Por que o biocombustível é uma boa alternativa para o meio ambiente?

O Núcleo de Biodiesel da UFMA desenvolve várias pesquisas voltadas tanto para a produção do biodiesel, como também para o reaproveitamento de resíduos da matéria prima do óleo vegetal e dos subprodutos do processo do Biodiesel. Dentre elas estão a otimização dos processos de produção do biodiesel metílico e etílico; desenvolvimento de microemulsões combustíveis; reaproveitamento dos resíduos do refino dos óleos vegetais; transformações dos subprodutos do processo de produção do biodiesel e o desenvolvimento de métodos analíticos para o controle e qualidade do biodiesel e de suas matérias primas. Além das pesquisas com o babaçu e demais óleos vegetais, o Núcleo está desenvolvendo em conjunto com pesquisadores do IFMA-MA, novos catalisadores heterogêneos para a produção de biodiesel.

Dentro dessas linhas de pesquisa, destaca-se o “Grupo de Preparação e Caracterização de Materiais e Biocombustíveis”, orientado pelo Adeilton Pereira Maciel. O foco da pesquisa volta-se para a cadeia de produção de biodiesel com as gelatinosas do Maranhão, tendo o babaçu como o principal produto de análise. Segundo o professor, “é um processo de alto rendimento. Contudo, não há uma estimativa a nível industrial. O biodiesel é menos danoso ao meio ambiente, pois o combustível comum provoca chuva ácida e danifica os ecossistemas, isso em relação ao rendimento e custo levando em consideração que o Estado importa os combustíveis normais, o diesel, por exemplo.”, conta.

Além do babaçu, são estudados outros frutos encontrados na flora do Maranhão como a soja, o amendoim e o pinhão. Destes, são extraídos os óleos, para serem usados nas pesquisas, o biodiesel. Do babaçu extrai-se o óleo bruto, isto é, o original da forma como foi extraído e o piqui degomado, referente aos resíduos que se depositam no fundo do recipiente após a extração do babaçu. “Tudo é aproveitado da planta”, afirma o professor Adeilton. “O Maranhão já produz uma quantidade grande de soja, por isso o estado já está à frente dessa produção”, explica.

O Núcleo também está desenvolvendo em conjunto com pesquisadores do IFMA-MA, novos catalisadores heterogêneos para a produção de biodiesel. De acordo com o professor Fernando Carvalho, responsável pelo projeto, a pesquisa volta-se para o desenvolvimento de um protótipo para monitorar a concentração do biodiesel no diesel por capacitância. “O dispositivo desenvolvido permite avaliar o biodiesel, diesel e suas misturas em termos de concentração e presença de substâncias contaminantes com características de baixo custo, portabilidade e uso em tempo real. É uma boa alternativa para que o consumidor saiba qual a procedência do produto que está usando em seu carro”, explica.

Já no Núcleo de Inovação Tecnológica e Energia do Departamento de Física da UFMA, é desenvolvido o projeto para a produção de um novo equipamento para a produção de energia eólica no estado. Este tipo de energia é tido, atualmente, como uma das soluções mais promissoras de energia alternativa, mas, por seu custo elevado, hoje é mais usada para atendimento a pequenas cargas e comunidades isoladas. Turbinas colocadas em lugares de muito vento, chamadas de aerogeradores, têm a forma de um catavento ou moinho e, apesar de suas vantagens, causam ainda algum tipo de impacto ambiental, alterando rota dos pássaros, por conta das hélices, entre outros pequenos, porém danosos prejuízos.

Pensando em amenizar esses impactos, o professor e pesquisador do Departamento de Física da UFMA, Cândido Melo, resolveu criar um novo instrumento de produção de energia eólica. Em seu projeto “Pesquisa e Desenvolvimento de Turbinas Eólicas para Regiões Remotas do Maranhão”, Cândido utilizou o formato da concha para construir um aerogerador. Diferente dos tradicionais, em vez de hélices, o equipamento utiliza conchas de alumínio que captam o vento transformando-o em fonte de energia. O projeto foi contemplado no Programa Eletronorte de Pesquisa e Desenvolvimento, ciclo 2002/2003 e, em 2006, um protótipo de 12 metros de altura foi instalado no campus da UFMA para colher dados relacionados à velocidade dos ventos e, atualmente, encontra-se em fase de testes.

