Como a descoberta do sistema Rh influência na compatibilidade nas transfusões sanguíneas explique?

Os exercícios sobre fator Rh são uma boa forma de testar seus conhecimentos sobre esse fator presente no sangue de algumas pessoas. Publicado por: Vanessa Sardinha dos Santos

O fator Rh está relacionado a um problema grave conhecido como eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido, na qual anticorpos produzidos pela mãe atravessam a placenta e agem contra as hemácias do feto. Sobre esse problema, marque a alternativa correta:

a) Na eritroblastose fetal, a mãe é Rh negativo, assim como o pai da criança.

b) A eritroblastose fetal ocorre apenas em mulher Rh positivo.

c) A eritroblastose fetal só acontece em mulheres previamente sensibilizadas.

d) A eritroblastose fetal pode ser prevenida com a aplicação de sangue Rh positivo na mãe logo após o parto da segunda criança positiva.

e) A eritroblastose fetal ocorre apenas em filhos Rh negativos.

O fator Rh é condicionado por dois alelos que possuem dominância completa. O R é dominante e determina o sangue Rh positivo, enquanto o r é recessivo e determina o sangue Rh negativo. Diante dessa afirmação, marque a alternativa incorreta.

a) Pais Rh negativo terão filhos apenas Rh negativos.

b) Pais Rh positivos não podem ter filhos negativos.

c) O indivíduo heterozigoto é Rh positivo.

d) Pai homozigoto dominante e mãe homozigota recessiva sempre terão filhos Rh positivo.

e) Pais homozigotos dominantes só terão filhos Rh positivos.

Imagine que uma mulher Rh positiva heterozigota para essa característica tenha um filho com um homem Rh negativo. Qual a probabilidade de nascer uma criança Rh positiva?

a) 0%

b) 25%

c) 50%

d) 75%

e) 100%

(UEPB) Analise as proposições abaixo, referentes à eritroblastose fetal (DHRN).

I. É condição para sua ocorrência a incompatibilidade sanguínea para o Sistema D (Rh) entre os parentais, sendo a mãe Rh– e o pai Rh+.

II. É necessário que a mãe esteja previamente sensibilizada para que a DHRN venha a se manifestar.

III. Em casal em que a mulher é dd e o homem é Dd, a probabilidade de manifestação da doença na 1ª gestação, considerando-se que a mulher não tenha recebido transfusão de sangue de tipo Rh+, é de 50%.

IV. Em casais em que a mulher é Rh– e o homem Rh+, não estando a mulher previamente sensibilizada, o(a) primeiro(a) filho(a) Rh+ não manifestará DHRN, pois durante a gestação não ocorre contato entre o sangue da mãe e do nascituro.

Estão corretas apenas as proposições:

a) II, III e IV.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) I e III.

e) II e IV.

(FCMSCSP) Um casal de sangue Rh positivo, cujo genótipo é Rr, tem três filhos também Rh positivo. A probabilidade de o quarto filho desse casal ter o mesmo fenótipo dos pais e dos irmãos é:

a) Nula

b) 25%

c) 50%

d) 75%

e) 100%

respostas

Alternativa “c”. Para que ocorra a produção de anticorpos anti-Rh, é necessário o contato prévio de uma pessoa Rh negativo com sangue positivo. Sendo assim, em uma primeira gestação não ocorre a eritroblastose.

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Alternativa “b”. Pais Rh positivos podem ser heterozigotos (Dd) e, portanto, podem ter filhos Rh negativos.

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Alternativa “c”. O cruzamento será feito entre uma mulher Rr e um homem rr. Com isso, temos os seguintes possíveis genótipos: Rr, Rr, rr, rr. Os filhos com Rh positivo são aqueles que apresentam o alelo R, o qual é dominante e determina essa característica. Assim, podemos concluir que a probabilidade de filhos Rh positivo é de 50%.

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Alternativa “b”. A alternativa III está incorreta, pois na primeira gestação não ocorre a eritroblastose, como explicado na alternativa IV.

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Alternativa “d”. Os pais são Rr – logo, do cruzamento entre Rr x Rr, são esperados os seguintes genótipos: RR, Rr, Rr, rr. Como R é dominante, a probabilidade de um filho nascer Rh positivo é de 75%.

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Como a descoberta do sistema Rh influência na compatibilidade nas transfusões sanguíneas explique?

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Quando os grupos sanguíneos da gestante e do feto são incompatíveis, o organismo materno produz anticorpos e prejudica a saúde do bebê. A eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido, pode ser prevenida quando a mulher faz um simples exame de sangue durante o pré-natal.

A incompatibilidade ocorre quando o feto herda do pai um fator sanguíneo que não está presente na mãe. Como o organismo materno é incompatível com substâncias presentes no organismo do bebê, produz uma resposta autoimune e ataca a criança. Nos casos mais extremos, a doença pode causar a morte do recém-nascido.

Os grupos sanguíneos

Para entender a eritroblastose fetal, é preciso conhecer a dinâmica entre os diferentes grupos sanguíneos. Há dois fatores que definem os tipos sanguíneos dos seres humanos: o Sistema ABO e o Fator Rh. O sistema ABO classifica o sangue em A, B, AB e O. Já o fator Rh é um grupo de antígenos que determina se o sangue possui o Rh negativo ou positivo.

