Quais são os carros do Silvio Santos?

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Corria a metade, ou talvez pouco mais, da década de 50. O Santos FC era bicampeão paulista e, numa época em que ainda ninguém tinha ouvido falar em Pelé, um dos craques chamava-se Del Vecchio. Porém, apesar de craque, Del Vecchio não conseguia driblar os vários problemas do seu carro conversível e, por isso, resolveu vendê-lo. Mas estava difícil de encontrar uma vítima.
Na mesma época, o líder de audiência da Rádio Nacional de São Paulo era o Programa Manoel de Nóbrega veiculado diariamente ao meio-dia direto do auditório da rádio com a presença de grande público. Foi ali que se conheceram Carlos Alberto de Nóbrega e Sílvio Santos. Carlos Alberto auxiliava o "seo? Manoel na redação do programa, que tinha, entre outras atrações, a novela humorística "A Fera do Mar?. Na trama, Carlos Alberto era Águia Negra, o herói; Golias era o Caçador, seu atrapalhado companheiro. O programa também possuía um locutor de cabine, que lia os comerciais. Quem era ele? Sílvio Santos.
Difícil imaginar, mas ainda era o tempo em que Sílvio não tinha carteira de motorista nem carro, mas já pensava em comprar um. E a chance parecia ter surgido quando Carlos Alberto foi lhe dizer que soubera de um carro que estava à venda. O preço não era mau. O inconveniente era o fato de o carro ficar em Santos e o dono ser o Del Vecchio, craque do time das praias.
Sílvio, sempre objetivo, resolveu tudo em três tempos. Carlos Alberto cursava a faculdade de Direito em Santos. Num determinado dia, Sílvio iria de ônibus para Santos (acredite ou não, isso aconteceu!) e quando Carlos saísse do curso, ele o estaria esperando para que ambos fossem ver o carro. Se tudo desse certo, e Sílvio o comprasse, quem viria dirigindo seria Carlos Alberto. E assim foi feito.
O carro de Del Vecchio era conversível, estava de capota arriada, mas seu estado estava entre o lastimável e o lamentável. 
O valor pedido era algo em torno de mil dinheiros. Del Vecchio, na condição de dono, podia pedir o preço que quisesse. Difícil seria encontrar alguém que pagasse. Mas como gosto ? e dinheiro dos outros ? não se discute, Sílvio resolveu comprá-lo. Não precisava testar nem nada. O carro seria dele e pronto. Seu primeiro carro. Carlos Alberto ainda tentou dissuadi-lo, puxando-o de lado:
? Sílvio, aqui entre nós, o estado desse carro beira a alguma coisa do tipo "de graça ainda está caro?.
Mas, Sílvio Santos não deu ouvidos e resolveu seguir o seu feeling. (Creio que muitos dos poucos que leem esta coluna já devem ter visto este  filme).
Não tenho informações se Del Vecchio precisou de tempo para se refazer do susto pelo fato de alguém ter aceitado comprar "aquilo?, mas o fato é que ? dizem
? ele nem teria contado as notas (sim, Sílvio pagou à vista) tal era a pressa em
passar o carro para o novo dono.
Bem, Sílvio Santos tinha agora o seu primeiro carro. Não poderia ainda dirigi-lo, mas isso ficaria por conta do Carlos Alberto. Restava apenas sair de Santos e ir embora para São Paulo. Vamos direto para São Paulo? Não. Vamos, antes, dar "uma banda? pela avenida da praia.
Carlos Alberto entrou no carro conversível, capota arriada, tendo ao seu lado o amigo, e novo proprietário, Sílvio Santos.
O passeio pela avenida da praia causou um certo frisson, pois somente quando começou a dirigir, Carlos Alberto percebeu que a porta do motorista não fechava. Ele não poderia dirigir e segurar a porta ao mesmo tempo. Então, o jeito foi o Sílvio encostar o máximo que pudesse em Carlos Alberto, passar a mão pelas suas costas e ficar segurando a porta.
Metade da década de 50, Santos, avenida da praia, e por lá desfilava um automóvel conversível, capota arriada, em que no banco inteiriço dianteiro viajavam dois rapazes juntinhos, aparentemente abraçadinhos. Tudo isso ao som do coro que se ouvia vindo de alguns automóveis que por eles passavam e também ao longo das calçadas: "Viado! Viado! Viado!?
