Surfista brasileira de ondas gigantes

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) nomeou a surfista brasileira de ondas gigantes, Maya Gabeira, como Campeã para o Oceano e a Juventude. 

Ativista ambiental e atualmente detentora do título mundial da maior onda já surfada por uma mulher, Maya espera trazer seus conhecimentos e motivação para ajudar a alcançar as metas climáticas da organização.

Daqui para frente, a atleta carioca deverá ter um papel ativo na promoção da defesa da UNESCO em questões relativas à sustentabilidade oceânica. Ela também estará na vanguarda dos esforços da organização para mobilizar as novas gerações, organizando cúpulas de jovens e atuando como porta-voz de campanhas.

Legenda: Maya Gabeira quebrou o recorde mundial do Livro Guinness da maior onda já surfada por uma mulher, com 22,4 metros.

Foto: © @UN_News_Centre

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) nomeou a surfista brasileira de ondas gigantes, Maya Gabeira, como Campeã da  UNESCO para o Oceano e a Juventude. O anúncio foi feito durante a Conferência do Oceano das Nações Unidas, realizada de 27 de junho a 1º de julho em Lisboa.

Um grande evento para promover a Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável 2021-2030 – a “Década dos Oceanos” –, a conferência internacional liderada pela UNESCO visa reforçar a cooperação internacional sobre o oceano, promovendo sua melhor compreensão e proteção.

A nomeação de Maya, oficialmente uma Embaixadora da Boa Vontade, foi realizada no primeiro dia da conferência pela diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay. A surfista celebrou a notícia, afirmando estar honrada com o novo posto.

“Eu estou muito preocupada com vários problemas oceânicos, desde sua poluição até a destruição da biodiversidade marinha”, afirmou a atleta. “O que me atrai para o papel de Campeã da UNESCO para o Oceano e a Juventude é a oportunidade de ver o oceano por meio de múltiplas perspectivas – a UNESCO atua para salvaguardar a biodiversidade, além de apoiar a pesquisa científica e os valores culturais do oceano. É uma honra para mim tornar suas ações conhecidas.”

Já a diretora-geral da UNESCO comentou a importância de ter personalidades agindo em nome da causa dos oceanos: “Nós somos filhos do oceano, e é hora de protegermos e restaurarmos sua saúde para as próximas gerações. Para termos sucesso, precisamos de personalidades inspiradoras e comprometidas que nos auxiliem a aumentar a conscientização sobre as questões da sustentabilidade junto aos cidadãos de todo o mundo”.

Azoulay também teceu elogios à nova embaixadora da instituição: “Além de defensora do meio ambiente, Maya Gabeira tem uma formação excepcional: é uma atleta inspiradora que se levou ao limite. Estou feliz que agora ela esteja se unindo à família da UNESCO”.

Surfista pioneira - Natural do Rio de Janeiro, Maya cresceu em uma família engajada com o meio ambiente e desde cedo compreendeu a importância das questões climáticas. Ela começou a surfar aos 13 anos e se tornou profissional aos 17. Preferindo ondas gigantes a competições de manobras, ganhou o prêmio Billabong XXL Global Big Wave por cinco anos consecutivos. O ponto alto de sua carreira veio em 2020, quando quebrou o recorde mundial do Livro Guinness da maior onda já surfada por uma mulher, com 22,4 metros.

Após 15 anos de estreito contato com o oceano, Maya Gabeira testemunhou em primeira mão o impacto da mudança climática no mundo marinho e acredita que é urgente combater a crise do clima. Ela tem um forte histórico de liderança de bem-sucedidas campanhas de ativismo. Como membro do conselho da ONG Oceana, apoiou uma campanha antiplástico no Brasil, que resultou na ação ousada da principal empresa de entrega de alimentos do país para combater os resíduos plásticos de uso único. Maya espera trazer essa expertise e essa motivação para ajudar a alcançar as metas climáticas da UNESCO.

Daqui para frente, a surfista deverá ter um papel ativo na promoção da defesa da UNESCO em questões relativas à sustentabilidade oceânica. Ela estará na vanguarda dos esforços da organização para mobilizar as novas gerações, organizando cúpulas de jovens sobre a sustentabilidade oceânica e atuando como porta-voz principal da Gen Ocean, a nova campanha da UNESCO para desencadear mudanças de estilos de vida.

Lucas Chumbo, Maya Gabeira, Vinícius dos Santos, Raquel Heckert e Michelle dês Bouillons são os cinco representantes do Brasil no Red Bull Big Wave Awards de 2021, prêmio considerado o Oscar das ondas grandes promovido pela Liga Mundial de Surfe (WSL). Os vencedores serão divulgados na noite de hoje (29), a partir das 19h (de Brasília), em transmissão no site WorldSurfLeague.com.

