Como a contabilidade gerencial apoia a tomada de decisão interna?

INTRODUÇÃO

Devido às altas oscilações do mercado brasileiro, surge à necessidade de uma gestão cada vez mais profissionalizada, nesse intuito ressaltamos a importância de uma contabilidade gerencial eficiente na elaboração de informações para as tomadas de decisões dos gestores empresariais.

Diante dessas dificuldades a contratação de profissionais da área de Contabilidade Gerencial vem crescendo significativamente na última década. Sendo assim, esse profissional, deve ter um vasto e amplo conhecimento da contabilidade gerencial, como também das demais áreas gerenciais.

Este trabalho tem como escopo propor ao gestor da empresa estudada, uma forma de proporcionar o aperfeiçoamento dos relatórios informativos de maneira que venha a melhorar o nível de informações, construindo assim os resultados.

DELIMITAÇÃO DO TEMA

Este estudo visa contribuir com gestores empresariais nos momentos decisórios, por meios de ferramentas gerenciais eficazes e de fácil entendimento, objetivando a implantação e aplicação na gestão empresarial.

Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é apresentar um estudo sobre a influência da contabilidade gerencial na gestão empresarial.

Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho visam:

a)       Realizar um estudo sobre o tema proposto e assuntos vinculados ao objetivo do trabalho;

b)       Gerar informações relevantes junto ao gestor empresarial, e o levantamento sobre as suas reais necessidades e grau de relevância dos controles no processo decisórios;

c)        Fornecer aos Gestores ferramentas capaz de gerar controles eficazes e também ampliação e modernização dos controles existente na gestão empresarial.

JUSTIFICATIVA

Devido às constantes variações do mercado mundial e o alto número de concorrentes no cenário brasileiro, gerou-se aos empresários brasileiros a necessidade de buscar mecanismos gerenciais eficazes no processo de gestão empresarial, por isso a busca incessante por auxílio de profissionais capacitados tornou-se fundamental, para que juntos torne a empresa mais competitiva nesse cenário.

Com este intuito o profissional da área contábil com vasto conhecimento na área da contabilidade gerencial, tendo uma grande influência perante o gestor em apoio no processo decisório. Esse trabalho tem como objetivo o crescimento profissional do acadêmico, quanto do gestor do empreendimento, tornando assim uma parceria de grande relevância para a empresa.

Ressalta-se ainda, contribuir com os empresários de outros seguimentos, com informações que auxiliem em melhorias do processo administrativo e organizacional e econômico de suas empresas.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Como se pode configurar a influência da contabilidade gerencial na gestão empresarial ?

 REFERENCIAL TEÓRICO

Contabilidade Gerencial surge como uma ferramenta indispensável para a gestão empresarial, por isso os gestores se convenceram da importância das informações contábeis, pois é através dela que pode-se analisar e avaliar o andamento de sua empresa, como também corrigir os desvios ocorridos em relação ao planejado.

CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA 

A contabilidade gerencial nasceu para atender as necessidades dos gestores empresariais por meios da utilização de sua informação com o objetivo de ser mais competitivo no mercado em relação aos seus concorrentes, pois munido de informações reais as tomadas de decisões são mais prudentes e eficazes.

Segundo Comunelo (.....):

Contabilidade Gerencial é o ramo da Contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltado para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informação gerencial.

Pois segundo dados estatísticos, o alto índice de fechamento das micro e pequenas empresas devem-se por falta de uma contabilidade gerencial eficaz em apoio aos gestores no processo de tomada de decisão.

Nesse contexto, gestores e administradores visam tomar decisões de forma mais seguras e preventivas, buscam apoiar-se na contabilidade gerencial como um diferencial e propósito por ser mais competitivo, visando o crescimento econômico empresarial.

Com a atuação da Contabilidade gerencial é possível analisar e mensurar todas as informações antecedendo o processo decisório, e também a situação da economia e das finanças da empresa.

Com a implantação da contabilidade gerencial no processo de tomada de decisão tornará mais compreensivo para os gestores todas as informações geradas pelo sistema contábil da empresa, possibilitando ao gestor que adquira uma nova concepção da contabilidade, aliando todos os sistemas informativos da empresa de maneira que ofereça suporte no processo de gerenciamento da empresa.

Neste contexto é importante ressaltar a contribuição da contabilidade gerencial na elaboração de planejamentos futuros da empresa, pois é por meio da utilização das informações relevantes geradas pela escrituração contábil, que não podem ser desperdiçadas, ou até mesmo como restrita ao fisco.

A EMPRESA

Qualquer instituição seja ela de prestação de serviços ou que transforme matéria-prima em produtos, desde que seja para atender as necessidades da sociedade, pode ser considerada uma empresa, não importando sua finalidade econômica.

Essas instituições existentes em nosso país necessitam de recursos fundamentais para poder desenvolver suas atividades econômicas. Entre os principais recursos necessários destacam-se os recursos financeiros, humanos e materiais, que são avaliados por intermédio de sua falta ou não em determinadas épocas.

Missão da Empresa

A missão de uma empresa deve estar voltada em oferecer produtos ou em prestar serviços para atender as necessidades de seus clientes. A missão deve ser específica e definida de maneira que venha melhorar e contribuir para o desenvolvimento da empresa.

Para Peres Junior, Pestana e Franco (1997, p. 42):

A missão deve refletir uma preocupação fundamental com as necessidades do mercado, permitindo a empresa adaptar-se rapidamente às suas exigências e oferecer produtos a preços competitivos e com uma rentabilidade adequada.

