Quem deve tomar o ácido fólico?

Nutriente é bom para o cérebro e sistema imunológico, além de ser ótimo para a saúde da pele, unhas e cabelo

Ácido fólico, também conhecido como folato, metilfolato ou vitamina B9, é uma vitamina do complexo B, solúvel em água e presente em diversos itens da dieta diária. O folato ocorre naturalmente nos alimentos e o ácido fólico é a forma sintética do folato, usada em medicamentos.

O folato é necessário para numerosas funções do corpo. Entre elas: a síntese e reparação do DNA, divisão e crescimento celular, produção de novas proteínas, formação de hemácias. O folato é importante para a saúde cardiovascular e do sistema nervoso.

Para gestantes, o folato é especialmente importante para um bom desenvolvimento fetal e formação do tubo neural. A suplementação deve começar pelo menos um mês antes da gravidez e é essencial nas primeiras oito semanas após a concepção. Isto porque é neste período que ocorre o desenvolvimento do sistema nervoso e tubo neural do feto.

Todo o complexo B, incluindo o folato, tem papel importante na saúde da pele, unhas e cabelos. O folato ajuda no crescimento de unhas e cabelos, combate a acne e a dermatite, deixa a pele com um brilho saudável e com a oleosidade controlada. 

Para que o sistema imunológico esteja fortalecido, uma série de fatores são necessários, entre eles as vitaminas do complexo B, inclusive o folato. 

Além de ser essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto, o folato é fundamental para a função cerebral adequada e desempenha um papel importante na capacidade cognitiva e na saúde mental e emocional. Segundo estudos realizados pelo Institute for Functional Medicine, na Flórida, mais de 40% dos casos de depressão são causados pela falta de folato no organismo. Ele age como cofator na produção de serotonina, um neurotransmissor que garante o bom humor.

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O folato se combina com as vitaminas B6 e B12 formando uma coenzima que reduz os níveis de homocisteína, um aminoácido que em excesso afeta o aparelho cardiovascular (sistema circulatório e coração) de forma negativa, impedindo a reparação celular (um processo conhecido por metilação). Altos níveis de homocisteína contribuem para o endurecimento dos vasos sanguíneos, o que eleva a pressão arterial.  

Os alimentos ricos em folato são todas as folhas verdes escuras, com ênfase para espinafre, brócolis, couve, alface e salsa. Os cereais integrais, feijões, cogumelos, vísceras (fígado de galinha), abacate, manga, laranja, tomate, melão, banana, ovo, levedo de cerveja e germe de trigo também possuem boas quantidades do nutriente. 

Portanto, os alimentos ricos em folato são bem variados. Todos eles devem fazer parte da dieta diária. Folhas verdes, frutas, leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão de bico), ovo, carne e vísceras. Não é difícil conseguir um bom aporte da vitamina se o cardápio incluir estes alimentos. 

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Previne o câncer: Suplementos deste nutriente podem prevenir a progressão do câncer, segundo estudo publicado na revista científica Cancer da Sociedade Americana de Câncer. O estudo forneceu dados para apoiar a hipótese de que a insuficiência de ácido fólico é um fator de risco para a ocorrência do câncer. O folato é incorporado a coenzimas que são essenciais para uma variedade de reações no metabolismo de ácidos nucleicos e aminoácidos, tais como a síntese e reparação de DNA (o que evita a formação de células defeituosas que poderiam se transformar em uma célula maligna) e a conversão de homocisteína em metionina, seu excesso está ligado a problemas de saúde crônicos, tais como câncer e doenças cardiovasculares. 

Na maior parte das vezes a deficiência de folato é assintomática. Em casos graves pode haver fadiga, falta de ar após esforço leve, dor de cabeça e feridas na boca. O diagnóstico é feito pela dosagem de ácido fólico no sangue.  

Uma deficiência de folato pode levar a anemia em adultos e desenvolvimento mais lento em crianças. No caso das gestantes, a ausência desta vitamina pode fazer com que o feto tenha malformações neurológicas. 

O álcool interfere na absorção de folato e também aumenta a quantidade da vitamina que é eliminada pela urina. Por isso, muitos alcoólatras podem ter deficiência de ácido fólico. Além disso, é frequente os alcoólatras terem dietas pobres e não alcançarem a ingestão diária recomendada de folato. 

