Exagero de tecnologia deixa crianças e adolescentes desconectados do mundo real

Exagero de tecnologia deixa crianças e adolescentes desconectados do mundo real

Por Gabriel de Menezes Oliveira

Exagero de tecnologia deixa crianças e adolescentes desconectados do mundo real

Foto: Estado de Minas

É fato que a tecnologia está bem presente no cotidiano de muita gente. Porém, a forma de utilizá-la pode resultar em uma consequência contrária ao seu objetivo inicial, que é aproximar as pessoas e o mundo. O uso constante dos aparelhos eletrônicos está fazendo com que muitas crianças e adolescentes fiquem desconectados do mundo real.

Um dos eletrônicos que mais vem causando dependência ou vício a essa faixa etária é o videogame. “Na China, tornou-se problema de saúde pública, com a abertura de 150 centros de tratamento para dependentes de games. No Brasil, muita gente não sabe que a dependência virtual é um problema”, alerta Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Programa Integrado dos Transtornos do Impulso (Pro-Amiti) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Estima-se que um em cada cinco crianças ou adolescentes sofrem transtornos por compulsão de games, que fazem com que se tornem antissociais, percam rendimento na escola e sofram de insônia. “É preciso entrar com medicação em alguns casos. Mas, felizmente, em outros é só uma questão de reorganizar o sono e melhorar a atividade física”, diz o psiquiatra José Belisário Filho.

J.P., de 17 anos, chegou a se consultar com quatro psicólogos e ser expulso de seis colégios de BH até receber o diagnóstico. “Sou prova de que existe o vício. Não conseguia me controlar, discutia muito e deixava de fazer tarefas para mexer no computador”, relata o adolescente, que precisou de monitoramento familiar e tomar remédio contra ansiedade para reduzir o tempo de uso dos aparelhos.

  • Problemas com o sono

Ainda segundo o psiquiatra José Belisário Filho, os jovens do Brasil estão indo para a cama cada vez mais tarde por causa da fixação em muitas coisas, dentre elas os games e as redes sociais. “O cérebro obedece a um ciclo de sono de três horas depois que escurece, por volta das 21h30, e se desliga mais profundamente depois da meia-noite. Quem dorme após as 23h está mais exposto ao vício, tem insônia e não dá tempo ao cérebro para se reciclar”, comenta o especialista, que ainda ensina truques para os pais tentarem diminuírem a fixação por eletrônicos dos filhos. “A negociação com o adolescente tem de ser forte. Digo para os meninos que, se desobedecerem o horário de ir para a cama, podem ficar obesos e, para as meninas, que correm o risco de ficar baixinhas. Não deixa de ser verdade, pois o hormônio do crescimento atinge o pico por volta da meia-noite”, completa.

Fonte

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/05/25/interna_gerais,532336/exagero-de-tecnologia-deixa-criancas-e-adolescentes-desconectados-do-mundo-real.shtml

De acordo com dados de pesquisa empírica realizada pela Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância (2014) sobre o tema “tecnologias digitais no desenvolvimento infantil – O exagero de tecnologia deixa crianças e adolescentes desconectados do mundo real”, há uma preocupação muito grande de pais, instituições e toda a sociedade para com o uso de certas tecnologias na rotina infantil.

A proposta deste artigo é tentar compreender quais são os benefícios e os malefícios das tecnologias digitais na primeira fase da vida. O objetivo dessa conversa não é esgotar o tema, sabemos que é uma discussão que deve ser aprofundada. O intuito aqui é trazer algumas provocações e pontuações sobre o tema “o impacto da tecnologia no desenvolvimento infantil”.

Já foi percebido que a ansiedade e agressividade está presente tanto no que se refere as crianças que não usam e, também, nas crianças que utilizam aparelhos para jogarem e se conectar através das redes sociais. Não podemos responsabilizar apenas a tecnologia, é evidente que a dinâmica familiar promove comportamentos inadequados.

 É importante compreendermos a parte recreativa e educacional da tecnologia, servindo como estímulo para as crianças no desenvolvimento cognitivo, no comportamento responsável e conhecimento.