Também a empresa pode definir em sua missão quais os limites e a área de atuação, mercado alvo e quem serão seus clientes, visando ser competitiva, promovendo o crescimento de seus produtos ou serviços prestados, pois é por meio deles que a empresa satisfaz as necessidades de seus clientes e consegue atingir os objetivos empresariais.

Empresa Como Sistema Aberto

A empresa busca no ambiente externo todos os recursos necessários para o desenvolvimento de suas atividades. Com esse o objetivo de proporcionar à sociedade produtos ou serviços de maneira a atender suas necessidades. É por meio da utilização de recursos materiais, humanos e tecnológicos, que resultam benefícios à sociedade, através da geração de empregos, cumprindo dessa maneira o seu papel de empresa perante a sociedade.

Na perspectiva de Nakagawa (1993, p. 24):

A empresa vista como um sistema aberto, que se encontra em constante interação com todos seus ambientes, implica na ideia de que o sistema importa recursos tais como; recursos materiais, humanos, tecnológicos, financeiros, após serem processados e transformados em produtos ou serviços, serão exportados para o ambiente externo da empresa disponibilizados no mercado.

Mas como a empresa está inserida em um sistema aberto, vive constantemente passando por processos de mudanças. Sendo assim, a empresa fica inteiramente sensível às variações do ambiente, interferindo diretamente ou indiretamente em seus objetivos a ser alcançados.

O sistema aberto no decorrer do processamento dos recursos que a empresa transforma o que absorveu no ambiente externo em produção, depois de terminado o processo a empresa coloca seus produtos ou seus serviços novamente no ambiente externo para atender as necessidades dos consumidores.

Um dos pontos decisivos do sistema aberto, é que a empresa depende da interação com o ambiente externo e a capacitação de seus recursos, para poder atingir seus objetivos, de forma que garanta sua sustentabilidade e sua continuidade empresarial.

Subsistemas Empresariais

A empresa é constituída através da ação do homem, que utiliza de suas forças para buscar o crescimento de suas riquezas empresariais. Para isso, utiliza-se dos mais diferentes tipos de recursos disponíveis no ambiente externo com o objetivo de aumentar seu patrimônio.

Nesse contexto, é importante ressaltar a atuação marcante do homem, nos mais diferentes subsistemas empresariais que abrangem o sistema empresa, pois é por meio da sua interação que os objetivos da empresa podem ser alcançados.

Segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 22 a 25), os subsistemas empresariais são:

a)  subsistema institucional - uma empresa nasce a partir da necessidade ou do desejo de um ou mais indivíduos que tem expectativas a serem atingidas e que, por isso, se dispõem a investir em um empreendimento.

b)  subsistema organizacional ou formal - diz respeito à forma como a empresa está organizada, ou seja, como são agrupadas suas diversas atividades, o tipo de estrutura utilizada.

c)  subsistema de gestão - é caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle que perfaz o processo decisório de uma empresa.

d)  subsistema de informação - é um sistema que coleta e processa os dados, gerando informações que atendam as necessidades de seus usuários.

e)  subsistema físico-operacional - constitui-se no conjunto de elementos físicos e também de pessoas necessárias ao processo de operacionalização.

f)   subsistema sócio-psico-cultural - refere-se ao conjunto de pessoas que formam a empresa em todos os seus escalões, com todas as variáveis associadas aos indivíduos de forma isolada ou em grupos.

É importante destacar a importância de todos os subsistemas empresariais, pois cada um abrange um determinado conhecimento em benefício uns dos outros, mas a falta de um dos subsistemas extingue imediatamente os demais.

GESTÃO

Segundo Mosimann e Fisch (1999, p.28) para entender o conceito de gestão empresarial requer: “o conhecimento da etimologia da palavra gestão, a qual deriva do latin “gestione”, que quer dizer ato de gerir, gerência, administração”. Portanto, gestão e administração são sinônimas.

A gestão empresarial resume-se num conjunto de atividades desempenhadas com a finalidade de administrar as operações desenvolvidas pela empresa como também direcioná-la na busca para alcançar seus objetivos. A gestão empresarial se encarrega de organizar e gerenciar os trabalhadores no cumprimento de suas metas.

Compete ainda à gestão empresarial, analisar e avaliar o cenário que a empresa se encontra e a real situação do mercado, com objetivo de desenvolver mecanismos, por meio das informações geradas pela empresa para melhorar os resultados econômicos.

Modelo de Gestão

Atualmente devido ao alto grau de concorrência nota-se que cada empresa tem suas características próprias no estilo de gerenciar seus negócios, algumas deixam bem evidentes as suas preocupações no que diz respeito a sua posição no mercado.

Nesse cenário, é fácil notar as grandes diferenças entre as empresas, pois cada uma tem um ponto de vista em relação às técnicas de gestão, como também as suas necessidades de utilizarem os recursos humanos no processo da organização do negócio, como também o seu posicionamento em relação aos problemas.

Os motivos dos mais diferentes tipos de posicionamentos de cada instituição são baseados, na cultura e confiança e também nas probabilidades de crescimento da empresa, onde os empresários e seus administradores definem as metas básicas da empresa e de seu modelo de gestão.

Figueiredo e Caggiano (1997, p.30) assim definem o modelo de gestão:

Um modelo de gestão poderia ser definido como um conjunto de princípios e definições que decorrem de crenças específicas e traduzem o conjunto de ideias, crenças e valores dos principais executivos, impactando assim todos os demais subsistemas empresariais, é em síntese, um grande modelo de controle, pois nele são definidas as diretrizes de como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de como a empresa vai ser administrada.

O modelo de gestão muda de acordo com as características de cada gestor, mas essas mudanças em algumas vezes não é definitiva, gerando algumas vezes, conflitos e confusões entre os gestores, ocorrendo muitas vezes tomadas de decisões que não estão nos objetivos da empresa.

