Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança significado

Oswaldo Montenegro

(refrão)
Não pense que o mundo acaba
Ali onde a vista alcança
Quem não ouve a melodia
Acha maluco quem dança
Se você já me explicou
Agora muda de assunto
Hoje eu sei que mudar dói
Mas não mudar dói muito

(parte falada)
Dizia Erasmo de Rotterdan
Que o pai da loucura é Platão
A mãe dela é a juventude
E dizem que teve um irmão
Que batizou enstusiasmo
E mora no Maracanã
Passeia em casais abraçados
E dorme no colo de Yansã
A natureza não precisa de arte
O amor não precisa do poeta
Às vezes, é o porto que parte
E é o alvo que procura a seta
Talvez seja filosofia
Talvez seja falta de assunto
Mas não há quem dirá (quem diria)
A verdade só, só junto
Que junto a verdade aparece
E ser só metade é ser só
E só quem amou sabe disso
Gigante olha a pedra e vê pó
(refrão)

Ouça estações relacionadas a Oswaldo Montenegro no Vagalume.FM

„Até gostaria, mas não tenho mais energia para essa dança.“

—  Jack Nicholson ator norte-americano 1937

Que aos 66 anos admite publicamente o seu desejo louco de transar com a cantora Britney Spears, que tinha então 22 anos
Fonte: Revista ISTO É, Edição n. 1784.

Biografia: Oswaldo Viveiros Montenegro é um músico brasileiro. Além de cantor, compõe trilhas sonoras para peças teatrais, balés, cinema e televisão. Foi casado com a atriz Paloma Duarte. Tem uma das parcerias mais sólidas da MPB ao lado de Madalena Salles, que o acompanha com suas flautas.

PUBLICADO NA NEW — ORDER. SIGA NO INSTAGRAM, FACEBOOK E TWITTER.

Hoje eu acordei pensando em você. Como se eu não acordasse todo dia pensando. Hoje eu senti saudade como todos os outros dias. Mas hoje eu me livrei do peso que era querer você.

As vezes essas coisas e sensações aparecem como um insight. E de uma hora pra outra meu desespero diminui e eu aceito o que o universo me oferece, mesmo que seja silêncio.

Hoje eu consegui ouvir música de novo. Músicas tocam a alma, é impossível não sentir nada ouvindo música.

E eu senti sim. Senti tudo. Todas as sensações misturadas. Mas uma paz danada de ser quem eu sou e sentir o que eu sinto.

Hoje eu lembrei que te mandei a música que eu mais gosto pra você tocar no violão.

Eu espero que você toque e lembre de mim como eu lembro de você: com saudade de uma coisa tão boa.

Você foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida.

Você me ensinou tanto e ainda ensina mesmo longe.

Talvez se você estivesse perto eu não ia perceber.

E eu que nunca ouvi os Beatles descobri que gosto de uma música que me faz lembrar você. E quando o Elvis toca de fundo eu também penso em você.

De repente, as coisas que não têm explicação, são as coisas mais verdadeiras.

Você foi a verdade mais sem explicação que eu já vivi. Você é a saudade que mais me faz bem. Você é a música que eu ouço do silêncio. E “quem não ouve a melodia, acha maluco quem dança”.

Tem uma frase famosa reputada a Nietzsche, largamente repetida na rede mundial de computadores, que diz que “aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. Uma linda e mínima ode àqueles que vivem à margem da sociedade, vilãmente ridicularizados pelos robôs de gravata da sociedade atual.

É claro que Nietzsche nunca disse isso. Apesar do protagonismo da música em sua literatura e do protagonismo da loucura em sua vida, não há evidência de que ele tenha jamais dito tal frase, nem nenhuma parecida.

O primeiro registro que consegui encontrar de um pensamento parecido com esse vem de um ensaio, escrito por uma senhora francesa na primeira metade do século XIX (portanto, antes de Nietzsche), sobre a Alemanha. O nome do texto é De l’Allemagne (Sobre a Alemanha) e o nome da senhora é Madame de Staël (Madame de Staël). 

A frase abre o capítulo terceiro da quarta parte do tijolo de mais de 600 páginas que é De l’Allemagne. O nome do capítulo é Sobre o culto dos Irmãos Morávios (Du culte des frères Moraves), que é o nome de uma seita protestante luterana da qual você nunca ouviu falar.

Originalmente, a frase que Nietzsche nunca disse:

Quelquefois même, dans le cours habituel de la vie, la réalité de ce monde disparaît tout à coup; et l’on se sent, au milieu de ses intérêts, comme dans un bal, dont on n’entendrait pas la musique, le mouvement qu’on y verrait paraîtrait insensé.

Em tradução livre:

Algumas vezes, no curso normal da vida, a realidade do mundo desaparece de repente e nós nos sentimos como se estivéssemos no meio do seu caminho, como em um baile onde não pudéssemos ouvir a música: o movimento que veríamos nos pareceria insensato.

A interpretação mais comum da frase “de Nietzsche” derivada do trecho de Madame de Staël é que as “pessoas normais”, alienadas, não entendem o entusiasmo das “pessoas livres” que dançam, e lhes colocam rótulos negativos, como “loucos”. Os que dançam são comparados a artistas bem sucedidos, empreendedores inovadores, líderes de vanguarda política, pessoas que largaram tudo para viver numa fazenda de subsistência perto de Pirenópolis — ou, simplesmente, a jovens, drogados e hipsters; enquanto os que não ouvem a música são os trabalhadores, os alienados, o personagem de Chico em “Construção”, o seu pai, o meu pai, os chatos que exigem que nós escolhamos direito, engenharia ou medicina.

Mas, pelo menos inicialmente, não era nada disso.

Não se trata de uma diferença fundamental entre eles e nós. Todos nós estamos no mesmo baile. Todos estamos dançando e ouvindo a música juntos. Trocamos de pares, encontramos pessoas que não víamos desde o começo da festa, bebemos um pouco de cerveja, bebemos um pouco de água, ficamos lá na frente e depois vamos lá para o fundo, saímos para fumar um cigarro, pisamos no pé da moça mais linda da pista, derrubamos bebida no moço mais lindo da banda, trocamos nossos sapatos…

E todos nós, mesmo que apenas por alguns segundos, às vezes nos sentimos distantes, e tudo parece muito estranho, muito pouco natural. Parece que nosso ouvido entupiu ou nossa pressão baixou. Não dá para entender o que está acontecendo, toda aquela gente se mexendo na sua frente, esbarrando nos seus ombros, segurando sua mão. Parece que não pertencemos ali, que estamos no lugar errado.

Aí, o ouvido desentope, a música volta, e continuamos a dançar.

Foto em domínio público.

***

Mas não foi isso que Madame de Staël quis dizer. Ela só estava falando de como a religião protestante pode seduzir pessoas desiludidas.

O que quer dizer quem não ouve a melodia acha maluco quem dança?

“Quem nao ouve a melodia, acha maluco quem dança" A musica de Oswaldo Montenegro retrata muito bem o que podemos certamente observar no cenário atual, aonde os poucos que conseguem ouvir a melodia, tem a coragem de dançar na frente daqueles que nao a ouvem, e pela ignorância desses são intitulados como loucos.

Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança autor?

“Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança.” (Oswaldo Montenegro) | Mensagens legais, Frases inspiracionais, Frases inpactantes.

Toplist

Última postagem

Tag