É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período normalmente 12 meses?

1 160 A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL E O DESEMPENHO DOS GRANDES BANCOS BRASILEIROS 1 RESUMO Pedro Juarez da Silveira Leite 2...

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A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL E O DESEMPENHO DOS GRANDES BANCOS BRASILEIROS1 Pedro Juarez da Silveira Leite2

Marcel Castro de Moraes3

RESUMO O presente trabalho visa fazer um estudo acerca da identificação e análise dos efeitos da crise econômica mundial no desempenho do setor bancário brasileiro, considerando o cenário atual, caracterizado pela globalização e internacionalização dos mercados, tendo como objeto de estudo as demonstrações contábeis trimestrais dos cinco maiores bancos que atuam no Sistema Financeiro Nacional, segundo o ranking do Banco Central do Brasil, no período de julho de 2008 a março de 2009. Trata-se, inicialmente, de um estudo descritivo setorial da evolução dos números desses bancos e, principalmente, de um estudo empírico, por meio de análise dos seus indicadores contábeis durante o período estudado. A pesquisa tem como propósito principal analisar os indicadores de desempenho bancário a fim de verificar a hipótese subjacente do estudo, ou seja, como a crise econômica mundial se refletiu nos resultados dessas instituições no referido período. Palavras-Chave: Crise Econômica Mundial, Bancos, Desempenho, Rentabilidade. THE WORLD FINANCIAL CRISIS AND THE PERFORMANCE OF THE GREAT BRAZILIAN BANKS ABSTRACT The present work aims at to make a study concerning the identification and analysis of the effect of world-wide the economic crisis in the performance of the Brazilian banking sector, considering the current scene, characterized for the globalization and internationalization of the markets, having as study object the quarterly countable demonstrations of the five bigger banks that act in the National Financial System, according to ranking of the Brazilian Central Bank, in the period of July of 2008 the March of 2009. It is treated, initially, of a descriptive sectorial study of the evolution of the numbers of these banks and, mainly, of an empirical study, by means of analysis of its countable pointers during the studied period. The research has as main intention to analyze the pointers of banking performance in order to verify the underlying hypothesis of the study, that is, as world-wide the economic crisis if reflected in the results of these institutions in the related period. Keywords: World-wide Economic crisis, Banks, Profits, Yeld.

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Versão resumida da monografia elaborada e apresentada por Pedro Juarez da Silveira Leite, como prérequisito para conclusão do curso de graduação em Ciências Contábeis das Faculdades Cearenses (FaC). 2 Aluno de Ciências Contábeis da FaC e Gerente de Relacionamento de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil. Contato: [email protected] 3 Professor da FaC e Mestre em Economia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Contato: [email protected] LEITE, Pedro Juarez da Silveira; MORAES, Marcel Castro de. Faculdades Cearenses em Revista, Fortaleza, v.2, n.2, p. 160-177, jan./jun. 2010.

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SUMÁRIO: 1 Introdução. 2 A crise financeira internacional. 3 Fundamentação teórica dos aspectos contábeis. 4 Análise dos dados. 5 Considerações Finais.

1 INTRODUÇÃO Neste trabalho, aborda-se a crise financeira mundial e suas implicações no desempenho do setor bancário brasileiro, tema atual e relevante pela valiosa contribuição para investidores e participantes do sistema financeiro como um todo. A pesquisa objetiva demonstrar, através de referencial bibliográfico, quais os efeitos da crise mundial sobre o setor financeiro brasileiro através da utilização das demonstrações contábeis mais utilizadas, como fonte de informações para análise da rentabilidade das instituições financeiras, tomando como amostra os cinco maiores bancos brasileiros, de acordo com o ranking do BACEN4. A escolha do tema deve-se à grande importância do setor para a economia em geral e à escassez de literatura que aborde o assunto, dada a sua atualidade. Outra razão decisiva é a vivência profissional do autor na área, desenvolvida no Banco do Brasil. Segundo Hendriksen (1999, p.) “a teoria da contabilidade tem sido definida como um conjunto coerente de princípios lógicos que [...] oferece uma melhor compreensão das práticas existentes a contadores, investidores, administradores e estudantes”. Diante desse quadro, vislumbrou-se a possibilidade de se utilizar a teoria contábil, a fim de analisar a evolução e o desempenho dos bancos por meio de indicadores contábeis. Uma série de eventos e fatores vem mudando drasticamente as características do ambiente de negócios dos bancos comerciais ao redor do mundo. A globalização, a abertura de mercados, os aumentos de investimentos em tecnologia de informação, são alguns dos mais importantes fatores que estão criando um novo cenário de forças

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Banco Central do Brasil.