Processo de Gestão

O processo de gestão apóia-se basicamente no modelo de gestão de cada instituição, adequando-se as mais diferentes formas para atender suas necessidades e aos fatos da empresa. Sendo assim, o processo de gestão fica susceptível a qualquer alteração dos objetivos da empresa.

Neste contexto, o processo de gestão deve proporcionar uma ferramenta de apoio para as decisões provenientes dos atos dos gestores, devendo sempre garantir a eficácia das decisões que foram tomadas pelos administradores da empresa, e que com isso cumpra os seus objetivos de tal forma que propicie a continuidade empresarial.

Os gestores têm um papel muito importante no processo de decisão, pois se reserva a eles a competência de resolver os problemas, como também sua importância nas decisões provenientes da empresa se responsabilizando pela destinação das verbas, empréstimos. Sendo assim, as atividades desenvolvidas pelos gestores devem sempre visar resultados essenciais para a empresa, alcançados por intermédio de um processo dinâmico indispensável.

Nesse sentido, Figueiredo e Caggiano (1997, p.32) atribuem que “o processo de gestão serve como suporte ao processo decisório, idealizado por meio das seguintes fases: planejamento, execução e controle”.

2.2.2.1 Planejamento

Planejamento é uma das mais importantes funções do processo de gestão, sendo uma das ferramentas fundamentais para determinar o sucesso de todos os processos empresariais, caracterizado por tomadas de decisões presentes, mas avistando e avaliando as conseqüências futuras. Sua função é assegurar o aprimoramento na qualidade do processo decisório, já que abrange atentamente todos os fatos relevantes no processo de gestão empresarial.

a) analisar a situação atual dos negócios para descobrir como está sua empresa, tanto internamente, como em relação ao mercado. Essa etapa é fundamental, já que é o alicerce do restante do planejamento;

b) determinar os objetivos e definir com clareza aquilo que pretendemos atingir. Quanto mais detalhadamente descrevermos nossos objetivos, mais fácil será alcançá-los;

c) identificar o público com quem iremos lidar. Para aumentar sua produção, por exemplo, é preciso repensar nossa maneira de agir levando em conta todas as pessoas envolvidas nesse processo;

d) definir estratégias e pôr no papel como iremos de fato alcançar nossos objetivos. Após saber onde estamos, onde queremos chegar e com quem iremos lidar, é hora de traçar o caminho a ser seguido;

e) estabelecer recursos para sabermos o que temos à nossa disposição para a concretização de nosso projeto. Nesse ponto, é importante levantar dados sobre os recursos financeiros, materiais e, sobretudo, humanos;

f) implementar e operacionalizar as estratégias definidas anteriormente, ou seja, dar vida ao projeto. Com base nas informações levantadas nas outras fases, é chegada a hora de “colocar a mão na massa”;

g) controle a avaliação é a fase em que levantamos todos os pontos positivos, os negativos e o quanto de nossos objetivos iniciais foram alcançados. Esse feedback vai servir como uma bússola, para nortear os próximos passos da empresa.

É importante ressaltar a importância de cada um desses passos da metodologia do planejamento, pois cada um deles nos mostra claramente as informações oportunas para o processo de tomadas de decisões no ambiente empresarial.

Para atender essa demanda é importante ressaltar a importância de um sistema de informação, devido o alto nível contínuo de informações sobre as condições do mercado e os fatores que afetam o crescimento empresarial. É primordial que os gestores tenham uma capacidade de absorver e assimilar todas as informações com a finalidade de aprimorar todo o seu conhecimento sobre o processo de gestão.

Execução

Execução é a fase onde tudo acontece, ou seja, é a fase onde se executam as estratégias em conformidade com o que foi planejado, visando os resultados.

A execução de maneira geral abrange todas as partes da empresa, tanto no processo de fabricação de bens, como também na execução de serviços tais como: escritórios, almoxarifados e também nos serviços complementares como a contabilidade, vendas.

Segundo Mosimann e Fisch (1999, p.37):

Existe a execução do próprio planejamento da empresa ou de uma área que consiste na etapa de quando o planejamento está sendo elaborado realmente. Assim, observa-se: o planejamento, a execução e o controle do planejamento; o planejamento, a execução e o controle da execução; e o planejamento, a execução e o controle do próprio controle.

A partir desse raciocínio, pode-se dizer que as três fases, o planejamento, execução e o controle do processo de gestão estão incluídos em cada fase do processo de gestão. Todas as fases do processo de gestão devem estar apoiadas por um sistema de informação tanto para o planejamento como também para o controle, já na área de execução o sistema de informação servirá como armazenamento dos dados para avaliações futuras de desempenho como também para emissão de relatórios.

Controle

As constantes mudanças no cenário global aliada ao crescimento das empresas, de um modo geral, têm obrigado os gestores a utilizar o sistema de controle como forma de verificação dos resultados, e também como forma de avaliar os possíveis desvios ocorridos nas metas traçadas pela empresa em cumprimento ao que foi planejado.

A definição de controle feita por Pereira (1996, p. 140) denota que:

O controle é o processo pelo qual a organização planeja, executa e controla os planos e políticas de gestão, envolvendo o monitoramento, a mensuração e a correção de desvios das atividades operacionais em relação ao planejado, com fim de assegurar que os objetivos sejam alcançados em todas as áreas de responsabilidade. 

No decorrer dos últimos anos, o processo de gestão vem sofrendo várias mudanças, entre elas a separação da função de controle antes exercida pelos gestores, agora passa a ser desempenhada por uma pessoa ou departamento e atribuído a eles as responsabilidades, os poderes e os deveres da função do controle, com a finalidade da prestar as devidas informações aos superiores e patrões para atender as necessidades decisórias.

