Nosso país está mudando. As famílias tradicionais e numerosas estão assumindo novas configurações. Hoje, nascem menos crianças e a população vive mais. Resultado: o Brasil está envelhecendo. Mas ainda há diversas regiões em que a população jovem é mais significativa. Somos um país em transformação e isso impacta no seu negócio. Afinal, toda empresa tem o seu público-alvo e costuma identificá-lo, entre outros fatores, pela faixa etária. Show
Onde está o seu público? Onde você tem mais potencial para crescer? Saber como localizar seus futuros clientes faz toda a diferença nos seus resultados e um sistema de Geomarketing, como o OnMaps, pode ajudá-lo nesta missão. O infográfico abaixo, feito a partir de dados do OnMaps, destaca os locais campeões em jovens e idosos no Brasil. Em uma análise realizada na plataforma, constata-se que a região Norte é a mais jovem do país. Nos estados de Roraima e Amapá, por exemplo, uma a cada três pessoas possui menos de 14 anos. Na média da região, 30% das pessoas tem até 14 anos. E apenas 9% da população tem mais de 60 anos. Atravessando o Brasil, encontramos o cenário oposto: o Sul é a área com a menor concentração de jovens. No Rio Grande do Sul apenas 17% das pessoas tem menos de 14 anos. É também o Sul que detém a maior proporção de idosos: 16% de seus habitantes têm idade superior a 60 anos. O Rio Grande do Sul é o líder entre os estados com maior número de idosos: quase 20% de seus habitantes têm mais de 60 anos. Vemos, então, que as duas regiões estão nos extremos do país, tanto em termos de localização, quanto de perfil etário. Encontre seu público-alvoAs informações reunidas no OnMaps são para lá de relevantes para quem quer expandir sua atuação acompanhando a concentração de determinadas faixas etárias. Você pode realizar desde análise de mercado mais ampla – para identificar, por exemplo, regiões, estados e cidades com forte presença do seu público –, como também pode focar em mercados menores e buscar bairros ou até mesmo quarteirões com mais jovens, adultos ou idosos. Empresas que atuam no setor de escolas e faculdades – ou qualquer uma que tenha como target o público jovem – precisam analisar com cuidado as mudanças na idade da população. Afinal, o número de jovens no Brasil tem diminuído e é este o público dessas empresas. Como ganhar espaço no mercado se o público está decrescendo? Da mesma forma, quem foca na população idosa, precisa considerar o aumento da demanda em seu planejamento. No OnMaps, há relatórios que mostram, ano a ano, a evolução sociodemográfica. Dessa forma, você consegue saber se a população que sustenta o seu negócio está crescendo ou não e, então, planejar decisões fundamentadas em dados de confiança para orientar a sua empresa. Os dados sobre a idade da população são apenas um dos elementos que podem ser explorados com o OnMaps. A plataforma também reúne informações sobre perfis de consumo, demografia, polos comerciais e o mercado em geral. Portanto, aproveite todas as possibilidades que a visão de Geomarketing traz a você e acrescente a Inteligência Geográfica às suas estratégias. Mesmo com o envelhecimento da população, crianças e adolescentes ainda representam um percentual grande dos brasileiros. São 53,7 milhões de meninos e meninas que precisam ter seus direitos garantidosUNICEF/BRZ/Giacomo Pirozzi Programme Menu
O Brasil possui uma população de 210,1 milhões de pessoas, dos quais 53.759.457 têm menos de 18 anos de idade (Estimativa IBGE para 2019). Mais da metade de todas as crianças e adolescentes brasileiros são afrodescendentes e um terço dos cerca de 820 mil indígenas do País é criança. São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para desenvolver com plenitude todo o seu potencial. Embora o País tenha feito grandes progressos em relação à sua população mais jovem, esses avanços não atingiram todas as crianças e todos os adolescentes brasileiros da mesma forma. Nas últimas décadas, o Brasil reduziu significativamente a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos (de 19,6% em 1990 para 7% em 2006), atingindo, antes do prazo, a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Entretanto, a desnutrição crônica ainda é um problema em grupos mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, a prevalência de desnutrição crônica entre crianças indígenas menores de 5 anos era de 28,6%. Os números variam entre etnias, alcançando 79,3% das crianças ianomâmis. Ao mesmo tempo, aumenta progressivamente o consumo de alimentos ultraprocessados (alimentos com baixo valor nutricional e ricos em gorduras, sódio e açúcares) e a prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil. Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos possui excesso de peso, 17,1% dos adolescentes estão com sobrepeso e 8,4% são obesos. Entre 1990 e 2018, a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1 para 13,1 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2016, pela primeira vez em 26 anos, as taxas de mortalidade infantil e na infância cresceram, voltando a cair no anos posteriores. No entanto, desde 2015, as coberturas vacinais – que vinham se mantendo em patamares de excelência – entraram em uma tendência de queda. De 2015 a 2019, a cobertura vacinal da poliomielite caiu de 98,29% para 79,42%, e a da tríplice viral, de 96,07% para 91,57% (PNI). De 1990 a 2019, o percentual de crianças com idade escolar obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 3,7% (Pnad 2019). No entanto, mesmo com tantos avanços, em 2019, 1,5 milhão de meninos e meninas ainda estavam fora da escola (Pnad, 2019). E essa exclusão escolar tem rosto e endereço: quem está fora da escola são os pobres, negros, indígenas e quilombolas. Uma parcela tem algum tipo de deficiência. E grande parte vive nas periferias dos grandes centros urbanos, no Semiárido, na Amazônia e na zona rural. Muitos deixam a escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar. Além do desafio de acesso escolar, há quem esteja na escola sem aprender. O sistema de educação brasileiro não tem sido capaz de garantir oportunidades de aprendizagem a todos. Muitos meninos e meninas são deixados para trás. Ao ser reprovados diversas vezes, saem da escola. Em 2018, 6,4 milhões de estudantes das escolas estaduais e municipais tinham dois ou mais anos de atraso escolar. UNICEF/BRZ/Fred Borba Para o UNICEF, a face mais trágica das violações de direitos que afetam meninos e meninas no Brasil são os homicídios de adolescentes: a cada hora, alguém entre 10 e 19 anos de idade é assassinado no País [estimativa do UNICEF baseada em dados do Datasus (2018)] — quase todos meninos, negros, moradores de favelas. O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção da infância e da adolescência. No entanto, é necessário adotar políticas públicas capazes de combater e superar as desigualdades geográficas, sociais e étnicas do País e celebrar a riqueza de sua diversidade.
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