Bi-rads 2 pode virar câncer

Publicado em: 08/11/2015 - 22:11:00

O diagnóstico de cistos na mama pode gerar preocupação em algumas mulheres. Mesmo nos casos benignos – que são mais frequentes –, há o medo de o tumor se desenvolver para um câncer. No entanto, segundo especialistas, essa probabilidade é bastante pequena e o protocolo exige apenas um acompanhamento clínico mais regular pelo médico.

Alterações nas mamas podem ser encontradas, principalmente, após a realização de dois exames: a mamografia e o ultrassom. A partir das imagens, o radiologista classifica as alterações de acordo com o sistema BI-RADS (Breast Image Reporting and Data System), em uma escala de 1 a 6, determinando o estadiamento da doença:

BI-RADS 0 - Resultado inconclusivo. Necessita da realização de novas imagens mamográficas ou de outros exames, como o ultrassom ou a ressonância magnética.
BI-RADS 1 - Nenhuma alteração nas mamas foi encontrada. Próximo exame pode ser realizado em 1 ano.
BI-RADS 2 - Alteração com características radiológicas benignas foi encontrada. Próximo exame pode ser realizado em 1 ano.
BI-RADS 3 - Alteração provavelmente benigna. Necessário acompanhamento a cada 6 meses.
BI-RADS 4 - Suspeita de malignidade. Necessita de biópsia para confirmação. Subdivididos em: A (baixa suspeita) | B (suspeita média) | C (alta suspeita).
BI-RADS 5 - Alta suspeita de malignidade. Necessita de biópsia para confirmação.
BI-RADS 6 - Resultado comum em exames realizados durante o tratamento pré-operatório de um câncer de mama já diagnosticado. Necessário para acompanhamento da paciente.

"O risco de o cisto simples ser um câncer de mama é muitíssimo baixo", afirma o diretor do Núcleo de Mastologia, Dr. José Luiz Bevilacqua. De acordo com o especialista, o risco de essa alteração ser sintoma de um tumor maligno é menor que 1% e, por isso, não é necessário realizar biópsia, punção ou iniciar o tratamento. Ter vários cistos também não aumenta o risco de desenvolvimento de câncer. "Cistos podem ser múltiplos e isso é comum", esclarece o oncologista.

Dores nas mamas

Cistos simples geralmente podem causar dores mamárias, o que traz queixas de muitas pacientes. Esse quadro pode ser revertido a partir da orientação médica, segundo Bevilacqua. "Minha principal abordagem em casos de dores mamárias é tranquilizar a paciente, após descartar qualquer lesão suspeita de ser maligna".

Dr. José Luiz Barbosa Bevilacqua - CRM 78779
Diretor do Núcleo de Mastologia
Especialista em Cancerologia Cirúrgica - RQE nº 44954
Especialista em Cirurgia Geral - RQE nº 44955
Especialista em Mastologia - RQE nº 44956

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Quando seu médico solicita um exame das mamas, como uma mamografia, o médico radiologista que realiza o exame emite um laudo por escrito. Com o objetivo de padronizar a comunicação entre os médicos, foi criado nos Estados Unidos um sistema de classificação chamado BI-RADS®, que possibilita a comparação dos resultados dos exames em qualquer lugar do mundo.

Este sistema foi proposto pela American College of Radiology em 1986 e o relatório original foi divulgado em 1993. O objetivo é estimar qual a chance de o exame de imagem mostrar um câncer na mama. Assim, o BI-RADS® não mede o grau de crescimento ou o tipo de tumor, nem dá dicas do tratamento. Ele apenas diz a chance de haver câncer. A partir daí, o médico saberá como conduzir o caso e pedirá mais exames complementares se necessário.

O que significa BI-RADS®?

A sigla BI-RADS® se refere a Breast Imaging Reporting and Data System. Isto é, Sistema de Relatórios e Dados de Imagem da Mama. De acordo com a American College of Radiology, atualmente essa classificação fornece terminologia padronizada também para ultrassom e ressonância magnética da mama, além da mamografia.

