Como eram os rituais de antropofagia?

Muita gente confunde a antropofagia indígena com canibalismo, mas a antropofagia era uma tradição de guerra particular e não tinha a ver com fome. Entenda o caso!

Muita gente confunde antropofagia com canibalismo, principalmente pelo fato de que em ambas as situações há o consumo de carne humana... por humanos! Mas as duas coisas são bastante distintas, a ponto de serem categorias de análise de áreas completamente diferentes. Enquanto a antropofagia é um conceito das ciências humanas sobre as práticas religiosas e de guerra na América indígena, o canibalismo pertence ao campo da biologia e das práticas de consumo de alimentos.

O termo “antropofagia” é externo àqueles que a praticavam. A palavra é de origem europeia, vem do grego “anthropo”, que significa “homem” e “phagia”, que significa ”comer”. Literalmente, significa “comer o ser humano”, mas não pode se resumir a isso para entender a prática como pertencente ao mundo social.

Como eram os rituais de antropofagia?
Representação da antropofagia na Mesoamérica (Reprodução)

Isso porque a prática, minimamente comum na América antes das invasões europeias, não era uma forma que os indígenas encontraram de suprir suas necessidades alimentares. Ou seja, os índios não comiam carne humana porque estavam com fome nem praticavam antropofagia em tempos de escassez de alimento como forma limite de sobrevivência. Isso enquadraria canibalismo, que é comum no mundo animal.

A antropofagia era, antes de tudo, uma prática exotérica de guerra. Tratava-se de um rito religioso que ocorria após importantes batalhas, em que os índios da comunidade vencedora, em um rito com seus próprios protocolos e convenções, assavam e comiam os maiores guerreiros capturados da comunidade rival como forma de adquirir e interiorizar as capacidades e os poderes daqueles que foram ingeridos. Ou seja, um índio antropófago podia comer a carne de um prisioneiro muito forte para, assim, ganhar essa força. Ou inteligência, habilidades estratégicas, beleza, entre outras diversas qualidades que podem ser transmitidas, na visão religiosa dessas pessoas, através do consumo da carne.

Dessa forma, a antropofagia não parte de maneira alguma de uma necessidade biológica de subsistência ou de algum anseio alimentar ou vontade pessoal pelo consumo em si. Essa visão da antropofagia foi muito disseminada pelos europeus, principalmente os portugueses, como forma de animalizar os índios e provar a teoria forjada de superioridade moral e racial dos brancos sobre os indígenas.

Um aspecto de difícil análise sobre o tema é o nível de abrangência da prática no território americano. Sabemos pelos escritos de Hans Staden e Hernán Cortez que grupos como os tupinambás e os astecas praticavam a antropofagia, mas muitas outras comunidades historicamente associadas à prática podem muito bem nunca ter consumido carne humana. Isso está diretamente associado ao fato de que a prática da antropofagia era uma das principais cláusulas de exceção para a proibição da escravidão indígena. Como foi permitido por muito tempo que se escravizasse índios antropófagos, disseminou-se a falsa ideia de que a maioria dos índios do Brasil era praticante desse rito, para que se permitisse de forma desproporcional o uso de mão-de-obra escravizada indígena. Porém, não era a maioria das tribos na América Portuguesa que praticava a antropofagia.

Como eram os rituais de antropofagia?
Hans Staden, um dos primeiros a ter contato com a antropofagia na América Portuguesa (Wikimedia Commons)

A prática antropofágica era fortemente desaconselhada pelos católicos europeus nos aldeamentos indígenas, pois era vista como forma pecaminosa e pagã de tratar a guerra. Muito progresso foi feito no combate à antropofagia, mas a conversão forçada ao catolicismo criava uma confusão entre os indígenas antropófagos: como conciliar o fato de que é pecado se alimentar de carne humana e o fato de que uma das bases da eucaristia cristã é o consumo do “corpo de Cristo”.

