Qual a diferença de polivitaminico e multivitaminico

Faz algum tempo que o termo vitaminado virou sinônimo de gente saudável. Mas, se as vitaminas são assim tão importantes como sugere a gíria, quer dizer então que tomar compostos de várias delas vai deixar você mais forte? Calma, não é bem assim.

Reunindo diferentes vitaminas e minerais, os polivitamínicos são indicados principalmente quando a pessoa tem condições que afetam a absorção de nutrientes pelo corpo ou acarretem em alguma perda nutricional importante. É o caso da gestação, da cirurgia bariátrica, da prática esportiva regular e do avanço da idade.

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Mas nem todo esportista, por exemplo, precisa suplementar vitaminas. E, se houver necessidade, não é qualquer composto que vai resolver o problema, explica o nutricionista Thomaz B. Fraga, do Instituto de Assistência Multidisciplinar Especializada, de Salvador. É por isso que um acompanhamento profissional é tão importante quando se fala na prescrição de polivitamínicos.

Faz diferença tomar sem precisar?

Aos que já têm um estilo de vida saudável e não possuem nenhuma perda nutricional diagnosticada, o composto não fará uma diferença expressiva na saúde. Além disso, os multivitamínicos podem levar a reações alérgicas (a depender da pessoa) e à hipervitaminose, isso é, concentração elevada de determinadas vitaminas no organismo, que, conforme a substância, pode trazer diversas complicações.

Segundo a nutricionista Dulcinéa Carvalho, diretora da Apan (Associação Paulista de Nutrição) e membra do CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), o excesso de vitamina A, por exemplo, causa desde náuseas a fissuras na pele. A presença exagerada de vitamina B, por sua vez, pode levar a convulsões. Já a de vitamina C ou potássio tende a atrapalhar o funcionamento dos rins.

Por aí você entende o risco de tomar polivitamínicos por conta própria. Mas os problemas vão além disso. Quando se reúne várias vitaminas e minerais em uma fórmula só, pode ser que haja disputas de espaço no seu organismo para ver qual componente será absorvido.

"O ferro e o cálcio, por exemplo, são minerais que atrapalham a absorção um do outro. Portanto, é indicado que sejam consumidos com um intervalo de tempo entre si", argumenta a nutricionista Bruna Nascimento, especialista em políticas alimentares no Programa Alimentação Consciente Brasil.

O contrário também pode acontecer, segundo ela. É o caso da vitamina C, que potencializa a absorção do ferro não-heme. Só quem tem conhecimento dessa harmonia entre os componentes vai indicar para você aquilo que seu corpo realmente necessita —e, claro, o que não vai causar prejuízos.

Pode ser que, no seu caso, o ideal seja consumir vitaminas cápsulas separadas e não um conjunto delas. É o nutricionista, o nutrólogo ou o endocrinologista que vai matar essa charada.

O profissional também vai levar em conta o tipo do produto. Nascimento lembra que há três deles: os vendidos prontos e sem nenhum direcionamento específico; aqueles pensados para propósitos especiais, como anemias; e os manipulados de acordo com as necessidades e os objetivos de cada pessoa.

Com relação ao formato, a indicação também varia: para crianças, adultos com problemas de deglutição ou pessoas que precisam variar a dose administrada, a alternativa em gotas é a mais indicada. Mas há casos em que as drágeas, cápsulas e comprimidos são ideais.

Não substitui a boa alimentação

Outro ponto de alerta quando se fala em multivitamínicos é o descuido com a dieta. Muita gente come mal e tenta compensar a possível falta de nutrientes com suplementos. Isso não deve ocorrer, alerta Nascimento. Os multivitamínicos podem ser aliados a uma dieta equilibrada, mas jamais substituí-la.

Se o consumo exagerado de multivitamínicos pode causar hipervitaminose, trocar a comida saudável pelos compostos pode levar ao extremo oposto: a hipovitaminose. Quando o indivíduo consome o polivitamínico como substituto da refeição, tende a não atingir os níveis recomendados de várias vitaminas, podendo sofrer de edemas em membros inferiores, formigamentos e até insuficiência cardíaca.

Carvalho conclui que um cardápio diversificado contém vitaminas e minerais em sua forma ideal de absorção, sem nenhum efeito adverso. Em outras palavras, a comida saudável tem proporções biologicamente ideais. Portanto, aproveite.

6 casos em que os multivitamínicos certamente podem ajudar (desde que recomendados por um especialista):

  • Gestantes;
  • Pacientes que fizeram cirurgia bariátrica;
  • Pessoas que abusam do álcool;
  • Idosos;
  • Atletas;
  • Crianças menores de dois anos.

