Quais foram os costumes que os portugueses aprenderam com os índios?

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Tupinologia é o conjunto de conhecimentos da etnologia e dos costumes tupis, principalmente da língua e literatura tupis. Diz-se tupinólogo quem se dedica a esse ramo do conhecimento.[1]

Língua tupi[editar | editar código-fonte]

A língua tupi era a língua mais falada no litoral brasileiro no século XVI, época da chegada dos portugueses ao Brasil. Os portugueses a aprenderam para se comunicar com os indígenas. Foi a língua mais falada no Brasil durante os séculos XVI e XVII, inclusive pelos escravos africanos, só vindo a perder essa primazia no século XVIII, com o aumento da imigração portuguesa por causa da descoberta de ouro em Minas Gerais e quando o uso da língua tupi foi proibido pelo marquês de Pombal em 1758.[2]

Literatura tupi[editar | editar código-fonte]

A língua tupi foi usada como instrumento de catequese pelos jesuítas de 1549 a 1759. Durante esse período, os missionários aprenderam a língua e organizaram as primeiras gramáticas, vocabulários e catecismos na língua. Dentro da literatura brasileira incipiente, nasceram, assim, os primeiros escritos na língua tupi (até então, a língua, embora falada pelos índios, não possuía representação escrita).[2]

Tópicos de tupinologia[editar | editar código-fonte]

  • momentos da língua tupi;
  • perfil da língua tupi;
  • processos de composição e derivação;
  • fonética histórica tupi-portuguesa;
  • empréstimos tupínicos no português do Brasil.[3]

História[editar | editar código-fonte]

No século XVI, o tupi se tornou matéria obrigatória para os jesuítas no Brasil. Entre os tupinólogos desse século, destacou-se o padre jesuíta José de Anchieta, com o seu "Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil" (1595), a primeira gramática da língua tupi. Em 1621, a "Arte da língua brasílica", do padre Luís Figueira, se tornou a obra utilizada no ensino da língua no país. No século XVIII a língua tupi antiga deixou de ser falada, ao ser suplantada pela língua portuguesa e, ao mesmo tempo, se transformar na língua geral. Em 1935, o ensino da língua começou a ser ministrado na Universidade de São Paulo por Plínio Ayrosa, exemplo este que passou a ser seguido por outras universidades brasileiras. Em 1938, Plínio publicou o "Vocabulário na língua brasílica", obra de um jesuíta desconhecido do século XVI: a obra revelou o léxico do tupi antigo, até então praticamente desconhecido.

Ao longo do século XX, destacaram-se os trabalhos dos tupinólogos Lemos Barbosa (da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Frederico Edelweiss (da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia) e Aryon Rodrigues (da Universidade Estadual de Campinas). A partir da década de 1960, o estruturalismo começou a influenciar o ensino das línguas indígenas do Brasil: com isso, o ensino do tupi antigo foi cedendo espaço ao ensino de língua indígenas vivas. No início do século XXI vem se destacando o trabalho de Eduardo de Almeida Navarro (da Universidade de São Paulo).[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. http://www.dicionarioweb.com.br/tupinologia.html
  2. a b NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. 620 p.
  3. «Cópia arquivada». Consultado em 27 de maio de 2019. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2019
  4. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. XVII-XIX.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Literatura tupi
  • Língua tupi

Publicado: Quarta-feira, 16 de abril de 2008

Quais foram os costumes que os portugueses aprenderam com os índios?
O contato entre índios e portugueses foi de muita estranheza para ambas as partes

O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Os indígenas que habitavam o Brasil naquela época viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).


Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.

Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (ocas). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.

Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho. Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequeno número de índios de hoje.


Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.


Fonte: Funai

Quais os costumes que os portugueses aprenderam com os índios?

Os portugueses aprenderam muitos costumes indígenas para se adaptar ao local e explorar as terras em busca de riquezas, como madeira e ouro. Eles utilizavam as canoas indígenas para explorar os rios e aprenderam a manejar o arco e a flecha para pescar e o tacape para caçar.

O que os portugueses trouxeram para os índios?

Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia.

Que hábitos e costumes podemos dizer que herdamos dos indígenas?

ALGUNS HÁBITOS QUE HERDAMOS DOS ÍNDIOS: A VONTADE DE ANDAR DESCALÇO E TOMAR BANHO DIARIAMENTE; 2. O COSTUME DE DESCANSAR EM REDES; Page 2 3. A CULINÁRIA BRASILEIRA COM A UTILIZAÇÃO DA MANDIOCA E SEUS DERIVADOS (FARINHA DE MANDIOCA, POLVILHO); 4. O COSTUME DE NOS ALIMENTARMOS COM PEIXE.

O que os brasileiros aprenderam com os portugueses?

Alguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.