No laudo, o médico radiologista vai descrever o achado (nódulos, cistos, calcificações, linfonodos etc.). Depois, ele classifica o achado dentro do BI-RADS®. Essa classificação vai ajudar o médico que solicitou o exame a adotar a melhor conduta terapêutica para o paciente. Isso facilita a comunicação sobre os resultados e o acompanhamento após as terapias.

Conheça as classificações do BI-RADS®

Esse sistema classifica os resultados em categorias numeradas de 0 a 6. Entenda o que é o BI-RADS® em cada fase.

BI-RADS® (0)

Entram nessa categoria achados que não são necessariamente graves. O médico radiologista entende que podem ser usados outros exames para esclarecer. Por exemplo, se o achado foi descoberto em uma mamografia, pode ser solicitado um ultrassom. A American Cancer Society descreve a BI-RADS® 0 como necessária uma avaliação adicional da imagem e/ou comparação com mamografias anteriores.

BI-RADS® (1):

Esta categoria indica que não foi encontrada nenhuma anormalidade significativa nas mamas a ser relatada. Ou seja, que não há massas ou calcificações suspeitas na área.

BI-RADS® (2):

Esta classificação indica um achado benigno que não acarreta nenhuma ameaça à paciente. Os achados benignos incluem calcificações secretoras, cistos simples, lesões contendo gordura, fibroadenomas, implantes e linfonodos na mama.

BI-RADS® (3):

Nessa categoria o médico relata o achado como provavelmente benigno. De acordo com a American Cancer Society, os resultados desta categoria têm uma chance muito alta (superior a 98%) de ser benigna. A recomendação, em geral, é acompanhamento do achado a cada 6 meses até que a descoberta seja estável.

BI-RADS® (4):

A categoria 4 mostra que o achado necessita de uma amostra física para ser melhor avaliada, ou seja, é necessário fazer uma biópsia ou punção das mamas. O achado é suspeito e a chance de ser câncer nessa classificação é de cerca de 30%. Todos os achados precisam passar pela biópsia. Nessa categoria, há uma subclassificação:

4A – o risco de ser maligno é de 2% a 10%

4B – o risco de ser maligno é de 10% a 50%

4C – o risco de ser maligno é maior de 50% e menor que 95%.

*Este percentual está inserido no percentual do total de até 30% conforme citado acima.

BI-RADS® (5):

Essa classificação indica que o achado médico é altamente suspeito, com 95% de chance de ser câncer. Como não há certeza, a biópsia é sempre indicada.

BI-RADS® (6):

Nessa categoria entram os exames de pacientes que já são portadores de câncer e já realizaram outros exames de imagem. O câncer que aparece, portanto, já é conhecido.

Lembre-se que o laudo é direcionado para o seu médico e só ele pode interpretar corretamente qualquer exame. Muitas vezes, os pacientes ansiosos para saberem os resultados dos exames, acabam sofrendo antecipadamente, de forma desnecessária. Converse com seu mastologista, ele é a melhor pessoa para tirar suas dúvidas sobre a saúde das mamas.

Qual o tratamento para Birads 2?

Uma alteração em exame de imagem com categoria 2 de BIRADS deve tratar de um achado benigno e não necessita tratamento. Geralmente trata-se de um cisto simples de mama, calcificação benigna ou nódulo benigno estável há mais de 2 anos. Sendo assim, você deve continuar fazendo a consulta uma vez ao ano para controle.

Qual a chance de Birads 2 ser câncer?

Essa classificação indica que o achado médico é altamente suspeito, com 95% de chance de ser câncer.

Qual o Birads mais perigoso?

BI-RADS categoria 5 – Exame com elevado risco de câncer Todas as lesões com categoria 5 devem ser biopsiadas. O risco de lesão maligna em um exame classificado como BI-RADS 5 é maior que 95%.

O que quer dizer Bi

Categoria 2: mamografia negativa, com achados benignos. Em relação ao achado de câncer, se assemelha a classificação BI-RADS® 1, mas neste caso, o radiologista opta por descrever achados benignos característicos, cujo grau de precisão de diagnóstico através da mamografia é grande.

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