Quais elementos Responsáveis pela formação dos Estados Nacionais europeus existem no Brasil atual

Por meio destes exercícios sobre Formação dos Estados Nacionais Modernos, você pode testar seus conhecimentos sobre esse importante processo histórico da Idade Moderna. Publicado por: Cláudio Fernandes

(Pucsp) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques Bossuet.).

Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto:

a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus.

b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza feudal.

c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta.

d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.

e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela.

(UEL) Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais europeias:

a) a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista.

b) a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado.

c) as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre mercado.

d) o crescimento do contingente de mão de obra camponesa e a presença da concepção burguesa de ditadura do proletariado.

e) o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis.

Os Estados Nacionais Português e Espanhol só se consolidaram efetivamente a partir do século XV. A formação desses dois Estados, que se localizam na Península Ibérica, está relacionada diretamente:

a) à aliança com holandeses, que venderam os seus domínios para ambos os Estados.

b) à expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.

c) ao acordo com o califado de Córdoba, que cedeu territórios para a criação desses Estados.

d) ao acordo com o Império Romano, que até então dominava a região.

e) à Reforma Protestante, que mudou completamente os hábitos religiosos da Península Ibérica.

Luiz XIV, da França, foi considerado o modelo de monarca absolutista. Sua expressão “O Estado sou Eu” traduz uma premissa básica da formação do Estado Moderno, que é:

a) o rei como aquele que não intervém no Estado.

b) o rei como o primeiro cidadão do Estado.

c) o rei como aquele que apenas simbolicamente tem poder político.

d) a generosidade do monarca para com os seus súditos.

e) o rei como fonte da soberania nacional.

respostas

Letra D

A concepção da emanação divina do poder do rei absoluto era uma das principais características da estratégia que “arquitetos” dos Estados Nacionais Modernos, com Jean Bodin, desenvolveram para dar legitimidade a esse tipo de poder. Na formação dos Estados Nacionais Europeus, a fonte do poder, ou seja, a soberania, estava relacionada diretamente com a figura do monarca.

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Letra A

Ao projeto político dos Estados Nacionais Europeus, como o espanhol, o português, o francês e o holandês, foram basilares o desenvolvimento da prática econômica mercantilista, articulada pela burguesia, que se tornava expressiva nessa época, e a política protecionista do Estado. O Estado Moderno controlava a economia, ao contrário do que foi defendido pelo liberalismo nos séculos XVIII e XIX.

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Letra B

Espanha e Portugal só se formaram a partir da luta contra os muçulmanos, que haviam ocupado praticamente toda a Península Ibérica durante sua expansão no período medieval. A formação desses dois Estados caracterizou-se também pela forte presença da religião católica na região, fato que deu a alcunha de “reis católicos” aos monarcas ibéricos.

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Letra E

A expressão “O Estado sou Eu” traduz a ideia de que o rei é a fonte de todo o poder político. Os homens que compõem a nação por ele governada não são cidadãos, mas súditos do rei. A força política do rei consistia em ser ele o legislador, o juiz e o executor da lei. O monarca absoluto personificava o Estado.

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Quais elementos Responsáveis pela formação dos Estados Nacionais europeus existem no Brasil atual

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Mestra em História (UFRJ, 2018)
Graduada em História (UFRJ, 2016)

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O termo "Estados Nacionais" costuma ser utilizado para designar o resultado da dinâmica política e econômica que levaria a uma nova formulação de Estado nos reinos europeus, possibilitando o fortalecimento e subsequente centralização do poder real.

Durante a Idade Média, a Europa em geral seria caracterizada pela forte presença política dos senhores feudais. Junto com a influência da Igreja, isso acabaria por assegurar a fragmentação do poder durante o período. No século XIV, porém, este sistema afundou em uma forte crise depois da desagregação social causada pela epidemia de peste bubônica, que em muito agravaria a crescente paralisação do mercado agrícola. Neste contexto, ocorreu a ascensão da burguesia. Anteriormente mais predominante nas atividades comerciais das cidades feudais, o grupo se tornaria cada vez mais influente ao adquirir as terras dos arruinados senhores feudais, o que lentamente alteraria o eixo da economia para as atividades comerciais no meio urbano. Isso desenvolveria substancialmente o comércio.