Avaliando o grau de importância da tomada de decisões no sistema empresarial, é relevante ressaltar que a continuidade da empresa depende do sucesso e da eficácia dessas decisões, devendo estar profundamente integradas com o processo de controle.

Nesse contexto é importante ressaltar que o processo de controle realizado por uma pessoa ou departamento afeta diretamente ou indiretamente as ações dos gestores na busca dos objetivos empresariais.

Orçamento

O sistema orçamentário é uma ferramenta informativa onde se determina os gastos no desenvolvimento de uma atividade, objetivando orientar os administradores nas tomadas de decisões, com vistas a alcançar os objetivos traçados pela empresa.

Segundo Peres Junior, Pestana e Franco (1997. p. 20):

O orçamento constitui a etapa final do processo de planejamento, aonde é feito o levantamento dos recursos necessários para que as metas propostas pela empresa, sejam elas de curto ou a longo prazo, sejam atingidas, através da alocação de recursos e da elaboração de um plano orçamentário.

Nesse contexto é importante ressaltar que o sistema orçamentário é um grande instrumento de apoio aos gestores no processo decisório. Por meio desse sistema, pode-se simular todos os recursos que serão necessários para o desenvolvimento de uma determinada atividade como também os possíveis índices de retorno para um determinado período de tempo.

Segundo Figueiredo e Caggiano (1997, p. 36) os objetivos do orçamento são:

O planejamento, a coordenação e o controle, a concentração dos esforços para orientar a execução das atividades e possibilitar a coordenação dos esforços das áreas e de todas as atividades que compõem a empresa e a otimização do resultado global da empresa, reduzindo os riscos operacionais, facilitando a identificação das causas dos desvios entre o planejado e o realizado, propiciando a implementação de ações corretivas.

Na etapa de elaboração do sistema orçamentário, cada departamento ficará responsável pela elaboração do seu próprio orçamento com a finalidade de alcançar seus próprios objetivos. Por intermédio da elaboração do sistema orçamentário, pode ser avaliados e acompanhados o desempenho de suas atividades em cumprimento dos objetivos empresariais.

CONTROLE COMO FASE DO PROCESSO DE GESTÃO

O controle na fase de processo de gestão contribui para a empresa por meio da comparação do que foi planejado com o que está sento executado, é uma forma de coordenar e corrigir os planos e objetivos traçados.

Catelli, Pereira e Vasconcelos (2001, p.146) destacam algumas etapas de desenvolvimento do controle: a)  Prever os resultados das decisões na forma de medidas de desempenho; b)  Reunir informações sobre o desempenho real; c)  Comparar o desenvolvimento real com o previsto; e d)  Verificar quando uma decisão foi deficiente e corrigir o procedimento que a produziu e suas conseqüências, quando possível.

 Sendo assim, o controle é de grande importância aos gestores, devido a apresentação dos objetivos alcançados e das correções das estratégias traçadas, como ainda tem a função avaliar o desempenho dos planejamentos almejados pela empresa.

Segundo Cassaro (1998, p.16), entende-se como controle o ato de: “avaliar o desempenho real frente ao previsto no planejamento, possibilitando a adoção de ações corretivas”, com isso deixa então bem claro a necessidade de um controle dentro de uma empresa, com a função de avaliar os planejamentos e efetuar as devidas correções necessárias.

Fiqueiredo e Caggiano (1997, p.27) destacam na função controlar:

Desenvolver e revisar constantemente os padrões de avaliação de desempenho para que sirvam como guias de orientação aos outros gestores no desempenho de suas funções, assegurando que o resultado real das atividades esteja em conformidade com os padrões estabelecidos.

Cada setor dentro de uma empresa tem a função de analisar se está sendo tudo executado conforme o que foi planejada, a função de controlar envolve a empresa como um todo, devido a importância das informações geradas por cada setor, para o sistema de informações emitir relatórios gerenciais de apoio aos gestores nos momentos de tomadas de decisões.        

Finalidades do Controle

O controle tem por finalidade confrontar tudo o que está sendo executado com o que foi planejado, para que tudo aconteça de uma maneira mais perfeita possível, procurando evitar qualquer tipo de desvio ou distorção do caminho que foi planejado.

Uma das funções primordial do controle é buscar resultados positivos para a empresa, procurando atingir o menor índice possível de desperdícios de recursos existentes.

Bio (1996) destaca o Controle Gerencial com os seguintes objetivos: a)  Comprovar a veracidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros ou operacionais; b)  Prevenir fraudes e, em caso de ocorrência das mesmas, possibilidades de descobri-las o mais rápido possível e determinar sua extensão; c)  Localizar erros e desperdícios, promovendo ao mesmo tempo a uniformidade e a correção ao registrarem-se as operações; d)  Estimular a eficiência do pessoal; e e)  Salvaguardar os ativos da empresa, dentre outros.

Mediante os objetivos citados acima pelo autor, nota-se que a função principal do controle é manter a perfeita ordem na empresa, fazendo com que tudo ocorra da melhor maneira possível, para que os planejamentos caminhem na mais perfeita ordem possível.

Aplicações do Controle

O grau de entendimento e conhecimento dos gestores deve ser consultado antes da execução de qualquer tipo de relatório gerencial.