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competitivas nestes mercados e impondo mudanças e preocupações nas organizações bancárias. Some-se a todas essas transformações, o turbilhão provocado pela crise financeira originada nas operações hipotecárias nos Estados Unidos e que se alastrou por outros setores, tomando escala mundial. O problema proposto neste artigo é justamente identificar quais os efeitos da crise financeira mundial sobre a rentabilidade dos bancos brasileiros. Para tanto, realizouse uma pesquisa classificada como descritiva, com utilização do método dedutivo e foi realizada no âmbito bibliográfico e documental, através de consulta a livros, revistas, sítios da internet e jornais, bem como a documentos e normas e sítio interno (intranet) do Banco do Brasil, sendo esta última fonte não disponível ao público externo. Acredita-se, portanto, que este trabalho traga contribuições a todos aqueles que desejarem se aprofundar neste tão relevante tema.

2 A CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL 2.1. Origem da Crise Segundo a Folha Online (2009), a última crise econômica de alcance global originou-se nos Estados Unidos, no início da década, começando como uma crise do setor imobiliário, evoluindo para uma crise de crédito mundial. Em 2001, logo após a crise das empresas “pontocom”, o mercado imobiliário americano passou por uma fase de expansão muito acelerada. Os juros do Federal Reservem (FED, o Banco Central americano) foram reduzidos a taxas cada vez mais baixas, chegando ao patamar de 1% a.a., para que a economia se recuperasse e o país saísse da recessão econômica que atravessava. Com os juros baixos e excesso de crédito, houve uma grande valorização nos preços dos imóveis. Os norte-americanos passaram a hipotecar em massa seus imóveis. Com o esgotamento dos clientes mais qualificados, que já tinham suas casas, os bancos recorreram a clientes tradicionalmente excluídos do mercado: os mutuários subprime (cliente de renda muito baixa, às vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade

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de comprovação de renda). Todas as instituições de crédito se esforçaram, no início da década de 2000, para que esses mutuários se voltassem para o mercado imobiliário. A partir de 2006, o mercado imobiliário começou a apresentar sinais de saturação, motivados principalmente pelos preços e estoques altos dos imóveis, bem como pela alta da taxa de juros iniciada em meados de 2004, como medida de combate à inflação. O juro mais alto encareceu o crédito e afastou compradores. Gerou também, uma dificuldade maior no pagamento das prestações, tendo por consequência o aumento da inadimplência que chegou a atingir níveis recordes. Alguns proprietários não conseguiram mais fazer seus pagamentos, devendo um valor superior ao que suas casas valiam. Cada vez mais pessoas recorreram à opção de abandonar as casas que não podiam pagar, aumentando as execuções hipotecárias. Com isso, a oferta começou a superar a demanda e, desde então, o que se viu foi uma queda acentuada no valor dos imóveis. Como as hipotecas de maior risco e maior retorno eram compostas por hipotecas subprime, elas perderam totalmente o valor após o início do aumento da inadimplência nos empréstimos. Esse seria o efeito da primeira peça do dominó que se alastrou pela economia dos Estados Unidos. 2.2. Como a Crise Contaminou Outras Economias Para Folha Online (2009), os juros altos e o aumento da inadimplência nos Estados Unidos, fizeram crescer o temor de novos calotes, desacelerando expressivamente a oferta de crédito no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, daí o pessimismo influenciar os mercados globais. A crise afetou a maioria dos outros países que, de alguma maneira, dependiam de recursos financeiros norte-americanos ou possuíam títulos da dívida externa dos EUA. Como os investidores preferiram alocar seus recursos em aplicações com melhor nível de risco (como títulos do tesouro, renda fixa ou mesmo a poupança), não deixando suas economias na bolsa de valores, isso gerou um efeito cascata nas bolsas do mundo inteiro. Isto é explicado porque quem compra ações se torna sócio de uma empresa

