Show A chegada dos 18 anos � um momento esperado por todo jovem. Chega o sinal verde para, por exemplo, dirigir, comprar bebidas alco�licas e frequentar as animadas festas. Para al�m das novas liberdades, atingir a maioridade tamb�m traz deveres que antes poderiam n�o fazer parte do cotidiano. Muitas vezes, diante das novas atribui��es, h� quem se sinta perdido e encontre dificuldades de adapta��o. “Pode haver frustra��es e inseguran�as. At� pouco tempo, ele estava com os dois p�s na inf�ncia. Ap�s a puberdade, com um p� na inf�ncia e outro na vida adulta. Depois, assustadoramente, com os dois na fase adulta”, afirma o mestre em psicologia da inf�ncia e da adolesc�ncia Caio Feij�. A mudan�a, no entanto, n�o acontece instantaneamente. As transforma��es fazem parte de um processo que come�a antes dos 18 anos e n�o para depois dele. Para enfrentar os desafios da passagem com mais tranquilidade, � importante que o jovem receba aux�lio. “Ele deve contar com o apoio da fam�lia, da escola e do Estado em todas as etapas de transi��o para a vida adulta, pois ela n�o come�a automaticamente ao se completar 18 anos”, afirma a soci�loga Melissa de Mattos Pimenta. As consequ�ncias que a maioridade traz tamb�m dependem do contexto em que se est� inserido e variam dentro de cada sociedade. Condi��es econ�micas e rela��es familiares, por exemplo, influenciam na forma como a transi��o para a vida adulta acontecer� e se refletem no processo de amadurecimento do adolescente antes mesmo de ele chegar aos 18 anos. “Estar preparado para a transi��o tem muito mais a ver com a condi��o socioecon�mica do jovem, com o seu amadurecimento e com as suas perspectivas futuras”, explica Mattos Pimenta, tamb�m professora do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Carreira saiba mais
At� a aprova��o em engenharia no �ltimo vestibular da Universidade de Bras�lia (UnB), foram oito meses em que o estudante chegou at� a desistir da prepara��o para a prova e passou a estudar para concursos p�blicos. A facilidade com disciplinas de ci�ncias exatas, entretanto, direcionou Gabriel para o curso de engenharias, no c�mpus Gama da UnB. “Uma das minhas motiva��es foi o fato de que, nesse curso, s� se escolhe a especializa��o depois de dois anos, depois de conhecer melhor a pr�tica”, explica. Apesar das dificuldades, o universit�rio n�o reclama da obriga��o de escolher t�o cedo. “Tomamos decis�es que n�o estamos preparados, mas entendo que isso nos faz ter mais maturidade.” A escolha da profiss�o foi uma das principais inquieta��es de Gabriel (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)As d�vidas quanto � escolha da profiss�o e outras decis�es importantes podem ser menores, de acordo com a psic�loga Patr�cia Spindler, se o jovem recebe apoio e � instigado a pensar nelas desde cedo. A exig�ncia de uma nova postura precisa vir acompanhada de di�logo e de orienta��es que mostrem a import�ncia e a necessidade desse processo. “As exig�ncias precisam fazer sentido para o adolescente despertar o desejo de pensar em atividades de maior autonomia, de independ�ncia com responsabilidade”, explica. Apoio familiar Feij� alerta sobre a import�ncia da participa��o dos pais nesse momento. De acordo com o psic�logo, a fam�lia precisa estar atenta e cobrar do filho que assuma e cumpra compromissos e responsabilidades, sem deixar de mostrar a ele que estar� disposta a apoi�-lo quando for necess�rio. “Isso assusta porque ele vive a fase final da adolesc�ncia e tem ainda inseguran�as com rela��o � autonomia.” A estudante de engenharia ambiental Nicole Volken, 18, conta que a maioridade, aliada ao fato de ingressar no curso universit�rio, foi respons�vel por faz�-la perceber que entrava em uma nova fase de mais liberdade e, no entanto, de mais deveres. “Caiu a ficha de que eu precisava me dedicar mais, de que n�o era mais crian�a. A faculdade