Quais foram os principais fatores para a conquista espanhola?

A Conquista da América Espanhola


A conquista da América Espanhola foi o processo de ocupação da América pelos espanhóis e consequente controle sobre as áreas até então ocupadas pelos povos nativos, entre os quais podemos destacar Astecas e Incas. A primeira expedição de espanhóis à América chegou em 1492, liderada por Cristóvão Colombo. Colombo morreu em 1506, depois de fazer mais três viagens à América. Até o último momento, no entanto, ele acreditou ter chegado às Índias. O erro seria corrigido logo após sua morte pelo navegante Américo Vespúcio. Por muito tempo, no entanto, a América continuaria a ser chamada também de Índias Ocidentais. 

Para consolidar a ocupação do território e enfrentar a resistência dos povos nativos – que eram a imensa maioria – os espanhóis se aproveitaram de sua superioridade bélica, com a utilização de armas de fogo e cavalos. A vitória espanhola também pode ser explicada pela questão biológica, ou seja, a disseminação de doenças que não existiam na América, provocando epidemias fatais aos nativos. Outro fator determinante foi a aliança com povos dominados pelo Império Asteca e Inca, estimulando as desavenças que já existiam entre os nativos. Por fim, podemos levar em consideração o medo, uma vez que os indígenas pensavam que os espanhóis eram a encarnação de deuses. Os Astecas, por exemplo, acreditavam que os conquistadores liderados por Hernán Cortés eram mensageiros de Quetzacoatl.

Quetzacoatl: Divindade criadora Asteca.

A violência foi uma marca desse processo de dominação, o que pode ser percebido através dos textos de Bartolomeu de Las Casas:

“Seu lugar-tenente assassinou a muitos índios enforcando-os e queimando-os vivos. Lançando outros aos cães, cortando-lhes as mãos, a cabeça, a língua, estando eles em paz, isto somente para lhes incutir terror, a fim de que os servissem e lhes dessem ouro.”

(LAS CASAS, Bartomlomé de. O paraíso destruído: A sangrenta história da conquista da América Espanhola. Porto Alegre: L&PM,
2011, p. 72.)

 
Na fase de conquista, a Coroa espanhola criou os adelantados, grandes extensões de terras que eram entregues a conquistadores, que tinham autonomia sobre a administração desses territórios. À medida que se ampliou a dominação espanhola sobre a América, surgiu a necessidade de montar um aparelho administrativo que se associasse aos interesses mercantilistas da Espanha, especialmente após a descoberta de grandes quantidades de ouro na área do império Asteca, e de prata, na área do império Inca. Assim, o território foi dividido em vice-reinados e capitanias gerais. Para o controle da economia colonial, a Coroa espanhola criou, em 1503, a Casa de Contratação, que controlava o comércio espanhol com as áreas coloniais e o sistema de Porto Único, determinando que os produtos que saíssem e entrassem na América só poderiam e ir e vir do Porto de Sevilha.

Divisão administrativa da América Espanhola.

Com a consolidação da colonização, a América Espanhola foi marcada por uma sociedade estratificada, onde a elite de nascimento detinha privilégios. A sociedade era dividida nos seguintes grupos:

  • Chapetones: os homens brancos, nascidos na Espanha e que vivendo na colônia representavam os interesses metropolitanos, ocupando altos cargos administrativos, judiciais, militares e no comércio externo.
  • Criollos: elite econômica colonial, descendentes de espanhóis, nascidos na América, que eram grandes proprietários rurais.
  • Mestiços: homens livres, trabalhadores geralmente superexplorados.
  • Indígenas: grande maioria da população, foram submetidos ao trabalho forçado através da mita ou
    da encomienda.
  • Escravos africanos: foram utilizados sobretudo no Caribe (Antilhas) e trabalhavam principalmente
    na agricultura.

Como se pode perceber, ao contrário do que ocorreu na América Portuguesa, a mão-de-obra indígena foi utilizada em larga escala. Isso se deu através de duas formas de trabalho:

  • Mita: instituição de origem inca, utilizada por essa civilização, portanto, antes da chegada dos europeus. Consistia na exploração das comunidades dominadas, utilizando uma parte de seus homens no trabalho nas minas. Os homens eram sorteados, em geral trabalhavam quatro meses,
    recebendo um pagamento irrisório. Cumprido o prazo, deveriam retornar à comunidade, que por sua vez deveria enviar um novo grupo de homens. Apesar de sua origem Inca, os espanhóis também se apropriaram da mita para impor um ritmo de trabalho compulsório aos nativos americanos.
  • Encomienda: sistema criado pelos espanhóis, consistia na exploração de um grupo ou comunidade de indígenas por um colono. Em troca, o colono deveria pagar um tributo à metrópole e promover a cristianização dos indígenas.

Quais são os fatores da conquista espanhola?

A conquista da América espanhola ocorreu, principalmente, por meio da violência, o que foi bastante ressaltado em relatos da época. Os contatos iniciais amigáveis logo foram superados pela ambição do espanhol de conquistar e explorar, principalmente à procura de metais preciosos.

Quais foram os principais fatores que levaram à conquista dos mexicas pela Espanha?

Causas da vitória espanhola.
Superioridade armamentícia: os espanhóis possuíam armamentos muito superiores em comparação aos nativos. ... .
Doenças contagiosas: o contato dos nativos com o espanhol trouxe aos nativos uma série de doenças para as quais eles não possuíam anticorpos..

Quais os quatro fatores que favoreceram a conquista espanhola na América?

Resposta verificada por especialistas. A superioridade tática, militar e tecnológica das armas e o ódio dos povos dominados pelos povos dominados pelos grandes reinos e impérios da América foram fatores que favoreceram a conquista da América pré-colombiana.

Que fatores foram determinantes na conquista espanhola sobre os povos indígenas?

A explicação para que um número tão pequeno de espanhóis conquistasse uma quantidade tão grande de nativos estava na superioridade de suas armas. Os espanhóis possuíam armas de fogo, lanças, espadas de metal e, principalmente, a besta, que davam vantagem para superar os grandes números de nativos em combates.