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e, portanto, espera lucros com a expectativa de crescimento futuro da economia. Se as expectativas para os períodos seguintes não são favoráveis, os investidores se desfazem das ações, e o movimento de venda em massa derruba os preços. Como os mercados financeiros estão interligados em todo o mundo, um investidor que teve prejuízo com derivativos no Japão, por exemplo, pode ser obrigado a vender ações no Brasil para cobrir as perdas. 2.3.O Brasil e a Crise Financeira Internacional A Folha Online (2009) afirma que, o Brasil, inicialmente, não foi atingido pela crise, pois os nossos bancos não possuíam papéis ligados às hipotecas de alto risco (subprime) que originaram os problemas. Porém, vários setores sofreram com a contração de crédito e, em seguida, pela queda das exportações e da demanda interna, que foi o "motor" do crescimento do país nos últimos dois anos. No Brasil, esse foi o principal efeito da crise quando ela estourou: a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes empresas, que dependiam de financiamento externo, passaram a encontrar menos linhas de crédito disponíveis. Por consequência, com a dificuldade em captar no exterior, ficaram comprometidos projetos dessas empresas, que gerariam emprego e renda ao país. Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BACEN anunciou mudanças nos depósitos compulsórios5 das instituições financeiras, liberando aos bancos mais dinheiro para emprestar. O passo seguinte dos problemas causados pela crise no Brasil foi o desemprego. A combinação das reduções do consumo interno, do crédito, das exportações e dos investimentos causou uma diminuição da demanda das empresas, que se viram obrigadas a rever seus quadros de funcionários. Os setores mais atingidos pela queda da demanda, tanto no Brasil como no resto do mundo, foram o automotivo, o imobiliário e o de bens de capital (ligado aos

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Os depósitos compulsórios são determinados pelo BACEN, obrigando bancos comerciais e outras instituições financeiras a depositar parte de suas captações na instituição. Esta medida tem como objetivo controlar o volume de crédito disponível na economia e ter maior controle sobre o poder de compra e liquidez da moeda.

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investimentos). Isso ocorreu porque a venda de produtos que dependiam diretamente de financiamento tornou-se escassa. Devido a esta situação, o governo federal e de alguns Estados tomaram algumas medidas para tentar reforçar as vendas e estancar as demissões. Conforme a Folha Online (2009), dentre as que mais tiveram repercussão, é importante citar (i) a redução temporária das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e eletrodomésticos da "linha branca" e (ii) a injeção de R$ 100 bilhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para realizar empréstimos.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS ASPECTOS CONTÁBEIS 3.1. Relatórios Contábeis Segundo Iudícibus e Marion (2000), relatório contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período. Dentre os relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Contábeis ou Financeiras, destacando-se em meio a elas o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, a Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do Valor Adicionado e as Notas Explicativas. Maior ênfase será dada às duas primeiras demonstrações citadas, uma vez que, por meio delas são evidenciadas de forma objetiva a situação econômica (identificada no Balanço Patrimonial) e situação financeira (identificada no Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício). 3.1.1. Balanço Patrimonial (BP) Para Iudícibus e Marion (2000), Balanço Patrimonial é a demonstração que reflete os elementos financeiros e patrimoniais de uma entidade em um determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado, através da apresentação ordenada de suas aplicações de recursos (Ativo) e das origens desses recursos (Passivo).

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O Balanço Patrimonial (BP) serve como fonte de análise dos itens de patrimônio e apresenta dados que permitem controlar e avaliar itens como o caixa, as contas a pagar, os empréstimos concedidos e o lucro ou prejuízo acumulado nos períodos anteriores. De acordo com a Medida Provisória N.º 449/08, o BP passou a ser composto basicamente pelo Ativo (dividido em Circulante e Não-Circulante) e pelo Passivo (formado por seus componentes Circulante, Não-Circulante e Patrimônio Líquido). 3.1.2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) A DRE fornece um resumo financeiro dos resultados das operações financeiras da empresa durante um período específico. Normalmente, a DRE cobre o período de um ano encerrado em uma data específica; em geral, 31 de dezembro do ano calendário. Algumas grandes empresas, no entanto, operam em um ciclo financeiro de 12 meses, ou ano fiscal, que se encerra em outra data, diferente de 31 de dezembro. Também denominada Demonstração da Dinâmica Patrimonial, a DRE evidencia, de uma forma estruturada, os componentes que provocaram a alteração na situação líquida patrimonial em determinado período.

A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). (IUDICIBUS; MARION, 2000).

