A região Sudeste lidera a economia brasileira. Mas o conceito e a prática de sustentabilidade econômica, social e ligada aos recursos naturais, com suas singularidades, indicadores, demandas e ofertas devem ser constante preocupação estratégica no planejar dos governos, numa perspectiva de tempo, para que sejam reduzidas as desigualdades, em um país continental como o Brasil. Show
O país tem 207,4 milhões de habitantes, e Minas Gerais, 21,1 milhões (IBGE, 4/5/17), sendo 85% concentrados nas cidades e regiões metropolitanas, fato demográfico comum aos países mais avançados e em desenvolvimento. Isto acarreta pressões hercúleas sobre os territórios urbanos e confirma que poucos no campo produzem para sustentar milhões de brasileiros e exportar. Em 1950, o Brasil abrigava 63,8% da população total no campo (Seapa-IBGE). Entretanto, é estratégico que o país, que foi povoado do litoral para o interior desde 1500, tenha programas e projetos para consolidar ainda mais a agroeconomia nas regiões tradicionais e naquelas vocacionadas para grandes projetos agrícolas, incluindo-se a agricultura irrigada, pecuárias e florestas sustentáveis. São muitos os bons exemplos em Minas, onde se destacam estas práticas: Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste. No Brasil, destacam-se Mato Grosso do Sul, Mato Grosso (que deve liderar a produção brasileira de grãos em 2016/17), Goiás, e ao que se podem acrescentar os avanços presumíveis do agronegócio num horizonte de tempo, no Maranhão, Tocantins, Piauí e na Bahia (Matopiba). Porém, isso não significa abandonar a agricultura de montanha, praticável, em função das múltiplas vocações regionais, com tecnologias apropriadas e pactuadas em nível de campo. Ainda é o caso do café cultivado nas regiões montanhosas do Estado. Em média, Minas Gerais responde por 50% da oferta brasileira de café, e essa cultura emblemática também avança nos cerrados, como em Patrocínio. Assim posto, nesses cenários mais abrangentes, segundo o IBGE, a região Sudeste brasileira concentra altas taxas de urbanização e tem o seguinte perfil: São Paulo, 96,6%; Rio de Janeiro, 97,3%; Minas Gerais, 84,6%; e Espírito Santo, 84,5%, com média geral de 90,7% (MME-2012). O Sudeste ocupa apenas 11% do território nacional, mas responde por 55,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Se se mantiver esse percentual do PIB nacional em 2016, a preços correntes e apenas para efeito de cálculo, o PIB Sudeste atingirá R$ 3,46 trilhões dos R$ 6,26 trilhões do Brasil. Mas novos dados podem alterar essa configuração econômica concentrada. E também os recursos hídricos para múltiplos usos nos cenários rural e urbano, pois a água é uma só para todas as serventias. De acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas), o Sudeste abriga 6% da água doce de superfície. Um desafio e tanto, sem dúvida, o que não é caso muito específico de Minas Gerais ao concentrar no seu território, com 58,6 milhões de hectares, malhas hídricas estratégicas. Além disso, as inovações poupadoras desse recurso natural, insubstituível, incluem as boas práticas no manejo do solo e da água, que não devem ser subestimadas nas bacias hidrográficas. O processo de urbanização é irreversível e nele se concentra a substantiva massa salarial e o predomínio absoluto dos consumidores de alimentos, fibras, biomassa, agroenergia e produtos dos sistemas florestais, entre outras vertentes da economia brasileira. Entretanto, nos sistemas agroalimentares, faço uma alusão histórica devida ao engenheiro agrônomo Sérgio Mário Regina, extensionista mineiro de ponta e com extraordinário domínio das tecnologias de horticultura, reafirmava sempre: “Da semente ao guichê”. Por este eixo também transitam o vigoroso agronegócio mineiro, as políticas públicas, os talentos humanos nas artes de plantar, criar, abastecer e exportar. Há que se repetir que, entre 2014 e 2016, segundo o MAPA, o agronegócio brasileiro gerou superávit acumulado de US$ 226,58 bilhões, dinheiro para ninguém botar defeito e numa economia claudicante como a que se vive nesse país continental, embora já com alguns sinais de melhoras e esperanças também para 14,2 milhões de desempregados, número 4,9 vezes maior do que a população de Brasília (2,9 milhões de habitantes em 2016) e quase duas vezes superior à população da Àustria (8,6 milhões de habitantes em 2016). (*) Benjamin Salles Duarte é engenheiro agrônomo. É considerada a locomotiva econômica do paísPostado por o_autor2019 em 12/08/2019 e atualizado pela última vez em 24/09/2020