A diminuição do poder dos senhores feudais também levaria ao fortalecimento político dos reis. Aliados com a ascendente burguesia, os monarcas tiveram maior possibilidade de arrecadar os impostos necessários para desenvolver e manter as instituições necessárias para a administração e segurança pública. Os recursos para isso eram garantidos por meio da promoção da economia mercantil. Ao mesmo tempo em que beneficiava a burguesia, entretanto, o rei ainda cultivava o apoio da nobreza, reforçando os laços de fidelidade entre eles ao atraí-los para a corte e promovendo seus membros mais destacados para importantes cargos no Estado. Desta forma, a nobreza perdia sua autonomia e se tornava subserviente ao rei. Ao mesmo tempo, as fronteiras tornavam-se melhor definidas, gerando paulatinamente o sentimento de uma identidade nacional pelo reino.

A maioria dos reinos europeus passou mais cedo ou mais tarde por este processo. Um caso precoce foi Portugal, consolidado já no século XIII, apesar de ter sua independência frequentemente ameaçada pela vizinha Castela – que, por sua vez, apenas se uniria com Aragão e formaria a Espanha moderna no século XV. As monarquias em França e Inglaterra também mostrariam cedo sinais de fortalecimento do poder real, mas apenas depois da Guerra dos Cem Anos travada entre ambos desde o século XIV – e, especificamente no caso inglês, a Guerra das Duas Rosas, que opôs a Casa Lancaster e a Casa York no século XV – foi que o poder real se consolidou respectivamente com a dinastia Valois e a dinastia Tudor. Esse processo de centralização política acabaria por resultar, mais tarde, na formação de um sistema característico da Era Moderna: o absolutismo, que encontraria sua expressão mais famosa em França com Luís XIV, o Rei Sol.

Quais elementos Responsáveis pela formação dos Estados Nacionais europeus existem no Brasil atual

Luís XIV da França, o Rei Sol. Pintura de Hyacinthe Rigaud (1701).

Entretanto, em algumas regiões o processo que levaria ao Estado Nacional não seria completado neste período. Embora tanto no Sacro Império Romano Germânico quanto na Península Itálica ocorresse a crise do feudalismo e o início da centralização política, as forças regionais foram fortes demais para que fosse possível a consolidação de um poder central. Assim, ambas as regiões seriam politicamente fragmentadas durante a Era Moderna. Enquanto o Império possuía vários ducados, reinos e cidades independentes, na Península Itálica muitas terras foram dominadas por potências estrangeiras ou eram subordinadas à Igreja. As modernas nações conhecidas como Alemanha e Itália apenas surgiriam no século XIX.

Bibliografia:

LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao absolutismo”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 141-145.

http://institutoparthenon.com.br/clubedeescritores/2012/12/formacao-dos-estados-nacionais/
http://idademoderna.weebly.com/estados-nacionais.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/estados-nacionais/

Quais elementos responsáveis pela formação dos estados nacionais europeus que existem no Brasil atual?

A Formação dos Estados Nacionais europeu ocorreu durante a Idade Moderna, configurando-se como o processo de centralização do poder e do nascimento das Nações Modernas, em detrimento aos antigos reinos europeus, que apresentavam uma organização de poder descentralizada, com leis, força militar, unidade de medidas e ...

Quais foram os fatores que contribuíram para a formação dos estados nacionais?

Em suma, a união dos interesses políticos dos Reis e os interesses econômicos da burguesia, foram essenciais para formação das Monarquias ou Estados Nacionais. Assim, foram se extinguindo o domínio dos senhores feudais do período medieval, dando início a Era Moderna.

Quais as principais características dos estados nacionais europeus?

Alguns aspectos caracterizam os Estados Nacionais Modernos, como a burocracia, o militarismo, as leis e o sistema judiciário unificados e um sistema burocrático, que originou tarifas e tributos cobrados.

Como se formam os estados nacionais modernos?

O Estado Moderno surge a partir da crise no Feudalismo. No modelo feudal, não havia estados nacionais centralizados. Os senhores feudais é quem exercia os poderes políticos sobre seus domínios, sem ter que responder a um poder central estabelecido. Cada feudo tinha a própria autonomia política.