Para o levantamento do Balanço Patrimonial, as contas de resultado são encerradas debitando-se, uma a uma as contas de receitas (natureza credora) e creditandose, uma a uma, as contas de custos/despesas (natureza devedora), pelo valor de seus respectivos saldos, tendo como contrapartida, em ambos os casos, uma conta transitória denominada “Resultado do Exercício”. Do resultado, são retirados os valores referentes à provisão para imposto e as participações de debenturistas, empregados, empregadores e partes beneficiárias nos lucros para, finalmente, esta conta ser encerrada mediante a transferência de seu saldo para os lucros ou prejuízos acumulados. LEITE, Pedro Juarez da Silveira; MORAES, Marcel Castro de. Faculdades Cearenses em Revista, Fortaleza, v.2, n.2, p. 160-177, jan./jun. 2010.

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A DRE é, tão somente, a estruturação e a ordenação da movimentação desta conta que transitoriamente recebe todas as receitas custos/despesas, sendo seu objetivo fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa os dados básicos e essenciais da formação do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). A Lei 6.404/76 define o conteúdo da DRE, que deverá ser apresentado na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício, e por ação, sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a distribuição ou alocação do resultado. 3.2. Conceitos de Lucro Contábil e Lucro Econômico Numa economia de livre iniciativa e de livre concorrência, o lucro é a parcela que excede as receitas, depois de subtraídos os custos. É o lucro que remunera o capital investido num empreendimento. Sem ele, não existem empresas ou negócios. Segundo o dicionário da Editora Rideel (2006), existem vários conceitos de Lucro, dentre eles: (i) ganho livre de despesas; (ii) lucro bruto: diferença entre a compra e a venda, sem outras deduções ou acréscimos; (iii) lucro líquido: lucro que resulta da compra e venda, após dedução das despesas com ambas as operações (custo, juros etc.). Por sua vez, Hendriksen e Van Breda (1999) apresentam algumas críticas ao lucro contábil em sua forma tradicional, dentre os quais: (i) o conceito de lucro contábil ainda não se encontra claramente formulado; (ii) as práticas contábeis geralmente aceitas permitem variações na mensuração do lucro do exercício de empresas diferentes; (iii) outras informações podem ser mais úteis para investidores e acionistas, no que diz respeito à tomada de decisões de investimento. Para se conceituar lucro contábil é necessário fazer a diferença entre o conceito de lucro econômico – este último sendo considerado o mais aceito. O conceito de “lucro correto” – que seria o lucro econômico – é aquele que se refere ao mesmo como sendo o incremento do patrimônio líquido inicial em um período, verificado ao final deste e que, em caso de ser distribuído, não alteraria o valor (riqueza) do patrimônio inicial. Na verdade, existem dezenas de conceitos diferentes de lucro, todos corretos e válidos, dependendo da ótica observada e a finalidade desejada. Mas qual deles é o

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correto? Para Hendriksen e Van Breda (1999) todos são corretos sob a ótica em que foram definidos e se forem usados apropriadamente. O conceito mais conhecido e mais utilizado é o que define o lucro como sendo a diferença positiva entre as receitas obtidas com a venda de mercadorias e os custos necessários para obtê-las; embora o conceito a ser usado dependa da finalidade da utilização. Por isso, é importante conhecer os vários conceitos e poder discernir qual conceito utilizar e quando utilizá-lo. Finalmente, resta mencionar que, como a contabilidade formal das empresas usa o conceito de custo histórico, é necessário preparar antecipadamente os sistemas contábeis (felizmente, atualmente bastante flexíveis) para que todas as informações possam ser obtidas sem maiores dificuldades, facilitando a tomada de decisões. 3.3. Conceito de Rentabilidade Para Guerreiro (1991), rentabilidade é o grau de rendimento proporcionado por um investimento, através da valorização do capital ao longo do tempo. O cálculo da rentabilidade pode ser feito sob três enfoques: (i) contábil, (ii) econômico e (iii) financeiro. 3.3.1. Análise Contábil A análise, sob o ponto de vista contábil, considera o ganho como sendo a diferença entre a receita total e os custos fixos e variáveis. 3.3.2. Análise Econômica A análise econômica deduz o custo de oportunidade do resultado da análise contábil. Essa diferença expressa a rentabilidade econômica. 3.3.3. Análise Financeira A análise financeira difere da contábil por não considerar despesas contabilizadas que não representem desembolso efetivo de caixa, como por exemplo, a despesa com depreciação. 3.4. Análise das Demonstrações Contábeis Segundo Marion (2008), a análise das Demonstrações contábeis é tão antiga quanto à própria contabilidade. Isto pode ser percebido pelas análises de variações de riquezas que se faziam em momentos distintos. Porém, a análise das demonstrações

