Quem foi Manuel Antônio de Almeida no romantismo?

Manuel Antônio de Almeida

Manuel Antônio de Almeida foi um escritor brasileiro do Realismo.


Manuel Antônio de Almeida: importante representante do Realismo na Literatura Brasileira

Quem foi

Manuel Antônio de Almeida foi um jornalista, crítico literário, professor, cronista e romancista brasileiro do século XIX. É considerado um importante representante do Realismo na Literatura Brasileira.

Manuel Antônio de Almeida é patrono da cadeira de número 28 da ABL (Academia Brasileira de Letras). Sua principal obra é Memórias de um sargento de Milícias, publicado em 1854

Biografia resumida

- Manuel Antônio de Almeida nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 17 de novembro de 1830.

- Em 1855, formou-se no curso de Medicina. Porém, nunca exerceu a profissão de Médico, pois seu real interesse sempre foi a Literatura e o Jornalismo.

- Trabalhou como redator no jornal Correio Mercantil.

- Lecionou no Liceu de Artes e Ofícios da cidade do Rio de Janeiro.

- No ano de 1858, assumiu o cargo de diretor da Tipografia Nacional.

- Em 1859, tornou-se 2.º oficial da Secretaria da Fazenda.

- Faleceu em 28 de novembro de 1861, aos 31 anos de idade, num naufrágio na costa do Rio de Janeiro.

Manuel Antônio de Almeida por volta dos 30 anos.

Principais características do estilo literário:

- Retratou, em seu único romance, a vida cotidiana da cidade do Rio de Janeiro no século XIX, com destaque para as classes baixa e média da sociedade.

- Obra de caráter realista.

- Distanciamento das fantasias do Romantismo, muito comum na época em que o escritor viveu.

- Usou linguagem direta e coloquial.

- Presença de imparcialidade do narrador.

- Não utilizou o recurso das descrições detalhadas. Sua linguagem foi imediata e concreta.

- Obra marcada pela presença de lirismo, humor e sátira (principalmente em Memórias de um sargento de Milícias).

Principais obras de Manuel Antônio de Almeida:

- Memórias de um sargento de Milícias (1854-1855)

- Dois amores (1861) – peça de teatro

Curiosidade:

Sua obra Memórias de um sargento de Milícias foi publicada no jornal Correio Mercantil. Ele utilizou o apelido (pseudônimo) de "Um Brasileiro" para assinar o texto.

Capa do livro Memórias de um sargento de Milícias: principal obra de Manuel Antônio de Almeida.

Atualizado em 18/06/2022

Por Elaine Barbosa de Souza
Graduada em Letras (Português e Inglês) pela FMU (2002).



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Bibliografia Indicada

Vida e obra de Manuel Antônio de Almeida

Autor: Rebelo, Marques

Editora: Martins


Doutorado em Letras - Literatura e Língua Portuguesa (PUC-Rio, 2013)
Mestrado em Linguística, Letras e Artes (PUC-Rio, 2008)
Graduação em Jornalismo (PUC-Rio, 2001)

Ouça este artigo:

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 17 de novembro de 1831. De origem humilde, fica órfão de pai aos dez anos. Na juventude, cursa aulas de Desenho na Academia de Belas-Artes e a faculdade de Medicina. Após se formar, tenta, sem êxito, a clínica.

Contando com escassos recursos de família, trabalha constantemente no Jornalismo como redator e revisor do Correio Mercantil. Nele, elabora e escreve A Pacotilha, um suplemento literário e de variedades, que também viria a abrigar sua obra máxima: Memórias de um Sargento de Milícias, publicado em folhetim sob o pseudônimo de “um brasileiro”. Na época do lançamento, em 1853, o autor tinha apenas 21 anos. Nos anos seguintes (1854-1855), devido ao estrondoso sucesso, a obra seria publicada em dois volumes.

Manuel Antônio de Almeida.

O romance, ambientado no início do século XIX no Rio de Janeiro, narra a história de Leonardo, um menino levado que apronta mil diabruras na vizinhança. Na juventude, o menino termina se alistando forçadamente no exército, onde continua participando de arruaças e descumprindo continuamente as ordens do Major Vidigal. Desse modo, acaba preso, mas, devido a sagacidade, consegue não apenas a liberdade, como a promoção a sargento de tropa e a conquista do coração de Luisinha, seu grande amor.

No romance, é patente o diálogo com a literatura picaresca espanhola, pelo tom cômico da narração das aventuras e desventuras do herói. Também são apontadas semelhanças com o mestre do folhetim francês Honoré de Balzac.

Poucos anos depois, já famoso, é nomeado administrador da Tipografia Nacional, onde trava relação com o jovem aprendiz Machado de Assis. Posteriormente, enquanto exerce o cargo de oficial de secretaria do Ministério da Fazenda, decide ingressar na política, candidatando-se ao cargo de deputado provincial.

Durante a campanha, em viagem eleitoral a Campos dos Goytacazes, município do norte da província, vem a falecer no trágico naufrágio do vapor “Hermes”, junto a ilha de Santana, ocorrido em 28 de novembro de 1861, quando o autor contava com apenas trinta anos.

Apesar da vida e obra breves, Manuel Antônio de Almeida passou a posteridade como um dos autores de ficção mais conhecidos e celebrados do Romantismo brasileiro, admirado por público e crítica da época, que o considerava superior em termos estéticos a contemporâneos como Joaquim Manuel de Macedo. Para alguns críticos, como Afrânio Coutinho e Alfredo Bosi, o autor exerceu, junto ao colega Machado, o papel de precursor do romance realista, dados os atributos de sua prosa.

Além de Memórias, o autor escreveu, em 1861, a peça de teatro Dois Amores, apresentada no mesmo ano após a sua morte. A opereta, que contava com música da Condessa Rosawadowska, não chegou a atingir sucesso. Além disso, foram publicadas três antologias complementares: correspondência, depoimentos de contemporâneos e fortuna crítica pré-modernista sobre a obra do autor.

Referências bibliográficas:

BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2001.

COUTINHO, A. A Literatura no Brasil, Volume II. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1969.

GLOBO.COM. Educação/Literatura. //educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/memorias-de-um-sargento-de-milicias.html

WIKIPÉDIA. //pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Ant%C3%B4nio_de_Almeida.

Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/escritores/manuel-antonio-de-almeida/

Qual a importância dos romances de Manuel Antônio de Almeida?

Sua obra procurou retratar os hábitos, a moda, o folclore e a religiosidade das classes populares do início do século XIX, desmascarando violentamente a baixa sociedade brasileira colonial, o que a torna singular dentre as obras românticas que procuraram tratar dos costumes e dos valores da alta sociedade imperial.

Quem é Manuel Antônio de Almeida?

Manuel Antônio de Almeida foi um importante escritor da primeira geração romântica, fase marcada pelo binômio nacionalismo-indianismo. Foi Patrono da Cadeira n° 28 e ainda exerceu a profissão de professor e jornalista.

O que retrata a obra de Manuel Antônio de Almeida?

O romance de Manuel Antônio de Almeida, escrito no período do romantismo, retrata a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX e desenvolve pela primeira vez na literatura nacional a figura do malandro. A história se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou no Brasil.

Como a obra de Manuel Antônio de Almeida se diferencia das demais prosas românticas?

Há em sua obra a comicidade, o humor parcial, numa linguagem coloquial e direta, sem ser embelezada e com o teor mais trágico do Romantismo. Suas personagens são tipos sociais, caricaturas da sociedade carioca na época de D. João VI com todos os seus costumes.

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