Nem todo administrador ou gestor está preparado para receber informações em relatórios, por isso todo relatório deve ser elaborado para melhor compreensão possível dos seus usuários, as informações devem ser demonstradas com um foco de auxílio nas tomadas de decisões, buscando um cuidado de não confundir os receptores.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES

O sistema de informações surgiu para suprir as necessidades informativas dos gestores no processo de tomada de decisão, com vistas a melhorar os resultados da empresa. É por meio da utilização do sistema de informação que os gestores mantêm-se informados sobre o que está acontecendo em suas empresas e definem quais caminhos a empresa deve seguir.

Para Nakagawa (1993, p.62), a partir da implantação do sistema de informação, verificou-se os avanços na gestão empresarial:

A gestão da empresa passou a ser feita sob uma abordagem sistêmica e as próprias técnicas gerenciais obtiveram um avanço considerável, pois as informações passaram a ser tratadas como produto de um sistema planejado, de modo a torná-lo disponível de acordo com as necessidades de seus gerentes e desenvolve sistemas de informações, que suportam os processos de planejamento e controle dos gerentes, bem como os sistemas operacionais de gestão das atividades de produção da empresa.

O sistema de informação moderno utiliza-se de redes de computadores formadas por componentes físicos (hardwares), e programas (softwares), onde o ser humano tem um papel fundamental nesse processo, transformar os dados coletados em diversos tipos de informação de maneira que atenda as necessidades informativas do dia-a-dia.

Sistema de Informações Contábeis

No decorrer dos últimos anos com o avanço da economia e com o crescimento e expansão das empresas, destaca-se a importância de um sistema de informações contábeis, na qual sua atribuição de forma geral é de dar suporte informativo aos gestores no processo de tomada de decisão, pois são através da geração de informações seguras das reais condições da empresa, que se pode melhorar seus resultados.

Nesse contexto pode-se ressaltar que as informações são obtidas a partir das demonstrações geradas pelo sistema contábil, dentre elas destacam-se as seguintes: a) Balanço Patrimonial; b) Demonstração do Resultado do Exercício; c) Demonstração de Fluxo de Caixa; d) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; e) Demonstração do Valor Adicionado;

As informações geradas a partir dessas demonstrações podem influenciar de modo significativo os gestores no processo de tomada de decisão, e refletir diretamente nos resultados econômicos da empresa, tornando-a assim mais competitiva no mercado.

Sistema de Informações Gerenciais

Devido à globalização vem aumentando significadamente o número de empresas concorrentes no setor, pois antigamente as empresa só competiam com as empresa da mesma cidade, hoje as empresa competem com empresas de outras cidades, outros estados, e até mesmo com empresas de outros países. Devida a essa circunstância vem fazendo com que as empresas brasileiras busquem cada vez mais soluções e alternativas para poder sobreviver.

Para atender essa demanda pode-se destacar a ainda mais a utilização de um sistema de informações gerenciais, pois esse sistema se tornou indispensável para as empresa, pois auxilia os gestores no processo de tomada de decisão, para que as decisões assegurem melhores resultados econômicos para a empresa.

O sistema de informações gerenciais podem trazer os seguintes benefícios para as empresas: a) redução de custos nas operações. b) melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço. c) melhoria na produtividade. d) melhorias nos serviços realizados e oferecidos. e) melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de informações mais rápidas e precisas. f) estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão. g) fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões. h) melhoria na estrutura organizacional, para facilitar o fluxo de informações. i) melhoria na estrutura de poder, proporcionando maior poder para aqueles que entendem e controlam o sistema. j) redução do grau de centralização de decisões na empresa. l) melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos.  

Esses benefícios vêm ainda mais destacar a importância da utilização de um bom sistema de informações gerenciais por uma empresa, chegando ao ponto, se a empresa pretende dar continuidade aos seus negócios, necessita pensar significadamente em investir cada vez mais em um sistema de informações gerenciais.

A CONTROLADORIA

A Controladoria dentro da sua competência tem a finalidade de coordenar os esforços dos gestores no anseio de alcançar seus objetivos, gerando informações confiáveis e contribuindo com o processo de tomada de decisão do empreendimento.

Surgiu quando os gestores começaram a encontrar dificuldades em conciliar a gestão com as demais funções da contabilidade, entre os vários motivos que ocasionaram isso, se destacam as influências do governo que mudava constantemente a política econômica do Brasil, a busca por ser mais competitivo no mercado brasileiro, o aperfeiçoamento contínuo, e o crescimento dos resultados.

A partir desses objetivos a Controladoria aparece como uma forma mais aprimorada do sistema contábil no que diz respeito ao processo administrativo, e ferramentas mais eficientes aplicadas no controle gerencial, com o objetivo de proporcionar ao gestor um melhor gerenciamento empresarial.

Missão da Controladoria

Segundo Figueiredo e Caggiano (1997, p.26); “a missão da controladoria é zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global”.

A missão da Controladoria em sentido amplo busca melhorar cada vez mais os resultados obtidos pela empresa, para isso contribui com o aperfeiçoamento de cada setor da empresa, no anseio de que a empresa cresça de forma sustentável e caminhe em direção de seus objetivos.

Para isso é fundamental a interação entre o responsável pela Controladoria e os gestores, de forma que propicie a empresa condições favoráveis para o desenvolvimento de suas atividades, visando o crescimento econômico da empresa.   

A missão da Controladoria objetiva também assegurar que todos os departamentos da empresa tenham suas devidas responsabilidades, mas nunca esquecendo que cada departamento deve concentrar seus esforços no cumprimento de seus objetivos, mas focando sempre na missão global da empresa, com o objetivo de promover o crescimento empresarial sob uma abordagem contingencial.

Funções da Controladoria

A função da Controladoria em sentido amplo busca manter os gestores constantemente informados no processo de tomada de decisão, pois a ela gera e controla todas as informações resultantes das atividades desenvolvidas pela empresa.