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contábeis tornou-se mais sólida no final do século XIX, quando era solicitada às empresas que desejavam contrair empréstimos nos bancos. A análise de balanços nada mais é que, uma análise feita com base nas demonstrações contábeis fornecidas, extraindo daí a situação econômico-financeira da empresa, a ser informada aos próprios gestores e investidores, utilizada para concessões de créditos dentre outros aspectos. Alguns pontos explorados pela análise de balanços nas empresas dizem respeito às demonstrações contábeis, bem como a presença dos indicadores. Para que seja feita a análise,

será de grande valia que se tenha em mãos as demonstrações contábeis (balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício) de três períodos, caso seja feita a análise apenas destas duas demonstrações. Após esta etapa, as demonstrações devem ser preparadas para a análise, ou seja, reclassificar os itens nas demonstrações contábeis. (MARION, 2008)

De acordo com Assaf Neto (2001), a análise de balanços depende, e muito, da qualidade das informações – exatidão dos valores registrados, rigor nos lançamentos e princípios contábeis adotados etc., além do volume de informações disponíveis ao analista. Segundo Marion (2008), algumas técnicas utilizadas na análise de balanço podem ser citadas, tais como (i) indicadores financeiros e econômicos, (ii) análise horizontal e vertical6, (iii) análise da taxa de retorno sobre investimentos7, e (iv) análise das demonstrações de origens e aplicações de recursos (DOAR), dos fluxos de caixa (DFC) e da demonstração de valor agregado (DVA).

Em relação aos indicadores financeiros e econômicos, são relações que se estabelecem entre duas grandezas, facilitando sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de percentuais é mais relevante do que a observação do montante por si só. [...] É fácil notar que as análises do balanço

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É quando se faz a divisão de duas grandezas, um por outra, no sentido vertical, sendo considerado um mesmo período. A análise horizontal é a comparação de indicadores em períodos diferentes (vários períodos), analisando a tendência dos índices. 7 Dada pela relação “Margem de Lucro × Giro do Ativo”. LEITE, Pedro Juarez da Silveira; MORAES, Marcel Castro de. Faculdades Cearenses em Revista, Fortaleza, v.2, n.2, p. 160-177, jan./jun. 2010.

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patrimonial e da demonstração do resultado do exercício são primordiais no processo de análise, mas não quer dizer que as outras demonstrações como a DOAR, DFC e DVA não sejam importantes, pois elas enriquecem a análise das empresas de forma a facilitar a interpretação econômico-financeira da mesma (MARION, 2008).

A partir daí, são citados alguns índices que contribuem na análise da situação econômico-financeira da entidade. São exemplos desses indicadores: (i) índices de liquidez, (ii) índices de rentabilidade, (iii) índices de endividamento, e (iv) prazos médios: estocagem, pagamento e recebimento. 3.4.1. Indicadores Econômicos Daqui por diante passar-se-á a analisar os aspectos econômicos. Portanto, a atenção estará concentrada na geração de resultado, ou seja, na DRE. Serão observados, os índices econômicos “Taxa de Retorno sobre Investimentos” (TRI ou ROI 8), dados pela relação

TRI =

Lucro Líquido , Ativo Total

(1)

e “Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido” (TRPL ou ROE 9), representada por

TRPL =

Lucro Líquido Patrimônio Líquido

(2)

4 ANÁLISE DOS DADOS 4.1.Metodologia da Coleta de Dados O estudo utilizou como amostra, as demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial e DRE) trimestrais dos cinco maiores bancos que atuam no mercado brasileiro, de acordo com o ranking do BACEN, no período de julho/2008 a março/2009, disponibilizadas no sítio do BACEN e nas seções de relações com investidores, dos seus respectivos sítios na internet.

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Return On Investiment. Return On Equity.

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4.2. Critérios Adotados A amostra foi extraída do ranking dos 50 maiores bancos e o consolidado do Sistema Financeiro divulgado pelo BACEN. O relatório “50 Maiores Bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional” é elaborado trimestralmente pelo Banco Central com base nas últimas informações contábeis disponíveis dos conglomerados bancários e das instituições bancárias independentes em funcionamento normal, classificando-os pela ordem decrescente de ativo total deduzindo-se a intermediação financeira. A versão preliminar é disponibilizada 60 dias após o fechamento do trimestre e a definitiva, 90 dias após. A tabela 1 abaixo representa o ranking das maiores instituições financeiras com atuação no Brasil.

