Quais as principais causas de LER e DORT?

Você provavelmente já ouviu falar em LER/DORT, mas sabe realmente o que estas siglas significam? A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) estão relacionadas a situações em que a realização de movimentos repetitivos acabam sobrecarregando músculos, tendões e articulações.

Em primeiro lugar é preciso esclarecer que nem sempre elas andam juntas. Lesões por repetição muitas vezes estão relacionadas ao trabalho, mas as causas podem variar, abrangendo a prática de alguns esportes, hobbies que envolvam trabalhos manuais e até mesmo o uso desenfreado do celular.

Da mesma maneira, a DORT é uma sigla que surgiu para substituir a LER em algumas situações. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a distinção é necessária porque a maioria dos trabalhadores com sintomas no sistema musculoesquelético não apresenta evidência de lesão em qualquer estrutura.

Outro motivo está relacionado ao fato de que outros tipos de sobrecarga, não apenas o esforço repetitivo, podem ser nocivas ao trabalhador. Entre elas destacam-se a sobrecarga estática (contração muscular por períodos prolongados), excesso de força empregada na execução de tarefas, uso de instrumentos que transmitam vibração excessiva e trabalhos executados com posturas inadequadas.

Principais sintomas de LER/DORT

Os sintomas de LER/DORT costumam se manifestar de maneira progressiva, começando levemente e piorando em alguns momentos, como o fim do dia ou da semana. Se o quadro não for tratado, pode haver uma piora do quadro, com os sintomas se tornando mais intensos, muitas vezes a ponto de prejudicar o trabalho e a qualidade de vida da pessoa.

Os principais sintomas relacionados a LER/DORT são:

  • Dor localizada;
  • Dor generalizada ou que irradia;
  • Desconforto;
  • Fadiga ou sensação de peso;
  • Formigamento;
  • Dormência;
  • Redução da força muscular.

É importante salientar que nem sempre estes sintomas estão relacionados a LER/DORT. Eles podem estar relacionados a distúrbios reumáticos, imunológicos, hormonais, metabólicos, ortopédicos, neurológicos ou infecciosos. Por isso, é imprescindível que a pessoa que apresente estes sintomas busque atendimento médico para descobrir a causa e tratá-la.

Com certa frequência, pacientes com LER/DORT podem desencadear quadros de tendinite de ombro ou punho, epicondilite, cisto sinovial, dedo em gatilho, lesão do nervo ulnar ou síndrome do desfiladeiro torácico, por exemplo, o que torna o diagnóstico e o tratamento corretos ainda mais necessários.

Como é feito o diagnóstico de LER/DORT

O diagnóstico de LER/DORT deve ser feito por um médico, seja ele ortopedista ou do trabalho. Na consulta serão avaliados os sintomas apresentados, levando em consideração todo o histórico de saúde do paciente, o cargo que ocupa e as funções que desempenha no trabalho.

Para compreender melhor a extensão do distúrbio ou lesão é recomendada a realização de exames de imagem, como raio-X, ultrassom, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Em alguns casos pode ser recomendada a eletroneuromiografia, que ajudará a avaliar a saúde do nervo afetado.

Prevenção e tratamento de LER/DORT

A ginástica laboral é uma boa maneira de evitar casos de LER/DORT. Além disso, é recomendado que os profissionais façam pausas de 15 a 20 minutos a cada três horas de trabalho, para dar algum descanso ao corpo, mudar a postura e alongar-se. Também é importante contar com locais de trabalho pensados na ergonomia, sem sobrecarregar músculos, tendões e articulações e promovendo a postura correta da pessoa. Beber água com frequência ajuda a manter estas estruturas hidratadas, protegendo contra o surgimento de lesões.

Assim que confirmado um diagnóstico de LER/DORT, o tratamento pode variar de acordo com a situação de cada paciente. Ele pode envolver a administração de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar a dor e o desconforto, além de sessões de fisioterapia para reabilitação. A fisioterapia para LER/DORT pode envolver técnicas manuais de exercícios corretivos para fortalecer e alongar os músculos e até mesmo equipamentos de eletroterapia para combater a dor aguda. Em casos mais graves pode ser recomendada cirurgia.

Sempre que surgir algum tipo de dor ou desconforto, que possa estar relacionada a alguma atividade profissional ou não, o importante é investigar a causa. Somente com o diagnóstico correto o profissional de saúde poderá indicar o melhor tratamento e quais medidas o paciente pode tomar no seu dia a dia para contar com mais qualidade de vida no trabalho e fora dele.

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Quais as principais causas de LER e DORT?