Dentre os suplementos alimentares mais conhecidos estão os complexos de vitaminas e minerais, chamados de polivitamínicos (ou multivitamínicos). Mas você sabe para que serve o polivitamínico?

Para entender a importância de suplementar micronutrientes, acompanhe neste post as principais funções de cada um deles no organismo. Além disso, saiba como e quando tomar o suplemento e como escolher o melhor para o seu corpo. Confira!

O que é polivitamínico?

Polivitamínico é um suplemento alimentar composto por micronutrientes essenciais: as vitaminas e os minerais. Eles atuam em processos metabólicos; na regulação e equilíbrio dos  sistemas do corpo humano (como o imunológico); e no crescimento e desenvolvimento do indivíduo. 

São nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo que agem como coenzimas, antioxidantes e até mesmo como um pré-hormônio (no caso da vitamina D).

Para que serve o polivitamínico?

Se você quer entender para que serve o polivitamínico, é preciso saber que a maioria das vitaminas e minerais não são produzidos pelo corpo. Diante disso, as opções para ingerir os nutrientes são através da alimentação ou da suplementação.

Como manter uma alimentação equilibrada e com as doses diárias recomendadas de cada vitamina e mineral não é algo tão simples, o polivitamínico é uma alternativa para suprir as necessidades do organismo.

Além da falta ou baixa ingestão, quem apresenta deficiência de vitaminas e minerais também pode ter dificuldade de absorção. Existem suplementos que facilitam esse processo e apresentam na formulação vitaminas ativas e minerais quelados, formas que já estão prontas para o corpo utilizar (no caso das vitaminas), e mais fáceis de serem absorvidas (no caso dos minerais).

Quais são as vitaminas e minerais utilizados em polivitamínicos?

Principais vitaminas

  • Vitamina A: atua na saúde da visão, no sistema imunológico e age como antioxidante.
  • Vitaminas do complexo B: composto por 8 vitaminas que estão envolvidas em diferentes processos, como a produção de energia, saúde da pele e imunidade. São elas: B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B5 (ácido pantotênico), B6 (piridoxina), B7 (biotina), B9 (ácido fólico), B12 (cobalamina). 
  • Vitamina C: apresenta funções antioxidantes e cicatrizantes. Atua nos ossos, cartilagem, colágeno e  tecido conjuntivo. Ajuda na absorção do ferro e protege o organismo contra os efeitos do resfriado.
  • Vitamina D: assim como a vitamina C, a vitamina D também colabora com a saúde dos ossos. Ainda ajuda a regular o sistema cardiovascular, o crescimento, os processos metabólicos e age na contração muscular.
  • Vitamina E: importante antioxidante, auxilia no combate aos radicais livres, é importante para a fotoproteção e hidratação da pele. A vitamina E também ajuda a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e cerebrais.
  • Vitamina H: também conhecida como biotina, ou B7, a vitamina H age no processo de gliconeogênese (síntese de glicose a partir de substâncias não carboidratos), atua na formação da pele e no metabolismo de macronutrientes, como a proteína e o carboidrato.
  • Vitamina K: nutriente relacionado com a coagulação sanguínea e com o metabolismo ósseo. Também auxilia na saúde dos vasos sanguíneos.

Principais minerais

  • Cobre: atua na produção do sangue, na formação dos ossos e cartilagens e na produção de melanina, responsável pela pigmentação do cabelo e pele.
  • Cromo: importante para o metabolismo da glicose e das gorduras. Tem papel importante na regulação da insulina, hormônio responsável pela distribuição do açúcar no organismo.
  • Iodo: mineral presente na produção dos hormônios da tireoide. Ajuda em processos importantes, como o crescimento e o metabolismo.
  • Manganês: age como uma coenzima em importantes processos metabólicos, como o dos carboidratos e aminoácidos, o que faz com que seja importante para a produção de energia. Também está presente no metabolismo dos ossos e colabora com a saúde da estrutura óssea.
  • Magnésio: ajuda a regular as funções musculares e nervosas, a controlar a glicose e a pressão arterial. É um nutriente essencial para a absorção do cálcio e colabora com o desenvolvimento ósseo e muscular.
  • Molibdênio: importante nutriente que atua como cofator de enzimas. Auxilia na desintoxicação e regula o metabolismo de outros minerais.
  • Selênio: o nutriente participa do combate aos radicais livres pelas suas características antioxidantes. Ajuda a prevenir doenças, como as cardiovasculares e hepáticas.
  • Zinco: aliado do sistema imunológico e necessário para a atuação de enzimas, o zinco colabora também com o crescimento, com a formação dos tecidos e maturação sexual.