Ranking 1 2 3 4 5

Tabela 1 5 (Cinco) maiores Bancos do Sistema Financeiro Nacional10 Patrimônio Índice de Índice de Instituição Ativo Total Lucro Líquido Basileia Imobilização Itaú 600,52 46,08 1,99 16,63 29,76 BB 577.,19 31,69 1,66 15,4 18,85 Bradesco 426.,56 35,72 1,73 16,58 48,93 Santander 338,48 49,79 0,43 25,3 50,48 CEF 312,50 12,97 0,45 19,94 11,32

Fonte: BACEN (adaptado para este estudo).

4.2.1. Índice de Adequação de Capital (Índice de Basileia - IB) Conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia que recomenda a relação mínima de 8% entre o Patrimônio de Referência (PR)11 e os riscos ponderados conforme regulamentação em vigor (Patrimônio de Referência Exigido)12. No Brasil, a relação mínima exigida é dada pelo fator F, de acordo com a Resolução n.º 3.490, de 29 de

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Balancetes processados até 01/07/2009, referente a março/2009. Valores monetários em R$ bilhões. Patrimônio de Referência (PR) é a medida de capital regulamentar utilizada para fins da verificação do cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN. Nos termos da Resolução n.º 3.444, de 28 de fevereiro de 2007, o PR é composto basicamente pelo somatório do capital de nível I e do capital de nível II, com as deduções previstas naquele instrumento normativo. 12 Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é o patrimônio exigido das instituições financeiras, decorrente dos riscos a que estão expostas, em função das atividades por elas desenvolvidas. É calculado de acordo com a regulamentação em vigor, alcançando os registros nas contas ativas, passivas e de compensação. Atualmente é definido pela Resolução 3.490, de 29 de agosto de 2007, e suas regulamentações posteriores. 11

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agosto de 2007, e Circular n.° 3.360, de 12 de setembro de 2007, devendo ser observados os seguintes valores:

 0,11 (onze centésimos), tratando-se de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, exceto cooperativas de crédito não filiadas a cooperativas centrais de crédito; e

 0,15 (quinze centésimos), tratando-se de cooperativas de crédito singulares não filiadas a cooperativas centrais de crédito13. O cálculo do índice de Basileia (IB) é efetuado de acordo com a seguinte fórmula:

IB =

PR × 100 PRE Fator F

(3)

Segundo o BACEN, considera-se desenquadrada em relação ao Índice de Basileia a instituição cujo Patrimônio de Referência (PR) seja inferior ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) calculado para ela. Isto é, seu patrimônio é insuficiente para a cobertura dos riscos decorrentes de suas operações ativas, passivas e registradas em contas de compensação. 4.2.2. Índice de Imobilização Indica o percentual de comprometimento do Patrimônio de Referência (PR) em relação ao ativo permanente imobilizado. Desde dezembro/2002, o índice máximo permitido é de 50%, conforme determina a Resolução n.º 2.669, de 25 de novembro de 1999. O índice de imobilização (IM) é calculado conforme fórmula abaixo: IM =

Ativo Imobilizado - Deduções PR - Títulos Patrimoniais

(4)

4.2.3. Informações Básicas Até a entrada em vigor da Circular 3.444, de 28 de fevereiro de 2007, que determinou às instituições integrantes de conglomerados a apuração exclusivamente

13

Caso as cooperativas singulares de crédito se utilizem da faculdade prevista no Art. 2°, § 4°, da Resolução n° 3.490/2007, elas deverão adicionar 0,02 (dois centésimos) ao fator F. LEITE, Pedro Juarez da Silveira; MORAES, Marcel Castro de. Faculdades Cearenses em Revista, Fortaleza, v.2, n.2, p. 160-177, jan./jun. 2010.