É importante ressaltar as considerações feitas por Kanitz apud Mosimann e Fisch (1999, p.90) sobre algumas funções atribuídas para com a Controladoria: a) informação: compreendendo os sistemas contábeis e financeiros da empresa, sistema de pagamentos e recebimentos, folha de pagamento etc. b) motivação: referente aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento das pessoas diretamente atingidas. c) coordenação: visando centralizar as informações com vistas a aceitação de planos sob o ponto de vista econômico e a assessoria da direção da empresa, não somente alertando para situações desfavoráveis em algumas áreas mas também sugerindo soluções. d) avaliação: com intuito de interpretar fatos e avaliar resultados por centro de resultado, por área de responsabilidade e desempenho gerencial. e) planejamento: de forma a determinar se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e coordenados e se realmente poderão servir de base para uma avaliação posterior. f) acompanhamento: relativo à contínua verificação da evolução dos planos traçados para fins de correção de falhas ou revisão do planejamento.

Nesse contexto, Peres Junior, Pestana e Franco (1997, p. 36) reiteram dizendo que: “a função básica da Controladoria será garantir a perfeita realização do processo decisão-ação-informação-controle, acompanhando e controlando as atividades da empresa”.

Nesse sentido, a Controladoria busca o aperfeiçoamento dos resultados econômicos da empresa por meio das funções desempenhadas por ela, pois a partir do processo de controle gera as devidas informações para as decisões dos gestores, e também possibilita a correção de possíveis erros na trajetória das atividades desenvolvidas pela empresa.

Profissional da Controladoria

A função do controller vem crescendo firmemente no Brasil, abrindo novas áreas de atuação para os profissionais da contabilidade. Para exercer essa atividade é necessário que o profissional, além de um vasto conhecimento de contabilidade, tenha um bom nível de conhecimento de outras áreas.

Kanitz apud Figueiredo e Caggiano (1997, p. 29) afirma que;

Os controladores foram inicialmente recrutados entre os indivíduos das áreas de contabilidade e finanças das empresas, por possuírem, em função do cargo que ocupavam uma visão ampla da empresa, o que os habilita a enxergar as dificuldades como um todo e propor soluções gerais. Além disso, as informações que chegam ao controller são predominantemente de natureza quantitativa, físicas, monetárias, ou ambas.

Nesse contexto, é importante ressaltar que o profissional controller dentro de suas atribuições é o encarregado pelo departamento de Controladoria, como também é responsável pelo gerenciamento de informações com objetivo de manter os administradores da empresa inteiramente informados sobre quais caminhos a empresa deve seguir na busca dos seus objetivos.

Para que o profissional controller tenha sucesso no desempenho de sua função, Figueiredo e Caggiano (1997, p. 29) indicam que são necessários os seguintes requisitos: a) um bom conhecimento do ramo de atividade ao qual a empresa faz parte, assim como dos problemas que afetam o setor. b) um conhecimento da história da empresa e uma identificação com seus objetivos, suas metas e suas políticas, assim como com seus problemas básicos e suas possibilidades estratégicas. c) habilidade para analisar dados contábeis e estatísticos que são a base direcionadora de sua ação e conhecimento de informática suficiente para propor modelos de aglutinação e simulação das diversas combinações de dados. d) habilidade para expressar-se oralmente e por escrito e profundo conhecimento dos princípios contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado empresarial.

 Nessa linha de raciocínio, Peres Junior, Pestana e Franco (1997, p. 36) entendem que as principais responsabilidades do controller são: a) a organização de um adequado sistema de informações gerenciais que permita a administração conhecer os fatos ocorridos e os resultados obtidos com as atividades; b) a comparação permanente entre o desempenho esperado e o real; c) a classificação das variações entre variações de estimativa e de desempenho; d) a identificação das causas e dos responsáveis pelas variações; e)   a apresentação de recomendações para a adoção de medidas corretivas.

 É importante destacar o papel desse profissional na empresa, pois é a partir do seu ponto de vista e raciocínio que as decisões dos gestores são tomadas, sendo assim, tem grande influência no sucesso ou fracasso de uma empresa.

RELATÓRIOS CONTÁBEIS GERENCIAIS

Entende-se como relatório gerencial, aqueles que diferenciam-se dos relatórios contábeis padronizados e exigidos pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os relatórios contábeis gerenciais são elaborados de uma maneira estruturada para somente utilização interna na empresa, com o objetivo de suprir as necessidades de alternativas de tomadas de decisões para os gestores.

Segundo Oliveira (1999, p.181) os relatórios gerenciais são: “os documentos que consolidam, de forma estruturada, as informações para o tomador de decisões”.

Nos momentos de decisões dos gestores, os relatórios são de grande importância, devido a variedade de alternativas de tomadas de decisões que podem ser transmitidas por eles.

Por intermédio dos dados existentes na contabilidade é possível gerar diversos tipos de relatórios, alguns são próprios da Contabilidade Gerencial como o Relatório de Fluxo de Caixa, que apresenta as mutações do Caixa e o saldo existente após as operações em um determinado período, relatório este essencial nos momentos de tomadas de decisões e de grande importância para controlar e manter o equilíbrio das empresas. É possível ainda realizar uma conciliação entre o caixa e o lucro líquido de um exercício.

Outro relatório próprio da Contabilidade Gerencial é o de Orçamentos Periódicos, relatório que serve de base para avaliações e controle das atividades que estão sendo executadas.

Todavia os orçamentos periódicos têm a função principal de fornecer aos gestores informações e planos de execução de atividades futuras.

