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Este artigo discorre sobre a Politica da Boa Vizinhanca (1933-1945), analisando como as nocoes de superioridade e excepcionalidade estadunidense, desdobramentos da doutrina do Destino Manifesto e integrantes de uma narrativa de identidade cultural desse pais, serviram para articular uma posicao de hegemonia sobre a America Latina nessa conjuntura. Para efeito deste trabalho, foram utilizadas fontes bibliograficas e pronunciamentos de agentes do governo estadunidense. Os principais autores que norteiam as discussoes acerca da Politica da Boa Vizinhanca sao Bryce Wood, Lars Shoultz, Frederick Pike e Gerson Moura; referencias no tema. Apesar de revestir-se da personalidade de um zeloso "grande irmao" e Bom Vizinho, a politica da nao intervencao apregoada pela Boa Vizinhanca significava apenas uma mudanca para formas mais sutis e, talvez, mais eficientes de intervencao. Palavras chaves: Politica da Boa Vizinhanca-superioridade-excepcionalidade. Get Full Access Gale offers a variety of resources for education, lifelong learning, and academic research. Log in through your library to get access to full content and features! Access through your library Copyright: COPYRIGHT 2013 Universidade do Estado do Rio de Janeiro- Uerj Source CitationGale Document Number: GALE|A372453700 A Teoria do Destino Manifesto foi o elemento ideológico que fomentou a expansão territorial dos EUA no século XIX. Segundo ela, os norte-americanos estavam destinados por Deus a expandir-se, levando aos demais povos valores superiores e civilizatórios em uma verdadeira missão civilizadora. Essa ideologia justificou, aos olhos norte-americanos, o genocídio de populações indígenas. Já no século XX, Roosevelt, adaptou as premissas do Destino Manifesto e da Doutrina Monroe (América para os americanos), a uma política intervencionista de maior contundência, visando preservar os interesses econômicos e políticos dos EUA na América, por meio da força armada. Surgiu, assim, o Big Stick ou Grande Porrete, como ficou conhecida essa política imperialista, que resultou em diversas intervenções armadas dos EUA na América. O discurso de posse de Donald Trump, agressivo, xenófobo, populista e agressivo demonstrou que as velhas políticas imperialistas norte-americanas fazem parte da agenda do novo mandatário. Trump afirmou “nós seremos protegidos por Deus”, demonstrando que o povo americano é um privilegiado no relacionamento com o Criador. É a clara retomada do Destino Manifesto. “Vamos erradicar o terrorismo da face da terra”, afirmou Trump, o que lembra a velha política do Big Stick, do uso da força. Defende o protecionismo, critica a preocupação com o meio ambiente, quer construir um muro para isolar os EUA do México, vai desmantelar os programas sociais criados por Obama. Com relação ao México o governo Trump alega ainda o déficit comercial. Esquece, entretanto, que no século XIX, após a guerra Mexicano-Americana, pelo Tratado Guadalupe-Hidalgo, os EUA tomaram 1,36 milhões de Km2 dos mexicanos (Colorado, Utah, Wyoming, Novo México, Califórnia, Arizona, Nevada e Novo México), pagando 15 milhões de dólares, à título de indenização. A belicosidade e a estupidez da direita americana – que comemora ter derrotado uma mulher e tirado um negro da Casa Branca – são assustadores. Por aqui não é muito diferente. A direita reacionária comemorou a derrubada de Dilma Roussef e destila seu veneno contra Lula, um operário que ela nunca engoliu, ocupando o Palácio do Planalto. A Casa Grande não tolera a quebra do “status quo”. E tem mais. Aqui os adeptos de Bolsonaro, começam a acreditar na possibilidade de elegê-lo na próxima eleição presidencial. O estilo é o mesmo. Reacionário, extremista, xenófobo, homofóbico, fanático e, com um agravante, apologista da tortura e do estupro. Trump também surge intimidando a imprensa, chamando alguns veículos de comunicação de “mídia desonesta”. Seu assessor foi mais específico ao afirmar que a mídia deveria ser “constrangida e humilhada e manter sua boca fechada”. Uau! Para a direita brasileira, isto é, (ou era) coisa de presidentes de Repúblicas Latinas de esquerda, como Equador, Venezuela, Cuba! O que dirá agora? A ascensão de Trump nos remete à Alemanha dos anos 1930, quando Adolf Hitler chegou ao poder atraindo os descontentes e desiludidos de todas as camadas da população. Pessoas deslocadas e ressentidas que se sentiam inadaptadas à sociedade existente, os desempregados, os amantes da violência e a juventude que acabara de adquirir direitos políticos e ansiava por uma causa. O discurso de Hitler atraiu ao prometer ordem e emprego, a uma Alemanha que vivia uma crise econômica gigantesca. Hitler explorou como ninguém os altos egoísmos e os baixos instintos. O resultado sabemos qual foi! Os americanos talvez ainda não se deram conta da monumental besteira que fizeram, embora, boa parcela, já esteja nas ruas protestando contra o troglodita da espécie white trash, paranoico e arrogante, que ameaça deportar imigrantes, fazer muros, censurar a imprensa e romper o Acordo de Paris sobre o clima, entre outras medidas arbitrárias e discriminatórias. Houve época em que o presidente dos Estados Unidos recebia o pomposo título de “líder do mundo livre”. E hoje!? Por que a Doutrina do Destino Manifesto ainda está presente na ideologia NorteA doutrina do Destino Manifesto foi o motivo que levou inúmeros norte-americanos a organizarem expedições de conquista pelo interior da América do Norte. A crença de que a expansão para o Oeste era vontade de Deus fez com que os Estados Unidos investissem no embate com outros povos para que sua missão fosse vitoriosa.
Qual o significado do Destino Manifesto para o povo norteDestino Manifesto foi a crença dos americanos de que deveriam expandir o território das Treze Colônias para o oeste com o intuito de levar a civilização para outras regiões. Por meio do Destino Manifesto, os americanos iniciaram caravanas para ocupar o oeste da América.
Como a Doutrina do Destino Manifesto foi aplicada em benefício dos interesses expansionistas NortePor meio da doutrina do "Destino Manifesto", que se baseava no pressuposto de que os norte-americanos constituíam um "povo escolhido" ao qual competia difundir os princípios democráticos e igualitários, buscou-se legitimar o expansionismo econômico norte-americano em direção às regiões citadas.
Quais foram as consequências da Doutrina do Destino Manifesto?O destino manifesto teve sérias conseqüências para os nativos americanos, uma vez que a expansão continental implicitamente significava a ocupação e anexação de terras indígenas americanas, às vezes para expandir a escravidão.
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