendo mais voz. Acho isso muito importante. E sem dúvida, a gente com certeza está inspirando e incentivando outras pessoas, outros deficientes a lutarem pelos seus sonhos e objetivos. A gente sempre está passando algo para o próximo e não só para pessoas com deficiência, mas para outras pessoas que veem superação e que podem correr atrás dos seus sonhos também. Isso é muito massa! E a gente tendo essa voz, cada dia vamos crescer e evoluir mais”, concluiu Raíssa Machado.

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Desde setembro de 2016, o Olimpíada Todo Dia não deixa você ter saudade dos Jogos nunca. É o único veículo de comunicação que todos os dias traz a trajetória dos atletas olímpicos e paralímpicos, combatendo a monocultura do futebol e na busca de ajudar a mudar a cultura esportiva do Brasil. Gosta do nosso trabalho? Nos apoie! Faça um pix para [email protected]

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Qual a importância dos atletas paralímpicos?

Qual a importância das Paraolimpíadas para os atletas?

O principal objetivo da competição é a inclusão social, a valorização e o reconhecimento de atletas com deficiência dentro do esporte. Entre eles, são incluídos atletas com deficiências físicas, deficiências visuais e deficiências mentais.

Qual a importância dos atletas paraolímpicos para o Brasil?

O principal objetivo da inclusão social na Paralimpíada é a valorização dos esportistas com deficiência como atletas, destacando apenas sua atuação na competição independente de seu biótipo ou sua deficiência.

Qual é a importância dos esportes paralímpicos e adaptados?

A prática de atividade física e/ou esportiva proporciona a oportunidade para nossos alunos testarem seus limites e potencialidades, prevenindo as enfermidades secundárias à sua deficiência, além de promover a integração social e melhora da autoestima.

Quais os objetivos dos atletas paraolímpicos?

Como os atletas das Paralimpíadas são pessoas com deficiência, as modalidades têm um sistema de classificação funcional. O objetivo disso é classificar os atletas em diferentes graus de deficiência para tornar as disputas mais justas possível.