Os gestores utilizam os relatórios gerenciais para analisar as alternativas dispostas para tomar decisões de resultados positivos nas empresas, por isso devem ser elaborados de fácil entendimento dos gestores.

Relatórios Contábeis

Os relatórios contábeis são de exigidos pelas Normas Brasileiras de Contabilidades, servem exclusivamente para divulgação externa, como, fornecedores, acionistas, governo e bancos. As demonstrações contábeis são: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA, Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL.

A demonstração contábil Balanço Patrimonial é elaborada pelo contador responsável pelos lançamentos das mutações existidas em um determinado período, é demonstrado nela os valores quantitativos dos bens patrimoniais, direitos adquiridos e obrigações existentes.

As demais demonstrações são elaboradas mediante as entradas e saídas de um período, lucros ou prejuízos de um exercício, origens e aplicações de recursos e mutações do Patrimônio Líquido.

Além das demonstrações contábeis exigidas, é obrigatório também a publicação das notas explicativas. Braga (1989, p.39) diz que as demonstrações contábeis: “devem ser publicadas junto com notas explicativas necessárias para o esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados obtidos”.

AVALIAÇÃO DE RESULTADO E DE DESEMPENHO

Para verificar o resultado e desempenho de tudo que foi planejado é necessário que as empresas façam avaliação dos resultados alcançados por meio dos relatórios gerenciais apresentados pelo sistema de controle gerencial.

Segundo Pereira (2001, p.221): “a avaliação de desempenho, integra-se ao processo de gestão empresarial, visando atender as necessidades específicas das fases de planejamento, execução e controle das atividades empresariais”, portanto é essencial que seja efetuada a avaliação de desempenho, mediante relatórios contábeis e gerenciais, sempre com o objetivo de alcançar melhorias para a empresa e lucros nas atividades executadas.

METODOLOGIA

A presente pesquisa trabalha informações de estrutura qualitativa que é influenciada pelas transformações geradas pela filosofia mediando experiências das necessidades sociais. Neste trabalho utiliza-se pesquisa bibliográfica e estudo de caso qualitativo com a finalidade de fundamentar cientificamente as dificuldades administrativas encontradas em uma empresa.

Segundo Galliano (1996, p.102):

A metodologia científica é a disciplina que confere os caminhos necessários para o auto-aprendizado em que o aluno é sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar o conhecimento obtido, pois é um procedimento formal com método e se constitui no caminho para se conhecer a realidade.

No procedimento didático serão realizadas leituras e interpretações de textos sobre o assunto, retirando as idéias mais importantes dos autores, com objetivo de ampliar os conhecimentos e o aprofundamento do estudo. De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p.15):

Ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos é obtida através de leitura, que possibilita não só a ampliação, mas o aprofundamento do saber em determinado campo cultural ou científico.

A pesquisa bibliográfica será utilizada de maneira a fundamentar cientificamente os conteúdos aqui expressos, e também contribuirá nas coletas de dados das mais diferentes fontes, sejam elas por meio do intermédio de observações, entrevistas ou materiais informativos.

A pesquisa bibliográfica segundo Marconi e Lakatos (2001, p.43-44) “trata-se de um levantamento de toda bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita”.

O método de Estudo de Caso também será empregado já que tem como objetivo o estudo constante dos fatos, onde são consideradas e analisadas todas as informações e hipóteses do tema escolhido. Esse método de estudo, é indicado para investigação dos fatos isoladamente para que proporcione uma chance para estudar profundamente um determinado assunto do tema.

A pesquisa exploratória consiste na aproximação do pesquisador dos fatos, de forma que se familiarize com as características do tema a ser explorado com a finalidade de obter idéias desconhecidas e inovadoras sobre o assunto, de maneira que venha agregar conhecimentos teóricos mais precisos sobre o tema explorado.

Mattar (2001, p.18) afirma que:

A pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de maior conhecimento sobre o tema ou problema em perspectiva. Por isso, é apropriada para os primeiros estágios da investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão por parte do pesquisador é geralmente, pouco ou inexistente.

A pesquisa qualitativa é essencialmente a busca dos fatos exclusivos e seu profundo entendimento, trabalhando com descrições, comparações e interpretações, com mais participação podendo direcionar o rumo da pesquisa em sua interação do assunto, por isso também será empregada neste trabalho.

Oliveira (1999, p.117) destaca que:

A pesquisa qualitativa também é utilizada, pois, descreve a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisa a interação de variáveis, ajuda a compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresenta contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permite, em maior grau de profundidade, o comportamento ou atitude dos indivíduos.

Essa junção dos métodos científicos usados nesse trabalho tem a finalidade de promover um melhor esclarecimento sobre o assunto de pesquisa, de maneira que venha a contribuir para uma melhor estruturação e desenvolvimento da proposta. 

Aplica-se então neste estudo uma pesquisa bibliográfica sobre o tema ou assuntos vinculados, mediante um levantamento em bibliografias publicadas, em forma de revistas, livros e internet. Na elaboração deste também serão desenvolvidas pesquisas não estruturadas na empresa sobre a utilidade de um controle gerencial.

Tipo de Pesquisa

A pesquisa qualitativa mostra uma preocupação metodológica centrada no controle experimental e é determinado pela concepção epistemológica acerca da relação entre sujeito e objeto. A ciência constrói seus dados e fatos, uma vez que não há o fato puro.

Todos os tipos de pesquisa qualitativa, aponta Merriam (2002), se baseiam na visão de que a realidade é construída pela interação de indivíduos com o seu mundo social.