Como e quando tomar o polivitamínico?

Agora que você já sabe para que serve o polivitamínico, é importante entender em quais situações e horários se deve suplementar. Os polivitamínicos costumam ser apresentados em cápsulas. A indicação é que sejam consumidos com uma refeição. 

O ideal é sempre contar com o acompanhamento de profissionais da saúde, como médicos ou nutricionistas.

Quem pode tomar polivitamínico?

O suplemento polivitamínico deve ser consumido por quem apresenta deficiência de vitaminas e minerais, baixo consumo de alimentos ricos nos micronutrientes, dieta desregrada, dificuldade de absorção ou necessidade de reposição por outros fatores, como a prática de exercícios físicos intensos.

Vale destacar a relação dos polivitamínicos com alguns grupos, como:

Crianças

Se as vitaminas e minerais atuam fortemente no crescimento do indivíduo, fica indicada a importância dos nutrientes para os pequenos, certo? Nesta fase, a atuação de vitaminas e minerais é primordial para o desenvolvimento infantil. 

Existem polivitamínicos indicados para crianças em formulações diferenciadas, como achocolatados. O consumo de vitaminas e minerais fica mais saboroso e divertido, além de facilitar a ingestão dos nutrientes desde a infância.

Gestantes

A suplementação de nutrientes é muito importante para gestantes. Isso porque, naturalmente, a futura mãe precisa estar bem nutrida para manter a sua saúde e para dar as melhores condições para o desenvolvimento do bebê.

É interessante destacar que, além de vitaminas e minerais, outros nutrientes são essenciais durante a gestação, como o ômega-3.

Atletas

O polivitamínico ajuda atletas na reposição de vitaminas e minerais diante do desgaste ocasionado pela prática de exercícios. Ainda, os nutrientes colaboram com o desenvolvimento muscular, com a produção de energia e ajudam a potencializar os resultados dos treinos.

Como escolher o melhor polivitamínico?

Há diversas opções de polivitamínicos para quem tem interesse em suplementar vitaminas e minerais. Para escolher a melhor opção, é preciso estar atento a três fatores:

  • Concentração: é importante verificar a concentração dos nutrientes presentes no suplemento antes de consumi-lo. Verifique a quantidade indicada e compare com a que o produto apresenta.
  • Vitaminas ativas: dê preferência aos polivitamínicos que contam com vitaminas ativas, as quais já estão prontas para serem absorvidas. Como exemplo, é possível citar o colecalciferol (forma ativa da vitamina D) e a metilcobalamina (forma ativa da vitamina B12).
  • Minerais quelados: alguns produtos são compostos com micronutrientes na forma de óxidos, que apresentam menor absorção pelo corpo. Os minerais quelados apresentam absorção potencializada porque são envolvidos e carregados para o interior das células por aminoácidos, reconhecidos facilmente pelo organismo.

As vitaminas e minerais são nutrientes necessários para o funcionamento do corpo em todas as fases da vida. Por isso, o polivitamínico é um suplemento importante e pode ser indicado para uso, desde as crianças até os idosos.

Falando em crianças, existem nutrientes que precisam de atenção durante a infância. Quer saber quais são? Leia o conteúdo “10 vitaminas e minerais e suas funções no desenvolvimento infantil”.

As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura de ajuda por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.

Qual a diferença do polivitamínico e multivitamínico?

Qual é a diferença entre polivitamínico e multivitamínico? Como dito, não existe diferença entre polivitamínico e multivitamínico. Os termos são sinônimos, ou seja, apenas são formas distintas de se referir a um suplemento alimentar que reúne diversos nutrientes em sua composição¹.

O que é polivitamínico e multivitamínico?

Dentre os suplementos alimentares mais conhecidos estão os complexos de vitaminas e minerais, chamados de polivitamínicos (ou multivitamínicos).

O que é um multivitamínico?

O que é Multivitamínico O Multivitamínico é um suplemento alimentar composto por diversas vitaminas e minerais, que podem fornecer a nutrição diária exigida pelo corpo humano.

Para que serve a vitamina polivitamínico?

O polivitamínico serve para combater ou prevenir deficiências de vitaminas que podem acontecer quando não é possível obter quantidades ideais de todas as vitaminas importantes para o bom funcionamento do corpo.