tamb�m torna isso mais forte”, afirma. O momento n�o � mais de esperar que pais cobrem, mas de, por si s�, buscar novas possibilidades, acredita Nicole. “Voc� sai de uma fase em que estuda porque seus pais est�o ali cobrando e passa a outra em que entende que precisa se esfor�ar pelo seu futuro, seguir sua vida”, compara. A jovem universit�ria n�o notou mudan�a no modo como as pessoas mais pr�ximas a tratavam, mas acredita que isso fica claro em alguns ambientes, como a universidade. “Os professores j� nos tratam mesmo como adultos, ningu�m vai contar aos seus pais que voc� est� indo mal nas aulas”, diz. Percep��es individuais “Do ponto de vista da vida civil, efetivamente acontecem mudan�as com a chegada dos 18 anos, como a permiss�o para conduzir ve�culos e a responsabilidade plena pelos atos, o que habilita a pessoa a ser tratada como adulta do ponto de vista da lei. Isso n�o significa que todos os jovens vivenciem essa passagem da mesma forma ou que essa condi��o legal tenha o mesmo significado. Para um jovem que tem condi��es de ter um autom�vel, pode ser algo muito significativo, enquanto, para um jovem cuja fam�lia n�o tem condi��es de presente�-lo com um carro ou ent�o de adquirir um com seus pr�prios meios, pode n�o ter a mesma import�ncia. Melissa de Mattos Pimenta, soci�loga Apoiado pelos pais, Carlos quis trabalhar aos 15 anos. Parou quando foi aprovado no vestibular de hist�ria (foto: Janine Moraes/CB/D.A Press)Decis�es compartilhadas Mesmo com a independ�ncia conquistada, Carlos n�o deixou de buscar nos pais refer�ncias para as decis�es que precisa tomar. “Elas s�o minhas, mas sempre procuro tom�-las com aux�lio deles”, conta. Confiar nos pais e nos professores pode ser um bom modo de avaliar se o caminho que se pretende seguir est� correto. “N�o � o momento prop�cio para movimentos instintivos, ao contr�rio, � uma fase da vida que requer muito ‘p�s no ch�o’”, afirma Caio Feij�, especialista em psicologia da inf�ncia e da adolesc�ncia. A psic�loga Patr�cia Spindler concorda que � importante ter o apoio da fam�lia para resolver as d�vidas e as dificuldades, mas ressalta que esse processo n�o pode ser totalmente ofuscado pela a��o das fam�lias. “O jovem passa pela mudan�a mais tranquilamente se tiver esse espa�o para expressar seus anseios”, explica. Outra preocupa��o dessa fase da vida � a tend�ncia de os jovens acharem que est�o imunes a epis�dios ruins e que podem fazer tudo. “� uma sensa��o de que ‘tudo posso’ com 18 anos. N�o � bem assim, n�o se pode tudo. A partir dessa etapa, ele tamb�m tem o peso das novas responsabilidades”, ressalta Spindler. A soci�loga Melissa de Mattos Pimenta aponta para a necessidade de pol�ticas p�blicas que facilitem o desenvolvimento dos jovens e a transi��o para a vida adulta. Perman�ncia nas escolas, programas que tornem mais simples a profissionaliza��o e facilitem o ingresso no mercado de trabalho formal s�o exemplos de iniciativas a serem fomentadas, de acordo com a soci�loga. “Todo jovem pode e deve buscar recursos que o ajudem em seus projetos e reivindicar tamb�m o apoio institucional nas decis�es e na trajet�ria de transi��o para a vida adulta”, afirma. Em que lugar só se ver pessoas com mais de 18?Em que lugar só se vê pessoas com mais de 18 anos? Resposta: ViAdulto.
O que é o que é mais de 18 anos?Maioridade civil é a idade mínima legal que o indivíduo pode começar a usufruir de todos os seus direitos civis. No Brasil, com a aprovação do novo Código Civil em 11 de janeiro de 2003 (através da Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002), a maioridade civil passa a ser a partir dos 18 anos no Brasil.
O que é O que é um pontinho rosa no armário?O que é um pontinho rosa no armário? Resposta: Um cupink.
O que é o que é Pesadao?Significado de Pesadão
adjetivo Muito pesado. [Figurado] Molenga; que tem movimentos lentos e pesados.
|