Os índios do Brasil passaram por séculos de difamação e bestialização que tentaram reduzir as comunidades indígenas a quase-animais que não conheciam a civilização, narrativa esta que era base para o processo de dominação dessas comunidades e introdução forçada de indígenas à cultura e aos círculos sociais próprios dos europeus. Uma dessas formas de transformar indígenas em bestas foi à redução da antropofagia a prática do canibalismo.

É muito importante entender que existem diferenças brutais entre as duas práticas, principalmente para não cair na lógica evolucionista e racista que demoniza as práticas sociais indígenas e coloca a antropofagia como prática animalesca e inferior.

UM DOS RITUAIS MAIS INCOMPREENDIDOS, O CANIBALISMO, REVELA UMA RICA E COMPLEXA CULTURA INDÍGENA, NA QUAL A DIFERENÇA É ELEMENTO DE AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE

“Não fazem isso para saciar sua fome, mas por hostilidade e muito ódio”. A frase, escrita por Hans Staden – mercenário alemão que visitou o Brasil e foi capturado pelos Tupinambá, em Ubatuba, no século XVI – permeia o pensamento ocidental quando o assunto são os rituais antropofágicos. Antes de adentrar o tema, é necessário entender o que seria a antropofagia: o ato de comer carne da sua própria espécie. Neste caso, carne humana. 

A visão ocidental desses rituais, porém, não está completamente certa. Os povos antropofágicos que residiam no Brasil durante o período colonial praticavam o canibalismo por questões de honra, vingança, cultivo da inimizade e até mesmo por amor e respeito. Na cultura Tupinambá, que é o foco desta reportagem, a guerra é uma maneira de atingir esse propósito. Ao raptar um membro de outra tribo, a “vencedora” estava vingando a morte de um membro de seu povo que, anteriormente, havia sido devorado por seus inimigos. Constitui-se, assim, uma oportunidade de seus parentes e amigos se reapropriarem da substância do membro que foi morto.

Como eram os rituais de antropofagia?

Hans Staden, 1557 [Imagem: Reprodução/ Wikimedia Commons]

O regime antropofágico

A estrutura social dessa cultura, por sua vez, é não apenas mantida pela guerra, mas alicerçada no “princípio da reciprocidade”: a mobilidade das vítimas e a circularidade dos rituais – exemplificada pela vingança constante da morte de algum parente – era a maneira de manter viva a aldeia. Isso porque apenas os guerreiros, ou seja, aqueles que cometeram assassinato, eram considerados adultos e aptos a se casarem e terem filhos. É a maturação, sair do status de criança e ascender para o status de homem-adulto. A partir disso, era mantida a continuidade dos povos: a reprodução está ligada diretamente ao sacrifício e, se não há ritual antropofágico, não há casamento e muito menos herdeiros gerados.

Não apenas a própria existência dependia da prática alimentícia canibal, mas toda a identidade cultural Tupinambá era definida por esses rituais. A morte honrosa era a morte pela guerra, e o túmulo que todo guerreiro desejava ter era o estômago de seu inimigo. A vida de um guerreiro acabava com a sua morte pela mão dos outros, de forma que sua identidade era afirmada pelo sacrifício e pelo conhecimento que seu povo iria vingá-lo. Dessa forma, é possível explicar porque o cativo, prisioneiro de guerra, não nega seu destino e, curiosamente, aceita sua morte. Hans Staden, em sua estadia com os Tupinambás, pergunta a um cativo se ele está pronto para morrer, e a resposta é que “sim, estou com todo o equipamento, apenas a muçurana não é bastante longa. Em casa temos melhores”. A resposta é de conformidade com o destino, e diferentemente da visão do ocidente, não havia uma escolha em aceitá-lo ou não, pois isso faz parte da reciprocidade: eu morro porque também matei. 

O mais interessante é que nos rituais antropofágicos Tupinambá, tanto a vítima quanto o executor são contemplados e possuem carga de significado no processo. O primeiro afirma sua identidade e morre de forma honrosa. O segundo consegue se vingar e atinge a maturidade, a forma adulta.

