Que fatores contribuíram para os fenícios se tornarem grandes navegadores e comerciantes?

I . Definição de conceitos

Há que começar o trabalho por definir o que se entende por Europa. A Europa é, por convenção, um dos seis continentes do mundo compreendendo a península ocidental da Eurásia.

É limitada pelo oceano Glacial Ártico e outros corpos de água no norte, pelo oceano Atlântico a oeste, pelo mar Mediterrâneo ao sul e separa-se a leste da Ásia pelo divisor de águas dos montes Urais, o mar Cáspio e o Cáucaso.

O termo Europa vem da Antiguidade Clássica: Europa era uma rainha mitológica de Creta. Mais tarde, o termo  foi usado para se referir ao centro-norte da Grécia, e em 500 a.C., seu significado foi estendido para as terras ao norte.

Às vezes o termo Europa é utilizado numa perspectiva limitada,  geopolítica  para se referir apenas à União Europeia. Outro é utilizado para referir-se a uma distinção cultural e política com o significado de cultura europeia ou cultura ocidental. A Europa, mais precisamente a Grécia Antiga, é considerada o berço da cultura ocidental.

A partir das viagens de descoberta a Europa tem vindo a desempenhar um papel preponderante no Mundo, embora gradualmente veja diminuir a sua importância no panorama político e económico Mundial.

Neste momento a Europa é o quarto continente mais populoso do mundo representando cerca de 11% da população mundial. Em 1900, a população europeia representava 25% da população mundial e as estimativas da ONU apontam para que em 2050 caia para 7%

Para melhor compreendermos o seu papel e encontrarmos respostas às questões formuladas temos necessariamente de nos debruçar um pouco sobre a sua história.

II. Perspectiva Histórica

II.1 - Pré História

II.1.1- Europa no período do paleolítico

Na europa aparecem vestígios de Homo erectus e de neanderthalis há 1,8 milhões de anos e vestígios do Homo sapiens sapiens desde cerca  de 3 5000 a.C.

  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Europa#Pr.C3.A9-hist.C3.B3ria

II.1.2- Europa no período neolítico

Vestígios de ocupação sedentária, aldeias, aparecem no continente europeu entre o 7º e o 4º milénio.

Encontram-se vestígios na Europa Ocidental de uma civilização que nos deixou grandes monumentos de pedra (ou megalitos) dispersos através do continente - a cultura megalítica europeia 

Calcula-se que as primeiras destas construções, encontradas na Península Ibérica, datem de aproximadamente 5000 a.C. Ou seja   cerca de dois milénios antes da construção das Pirâmides do Egipto

Muitas são túmulos  comunais e outras estruturas bastante simples. Outras incluem as fileiras de pedras da Bretanha e as centenas de círculos de rochas da ilhas britânicas, dos quais o mais famoso é Stonehenge. Muitas destas construções têm sido demonstradas como possuindo significativos alinhamentos astronómicos, embora a sua função ainda permaneça misteriosa.

  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Europa#Pr.C3.A9-hist.C3.B3ria
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_megal%C3%ADtica_da_Europa

II.2 – Idade Antiga

Período que se estende desde a invenção da escrita (de 4 000 a.C. a 3 500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.), marca o início das civilizações da Antiguidade.

É nas regiões de rios com cheias anuais que deixam nas suas margens terrenos muito férteis que permitem grande produção de alimentos, excedentes, que nascem as 1ªs cidades e civilizações

A palavra cidade e civilização, vêm do latim e têm uma origem comum: civita que quer dizer cidade e civile (civil) o seu habitante e designa toda a cultura de um determinado povo com as suas características próprias e distintas sociais, científicas, políticas, económicas e artísticas. 

As 1ªs primeiras civilizações surgiram no Crescente Fértil uma região Irrigada pelos rios  Jordão, pelo Eufrates, pelo Tigre e o Nilo.  O termo Crescente Fértil  refere-se ao facto de o arco formado pelas diferentes zonas assemelhar-se a uma Lua crescente. Estende-se das planícies aluviais do rio Nilo, continuando pela margem leste do Mediterrâneo, em torno do norte do deserto sírio e através da Península Arábica e da Mesopotâmia, até ao Golfo Pérsico. Aí nasceram civilizações que influenciaram fortemente toda a História da Humanidade: Suméria, Egípcia, Hebraica e Fenícia. 

Embora se encontrem vestígios dispersos de outras, a primeira civilização bem conhecida da Europa foi a dos Micenas, no começo do 2º milénio a.C.

Mais tarde nas margens do mediterrâneo desenvolvem-se as civilizações Grega, Romana e Árabe

Embora se encontrem vestígios dispersos de outras a primeira civilização bem conhecida da Europa foi a dos Micenas, no começo do 2º milénio a.C.

  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Europa#Pr.C3.A9-hist.C3.B3ria
  • Livro História 7, Maria Emília Diniz, Adérito Tavares e Arlindo M. caldeira

II.2.1 – Contributos civilizacionais dos Fenícios

A Fenícia localizava-se na região do Líbano actual. O seu território abrangia uma estreita faixa com cerca de 200 quilómetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Os fenícios eram um povo de origem semita, originário das costas setentrionais do Mar Vermelho. Formam cidades independentes, verdadeiras cidades-estado.