Preocupação Social - As vantagens das pesquisas com essas matérias prima são inúmeras e, não só para o meio ambiente, mas também para o âmbito social. “As comunidades que vivem em meio a esses produtos podem produzir para consumo próprio, pois a produção desse biodiesel trabalha com produção do setor primário. Para isso há também o projeto de uma planta piloto de biodiesel capaz de produzir energia elétrica através da extração do óleo do babaçu e pode ser usada até por duas comunidades dependendo do tamanho e da necessidade”, conta o professor Adeilton.

Essa preocupação social em desenvolver maneiras de produzir energia através do setor primário é o grande objetivo das pesquisas no núcleo. A planta piloto não depende de outras fontes de energia. Para o uso do biodiesel como combustível para carros, chega a gerar até mil litros de biodesel por dia, “o que equivale ao abastecimento de até 20 carros populares ou até 15 caminhonetes por dia”, explica o professor. Professor Fernando Carvalho ressalta as vantagens dos usos do biodiesel. Segundo ele “a vantagem é que podem ser preparadas diretamente pela comunidade e seria algo mais artesanal para a comunidade, além de vantajoso”.

Já o uso de energia eólica, por meio do aerogerador de concha de alumínio, é vantajoso, pois sua forma possibilita menor custo na sua implantação. E, no que diz respeito ao seu uso no Maranhão, o estado possui condições geofísicas favoráveis, pois “possui o segundo maior litoral do Brasil”, como explica o professor Cândido. “Esse fato levantou uma perspectiva em torno da possibilidade de desenvolvimento de novo mecanismo de turbina eólica, capaz de aproveitar melhor a energia dos ventos, cuja velocidade pode atingir até oito metros por segundo”, conclui.

Papel complementar – Apesar das inúmeras vantagens sociais e ambientais, essas energias do tipo renováveis não são capazes de sozinhas suprirem toda a demanda do país, tendo apenas um papel complementar. Por exemplo, no caso do biocombustível, algumas peças de alguns carros podem ser danificadas por ele, se o mesmo for usado por completo. “Tem de haver uma mistura, porém mesmo se usado por completo as peças danificadas são as de pequena importância para o carro”, afirma Adeílton. Contudo, além de complementar, as fontes de energia renováveis possuem também papel fundamental para redução dos impactos ambientais, bem como dos aspectos sociais. Hoje no Brasil, praticamente todos os estados tem programas estratégicos de desenvolvimento do biocombustível. “O investimento nas pesquisas é maciço e o país tem obtido excelentes resultados”, ressalta o professor.

Porque o biocombustível é uma boa alternativa para o meio ambiente?

Os biocombustíveis são feitos por meio da biomassa. Por isso e pela menor emissão de gases poluentes na sua queima, eles são vistos como alternativas aos combustíveis fósseis. Os biocombustíveis são produzidos com material orgânico renovável, sendo uma importante alternativa aos combustíveis fósseis.

Por que esse biocombustível é uma alternativa aos combustíveis fósseis?

O biocombustível surgiu como uma alternativa econômica e ambiental aos combustíveis fósseis. Os Biocombustíveis são fontes de energia consideradas alternativas, por serem de caráter renovável e apresentarem baixos índices de emissão de poluentes para a atmosfera.

Por que os biocombustíveis são importantes?

Os biocombustíveis, portanto, são muito importantes, pois reduzem a emissão de CO2 e geram menos poluentes, sendo essenciais principalmente nas grandes cidades. Além disso, diminuem a dependência das importações de petróleo, fator muito importante economicamente.

Por que o biodiesel tem sido considerado uma alternativa econômica e ambientalmente viável para o Brasil?

b) O combustível biodiesel é uma alternativa economicamente viável para o Brasil, pois o aumento de sua produção e seu uso em grande escala permitirão diminuir as despesas financeiras externas relacionadas à im- portação de óleo diesel — derivado do petróleo de que o país tem grande dependência.