A diversão e o cumprimento das atividades escolares encontram-se basicamente dentro de casa, no computador, tablet e celular. As amizades, as aulas, os jogos em nível virtual, não tendo contato físico com outra pessoa.

A tecnologia substitui silenciosamente os hábitos que envolvem a interação física com as pessoas e o meio ambiente, com isso, pode afetar o amadurecimento nas relações e nos aspectos emocionais. O amadurecimento dentro destas duas áreas se faz na relação com outro, no processo de empatia e nas vivências fornecidas pelas trocas afetivas. Aqui é importante os familiares observarem de perto como está o desenvolvimento da criança, pois, a mesma pode encaminhar para o isolamento, não percebendo a necessidade de estar envolvida.

O que já se sabe, em pesquisas sérias, que a utilização da tecnologia de forma indiscriminada pelas crianças, provocam o desequilíbrio físico e psicológico, com isso, potencializando o isolamento social através do sedentarismo, característica essa que é predominante na adesão a plataforma virtual, nesse sentido, esse fenômeno causa a introversão afetiva (a criança não consegue expressar os seus sentimentos), ansiedade e depressão, impedindo o pleno desenvolvimento e amadurecimento. Juntamente, problemas físicos como a obesidade.

Apesar de se observar consequências negativas, existem pesquisas que apontam para os benefícios, tendo o contato com computadores a criança pode desenvolver com uma maior velocidade sua inteligência e a capacidade de análise. Sendo assim, a tecnologia pode ser uma parceira no ensino, mas este uso deve ser ponderado e fiscalizado para que evite influências negativas e não se torne um problema.

Quando a tecnologia é usada de forma correta traz benefícios para as crianças a longo prazo ao utilizarem esse recurso. Sendo aplicada com eficácia favorece o relacionamento interpessoal entre os alunos e mantém o foco das atividades escolares com a ajuda dos professores os quais revisarão constantemente suas práticas pedagógicas.

Voltamos ao ponto muito observado em toda a história da humanidade, devemos ter equilíbrio. O demasiado uso da tecnologia é responsável por dificuldades nos relacionamentos, no desenvolvimento afetivo e da coordenação corporal. O seu uso responsável pode ajudar as crianças em suas habilidades cognitivas.

Cabe então, os pais, os cuidadores, as instituições de ensino e o meio onde a criança está vivendo criar regras, consolidar um regime que ajude obter este equilíbrio. Privar a criança do uso não é o melhor caminho, pois a cultura está sendo conduzida para um mundo cada dia mais virtual em todos as suas características. A criança deve aprender hoje o que irá utilizar amanhã. Estamos pensando neste momento na profissão, no mercado de trabalho e nas atividades que irá realizar quando adulto.

Para que as tecnologias digitais não sejam um “bicho de sete cabeças” deve-se ter uma vigilância na sua utilização e, ao mesmo tempo, buscar aliar o aprendizado com as relações pessoais. Assim, ela deixa de ser uma vilã e traz oportunidades para o crescimento saudável.

Gostou?

Então conte pra gente… 🙂

Como o uso excessivo da tecnologia afeta as crianças?

Consequências do excesso de tecnologia Quando a criança já se tornou dependente da tecnologia, é comum que ela tenha dificuldade de socializar com outras pessoas. Isso também pode causar outros problemas, como ansiedade, alteração de humor, dores de cabeça etc.

Como o excesso de tecnologia afeta os jovens hoje em dia?

Na juventude, o excesso de tecnologia faz com que o indivíduo passe a maior parte do tempo interagindo virtualmente, o que afeta o desenvolvimento e faz perder outras experiências sociais importantes.

Como a tecnologia influencia as crianças e adolescentes?

Estimula a concentração e o raciocínio lógico A habilidade de concentração é de extrema importância no aprendizado, com ou sem tecnologia, e desenvolvê-la cedo coloca a criança em vantagem no processo escolar. Da mesma forma, o raciocínio lógico também é estimulado.

Quais são as consequências do uso excessivo de tecnologia?

Notou-se que o uso excessivo das tecnologias nas crianças e nos adolescentes acarretam prejuízos na aprendizagem e também nas relações sociais, já nas fases adulta e idosa os prejuízos associam-se em grande escala com as relações sociais não virtuais assemelhando-se a um isolamento social.