Como estão as vendas de imóveis em Curitiba?

Uma pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR), em parceria com a BRAIN Inteligência Estratégica, indica crescimento nos licenciamentos e vendas de imóveis em Curitiba.

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O número de alvarás liberados para novas unidades residenciais, por exemplo, saltou 150%, em comparação com o mesmo período de 2020, passando de 18 mil. “É a maior quantidade desde o pico de 2010 e 2011”, aponta o consultor e sócio da BRAIN, Guilherme Werner. Naqueles dois anos, o total de alvarás liberados foi, respectivamente, de 21 mil e 19,3 mil.

Já quantidade de unidades residenciais vendidas somou 4,6 mil em de janeiro a setembro de 2021. Isso significa um aumento de 42,2% em relação ao mesmo período de 2020. No mesmo intervalo de tempo, o número de unidades lançadas subiu 52,2%, passando das 4,9 mil unidades.

Do total de unidades residenciais lançadas, 66% delas já foram vendidas. De acordo com a pesquisa, o VSO - indicador que mede a velocidade de venda dos imóveis - está mais elevado entre os apartamentos superluxo (VSO 10,0) e luxo (VSO 9,0).

Nesse indicador, houve uma mudança de comportamento no segundo semestre deste ano. Até junho, a maior velocidade de vendas era registrada nos imóveis padrão standard (VSO 11,0). Na avaliação do consultor da BRAIN, a alteração decorre das recentes elevações das taxas de juros e do consequente encarecimento do crédito. Essas altas impactam de forma mais direta a comercialização de imóveis de tal padrão.

“Isso pode ser explicado por alguns fatores, mas destaco, principalmente, o próprio aumento no volume de lançamentos nesses padrões o que, consequentemente, alavanca as vendas. Além disso, esse cliente dispõe de recursos em poupança, realocando os valores de forma imediata nos imóveis por entender que há uma janela de oportunidade para a compra, sobretudo pelas movimentações macroeconômicas do país”, explica o presidente da Ademi-PR, Leonardo Pissetti.

A pesquisa aponta ainda que o preço médio do metro quadrado das unidades residenciais vendidas ficou em R$ 9,3 mil. A diferença de preço entre um apartamento padrão econômico (R$ 4 mil/m²) e o superluxo (R$ 15,8 mil/m²) é de quase quatro vezes. A média de preço dos apartamentos padrão luxo está em R$ 10,2 mil/m².

Segundo Werner, há uma tendência de estabilidade nesse indicador. “Mesmo com o aumento expressivo de unidades lançadas pelo mercado em Curitiba, temos uma estabilidade do estoque. Estamos no patamar entre 6 mil a 7 mil, o mais perto do verificado em meados de 2019, quando tínhamos 5,7 mil unidades em estoque”, observa o consultor.

“O imóvel próprio traz garantia e segurança, pois a valorização o torna um dos investimentos mais seguros e certeiros - mesmo em momentos em que a atividade econômica do país não está indo tão bem, o imóvel continua se valorizando”, destaca o economista Tiago Jazynski. Segundo ele, o desejo de conquistar a casa própria é uma questão cultural, reforçada pelo incentivo à compra de imóveis no país por meio, principalmente, do crédito imobiliário.

No momento da escolha do imóvel, a pesquisa mostra que o potencial de valorização é um dos principais fatores levados em consideração no momento de aquisição, assim como o preço, os diferenciais do empreendimento e as condições de pagamento.

Luigi Francisquini, gestor executivo de Inteligência Imobiliária da Prestes Construtora, comenta que empreendimentos da linha Vista - um dos carros-chefe da empresa -, já valorizaram cerca de 50% desde a aquisição, no lançamento, até a data de entrega das chaves, aproximadamente 30 meses após a assinatura do contrato. “O mesmo vale para quem compra o imóvel pronto para morar, que vê uma valorização bastante expressiva da residência”, ressalta Francisquini.

Linha Vista: empreendimentos completos e com alto índice de valorização — Foto: Arquivo Prestes

Nesse sentido, Jazynski acredita que “o consumidor também está vendo na compra de um imóvel, além de estabilidade para toda a família, uma oportunidade de investimento”. Na pesquisa Datastore, 36% das pessoas ouvidas estão classificadas no perfil ‘investidor’.

Além disso, o imóvel próprio representa mais solidez para a família. “Não se corre o risco de precisar deixar o local de uma hora para outra. O proprietário também tem liberdade para fazer pequenos reparos e ajustes para adaptar o espaço às suas necessidades, o que muitas vezes não ocorre quando se mora em um imóvel alugado”, considera o economista.

Consumidor mais atento e exigente

Jazynski acredita que a constante procura por um imóvel próprio faz com que o consumidor esteja atento tanto às oportunidades de crédito, quanto às oportunidades dadas pelas construtoras.

