De que forma os estadunidenses pressiona ram o brasil a apoiar os aliados na segunda guerra 111

O Brasil declarou guerra às potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em 22 de agosto de 1942, depois de sucessivos ataques de submarinos alemães e italianos a navios da Marinha Mercante brasileira.

Apesar de incidentes com navios brasileiros no exterior serem registrados desde 1940, uma decorrência até previsível do clima de guerra que já dominava o mundo, foi só após o Brasil romper relações diplomáticas com as potências do Eixo, em 28 de janeiro de 1942, que Alemanha e Itália passaram a atacar de forma sistemática e com a clara intenção de afundar as embarcações brasileiras.

Entre maio e julho, 14 navios foram afundados. Até então, o número de mortos era inferior a dez, e a maioria eram marinheiros. Ainda que repudiáveis, os ataques não tiveram força suficiente para levar o Brasil à guerra. Foram os sucessivos e trágicos ataques de agosto de 1942 que provocaram uma radical mudança na opinião pública brasileira e obrigaram o governo, até então relutante, a se envolver no esforço de guerra.

No período de quatro dias, apenas um submarino alemão, o U-507, afundou cinco navios e um barco, matando mais de 600 pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças. Naquela época, viajar de navio era uma opção barata para quem precisava vencer as grandes distâncias brasileiras, e muitos optavam por esse meio de transporte.

As fotos de pessoas mortas na praia e os relatos na imprensa criaram um ambiente favorável à guerra no país. Passeatas e manifestações exigindo uma resposta do governo aconteceram no Rio de Janeiro, então capital da República, e deram fôlego à corrente pró-Aliados dentro do regime ditatorial do Estado Novo, que por muito tempo esteve em desvantagem perante a corrente pró-Eixo.

A Alemanha e o Estado Novo

Ainda que as origens autoritárias do Estado Novo remetam ao positivismo gaúcho e não ao fascismo europeu, é inegável que seu caráter ditatorial o aproximava muito mais da Itália fascista e da Alemanha nazista do que da democracia americana. E, de fato, esses regimes autoritários desfrutavam de amplas simpatias dentro do governo brasileiro.

O ministro da Justiça, Francisco Campos, autor da Constituição ditatorial pejorativamente chamada de "Polaca", era um notório admirador de Mussolini. O ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, não escondia suas simpatias por Hitler, assim como o chefe do Estado-Maior, Góes de Monteiro, e o chefe da polícia da capital, Filinto Müller. Dutra e Monteiro chegaram a ser condecorados pelo Terceiro Reich com a maior distinção possível dada a estrangeiros.

O Exército tinha um enorme poder no regime do Estado Novo. Sem o seu apoio, Getúlio Vargas não conseguiria manter-se no poder, o que aliás ficou evidente em 1945, quando os militares o depuseram. Assim, as inclinações pró-Eixo da cúpula do Exército davam um viés claramente fascista ao governo brasileiro, apesar de o governo Getúlio ter, também, adotado medidas claramente desfavoráveis a Berlim, como a proibição do Partido Nazista e o processo de nacionalização das colônias alemãs no sul do Brasil.

A Alemanha era ainda a principal fornecedora de armas para o Exército, em franco contraste com a postura relutante dos Estados Unidos, e tinha ainda um grande peso nas relações comerciais, como principal origem das importações brasileiras e segundo principal destino das exportações.

O único ponto de contato dos Aliados – principalmente dos Estados Unidos – dentro do núcleo central do governo era o Ministério das Relações Exteriores, comandado pelo chanceler Oswaldo Aranha, ex-embaixador nos Estados Unidos. Aranha era, por assim dizer, um contraponto à forte influência alemã no regime.

Com Getúlio acenando publicamente para o Eixo – e Aranha negociando nos bastidores com os Estados Unidos – o Brasil passou os anos que antecederam o início da Segunda Guerra Mundial e os primeiros anos do conflito numa posição de ambiguidade em relação às potências conflitantes, posição que refletia as divisões internas do governo. Mas muitos historiadores também veem pragmatismo nessa postura.

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Getúlio (de chapéu branco e óculos) inspeciona as Forças Armadas em Natal, com Roosevelt (sentado ao lado do motorista)Foto: picture-alliance/AP Photo//U.S. Army Air

Guinada para os EUA

Primeiro, tanto os Estados Unidos (que, mesmo não estando em guerra, já agiam ativamente no apoio aos aliados europeus) como a Alemanha eram parceiros comerciais importantes. Até meados de 1942, não era possível saber o desfecho da guerra, e muitos apostavam numa vitória alemã. Assim, manter-se neutro era uma maneira de não ficar mal com nenhum dos lados.

Segundo, o Brasil tinha um trunfo que interessava aos dois lados: o Nordeste, mais precisamente Natal e Fernando de Noronha, de importância estratégica para o apoio às operações militares no norte da África. E o governo Getúlio usou esse trunfo para obter vantagens econômicas. Um empréstimo do governo americano possibilitou a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, o berço da industrialização brasileira. A outra opção era a Alemanha, com a participação da Krupp.

A contrapartida à CSN foi o alinhamento gradativo e definitivo do Brasil aos Aliados manifesto inicialmente nas construções de bases militares americanas em solo brasileiro (Natal) e, depois, na criação da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A famosa visita dos presidentes Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Vargas a Natal, já em janeiro de 1943, serviria para acertar detalhes da participação brasileira.

Com o ataque japonês a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, e a entrada oficial dos americanos na guerra, a posição pró-Aliados dentro do governo brasileiro se tornaria ainda mais forte, pois o interesse dos Estados Unidos pelo que acontecia no continente americano era cada vez maior.

Assim, em 28 de janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações com os três países do Eixo, e, no final de agosto do mesmo ano, declarou guerra à Alemanha e à Itália. A FEB, porém, seria criada apenas um ano depois, e iria se unir ao esforço de guerra em julho de 1944, a menos de um ano do final do conflito.

Que forma os estadunidenses pressionaram o Brasil a apoiar os aliados na Segunda Guerra?

Resposta: Através de pressão para conseguir borracha, minérios e outros materiais estratégicos no esforço de guerra. Explicação: A razão mais imediata foi o afundamento de vários navios mercantes brasileiros por submarinos alemães e italianos durante o primeiro semestre de 1942.

Por que o Brasil apoiou os Aliados na II guerra?

Assim, 19 navios brasileiros foram atacados na costa brasileira pelas forças alemãs, causando a morte de 500 pessoas. Houve intensa pressão popular para a entrada do Brasil na guerra, e o governo de Getúlio Vargas passou a apoiar os Aliados.

O que motivou a inclinação do Brasil a favor das forças aliadas na II Guerra Mundial Que fato marcou essa inclinação?

A agressão alemã gerou grande comoção popular, que passou a exigir uma declaração de guerra contra a Alemanha. A declaração de guerra contra a Alemanha aconteceu no mesmo mês (agosto de 1942). A partir disso, o governo brasileiro realizou um esforço para a mobilização de soldados para enviá-los ao fronte de guerra.

Qual foi a motivação que fez Vargas apoiar os aliados durante a Segunda Guerra Mundial?

Não foi um real interesse, sua primeira intenção era de apoiar o Eixo, pois o principal e maior parceiro comercial do Brasil, era a Alemanha.