Era uma situação de apenas duas alternativas: dirigir com a porta do motorista aberta ou assumir o coro. A alternativa dois foi a escolhida.
Até que, enfim, saíram da cidade e pegaram a Via Anchieta para voltar a São Paulo. Carlos Alberto tinha a impressão de que o motor não aguentaria a subida da serra. Mas logo a dúvida se dissipou... e transformou-se em verdade.
Como desgraça pouco é bobagem, uma garoa intensa começou a cair pela estrada. Mas isso não seria problema. Bastaria acionar o botão que a capota automaticamente subiria e os protegeria. O botão foi acionado. Várias vezes. Se a capota tivesse subido, de fato, ambos ficariam protegidos da garoa, que agora ganhava corpo e se transformava em chuva.
? A capota não quer subir, Carlos.
? Tudo bem, Sílvio. O carro também não está querendo. O jeito é você pular lá pra trás e trazer a capota a muque.
? Não tenho braço tão comprido assim pra continuar segurando a porta do motorista e conseguir alcançar a capota lá atrás. Pare o carro.
? Se eu parar, ele não anda mais.
? Caramba, Carlos, você sempre pessimista, hein?
Sílvio, enfim, largou a porta do motorista, pulou para o banco de trás e, de lá, conseguiu trazer a capota para a frente e fechá-la. A essa altura a chuva já havia parado, mas era, talvez, uma questão de honra.
Assim, depois de quase três horas de uma longa, e molhada, viagem de Santos a São Paulo ambos estavam quase chegando à Rádio Nacional de São Paulo.
Carlos Alberto, trazia consigo ao menos uma satisfação: todos iriam vê-lo chegar dirigindo o primeiro carro do locutor Sílvio Santos. Quem sabe, um dia, aquilo se tornasse um fato histórico.
Porém, o caminho para a rádio passava obrigatoriamente por uma região conhecida por lojas de compra e venda de carros. Funcionários das lojas ficavam na beira da calçada fazendo um gesto peculiar com a mão para chamar a atenção dos motoristas para saber se tinham intenção de fazer negócio. Não era à toa que tais funcionário eram apelidados de "tocadores de castanholas?.
Restavam ainda três quarteirões para chegar à rádio quando Carlos Alberto foi obrigado a parar num farol fechado. Da calçada, um "tocador de castanhola? gesticulou.
? Quer vender?
Carlos Alberto fez sinal que não.
? Quanto você paga? ? foi a pergunta de Sílvio.
? Mil e trezentos dinheiros. Em "cash?.
? Vendido. Carlos, vamos sair. O carro agora é dele.
O problema com a porta, o coro de "viado!?, o drama da garoa junto o sobe-não-sobe do carro  na serra, a capota... tudo agora era passado. O primeiro carro de Sílvio durara apenas uma viagem ? longa ? de Santos a São Paulo.
Carlos Alberto e Sílvio fizeram a pé os três quarteirões até chegarem à rádio. E tiveram que correr porque a chuva da serra chegara até a capital.
Chegaram ambos duplamente molhados. Sílvio sem carro e com lucro no bolso. Carlos Alberto também sem carro e ? atchim! ? com um começo de gripe.

Quais são os carros de Silvio Santos?

Mas você saberia dizer quais são os carros do Silvio Santos? Sua frota conta (ou já contou) com carros luxuosos e veículos que proporcionam uma viagem mais confortável. ... Carros mais vendidos em julho..

Qual é a fortuna de Silvio Santos 2022?

Silvio Santos.

Quantas empresas têm o Grupo Silvio Santos?

O Grupo Silvio Santos possui 38 empresas, entre elas, estão: Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) - Rede de televisão brasileira.

O que o Silvio Santos é dono?

Silvio Santos, o dono da rede de televisão SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), é uma das grandes personalidades do Brasil. O apresentador e proprietário da emissora é uma figura bastante conhecida e que conta uma história de muita superação.

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