Para quem opta pela compra direto com a construtora, é possível encontrar condições diferenciadas, como balões - uma parcela maior a cada ano ou semestre, o que permite a quitação mais rápida - e também parcelamento da entrada. “Tudo depende da condição e da vontade do comprador. Existem casos nos quais os balões são para quando do 13º ou ainda para agricultores, em período de safra”, explica Francisquini.

O executivo da Prestes também destaca a possibilidade de financiamento por meio das linhas de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em que é possível comprar um imóvel novo com prazo de até 35 anos para pagar e que permite financiar até 80% do valor do imóvel.

Investimento em imóvel na planta com a garantia de um bom negócio — Foto: Gustavo Remor

Dados da Caixa mostram que a utilização do crédito imobiliário no 1º trimestre de 2022 chegou a R$ 34,4 bilhões, representando um aumento de 17,8% em relação ao mesmo período de 2021. Esse resultado considerou as contratações com recursos da poupança (SBPE) somadas às do Programa Casa Verde e Amarela, com recursos do FGTS.

“O imóvel é uma maneira de aumentar o patrimônio familiar. Além disso, como o crédito imobiliário é relativamente barato em relação às demais taxas de juros do mercado, isso torna fácil o acesso a essa possibilidade, propiciando aos compradores parcelas que cabem no bolso e que, em alguns casos, podem ser inferiores a um aluguel”, observa Jazynski. “E, o melhor de tudo, é que [o comprador] está pagando por um imóvel que ele será dono no futuro”, completa.

Outra vantagem, para o economista, é que o pagamento pelo imóvel próprio torna o orçamento familiar mais previsível a longo prazo, uma vez que é possível antever o valor das parcelas. “Já o imóvel alugado fica suscetível a reajustes periódicos, o que pode ser um grande problema em épocas como a atual, em que a inflação está muito alta”, adverte.

Itens mais valorizados

A pesquisa também revela que, no momento da escolha do imóvel para compra, são avaliados ainda fatores como a localização, a oferta de área de lazer e a variedade de equipamentos de uso comum, assim como o tamanho do imóvel, a segurança do condomínio e a qualidade do acabamento.

Sobre o tipo de imóvel, 71% dos entrevistados demonstraram algum nível de interesse em adquirir um apartamento, com destaque para características como:

  • 3 quartos;
  • salas de estar e de jantar integradas;
  • 1 suíte;
  • varanda;
  • 2 vagas de garagem.

Para atender às principais demandas de quem busca um novo imóvel atualmente, a Prestes aposta em empreendimentos com foco em áreas de lazer voltadas aos mais diversos públicos. “São sacadas com churrasqueira, opções com Garden, para quem quer mais espaço ou não abre mão de um ambiente para o seu pet. Ambientes como salão de jogos, academia e salão de festas, sempre entregues equipados, também fazem a diferença em nossos condomínios”, afirma Francisquini.

Projetos focam em áreas de lazer amplas e que atendam aos futuros moradores — Foto: Ilustração/Prestes

O fato da construtora ser conhecida e de confiança é outro item citado entre os aspectos mais valorizados na hora de escolher um imóvel para compra. No caso da Prestes, já são mais de 5 mil unidades entregues em cidades como Castro, Carambeí, Tibagi, Ponta Grossa, Guarapuava, Irati, Londrina e Apucarana. Além disso, há empreendimentos com obras em andamento nas cidades de São José dos Pinhais, Curitiba e Maringá, bem como vários lançamentos previstos para Curitiba e Londrina.

Os números e o portfólio da empresa atestam a qualidade dos empreendimentos. “Não é só fazer por fazer. Tem pesquisa, tem tecnologia e inovação que visam oferecer condomínios completos por um preço justo”, afirma Francisquini.

Como está o mercado de imóveis em Curitiba?

Esse é o resultado registrado pelo mercado imobiliário de Curitiba no consolidado de 2021 quando o assunto é a venda de imóveis novos. Foram 12% de alta no comparativo com o ano de 2020, frente a 4% alcançado em todo o país.

Como estão as vendas de imóveis em 2022?

Venda de imóveis residenciais sobe 18% no 1° semestre de 2022 na comparação anual. No primeiro semestre de 2022, o número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 18% em comparação com o mesmo período de 2021. Ao todo, foram vendidas 87.655 unidades nos seis primeiros meses do ano.

Como ficará o mercado imobiliário para vendas residenciais em 2022?

BússolaPublicado em 30/09/2022 às 10:00. O número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 18% no primeiro semestre de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021. Ao todo, foram vendidas 87.655 unidades nos seis meses.

Como está a venda de imóveis hoje?

O advento da tecnologia nas transações imobiliárias, que desburocratiza diversas etapas da compra, e a alta procura pela casa própria, fez com que a venda de imóveis novos registrasse um aumento de mais de 46% no primeiro semestre do ano em relação ao período anterior.