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Logo após, a coroa portuguesa enviou ao Brasil uma esquadra composta por três navios, para mapear e desbravar o litoral. O navegador Gaspar de Lemos, que comandava a esquadra vinda de Portugal, ficou extasiado naquele dia, que por coincidência era dia de Reis, 6 de janeiro de 1502. O português Américo Vespúcio, que fazia parte da tripulação, escreveu emocionado a Portugal, relatando as paisagens mágicas e quase surreais que presenciava ali. Em meio a Mata Atlântica, oito baías, 365 ilhas e mais de 2.000 praias praticamente selvagens. A natureza exuberante era motivo pelos quais navios piratas eram vistos pelo litoral que, além de se deleitarem com tanta beleza, abasteciam seus navios de água, lenha e provisões. Américo Vespúcio, escreveu a Portugal: "Algumas vezes me extasiei com os odores das árvores e das flores e com os sabores dessas frutas e raízes, tanto que pensava comigo estar perto do Paraíso Terrestre. E o que direi da quantidade de pássaros, das cores das suas plumagens e cantos, quantos são e de quanta beleza? Não quero me estender nisto, pois duvido que me dêem crédito".
Nesta época, como a maioria dos povoados brasileiros, Angra teve forte influência da Igreja Católica. Com o assassinato do pároco, em 1617, iniciou-se a construção da Nova Igreja Matriz terminada em 1750. Este fato é muito bem retratado pela quantidade de conventos, igrejas, monumentos e ermidas, inclusive nas ilhas, como a Ermida do Senhor do Bonfim, a Igreja de Santana e a Igrejinha da Piedade. Alguns anos mais tarde Angra foi roteiro obrigatório para os exportadores de ouro que vinham de Minas Gerais e para escoar a produção do café do Vale do Paraíba, além de ter uma importante atividade canavieira. No final do século XIX, com o declínio da produção do café e o fim do tráfico de escravos, a cidade deixou de fazer parte do circuito para Minas e Vale do Paraíba.
A construção do Estaleiro Verolme, na década de 50 e a instalação de um terminal de desembarque pela Petrobrás, impulsionaram o progresso local. Nos anos 70 as usinas atômicas Angra I e Angra II eram promessa de crescimento econômico, mas também se transformaram em polêmica, com o risco de acidentes e palco para protestos de moradores e ecologistas. Com a inauguração da Estrada Rio-Santos, a cidade foi descoberta pelos turistas. Ao percorrer as ruas do Centro da cidade percebe-se lendas e fatos que permanecem até hoje arraigados na arquitetura de Angra. As igrejas foram preservadas, porém, sobraram poucas construções daquela época. Algumas das curiosidades são as ruas projetadas em curvas, seguindo o sentido dos ventos que sopravam por lá. Informações importantes: o município de Angra dos reis tem área total: 819 km² sendo, 626 km² no continente e 193 km² nas Ilhas. Qual foi o motivo da criação de Angra dos Reis?A abundância de recursos naturais e sua exuberante paisagem certamente atraíram os primeiros colonizadores. Sua localização geográfica, propícia ao corso, atraiu piratas de várias nacionalidades, algum tempo depois. A primeira colonização foi feita no continente, em 1530, por uma expedição a mando da Coroa de Portugal.
Quem descobriu Angra dos Reis?Por muito tempo acreditou-se que a localidade onde hoje se encontra o município de Angra dos Reis, uma das mais antigas cidades do Brasil, teria sido descoberta em 6 de janeiro de 1502, Dia dos Reis, pelo navegador português André Gonçalves, apenas dois anos depois do descobrimento do Brasil.
Quem foram os primeiros habitantes de Angra dos Reis?A esquadra comandada pelos portugueses foi embora e deixou para trás escravos e exploradores que encontram os primeiros habitantes: os índios goianases. Eles eram comandados pelo Cacique Cunhambebe. Começava aqui uma batalha entre os novos habitantes e os índios.
Quem escolheu o nome da Ilha Grande?O nome surgiu por índios Tamoios que a chamavam de "Ipaum Guaçu", expressão que significa Ilha Grande. Local preferido pelos navegantes portugueses, espanhóis, ingleses, franceses e holandeses, a Ilha Grande foi palco da história do Brasil desde a época do seu descobrimento.
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