Denomina-se Lesão do Esforço Repetitivo ou simplesmente LER, a lesão causada pelo desempenho de atividade repetitiva e contínua, como tocar piano, dirigir caminhões, fazer crochê, digitar, etc.

A LER é uma lesão relacionada com a atividade da pessoa, e em alguns casos pode ser entendida como uma doença ocupacional, e ocorre sempre que houver incompatibilidade entre os requisitos físicos da atividade ou tarefa e a capacidade física do corpo humano. Alguns fatores de risco contribuem para a instalação desta lesão, dentre eles: movimentos repetitivos, tracionamentos, postura incorreta, içamento de pesos, etc.

A LER, instala-se lentamente no organismo humano e muitas vezes passa despercebida ao longo de toda uma vida de trabalho e quando é percebida já existe um severo comprometimento da área afetada.

A digitação intensa é uma das causas mais comuns da incidência da LER e é a que mais tem contribuído para o aumento do número de casos de doenças ocupacionais.

Prevenção:

As medidas preventivas destinadas a evitar a LER provém de estudos da adaptação ou ajustamento do meio ambiente (trabalho ou lazer) às características psico-fisiológicas ou particularidades do corpo humano. Os resultados desses estudos permitem a elaboração de projetos e a adoção de medidas apropriadas para evitar que o homem exponha sua saúde ao realizar atividades necessárias para sua subsistência ou lazer.

Dicas para evitar lesões:

– a cada 25 minutos de trabalho de digitação faça uma parada de 5 minutos;
– a cada uma hora de digitação, saia de sua cadeira e movimente-se;
– beba água regularmente ao longo do dia;
– tenha postura adequada: ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira;
– mantenha as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão;
– mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua cadeira;
– sua cadeira deve ser do tipo ajustável para sua altura em relação à mesa de trabalho, e seu encosto deve prover suporte integral para suas costas. O assento da cadeira deve se ajustar a você e nunca deverá tocar a parte interna de seus joelhos, pois se isto ocorrer poderá afetar a circulação do sangue em suas pernas. O apoio de braços para cadeira é ergonomicamente questionável, no entanto se desejá-los, certifique-se de que: os apoios não estão muito próximos ou muito afastados; muito baixos ou muito altos. A cadeira é uma das peças mais importantes na prevenção de lesões, portanto não justifica economizar algum dinheiro e adquirir algo deficientemente projetado;
– não utilize apoio de pulso durante a digitação, pois se assim o fizer estará correndo o risco de provocar compressão nos nervos de seu pulso (túnel do carpo); a digitação deve ser feita com os pulsos ligeiramente levantados. Os apoios de pulso são projetados para permitir o repouso confortável de seu pulso durante as “pausas”;
– o monitor do computador deverá estar a uma distancia mínima de 50 e máxima de 70 centímetros, ou de maneira prática a uma distância equivalente ao comprimento de seu braço. A regulagem da altura da tela deve ser tal que se situe entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão.

Aspecto legal

No Brasil, bem como em vários outros países, a Lesão do Esforço Repetitivo é considerada uma doença ocupacional e, portanto, equivalente a um “acidente do trabalho” e como tal sua ocorrência deve ser reportada aos órgãos competentes. A Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) estabelece várias recomendações ergonômicas relativas ao ambiente do trabalho, dentre elas a de que o trabalho efetivo de digitação não pode ultrapassar 5 horas por dia e que a cada 50 minutos de digitação deve haver uma pausa de 10 minutos.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em janeiro de 2.009.

Fonte:
Universidade Estadual Paulista (Campus de Bauru). Curso de Treinamento de CIPA (Impresso)

Quais são as causas de LER e DORT?

Os fatores ocupacionais que contribuem para o surgimento das LER e DORT são: movimentos repetitivos, ritmo de trabalho intenso, móveis e equipamentos incômodos, postura inadequada, falta de tempo para ir ao banheiro, cobrança contínua por produtividade, exposição ao frio e exposição a vibrações.

Quais são as causas LER?

As principais causas.
excesso de movimentos repetitivos;.
postura incorreta;.
preparo físico insuficiente;.
ausência de pausa e descanso;.
local de trabalho — mesas e cadeiras — inadequado;.
jornadas excessivas;.

Quais são as principais doenças relacionadas a LER DORT?

Quais são os distúrbios mais comuns? Os distúrbios osteomusculares ocupacionais mais frequentes são as tendinites (particularmente do ombro, cotovelo e punho), as lombalgias (dores na região lombar) e as mialgias (dores musculares) em diversos locais do corpo.

Qual tipo de trabalho causa mais LER DORT?

As Lesões por Esforço Repetitivo/ Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho, atinge especialmente os membros superiores (dedos, mãos, braços, cotovelos, ombro, etc).