Importante é perceber que esse ritual não acontece de maneira desenfreada, movida pela “hostilidade” e “muito ódio”, mas é feito de maneira ordenada e seguindo motivos bem definidos. Como o professor Adone Agnolin, especializado em História das Religiões (Università degli Studi di Padova), doutorando em Sociologia e pós-doutorando em História Social, ambos pela Universidade de São Paulo (USP), esclarece: “existe uma ‘economia’ específica nessa circularidade, uma ‘economia das trocas simbólicas’ que, no caso Tupi, se materializa propriamente no ritual e estabelece um equilíbrio.”

Antropofagia guerreira e antropofagia funerária

Os povos eram, por sua natureza, guerreiros, ao nível das conquistas do combate determinarem a importância de alguém dentro da aldeia. Para os Tupinambás, quanto mais inimigos o homem capturava e devorava, mais alta era sua posição na cadeia social, mais numerosos eram os nomes que ele recebia e o tanto de marcas – símbolos de conquista, como se fossem medalhas – eram feitas em seu corpo. 

A isso se dá o nome de antropofagia guerreira, vinculada à vingança. Devorar o outro era uma forma de excluí-lo, apagá-lo e, ao mesmo tempo, reapropriar a essência do ente que foi devorado pelo cativo em um momento anterior. A alteridade, muito cara a esses povos, era cultivada ao ponto do inimigo ser completamente assimilado pela aldeia que o capturou. Este passava por um processo de “verdadeiro cozimento (domesticação) desta sua alteridade” como diz Adone Agnolin em sua tese Antropofagia ritual e a identidade cultural entre os Tupinambá, no qual até mesmo se relacionar com as mulheres da aldeia e ter filhos era permitido. 

Nesse tipo de ritual a figura do pajé se destaca. Um dos motivos pelo quais o ritual acontece – o combustível para a ação – é o sentimento de obrigação dos vivos perante a exigência do parente morto de ser vingado. O pajé, por sua vez, é a ponte que conecta o mundo dos vivos e dos mortos.  

O outro tipo de antropofagia é o funerário. Este, diferentemente do anterior, diz respeito ao canibalismo após a morte de um parente ou amigo querido, no qual a família ou os amigos consomem sua carne como sinal de respeito ou forma de luto: “filho que come o pai, por respeito e afeição (…) regenerando-o [o corpo dos pais] através da transmutação da carne morta em carne viva pela digestão”, escreveu o filósofo renascentista Montaigne, em Os Ensaios. 

Um exemplo dessa prática acontece na cultura Yanomami, na qual após a morte de alguém amado, todos seus pertences eram destruídos e seu nome nunca mais pronunciado, assim como seus ossos triturados e comidos com purê de banana. Já os Wari comiam a carne do fígado e do coração desfiadas com pão de milho assado. Para estes, a ingestão dos entes era uma forma de tirar a humanidade, tornando mais fácil o processo de luto. Anne Rapp, antropóloga especializada em Arqueologia pela Sorbonne, mestranda e doutoranda pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, salienta, inclusive, que “os Wari, conhecidos como Pakaas-Novas, são um grupo em Rondônia e têm regras extremamente marcadas sobre como e quem pode comer o morto. Hoje, não se pratica mais, mas normalmente os consanguíneos, família direta, não consomem.”

Há outra forma, mais abrangente, de caracterizar o antropofagismo. Um povo pode praticar tanto o exocanibalismo, quanto o endocanibalismo. Aquele, simplificadamente, se restringe à ingestão de membros de outras tribos. Este, é a ingestão de pessoas da sua própria tribo. 

“Neste momento, no Brasil, a maior parte das práticas funerárias indígenas são proibidas. Elas são aceitas em caso de cremação e enterramento. O canibalismo não é permitido.”, lembra a antropóloga. Atualmente, os Yanomami são “um dos poucos casos que eu sei que vai ter um tipo de canibalismo permitido”, complementa. 

A preparação para o abate 

Entre as várias aldeias e os diferentes ritos antropofágicos, a preparação do cativo para o abate não era padronizada. No funerário, por exemplo, o amigo ou parente morria, não por um golpe da própria tribo, mas sim por causas naturais ou externas. Porém, por meio de pesquisas e relatos, antropólogos foram capazes de trilhar um caminho de preparativos para o ritual. 