Devido às características geográficas da região que ocupavam -- não havia terra apropriada para a agricultura --, foram obrigados a dedicar-se principalmente às atividades marítimas como o comércio.

A civilização fenícia foi uma cultura comercial marítima que se espalhou por todo o mar Mediterrâneo entre o período de 1 500 a.C. a 300 a.C cuja contribuição principal para a história da civilização foi a invenção do alfabeto. Por necessidade prática (comércio), os fenícios criaram sinais para representar os sons das palavras: 22 sinais que correspondiam a sons de consoantes. Esse alfabeto, completado pelas vogais, tornou-se o mais tarde alfabeto grego. A escrita Fenícia acabou por ser adotada por todos os povos da bacia mediterrânea e do Oriente Médio.

Outros elementos importantes que esta civilização nos deixou foram: o cálculo matemático, a geometria, as unidades de peso e medida, o calendário lunar e solar, os estudos de astronomia, de medicina e farmácia. Desenvolveram ainda as técnicas de construção, com a utilização de colunas, arcos e cúpulas.

  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%ADcia
  • //pt.wikibooks.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%B5es_da_Antiguidade/A_civiliza%C3%A7%C3%A3o_fen%C3%ADcia

II.2.2 – Contributos civilizacionais dos Hebreus

A grande importância da civilização hebraica na história, deve- se ao facto de  ter sido a primeira das religiões monoteístas.

A história do povo Hebraico tem como fonte principal a Bíblia segundo a qual Abraão ouviu a voz de Deus prometendo-lhe terra e descendência. Esta promessa cumpre-se com o nascimento do filho  Isaac, que por sua vez tem um filho,  Jacob que será pai de doze filhos, os quais serão os pais das doze tribos de Israel.

O patriarca Abraão, quer tenha ou não, um traço existido, é comum às três religiões monoteístas: Religião Hebraica, Religião Cristã e Religião Muçulmana.

  • Para os Hebreus  o filho que teve com a sua esposa Sara , Isaac,  dá origem  ao  povo judeu.
  • Para os Muçulmanos Abraão, chama-se  Ibrahim e  teve um filho chamado Ismael, pai do povo árabe.
  • Para os cristãos é também o primeiro patriarca, pois o cristianismo provém da crença que Cristo, um hebreu, era o Messias prometido para vir salvar da opressão os Hebreus o povo eleito.
  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Hebreus
  • //pt.wikibooks.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%B5es_da_Antiguidade/A_civiliza%C3%A7%C3%A3o_hebraica

II.2.3 – Contributos civilizacionais da Grécia

A influência grega no Ocidente é profunda e vasta tendo sido o seu maior legado  a reflexão intelectual  e a tomada de consciência do homem sobre si mesmo e sobre os fenómenos que o cercam -  antropocentrismo – palavra grega que significa o homem como centro de tudo, uma ideia original e única em todo o mundo.

Os gregos do século VI a.C. abandonaram as soluções metafísicas e espirituais do mundo e procuram explicações racionais. Este é o início da ciência como a conhecemos desenvolvendo-se a matemática, a medicina e a filosofia entre outras

As próprias construções, dos templos por exemplo tornam-se, adequadas às dimensões homens e não dos deusesye toda a arte grega tem o homem como referência mostrando esta mentalidade antropocêntrica.

O homem confrontando-se com seus limites é uma invenção grega.

  • Consultas
  • //sites.google.com/site/filosofiapopular/home/os-gregos/influencia-gre

II.2.4- Contributos civilizacionais dos romanos

Os romanos assimilaram muitos aspectos da cultura dos povos vencidos, principalmente dos gregos mas teve muitas coisas originais contribuindo a  civilização romana para o desenvolvimento do direitoarteliteratura, arquiteturatecnologia,  religiãogoverno, e línguas do mundo ocidental

Língua

As línguas românicas são a continuação do latim vulgar, falado pelos soldados, colonos e mercadores do Império Romano, diferente da forma clássica da língua falada pelas classes superiores romanas e escrita. Do latim, derivaram diversas línguas modernas, como o português, o francês, o espanhol, o romeno e o italiano.

O alfabeto latino é usado na maioria das línguas indo-europeias  (com a exceção do ídiche) e algumas do grupo eslavo. Geograficamente, isso inclui toda a Europa Ocidental, as Américas e boa parte da África Subsaariana e da Oceânia.

Direito

Uma notável contribuição romana para a cultura ocidental foi o Direito que constitui ainda hoje o fundamento dos Códigos de Direito contemporâneos.

Como quase tudo em Roma, as leis surgiram para dar uma solução prática aos problemas criados pelas lutas entre os grupos sociais e pelas guerras de conquista. Roma dominava um vasto e variado mosaico de povos, unidos por vínculos económicos, políticos e culturais. Criar normas jurídicas que permitissem a coexistência de tão diferentes costumes e tradições tornou-se uma necessidade.

