Qual a importância da atividade da água para a indústria de alimentos?

A água é um elemento importante na indústria de alimentos, e a sua qualidade pode ter um impacto significativo nos produtos finais. A água potável é essencial para a higiene e segurança dos alimentos. Por estas razões, é crucial que as empresas de alimentos mantenham os padrões de qualidade da água dentro dos níveis estabelecidos para garantia da segurança dos alimentos em todas as etapas do processamento dos alimentos. 

Qual a importância da qualidade da água na indústria de alimentos?

A água é elemento básico nas indústrias, as quais são responsáveis por aproximadamente 22% do consumo total de águas. O uso nos processos industriais  se inicia desde o uso da água no preparo dos produtos alimentícios até a limpeza de utensílios, equipamentos, ambientes, sistemas de refrigeração e de geração de vapor.

Como a qualidade da água impacta o setor de alimentos?

O controle de qualidade da água é de total importância para garantir a segurança dos alimentos ofertados aos consumidores, pois a água se não estiver dentro dos padrões e recomendações legais vigentes, pode se tornar um grande veículo de contaminação para os alimentos. 

O que é necessário para manter a qualidade da água na indústria de alimentos?

A água utilizada na indústria de alimentos deve atender aos padrões legais de potabilidade de acordo com a legislação vigente, para isso, é importante que seja estabelecido um cronograma para o monitoramento e controle da qualidade da água utilizada nos processos de fabricação, através da realização de análises que atestem a potabilidade da água utilizada.

Quais as principais ameaças à qualidade da água nas indústrias de alimento?

São inúmeros os contaminantes carregados pela água como bactérias, vírus, parasitas, toxinas naturais, produtos químicos, agrotóxicos, metais pesados, que se presentes na água podem contaminar os alimentos gerando riscos à segurança.  

Além disso, minerais como o cálcio e o magnésio influenciam na dureza da água, provocando danos em equipamentos e utensílios, podendo inclusive afetar a ação dos detergentes utilizados nos processos de higienização. 

Leia também: Riscos da água contaminada com rejeitos de minério 

Medidas preventivas que assegurem a qualidade da água 

Sem dúvida a melhor forma de prevenção é o estabelecimento de um plano de amostragem para realização de análises laboratoriais que comprovem a potabilidade da água utilizada nos processos industriais, sendo que este cronograma deve contemplar no mínimo:

Monitoramento dos parâmetros de qualidade da água: análise microbiológica para pesquisa de Coliformes totais e Escherichia coli, além dos parâmetros de cloro, pH, cor e turbidez conforme previsto na legislação vigente.

Monitoramento dos parâmetros gerais de potabilidade da água: contemplando análise de todos os parâmetros estabelecidos na legislação vigente, incluindo contaminantes químicos, resíduos de agrotóxicos, metais pesados, entre outros.

É importante que o cronograma seja elaborado com frequências que estejam de acordo com as orientações da legislação vigente, e quando esta não trouxer uma frequência recomendada, a indústria deve estabelecer um cronograma com frequência que não coloque em risco a segurança dos alimentos.

Como podemos te ajudar?  

Como vimos acima, a água é um elemento fundamental na indústria de alimentos, que deve ser analisada constantemente para garantir produtos seguros aos consumidores. Entre em contato com a BRQuality e tenha suporte qualificado para realizar análise microbiológica e físico-química. Vamos conversar?

Qual a importância da atividade da água para a indústria de alimentos?

Por a 8 de Dezembro de 2006 as 16:18

Qual a importância da atividade da água para a indústria de alimentos?

A água é, por norma, o principal constituinte dos alimentos e simultaneamente o solvente mais importante, permitindo que os restantes constituintes se tornem solúveis de modo a poderem ser transportados, absorvidos ou expelidos do interior das células. Este facto permite que ocorram nos alimentos, reacções químicas, alterações enzimáticas e crescimento microbiano, mesmo em certos casos onde o pH e a temperatura sejam factores limitantes. Esta influência da água na degradação dos alimentos é conhecida desde a antiguidade onde técnicas como a secagem ao sol ou ao vento eram utilizadas de modo a preservar os alimentos durante o maior tempo possível. Por volta de 8.000 a.C. começou-se a desenvolver técnicas como a fumagem ou salga de forma a diminuir a acção da água. Estas técnicas de conservação desenvolvidas ao longo de milhares de anos fundamentavam-se na experiência, sendo mais uma forma de arte do que uma actividade baseada na ciência. Só na década de 1950 é que se começou a estudar verdadeiramente a influência da água nos alimentos, descrita como a Actividade da Água.

