Os portugueses usavam o trabalho de quem para explorar esse tipo de árvore

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Introdução

O Pau-Brasil, ou o caesalpinia brasiliensis - seu termo científico - foi a árvore que deu nome à nação brasileira. Encontrada nos territórios da Mata Atlântica, presente principalmente no litoral do país, essa árvore, assim como suas potencialidades lucrativas, já era conhecida por portugueses e espanhóis desde 1220.

Foi encontrada em larga escala pelos exploradores portugueses ao chegarem à América Portuguesa durante a expansão marítima. Essa árvore possui características que chamaram a atenção desses exploradores e que possibilitaram a sua exploração, comércio e lucro como produto.

O Descobrimento do Brasil veio acompanhado da exploração do Pau-Brasil, que se estendeu por todo o Período Pré-Colonial, principalmente, e com menos intensidade, até meados do século XIX.

O tronco dessa árvore pode variar entre 20 e 30 metros de comprimento. No Pau-Brasil é encontrado um material vermelho intenso, semelhante às brasas de fogo. Essa tinta rubra era utilizada para tingir tecidos e móveis, atribuindo imenso valor aos produtos comercializados na Europa. 

Exploração

As populações indígenas brasileiras nativas também utilizavam essa tinta para tingir objetos, além de fazerem arcos e flechas com a madeira do Pau-Brasil, ou ibarapitanga, como a árvore era por eles chamada.

O Descobrimento do Brasil durante a expansão marítima foi resultado da busca por especiarias dos Portugueses. No Brasil, eles não encontraram as tão almejadas especiarias, mas o Pau-Brasil chamou a atenção pela possibilidade de exploração e decorrente lucro.

A exploração do Pau-Brasil foi a primeira atividade econômica implementada pelos colonizadores portugueses na colônia brasileira e durou quase 30 anos, estendendo-se por todo o Período Pré-Colonial.

A mão-de-obra utilizada nessa atividade era majoritariamente indígena e as árvores eram enviadas do litoral da colônia até Portugal para que lá a tinta fosse extraída e a madeira se transformasse em móveis. Eram os indígenas que derrubavam as árvores, as cortavam e as transportavam até os navios. Em troca de seu trabalho, essa população recebia espelhos, tesouros, miçangas, facas, foices e outros objetos, em uma prática denominada escambo.

Feitorias

A abundância do Pau-Brasil no território brasileiro e a possibilidade do uso da mão-de-obra escravizada indígena tornaram essa atividade a mais lucrativa para os primeiros anos de colonização portuguesa. A exploração dessa matéria-prima incentivou a criação das primeiras feitorias no Brasil. Em 1504 foi, então, criada a primeira feitoria, feita para facilitar o armazenamento e o envio do produto. As feitorias passaram a abrigar também um certo grau de organização comercial, contando com armazéns e mercados. As três principais feitorias foram as do Rio de Janeiro, Cabo Frio e Pernambuco.

Os homens que trabalhavam nas feitorias como traficantes ou coletores de Pau-Brasil eram chamados de brasileiros, por conta do nome da árvore. Mais tarde, esse nome acabou por se estender a todos os indivíduos nascidos na colônia e, depois, deu o nome atual do país: Brasil.

A exploração do Pau-Brasil foi a primeira prática de monopólio da metrópole sob um produto da colônia, isso porque somente o Rei podia explorar o Pau-Brasil. Entretanto, foi comum o arrendamento desse direito para algumas pessoas, em troca do pagamento de 20% dos lucros para a Coroa Portuguesa. Fernando de Noronha foi o primeiro grande extrator de madeira.

Apesar de ilegal, foi também comum a presença de franceses na extração do Pau-Brasil. Era comum a ação de navios piratas e corsários que atacavam outros navios e saqueavam áreas costeiras.  

Declínio da Exploração

A intensa exploração do Pau-Brasil levou à sua quase extinção. Estima-se que entre 1530 e 1630 quase 2 milhões de árvores da espécie foram cortadas.

A descoberta de novos corantes naturais e a escassez da árvore levaram ao declínio da exploração do Pau-Brasil e deram início ao Ciclo da Cana de Açúcar, produto que efetivamente levou à colonização na América Portuguesa e se tornou mais efetivamente lucrativo.

Exercício de fixação

UFAL/2013

O pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, que porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré-estipulada à Coroa e também edificar e conservar as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado pelos invasores.

A exploração do pau-brasil era realizada 

A pelos indígenas, que conduziam as toras até o litoral para trocá-las por objetos do colonizador.

B por mão de obra livre europeia, com auxílio de africanos escravizados.

C por africanos escravizados trazidos das ilhas portuguesas da Madeira e Açores.

D pelos nativos, que trocavam a madeira por ouro e armas de fogo.

E pelos próprios portugueses, que se aventuravam pela mata em busca da madeira.

Quem fazia o trabalho de exploração da madeira?

A exploração dessa árvore foi tão intensa que a árvore quase foi extinta. O trabalho de derrubada da árvore era realizado pelos indígenas com base no escambo.

Quem trabalhava na exploração do pau

A mão-de-obra utilizada nessa atividade era majoritariamente indígena e as árvores eram enviadas do litoral da colônia até Portugal para que lá a tinta fosse extraída e a madeira se transformasse em móveis. Eram os indígenas que derrubavam as árvores, as cortavam e as transportavam até os navios.

Como a madeira do pau

O pau-brasil é uma árvore nativa da Mata Atlântica que era encontrada em abundância no litoral brasileiro no começo do século XVI. Essa árvore foi explorada pelos portugueses principalmente pela resina presente na sua madeira, que permitia a produção de corantes usados para tingir tecidos.

Qual foi o tipo de trabalho que os índios realizaram para os portugueses no corte e carregamento do pau

Os índios encarregavam-se de derrubar as madeiras, cortá-las em toras, transportá-las para as feitorias e acomodá-las; em troca, recebiam objetos como miçangas, tecidos, vestimentas diversas, canivetes, facas e outros utensílios desse gênero.