Fontes pesquisadas, período, área

Os dados foram compilados de documentos, relatórios gerenciais para análise de dados qualitativos que abrange tópicos amplos, dos diferentes tipos de documentos contábeis, como as demonstrações contábeis de codificação técnica de texto e programas de computador para a análise em: descobertas de regularidades, a ação e reflexão. Esta é uma taxonomia altamente detalhada e compreensível. A interpretação está direcionada pelo pesquisador. 

CONCLUSÕES

Esse trabalho teve início com o propósito básico de oferecer aos gestores um projeto básico de implantação e utilização da contabilidade gerencial e áreas afins. Dessa forma, aplicou-se os expedientes de pesquisa elencados nas metodologias expostas em cumprimento do tema e dos objetivos geral e específicos.

Procurando evidenciar o estudo realizado na empresa sobre sua história de vida, suas características peculiares, sua área de atuação, sendo possível coletar diversos tipos informações, na qual possibilitou desenvolver uma contabilidade gerencial que melhor se adapta para essa empresa. 

Fundamenta-se cientificamente o estudo realizado por meio de uma revisão conceitual teórica sobre o tema em questão, na qual veio a contribui no desenvolvimento e na melhoria desse trabalho. 

Nessa perspectiva, procurou-se desenvolver uma contabilidade gerencial composta de controles voltados para exploração atual da empresa, com a finalidade de propiciar relatórios informativos necessários para os gestores no processo de tomada de decisão, e oferecer soluções e alternativas para melhorar os resultados econômicos da empresa.

Uma das características marcantes desse estudo foi a de evidenciar a importância dos controles gerenciais para gestor, pois dessa forma ele terá possibilidade de estar analisando e avaliando o desempenho e o desenvolvimento de sua empresa, e executando possíveis correções com maiores chances de acerto.

Com a realização desse trabalho, observou-se um crescimento importante tanto para o acadêmico como da empresa, que por sua vez tem possibilidade de realizar um salto evolutivo na sua gestão. Isso só foi possível através do processo de interação entre a teoria acadêmica, a disposição da empresa e seus gestores, coordenado com a orientação e apoio da Instituição.

RECOMENDAÇÕES

Após a elaboração de um estudo aprofundado sobre o tema em questão é possível fazer algumas sugestões para a empresa. Dentre elas pode-se destacar a sugestão feita ao gestor de implantar, assim que for possível, todos os controles gerenciais na gestão da empresa.

Como sugestão para futuros trabalhos, propõe-se a aplicação desse estudo fundamentado nos conceitos da Contabilidade Gerencial, com os devidos ajustes, contribuindo assim em melhorias dos resultados econômicos para outras empresas e também um estudo sobre gestão financeira empresarial.

REFERÊNCIAS

BIO, Sergio Rodrigues. Sistema de Informação: um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas, 1996.

 BRAGA, Roberto. Fundamentos e Técnicas da Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1989.

 CASSARO, Antonio Carlos. Sistemas de Informações para Tomada de Decisões. 3. Ed. Editora Pioneira. São Paulo, 1998.

 CATELLI, Armando; PEREIRA, Carlos Alberto; VASCONCELOS, Marco Tullio de Castro. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. Processo de Gestão e Sistemas de Informações Gerenciais. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

 FIGUEIREDO, Sandra, CAGGIANO, Paulo César. Controladoria Teoria e Pratica. 2ª ed. São Paulo: Atlas 1997.

GALLIANO, Antonio. O método Científico: Teoria e Prática. São Paulo: Harba, 1996.

MARCONI, Mariana de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho cientifico. 6ª ed. São Paulo: Atlas 2001.

MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MERRIAM, S.B. Qualitative reserch and case study applications in education. São Francisco: Allyn and Bacon, 1998.

MOSIMANN, Clara Pellegrinello, FISCH, Silvio. Controladoria seu papel na administração de empresas. 2ª ed. São Paulo: Atlas 1999.

NAKAGAWA, Masayuki, Introdução à Controladoria – conceitos, sistemas, implementação. São Paulo: Atlas, 1993.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica e Pesquisa. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistema de Informações Gerenciais: Estratégias, Táticas Operacionais. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

 PEREIRA, Carlos Alberto. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

 PEREIRA, Elias. Controladoria, gestão empresarial e indicador de eficiência em agribusiness. In: MARION, José Carlos. Contabilidade e Controladoria em Agribusiness. São Paulo: Atlas 1996.  

PEREZ, José Hernandez Junior, PESTANA, Armando Oliveira, FRANCO, Sergio Paulo Cintra. Controladoria de gestão teoria e pratica. 2ª ed. São Paulo: Atlas 1997.

Como a contabilidade gerencial pode auxiliar o processo de tomada de decisões?

Como pode ajudar na tomada de decisões? A contabilidade gerencial tem como função garantir que estas informações sejam compiladas e analisadas para o controle, tomada de decisão e alternativas em relação aos orçamentos, produção, vendas, etc. É a base de uma administração segura.

Como o contador pode contribuir na gestão e ou tomada de decisão de um negócio?

Fornecer informações de apoio à decisão Por exemplo, um contador pode utilizar os registros de vendas para informar sobre um produto com maior lucratividade, alertar sobre um custo que pode ser reduzido ou fazer projeções de caixa para apoiar o planejamento da empresa.

Como a aplicação da contabilidade Geral influência em uma melhor decisão gerencial e na captação de recursos investimentos?

Segundo Marion (2008, p. 23), a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, pois ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os em forma de relatórios, que contribuem para tomada de decisão.

O que é tomada de decisão na contabilidade?

A tomada de decisão, dentro de uma empresa, é um processo de escolhas entre alternativas, seja em momentos que a empresa enfrenta um problema ou até uma oportunidade. Esta ação tem grande impacto no momento presente e futuro da organização.