A economia da região Sudeste do Brasil é considerada a maior do país devido a sua força e diversidade. Ganhou essa notoriedade desde o Período do Café com Leite, já que tinha uma produção do café consolidada e se tornou exportadora mundial causando acúmulo de capital para essa região. Alguns ramos de grande importância na região são:
PIB e a economia da região SudesteA região sudeste é responsável por uma média de 55% do PIB – Produto Interno Bruto Nacional, e é conhecida como a locomotiva econômica do Brasil. Segundo dados das Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só no ano de 2010 essa região produziu 2,1 trilhões de reais em riquezas para o país. Sendo que o estado de São Paulo foi responsável por 1,2 trilhões dessa produção o que equivale a 33,1% do PIB nacional do ano. Veja dados abaixo:
A consolidação de sua força econômica
Os colonizadores concentrados anteriormente no litoral mudaram para o interior estabelecendo núcleos urbanos que se desenvolveram à volta das áreas de mineração, se transformando depois em cidades. Entre essas cidades se destacaram Ouro Preto, Mariana, Sabará e São João del Rei. Em meados de 1760, com a decadência do Ciclo do Ouro, a população migrou para São Paulo e Rio de Janeiro, pois os impostos do ouro estavam elevados e o esgotamento de jazidas minerais. Essa busca de novas atividades para obter lucros e tendo um solo propício, encontraram na cafeicultura a solução para o problema. Tiveram um desenvolvimento rápido e logo começaram a exportar para outros países. A partir da década de 30 quando Getúlio Vargas se tornou presidente houve a criação das estatais e grandes indústrias fortalecendo a economia da região sudeste do Brasil. E depois quando Juscelino Kubitschek se tornou presidente trouxe empresas multinacionais para o Brasil as quais se firmaram na região sudeste. O sudeste é a região que reúne os principais meios técnico-científicos e as finanças do país. É conhecida como Região Concentrada incluindo os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pois concentram maior população, indústrias, portos, aeroportos, shoppings centers, supermercados, as principais rodovias e infovias, as maiores cidades e universidades do país. A produção do café foi o motor para o desenvolvimento da economia da região sudeste do Brasil (Foto: Wikipedia)Principais setores da economia da região sudeste
Faça a referência deste conteúdo seguindo as normas da ABNT:, . Economia da Região Sudeste; Guia Estudo. Disponível em < https://www.guiaestudo.com.br/economia-da-regiao-sudeste-do-brasil >. Acesso em 24 de setembro de 2020 às 10:53. Copiar referência Outros Artigos de Matemática
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Por que a Região Sudeste é importante?Região Sudeste é conhecida por ser a mais rica do país, concentrando as principais cidades e atividades econômicas do Brasil, além de ser a mais povoada. A região Sudeste é conhecida por sua força econômica e suas grandes cidades.
Por que a Região Sudeste do Brasil é considerada a região com maior poder econômico no país?Por estar concentrada quase metade da população nacional, além de estar concentrado o maior e mais diversificado parque industrial do país e de concentrar um amplo sistema de transportes, a região necessita de bastante energia.
Por que o Sudeste teve o maior desenvolvimento econômico?A economia do Sudeste teve o auge do seu desenvolvimento ao final do século XIX com o ciclo do café, produto muito consumido nas principais cidades da Europa daquele período. O grão foi introduzido no Brasil no começo do século XVIII. A partir de 1840 o café era o principal item de exportação brasileiro.
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