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consolidada, as instituições financeiras integrantes de conglomerados não-optantes pela apuração consolidada dos limites operacionais eram consideradas isoladamente. Os dados contábeis utilizados no relatório "50 Maiores Bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional" são informados ao BACEN pelas próprias instituições, sendo de inteira responsabilidade destas. O lucro líquido (LL) é apresentado sem considerar o valor correspondente à despesa com pagamento de juros ao capital próprio, em consonância com as normas contábeis aplicáveis para fins de publicação dos demonstrativos financeiros. Não são efetuados os ajustes relativos a receitas de juros sobre capital próprio por conta de investimentos. Pelas normas contábeis aplicáveis às instituições financeiras, a apuração de resultado ocorre em junho e dezembro.

4.3.Interpretação dos Resultados Partindo das demonstrações colhidas no sítio do BACEN, montou-se a tabela abaixo que contém as informações do “Lucro Líquido” (LL), “Ativo Total” (AT) e “Patrimônio Líquido” (PL) referentes ao período sob estudo.

Banco Itaú BB Bradesco Santander CEF

Tabela 2 Lucro Líquido, Ativo Total e Patrimônio Líquido Trimestrais Apurados14 2008 – 3º Trimestre 2008 – 4º Trimestre 2009 – 1º Trimestre LL AT PL LL AT PL LL AT PL 1,89 400,95 33,78 3,68 631,32 44,80 1,99 605,15 46,08 1,86 444,70 27,88 4,81 507,34 29,93 1,66 577,19 31,69 1,92 365,29 34,76 3,53 397,34 34,66 1,73 426,56 35,72 0,50 331,82 50,33 0,78 344,68 49,23 0,43 338,48 49,79 0,72 276,06 12,20 1,34 295,92 12,704 0,45 312,50 12,97

Fonte: Banco Central do Brasil (Adaptado para este estudo).

Essas informações subsidiaram a elaboração da tabela 3, que traz o resultado dos cálculos dos índices de rentabilidade das instituições analisadas. Observa-se que os resultados permaneceram crescentes nos dois últimos trimestres do ano passado, apresentando redução no primeiro trimestre de 2009. No Brasil, o principal efeito da crise é a dificuldade em se obter recursos financeiros. Grandes empresas que dependem de financiamento externo passam a

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Todos os valores monetários em R$ bilhões.

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encontrar menos linhas de créditos disponíveis, afinal, os bancos têm medo de emprestar em um contexto de crise. Tabela 3 Indicadores de Rentabilidade Trimestrais Apurados no Período Julho/2008-Março/2009 Banco Itaú BB Bradesco Santander CEF

2008 – 3º Trimestre TRI TRPL 0,005 0,056 0,004 0,067 0,005 0,055 0,002 0,010 0,003 0,059

2008 – 4º Trimestre TRI TRPL 0,006 0,082 0,009 0,161 0,009 0,102 0,002 0,016 0,005 0,105

2009 – 1º Trimestre TRI TRPL 0,003 0,043 0,003 0,053 0,004 0,048 0,001 0,009 0,001 0,035

Fonte: Elaboração própria.

Até mesmo os bancos estão sofrendo com a dificuldade de captar recursos no exterior, o que deve fazer com que os empréstimos fiquem mais caros e mais difíceis também para as pessoas físicas. Por conta disso, as instituições de médio e pequeno porte já tiveram ajuda do governo brasileiro. Ainda na esteira da contração do crédito, outra consequência da crise nos EUA é haver alguma desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto)15 brasileiro. Isso porque o consumo das famílias e o investimento das empresas, dois dos principais pilares de expansão da economia nos últimos anos, cresceram justamente pela farta oferta de crédito. Como uma das medidas contra a crise, o governo iniciou um movimento de cortes na taxa de juros que fez com que ela chegasse a mais baixa da história recente. Um dos fatores que contribuíram para que os bancos não sofressem uma interferência maior no seu desempenho, são os altos spreads (a diferença entre as taxas cobradas sobre o dinheiro que o banco toma emprestado e que ele empresta aos seus clientes) praticados e o fato de que os cortes nas taxas não estão sendo repassados para os clientes. De acordo com a Folha Online (2009) o que se vê na verdade é que, aqui no Brasil, nenhum dos bancos teve problemas com a crise financeira mundial. Isso pode ser

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O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano etc.). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região. LEITE, Pedro Juarez da Silveira; MORAES, Marcel Castro de. Faculdades Cearenses em Revista, Fortaleza, v.2, n.2, p. 160-177, jan./jun. 2010.