O inimigo, após ser capturado, poderia ser morto na hora, caso seus ferimentos fossem muito graves ou tivesse idade avançada. O mais comum, contudo, era mantê-lo por vários dias,  por vezes esse tempo se estenderia em meses ou até anos. Caso emblemático é o de Hans Staden, que ficou cerca de nove meses junto aos Tupinambá, antes de ser resgatado. No caminho para a aldeia, o cativo era levado ao túmulo da família de seu inimigo. Isso porque sua morte vai ser por e em memória deles. 

No dia que antecede o ritual antropofágico, as mulheres preparam o cauim, bebida à base de mandioca, a qual toda a tribo toma. Não comem nesse dia, já que no próximo irá acontecer o grande banquete, à base de carne humana. O ritual era considerado uma festividade importante, por isso era comum estender o convite às aldeias amigas e àquelas que não eram tão próximas, a fim de firmar laços de amizade. 

Como eram os rituais de antropofagia?

Hans Staden [Imagem: Reprodução/ Wikimedia Commons]

Aquele que era capturado tinha seu pelo cortado, seu corpo banhado e pintado e era vestido com ornamentos de plumas. Algum tempo antes do sacrifício, este devia passear pela aldeia enquanto cada membro dela apontava qual era a parte do corpo que queria comer. Em Duas viagens ao Brasil, Hans Staden cita que as mulheres mordiam seus próprios braços para demonstrar que ele seria devorado, em uma espécie de ameaça.

Como eram os rituais de antropofagia?

Hans Staden [Imagem: Reprodução/ Wikimedia Commons]

Outro motivo para esta demonstração de inimizade perante o cativo era a afirmação da alteridade. Por ter sido assimilado na cultura dos que o capturaram, muitas vezes podiam surgir vínculos profundos de afinidade, porém, seu destino não muda. Ele está lá para morrer e estabelecer o equilíbrio, assim como garantir a continuidade de toda sua aldeia.

No dia, amarravam o encarcerado pela cintura com um cordão chamado muçurana, e davam-lhe pedras e frutos para que pudesse jogar em pessoas da aldeia, em uma forma de se vingar e mostrar sua coragem. Além disso, alguns relatos indicam a existência de uma apresentação, na qual o cativo encena sua fuga, para que o “vencedor” possa capturá-lo. Também, havia um diálogo entre esses dois, no qual o executor dizia que iria matar o inimigo porque este havia matado alguém de sua tribo. Como resposta, o cativo dizia que já tinha feito isso antes, quando comeu os parentes e amigos de seu carrasco e que, muito brevemente, iria ser vingado.

Aquele que iria matar era vestido, no caso dos Tupinambá, com um mantelete emplumado com penas de guará. Sua arma era a Ibirapema, anteriormente enfeitada pelas mulheres em uma espécie de ritual, na qual era envolvida em um pó por uma delas enquanto as demais cantavam em uma roda. 

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Instrumento Ibirapema, Hans Staden, 1557 [Imagem: Reprodução/ Wikimedia Commons]

Após isso, com apenas um golpe fatal, o cativo é morto. De prontidão, as mais velhas iam com cumbucas coletar o sangue e os miolos. A preparação do corpo era escaldar e assar para retirar o couro. Logo depois, era enfiado um bastão em seu ânus para que nada escapasse e, por fim, esquartejado. Por vezes, pedaços eram dados aos convidados para serem levados ou até guardados pela tribo anfitriã para a ingestão depois do ritual. Algumas pesquisas, como a de Carlos Fausto, doutor em antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmam que algumas mães besuntavam os seios com o sangue do morto para que os bebês, de certa forma, também participassem do ritual.  

Canibalismo por opção ou necessidade?

Por se tratar de uma forma de manter a continuidade da aldeia, garantir a identidade cultural dos Tupi e a vingança por aqueles que morreram, o canibalismo não pode ser tratado como opção para os Tupinambás. Muito longe disso, toda sua cultura é regida por essa prática. 