Se houver uma ingestão exagerada por um longo período isto pode resultar em uma deficiência de vitamina B12, o que pode causar danos ao sistema nervoso e anemia por deficiência de vitamina B12. 

Devido aos problemas mencionados acima sobre a deficiência de vitamina B12, o ideal é sempre associar o ácido fólico com uma fórmula completa contendo todos os elementos do complexo B para não causar um desequilíbrio entre eles, B1, B2, B3, B5, B6, B12, biotina, ácido pantotênico, colina, inositol, todos que compõe o complexo B. 

Idade/Momento de vida Quantidades
0 - 6 meses 65 microgramas/ dia
7- 12 meses 80 microgramas/ dia
1 a 3 anos 150 microgramas/ dia
4 a 8 anos 200 microgramas/ dia
9 a 13 anos 300 microgramas/ dia
14 anos em diante 400 microgramas/ dia
Gestantes 600 microgramas/ dia
Lactantes 500 microgramas/ dia

 Fonte: Institute of Medicine of the National Academies

Existem alguns momentos da vida e condições de saúde em que a suplementação com o ácido fólico é orientada. São eles: gravidez, lactação, anemia por deficiência de folato, excesso de homocisteína e sempre que houver deficiência medida no exame de sangue - estas são as indicações principais.

Deficiências têm sido observadas em alcoólatras, em mais de 50 % dos casos. O álcool interfere com a absorção de folato e também aumenta a quantidade da vitamina que é eliminada pela urina. Além disso, muitos alcoólatras têm dietas pobres e não alcançam a ingestão diária recomendada de folato.

Vitaminas, como o suplemento desta vitamina, não apresentam efeitos colaterais tão intensos como medicamentos alopáticos. Muito mais perigoso é tomar um analgésico ou um anti-inflamatório. Se houver uma ingestão exagerada de ácido fólico por um longo período isto pode resultar em uma deficiência de vitamina B12, o que pode causar danos ao sistema nervoso e anemia por deficiência de B12.

O ideal é sempre associar o folato com uma fórmula completa contendo todos os elementos do complexo B para não causar um desequilíbrio entre eles (B1, B2, B3, B5, B6, B12, biotina, ácido pantotênico, colina, inositol, todos eles fazem parte do complexo B.

Espinafre é rico em folato - Foto: Getty Images

Folato é uma vitamina solúvel em água e isso facilita a sua regulação pelo corpo: qualquer excesso será eliminado naturalmente através da urina. Assim a overdose não ocorre com a alimentação, mas pode ocorrer a partir de suplementos - ingerir uma dose excessiva de ácido fólico pode resultar em problemas digestivos, dor de estômago, náusea e reações cutâneas tipo urticária. Também pode ocorrer a deficiência de vitamina B12 e consequentemente uma anemia. A quantidade acima de 5000 microgramas por dia é considerada perigosa. 

  • Bolinho low carb de espinafre.

Dra.Tamara Mazaracki, médica nutróloga e pós-graduada em medicina ortomolecular. CRM: 52301716/RJ 

Como saber se preciso tomar ácido fólico?

É recomendado tomar 1 comprimido de ácido fólico de 400 mcg pelo menos 30 dias antes de engravidar e durante toda a gestação, ou de acordo com a indicação do ginecologista, com o objetivo de prevenir má-formações fetais e diminuir o risco de pré-eclâmpsia ou parto prematuro.

Quem deve tomar ácido fólico?

A suplementação com ácido fólico geralmente é recomendada em casos de deficiência dessa vitamina, quando se tem anemia, para gestantes e mulheres que estão amamentando, devendo ser feita com orientação de um médico.

Para que o ácido fólico é indicado?

O ácido fólico é encarregado de reduzir o risco de deficiências no cérebro e na coluna vertebral, chamados deficiências do tubo neural. O tubo neural se converte no cérebro e na medula espinhal do bebê no primeiro mês de gestação, sendo este período o de maior risco para a formação de deficiências.

Pode tomar ácido fólico por conta própria?

Portanto, nunca se deve tomar ácido fólico por conta própria, devendo-se sempre fazer exames de sangue antes e procurar orientação médica para sua reposição.

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