Entram na disputa ondas surfadas pelos atletas entre março de 2020 e março de 2021, capturadas em vídeo ou foto. Uma premiação de US$ 350 mil (R$ 1,9 milhões) será distribuída em quatro categorias:

  • Onda do Ano - O prêmio da "Onda do Ano" é concedido para quem demonstrar o nível de surfe em ondas grandes mais avançado e comprometido surfando a onda inteira até a sua finalização com sucesso. Além do tamanho total da onda, é levado em consideração, no grande escopo, o nível de desempenho do surfista, conforme o julgamento utilizando as imagens de vídeo disponíveis.
  • Maior Onda na Remada - O prêmio de "Maior Onda Surfada na Remada" será concedido aos surfistas que droparem (descerem) as maiores ondas com a força dos braços e terão que finalizá-las com sucesso.
  • Maior Onda de Tow-In - Os prêmios de "Maior Onda Surfada por Tow-In" são concedidos aos surfistas que surfarem a maior onda com o auxílio do moto aquática para entrarem na onda.
  • Surfista do Ano - O prêmio de "Atleta do Ano" é concedido aos melhores surfistas de ondas grandes, conforme suas performances ao longo dos últimos 12 meses, nas ondas surfadas que foram capturadas em vídeo ou foto.

LUCAS CHUMBO

Imagem: Reprodução/Instagram

O local de Saquarema (RJ) já figurava entre os melhores big riders (surfistas de onda grande) do mundo quando deixou de ser um nome conhecido apenas no mundo do esporte radical para virar celebridade nacional. Em 2020, participou do Big Brother Brasil e do No Limite, mas não se deu muito bem nos programas da TV Globo: foi o primeiro a sair da casa no BBB e o quarto eliminado no outro reality, depois de sofrer com problemas gástricos.

Lucas Chumbo, que venceu o Big Waves Awards de 2017/18 na categoria melhor performance, está indicado em duas categorias por uma bomba surfada em Nazaré no dia 29 de outubro de 2020: Maior Onda de Tow-In e Surfista do Ano. A onda é a mesma que pode dar a ele o posto de surfista que surfou a maior onda da história —que até aqui pertence a outro brasileiro, Rodrigo Koxa, com uma marca de 24,38 m.

MAYA GABEIRA

Imagem: Ana Catarina/Divulgação Australian Gold

A surfista carioca reconhecida mundialmente é nada menos do que a detentora do recorde de maior onda já surfada por uma mulher, com 22,4 metros de altura. A marca foi alcançada em Nazaré, em Portugal, em 11 de fevereiro de 2020, quando ela bateu seu próprio recorde, que antes era de 20 metros.

Maya Gabeira concorre em três categorias: Maior Onda de Tow-In, Onda do Ano e Surfista do Ano. Ela pegou a onda indicada ao prêmio no dia 5 de fevereiro deste ano, em Nazaré.

VINICIUS DOS SANTOS

Imagem: Reprodução/Instagram

Natural de Florianópolis, Vinicius começou a surfar com três anos e se tornou um especialista em surfe de onda grande na remada —modalidade em que o atleta entra sozinho na onda, "no braço". Entre as principais conquistas da carreira, foi finalista do Campeonato Mormaii Big Wave Challenge na Praia do Cardoso, em Santa Catarina, apresentado pela WSL, em 2018.

Por uma bomba surfada no dia 22 de fevereiro deste ano, Vinicius dos Santos também concorre em três categorias: Maior Onda na Remada, Onda do Ano e Surfista do Ano.

RAQUEL HECKERT

Imagem: Reprodução/Instagram

Nascida em Niterói (RJ), Raquel Heckert atualmente se divide entre o Havaí e o Brasil e, assim como Vinicius, vem se destacando pelo surfe na remada. Já foi finalista do Big Wave Awards na categoria Melhor Performance e levou o prêmio de Rookie of the Year (revelação do ano) no Big Wave Surf Awards Brasil, de 2018.

Raquel Heckert é a única entre os cinco brasileiros que não concorre ao prêmio por uma onda surfada em Nazaré. Ela pegou a sua bomba em Jaws, no Havaí, no dia 17 de janeiro de 2021, e está listada nas categorias Maior Onda na Remada e Surfista do Ano.

MICHELLE DÊS BOUILLONS

Imagem: Reprodução/Instagram

A surfista carioca que também atua como modelo e apresentadora de TV nasceu com o surfe na veia. É filha do shaper carioca Jean Noel e hoje se divide entre Rio de Janeiro, Nazaré e Indonésia. É parceira de equipe de Lucas Chumbo e namorada do também big rider Ian Cosenza.

Michelle disputa o prêmio em três categorias: Onda do Ano, Maior Onda de Tow-In e Surfista do Ano. Assim como Vinícius, ela pegou sua onda no dia 22 de fevereiro de 2021, em Nazaré.

Qual o melhor surfista brasileiro de ondas gigantes?

O recorde atual é de outro brasileiro. Rodrigo Koxa surfou uma onda de 24,38 metros. Com a marca conquistada em 2017, o paulista segue no topo das ondas gigantes. Entre as mulheres, Maya Gabeira surfou 22,4 metros em 2020 e detém a marca.

Quem é o maiores surfistas de ondas gigantes?

A maior marca reconhecida pela WSL (World Surf League ou Liga Mundial de Surfe) e pelo Guinness Records é a de Rodrigo Koxa, de 2017, por ter surfado uma onda de 24,38 metros.

Quem pegou a maior onda do Brasil?

O posto que antes pertencia ao paulista Rodrigo Koxa agora está nas mãos do alemão Sebastian Steudtner, que foi reconhecido pelo Guinness com uma onda de 26,21 metros surfada em Nazaré, no dia 29 de outubro de 2020 —quase dois metros a mais que a do brasileiro, de 24,38 metros.

Quais são os principais surfistas brasileiros?

Filipe Toledo..
Italo Ferreira..
Tatiana Weston-Webb..

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