O tipo sanguíneo é determinado pela presença ou ausência das substâncias aglutinogênios. O indivíduo que apresenta aglutinogênio A tem sangue A, enquanto o que apresenta aglutinogênio B tem sangue B. Quem apresenta os dois tem sangue AB, enquanto quem não apresenta nenhum tem sangue O.

O indivíduo que não apresenta os aglutinogênios no sangue produz substâncias chamadas aglutininas anti-A e anti-B. Elas funcionam como anticorpos que reagem à presença de elementos estranhos. Portanto, o indivíduo que tem sangue B não pode receber transfusão sanguínea de uma pessoa que tem sangue A e vice-versa. O tipo sanguíneo O só recebe do tipo O, pois possui tanto a aglutinina anti-A quanto a anti-B. Já o tipo sanguíneo AB recebe de todos eles.

O mesmo vale para o fator Rh. Os indivíduos Rh positivo possuem o fator Rh em suas hemácias e podem receber transfusões sanguíneas tanto do indivíduo Rh positivo, quanto do Rh negativo. Já a pessoa que tem Rh negativo recebe apenas de Rh negativo.

Como ocorre a eritroblastose fetal

Na eritroblastose fetal, o organismo materno reage de forma similar a uma transfusão de sangue malsucedida. Pode estar relacionada tanto à incompatibilidade do sistema ABO, quanto à incompatibilidade do fator Rh. O sistema Rh é responsável pela forma mais grave da doença, que pode ocorrer quando uma mulher Rh negativa concebe um feto Rh positivo.

A sensibilização do sistema imune da mãe ocorre quando os glóbulos vermelhos do feto carregam o fator Rh, atravessam a barreira placentária e entram na corrente sanguínea da gestante. Eles estimulam a produção de anticorpos que podem atravessar a placenta e atingir a circulação fetal, quebrando os glóbulos vermelhos do bebê.

Na primeira gestação, é raro que o organismo da mãe se sensibilize e gere uma resposta agressiva, pois a quantidade de antígeno Rh fetal que entra na circulação materna é baixa. Mas durante o trabalho de parto, o corpo da gestante fica mais exposto e a sensibilidade aumenta. Em uma próxima gravidez, o risco de desenvolver a doença é bem maior caso o tipo sanguíneo do feto também seja incompatível. Por isso, a eritroblastose fetal é mais comum na segunda gestação.

Principais sintomas da eritroblastose fetal

A eritroblastose fetal traz consequências para o bebê. Na forma mais suave, manifesta-se apenas como uma anemia sem outras complicações. Outros sintomas são icterícia, fígado e baço alargados

A forma mais grave da doença se caracteriza por insuficiência cardíaca e pelo acúmulo de líquidos corporais, causando edemas na pele. Perda auditiva e atraso mental são outras consequências. Em casos raros, o bebê pode morrer.

Como prevenir a eritroblastose fetal

Durante o pré-natal, a gestante deve fazer exame de sangue para descobrir qual seu tipo sanguíneo. O pai também deve ser testado. Além disso, é possível testar as hemácias fetais presentes na corrente sanguínea da mãe, para prever qual será o tipo sanguíneo do bebê.

Muitos procedimentos estão disponíveis para evitar as consequências. Se o feto estiver em risco de desenvolver a doença, o médico utiliza uma técnica chamada amniocentese para medir as concentrações de bilirrubina (que ficam elevadas em casos graves) e prever a gravidade da doença. Se os níveis estiverem altos, pode-se administrar transfusões intra-uterinas de sangue RH negativo para o bebê ou acelerar a data do parto. Também há a possibilidade de ministrar a imunoglobulina Rh na mãe. Essas medidas são bastante eficazes e podem eliminar quaisquer complicações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Encyclopædia Britannica (“Erystroblastosis fetalis”)
Programa de Educação Tutorial (“Doença hemofílica do recém-nascido”)

Como a descoberta do sistema Rh influenciou na compatibilidade nas transfusões sanguíneas explique?

A descoberta do sistema Rh foi essencial para o desenvolvimento de pesquisas sobre transfusões de sangue, uma vez que esse processo, quando se baseava apenas no sistema ABO, apresentava falhas. A partir dessa descoberta, o sangue passou a ser testado também para o sistema Rh.

Como o fator Rh pode interferir nas transfusões sanguíneas?

Em transfusões, além do sistema ABO, também é analisado o sistema Rh, onde indivíduos Rh- podem doar sangue tanto para pessoas Rh- quanto para os RH+. Já o RH+ somente pode doar para outro RH+. Considerando esses dois sistemas, os indivíduos do tipo ORh-, são considerados doadores universais.

Qual a importância da tipagem sanguínea para as transfusões sanguíneas?

A tipagem sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do paciente para identificar a qual grupo sanguíneo ele pertence. Além de facilitar na hora do atendimento, também é importantíssimo saber o tipo sanguíneo para doações de sangue, transfusões e para o período gestacional.

Como foi descoberto o sistema Rh qual sua importância?

Essa descoberta se deu a partir de pesquisas feitas com macacos do gênero Rhesus. Durante as pesquisas, os médicos observaram que quando o sangue do macaco era colocado em contato com amostras de sangue humano, 85% dessas amostras se aglutinavam, enquanto que nos 15% restante não ocorria nada.