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porque seus lucros com as atividades diárias são tão altos que eles não precisaram assumir riscos desnecessários. De uma maneira ou de outra, o sistema bancário do Brasil parece que vai continuar a ser a lucrativa exceção aos desastres econômicos de outros lugares.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A questão central desta pesquisa reside no estudo dos efeitos da crise mundial no desempenho dos bancos que atuam no sistema financeiro nacional, no período sob comento. O assunto ora exposto se apresenta diante da sociedade como um tema atual, debatido em todas as áreas e classes. Para verificar o problema, foi assumida a hipótese de que as demonstrações contábeis representam a situação econômico-financeira dos bancos, além de que a atividade típica de um banco é a captação de depósito e sua aplicação em empréstimos aos clientes, ou seja, a intermediação financeira. O corrente ensaio buscou, desde o início, tratar de assuntos relacionados ao tema proposto, delimitando-o de acordo com o desenvolvimento deste, utilizando capítulos inteiros para fundamentar e demonstrar conceitos que pudessem subsidiar a análise de desempenho dos cinco principais bancos que atuam no Brasil e que serviram de amostra para o estudo, explicando a origem da crise e de como ela contaminou outras economias. Preocupou-se em deixar bem claro toda a fundamentação teórica através de uma exploração bibliográfica e, por meio do auxílio de tabelas, objetivou-se tornar mais claros o desenvolvimento e a conclusão do estudo científico. E ao fim, foi possível elaborar um diagnóstico desses efeitos com base nos resultados da consolidação das informações coletadas na pesquisa. Conclui-se que o propósito da investigação foi alcançado, já que este era o de conhecer as implicações da crise financeira mundial no desempenho dos bancos atuantes no Brasil, com dados baseados em uma amostra escolhida para o trabalho, e delinear um perfil que o representasse.

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Diante do exposto, sugere-se que as informações colhidas, as análises e os comentários realizados não sejam entendidos como esgotamento do assunto e sim, que este trabalho sirva, primordialmente, como ponto de partida e de apoio para futuras pesquisas desta natureza abrindo caminho no meio acadêmico ou fora dele para influenciar outros trabalhos.

5 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. BANCO CENTRAL DO BRASIL. 50 Maiores Bancos e o Consolidado do Sistema

Financeiro Nacional, Brasília, 2009. Disponível em: . Acesso em: 12.07.2009. BANCO DO BRASIL. Relações com Investidores, Brasília, 2009. Disponível em: . Acesso em: 12.07.2009. BRADESCO. Relações com Investidores, Osasco, 2009. Disponível em: . Acesso em: 12.07.2009. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Evolução do emprego do CAGED-EEC. Brasília, 2009. Disponível em: http://estatistica.caged.gov.br/consulta.aspx?mesCPT=12&anoCPT=2008>. Acesso em: 12.07.2009. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Demonstrativos e Relatórios, Brasília, 2009. Disponível em: < http://www.caixa.gov.br/acaixa/relatorios/demonstrativo.asp>. Acesso em: 12.07.2009. CRISE norte-americana entenda o efeito dominó. O POVO Online, Fortaleza, 01 out. 2008. Disponível em: . Acesso em: 15.05.2009. DICIONÁRIO da Língua Portuguesa, Editora Rideel, 2006, São Paulo. ENTENDA a evolução da crise que atinge a economia dos EUA. Folha Online, São Paulo, 03 fev. 2009. Disponível em:

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. Acesso em: 12.05.2009. ENTENDA como a crise dos EUA afeta o Brasil. Folha Online, São Paulo, 03 fev. 2009. Disponível em: . Acesso em: 06.07.2009. GUERREIRO, Reinado. Mensuração do resultado econômico. São Paulo: Caderno de Estudos FIPECAFI, 1991. HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade, São Paulo: Atlas, 1999. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. SANTANDER. Relações com Investidores, São Paulo, 2009. Disponível em: . Acesso em: 12.07.2009.

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É um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa?

194) “A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”.

Qual o regime utilizado para o registro das operações contábeis e evidenciar o resultado do período?

O regime de competência é um método para realizar o registro de lançamentos contábeis na data em que o evento acontece. Ou seja, na data do documento da receita ou despesa realizada.

Quando as receitas são maiores que as despesas O resultado apurado e?

Quando a receita é maior que as despesas, significa que o negócio obteve lucro. No entanto, quando as receitas são menores que as despesas, o negócio obteve prejuízo. A demonstração de lucros pode ser feita de duas formas: uma forma simples e uma forma completa. Para aprender a diferenciá-las, continue a sua leitura.