Dono da maior cervejaria do mundo, a AB InBev, Jorge Paulo Lemann é o homem mais rico do Brasil; veja a seguir sua biografia
Lemann nasceu no Rio de Janeiro, em 1939. É dono da maior cervejaria do mundo e sócio do 3G Capital, que controla Burger King, Tim Hortons e Kraft-Heinz.
Quem é Jorge Paulo Lemann?
Antes de alcançar uma fortuna estimada em R$ 96,5 bilhões em 2021, segundo a revista Forbes, Jorge Paulo Lemann teve uma vida de bastante aprendizado.
História de Jorge Paulo Lemann
Estudou na Escola Americana do Rio de Janeiro e, logo depois, mudou-se para os EUA, onde cursou economia pela Universidade de Harvard.
No início da década de 1960, Lemann decidiu morar na Suíça, estagiando no banco Credit Suisse, período fundamental para entender as oscilações do mercado financeiro.
Ao voltar para o Brasil, seu primeiro negócio foi o Banco Garantia, que rendeu bons frutos. Dois dos seus funcionários viraram seu sócios:
O trio mudou o mercado brasileiro. Em 1982, adquiriram as Lojas Americanas e, em 1989, criaram a São Carlos Empreendimentos.
Neste mesmo ano, compraram a cervejaria Brahma, que 10 anos mais tarde se juntou com a Antarctica para dar início à Ambev.
Ambev, Interbrew e AB Inbev
A Ambev deu seu primeiro passo internacional ao fundir-se com a cervejaria belga Interbrew em 2004, nascendo a Inbev.
4 anos depois, comprou a Anheuser-Busch, dona da Budweiser, formando a AB Inbev. Não é à toa que a Forbes apelidou Jorge Paulo Lemann de “Conquistador da América”.
Aos 81 anos, o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann decidiu que deixará o Conselho de Administração da Kraft Heinz, empresa de alimentos que o 3G Capital ajudou a montar ao lado de um dos investidores mais conhecidos do mundo, Warren Buffett, por meio da gestora Berkshire Hathaway. O empresário não irá buscar sua reeleição ao cargo porque decidiu reduzir o número de viagens que realiza, segundo comunicado divulgado na Kraft Heinz e enviado ao regulador do
mercado de capitais dos Estados Unidos, a SEC. Lemann está no conselho da empresa desde a formação da companhia, em 2015, resultado de uma fusão. “A decisão do Sr. Lemann de não se candidatar à reeleição não é o resultado de qualquer desacordo com a administração ou o conselho em relação às operações, políticas ou práticas da empresa. O Conselho agradece o serviço dedicado do Sr. Lemann à empresa”, esclarece o documento. O comunicado frisa ainda que o 3G Capital – fundo de private
equity do trio formado por Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles – planeja indicar um substituto ao assento no colegiado para a próxima eleição do conselho, que ocorrerá na reunião anual deste ano. “Mais importante ainda, o Sr. Lemann continua a ser um proprietário de longo prazo da empresa como sócio fundador da 3G Capital, o principal acionista da companhia ao lado da Berkshire Hathaway”, diz o documento da Kraft Heinz. Lemann nunca
escondeu que seu sonho grande de transformar a Kraft Heinz em uma gigante mundial do setor, como fez com a AB Inbev no setor de bebidas, não ocorreu como o planejado. “Com a Kraft foi um sonho grande, que não andou. O sonho grande não permanece, não é mais possível construir algo tão grande na área de alimentos como fizemos em cervejaria. Não deu certo, mas vamos tocar para frente”, disse em um evento há dois anos. O grande baque financeiro para a Kraft Heinz ocorreu no início de
2019, depois de uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões, em função da reavaliação das marcas Kraft e Oscar Mayer. Logo depois,a empresa foi alvo de uma investigação da SEC, por questões relacionadas à sua contabilidade. A participação do 3G na companhia é hoje de 20% na empresa – posição que foi reduzida em 2019. Já a gestora de Buffett tem aproximadamente 27% da Kraft Heinz. Depois da diminuição de participação por meio da 3G em 2019, Lemann comprou ações da empresa, desembolsando
cerca de US$ 100 milhões. “Estou aumentando meu investimento na Kraft Heinz porque acredito em seu potencial de recuperação, e pretendo manter esse investimento por muito tempo”, disse Lemann em comunicado divulgado na época.Sonho grande que ruiu