A actividade da água (Aw) num alimento não significa o mesmo que o seu conteúdo em água, isto porque, dentro dos alimentos a água encontra-se presente de duas maneiras diferentes, quimicamente ligada a outras moléculas, e portanto imobilizada, ou na sua forma livre, desligada de outras moléculas e como tal disponível. É esta água disponível, que actua como solvente, permite reacções químicas e o crescimento microbiano que determina o valor de Aw, podendo variar entre um máximo de 1,0, onde a água se encontra totalmente disponível (equivalente a água pura), e 0,0, onde a água livre é inexistente (equivalente a um osso seco). Isto significa, que dois alimentos poderão ser formados pela mesma quantidade de água, mas ter um Aw diferente, bastando para isso, que um dos alimentos tenho uma quantidade superior de água imobilizada quimicamente em relação ao outro para que o valor seja inferior. Assim, até para facilidade na formulação de alimentos compostos, existe a classificação em relação à sua disponibilidade de água, fazendo parte dos alimentos com um Aw elevados (entre 0,99 e 0,90) a maioria dos frescos, normalmente compostos por mais de 50% de água em relação ao seu peso (carne, pescado, produtos lácteos), e alimentos com Aw pequeno (abaixo dos 0,90) os secos ou alimentos que sofram tratamentos para reduzir a água disponível.

Todos os microrganismos têm um valor limite de Aw abaixo do qual cessam a sua actividade. Na generalidade das bactérias isso acontece para valores de Aw inferiores a 0,97, havendo excepções como é o caso S. aureus (a bactéria mais tolerante ao Aw), cujo crescimento se verifica para valores até 0,86. Já os fungos são bem mais tolerantes à ausência de água disponível, podendo nalguns casos crescerem em alimentos com Aw igual 0,62, razão pela qual se verifica o seu aparecimento em determinados alimentos como o pão ou frutos secos, como os amendoins. Esta inibição dos microrganismos crescerem a Aw reduzidos deve-se ao facto deles transferirem nutrientes e compostos tóxicos através da sua membrana celular, dissolvidos na água. Se isso não acontecer o microrganismo fica impedido de se desenvolver e multiplicar acabando por morrer. Uma vez que o crescimento microbiano é o factor mais importante na preservação dos alimentos, o Aw é uma das melhores maneiras de prever e controlar a deterioração dos alimentos e determinar a sua vida de prateleira, de tal forma, que a esterilidade pode ser alcançada com o controlo da actividade da água e aplicação de calor, normalmente necessário para alimentos com um Aw acima dos 0,85. A própria legislação europeia já exige, para determinados alimentos, limites superiores de Aw como forma de garantir a segurança alimentar.

A remoção de água livre do interior dos alimentos e consequente diminuição do Aw é alcançada de três formas: – Remoção da água livre através de técnicas de secagem como a fumagem, aplicação de calor, exposição ao sol, etc;

– Imobilização da água no alimento através da congelação passando esta do estado líquido para o estado sólido. Para alimentos como as manteigas e margarinas essa imobilização deve-se ao facto de as gorduras serem formadas por uma parte hidrofóbica que repele a água e outra hidrófila que a atrai, acabando por se disporem na forma de uma esfera com a parte hidrófila virada para interior onde prendem as gotículas de água;

– Adição de solutos como sal ou açúcar que, devido á sua afinidade com a água, se vão ligar quimicamente com água livre disponível acabando por ficar presa o que resulta na redução da sua actividade. É o que acontece com as carnes curadas ou com as marmeladas, alimentos ricos em água mas com um Aw pequeno.

Joaquim Dias, Engenheiro Alimentar

Qual a importância da água para a produção de alimentos?

É inegável que a água é fundamental para a indústria de alimentos, visto que é utilizada como ingrediente, facilitador para incorporação de ingredientes, agente de higienização e limpeza, além de fonte de resfriamento e aquecimento dos produtos.

Qual é a importância da água para a indústria?

Na indústria a água pode ser utilizada em diferentes etapas do processo produtivo e também para diferentes finalidades: matéria prima (na indústria alimentícia, cosméticos), na preparação de soluções, em operações de lavagem, limpeza e esterilização ou ainda para a geração de energia.

Qual a importância da atividade de água na conservação dos alimentos?

A atividade de água influencia de forma direta na conservação dos alimentos pois ela interfere na velocidade das reações de deterioração dos alimentos. A aw é determinada através da medida direta em aparelhos ( medidores de aw).

Qual a importância da água limpa na indústria alimentícia?

A água limpa é essencial para garantir a qualidade dos alimentos e das bebidas. Sem ela, certamente o produto que chega no supermercado não seria adequado para o consumo. Sua importância é tanta que o Ministério da Saúde chega a regulamentar sua qualidade para o manejo de embalagens e produtos.