Há, também, aqueles que por crenças particulares, delírios, opção alimentícia ou participação em seitas – caso emblemático dos Canibais de Garanhuns, o trio que matou duas pessoas e usou a carne para rechear salgados, além de usá-la para consumo próprio – os quais não são uma necessidade, mas sim opção. Porém, por diversas razões um grupo pode ser colocado em situações extremas de falta de alimento, nos quais a única perspectiva de sobrevivência é recorrer ao canibalismo. Não se trata, portanto, de um traço cultural, muito menos uma forma de manutenção da vida em sociedade.

Exemplos como esse foram vistos durante a história, como o “Milagre dos Andes” – no qual sobreviveram 16 homens, sendo que 13 deles recorreram ao canibalismo para não morrerem frente à situações extremas de frio e avalanches.

Outro episódio é o do naufrágio da Fragata de Medusa, no século XIX, que, por um erro de navegação, levou à morte mais de 100 tripulantes. Durante os dias em que os sobreviventes ficaram à deriva, houveram diversos conflitos e, em dado momento, os que sobraram recorreram à carne humana. Não por opção ou gosto pessoal, mas sim pela falta de perspectiva de serem salvos e para não morrerem por inanição, como o exemplo anterior.

O que o povo esquece, a arte retoma: a antropofagia para Oswald de Andrade

O resgate do antropofagismo no meio artístico aconteceu durante os anos, mas nada comparado ao movimento antropofágico, inaugurado pelo Manifesto Antropofágico e criado por Oswald de Andrade. A ideia surgiu quando foi presenteado por Tarsila do Amaral, que viria a ser sua esposa, com o quadro “Abaporu”, de 1928. O nome, inclusive, foi escolhido por ele. “Oswald que retoma toda essa história. O indígena já tinha sido retomado com o indianismo, só que de forma romanceada, idealizada e vendo o índio não canibal. O Guarani e a Iracema são muito idealizados”, diz Manoel Canada, artista e professor de arte latino-americana no curso de Arte: história, crítica e curadoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

Oswald de Andrade, portanto, se apropria da palavra e da cultura antropofágica de alguns povos indígenas para criar algo diferente. O propósito do movimento era consumir a cultura europeia, vigente no momento, e colocar para fora aquilo que foi digerido. Assim, cria-se uma nova cultura, uma nova produção artística a partir da alteridade do outro. “Abaporu significa homem que come: os artistas antropofagistas não estavam apenas se alimentando de uma cultura europeia, em especial a francesa, mas a estavam digerindo. Digerindo e vomitando”, complementa o professor. 

Como eram os rituais de antropofagia?

Retrato de ritual antropofágico, Hans Staden [Imagem: Reprodução / Wikimedia Commons]

*Imagem de Capa: Gravura de Théodore de Bry, 1562 [Imagem: Reprodução/ Picryl]

Como era o ritual de antropofagia?

O ritual antropofágico é um dos costumes indígenas, que mais causaram espanto e pertubação entre os colonizadores portugueses. Ele era praticado amplamente pelos chamados tupinambás e outros grupos tupis-guaranis; e, consistia basicamente em consumir carne humana.

Quais povos praticavam a antropofagia?

Entre as tribos indígenas que viviam no Brasil na época do início da colonização portuguesa, no século XVI, os tupinambás ficaram conhecidos amplamente por uma característica peculiar: a antropofagia, isto é, o ato de comer carne humana, também denominado canibalismo.

Como os europeus representaram os rituais de antropofagia?

Entre tais obras, a imagem da antropofagia indígena recebeu grande destaque por chocar o europeu através de rituais vistos como cruéis e selvagens, evocando o imaginário a respeito da bruxaria e suas alianças com o demoníaco.

O que é antropofagia na cultura indígena?

Antropofagia é o ato de alimentar-se de carne humana, praticado através de um ritual de sacrifício. O costume era característico da sociedade Tupi-guarani. sociedades indígenas no Brasil.