Tendo como ponto de partida a Lei das Doze Tábuas  (450 a.C.) O direito romano desenvolveu-se gradualmente, e teve sua completa sistematização no período do império, Compondo-se de três grandes ramos: O jus civile  (Direito civil), aplicável apenas aos cidadãos de Roma, o jus gentium  (Direito das gentes ou dos estrangeiros), conjunto de normas comuns ao povo romano e aos povos conquistados e o jus naturale (Direito natural), que representava o aspecto filosófico do direito. Baseava-se na ideia de que o ser humano é, por natureza, portador de direitos que devem ser respeitados.

O Direito juntamento com o latim funcionaram como “instrumentos” que contribuíram para a integração dos povos dominados no império.

  • O latim, a língua oficial do império, passou a ser falado pela maior parte das populações urbanas, ainda que numa variante popular;
  • Toda a numerosa população do império ficou sujeita ao direito romano, isto é, às leis romanas;

O direito constitui umas das notáveis realizações da civilização romana. Os romanos elaboram um vasto conjunto de leis aplicadas por todo o império na sociedade romana.

Por sua vez, o direito Público romano, isto é, o conjunto das leis que regulavam o funcionamento do estado, viria a tornar-se umas das principais fontes para a organização administrativa e judicial dos futuros estados da europa medieval.

Jesus Cristo nasce, na Palestina na cidade de Belém, território onde viviam os Hebreus e que tinha sido conquistada pelos romanos no século I a.C., no tempo do imperador Octaviano César Augusto. Jesus pregava a paz, a humildade, o amor, e a fraternidade. Depois de cristo ter sido morto, os seus seguidores afirmaram que ele tinha ressuscitado e que, antes de subir aos céus, os enviara a pregar os seus ensinamentos. Rapidamente o cristianismo irá ter grande aceitação entre os mais pobres do Império e progressivamente foi ganhando a adesão dos grupos mais ricos. Depois de muitas perseguições, por não adorarem o imperador, em 313 os cristãos acabaram por obter a liberdade de culto. O cristianismo tornou se a religião oficial do Império Romano no ano 380 por ordem do imperador Teodósio I, que tomou a medida, numa lei conhecida como Édito de Tessalónica.

II.3 – Idade Média

A Idade Média é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente em 476 e termina durante a transição para a Idade Moderna.

Alguns historiadores dividem a Idade Média em: Alta Idade Média e Baixa Idade Média.

  • Durante a Alta Idade Média verificam-se invasões que conduzem a processos de despovoamento, regressão urbana. 
  • Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio.
  • Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes – Crise do Séculos XIV
  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia

II.3.1 – Alta Idade Média

A partir do século III, o império romano entrou num período de crise profunda, vários povos, aos quais os romanos chamavam bárbaros, fixaram-se junto às fronteiras do império, atraídos pelas suas riquezas.

Para os romanos, bárbaros eram todos aqueles que não tinham a cultura romana, que estavam fora das fronteiras do Império.

Os povos bárbaros estavam divididos em tribos dedicavam-se à caça, pesca, saques, pastoreio e agricultura rudimentar onde praticavam a propriedade colectiva da terra e tinham uma religião politeísta. O contacto com o império romano fez aparecer entre eles a propriedade privada da terra e a desigualdade social

No início do século V, a pressão exercida pelos Hunos (povo guerreiro vindo da Ásia) sobre os germanos forçou-os a entrar violentamente na parte ocidental do império romano. Isto marca o início da Idade Média.

Por volta do fim do século V, a parte ocidental do império estava já dividida em pequenas unidades políticas, governadas pelas tribos que as haviam ocupado durante o início do século.

 Entre os séculos V e VIII:

  • Os Ostrogodos estabelecem-se em  Itália. 
  • Os Burgúndios estabelecem-se na Gália (França).
  • Os Francos e os Bretões estabelecem-se no norte da Gália,
  • Os Bretões, estabelecem-se no que é hoje a Grã Bretanha.
  • Os Visigodos estabelecem o seu reino em grande parte da península Ibérica.
  • O Reino Suevo estabelece-se no noroeste peninsular.
  • O Reino Vândalo estabelece-se no norte de África.
  • Durante o século VI, os Lombardos estabelecem-se no norte de Itália,
  • Os povos Eslavos ocuparam a Europa Central e de Leste até à península Balcânica.

Os esforços dos reinos locais para repelir os invasores levaram à formação de novas entidades políticas. Alguns dos reis bárbaros converteram-se ao cristianismo, fruto do esforço missionário do mesmo período, embora o processo de cristianização só tenha sido completo por volta do ano 1000.

Espanha cristã, inicialmente confinada a um pequeno território a norte depois da conquista muçulmana, começou a reconquistar território a sul durante os séculos IX e X

Depois de um período de relativa acalmia, a europa Ocidental sofreu, entre o século VIII e meados do século X, uma nova vaga de invasões:

  • Viquingues;
  • Muçulmanos;
  • Húngaros;
  • Consultas
  • //www.mundoeducacao.com/historiageral/as-influencias-germanicas-romanas-no-ocidente-medieval.htm
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia

Influencias  germânicas e romanas

Com as invasões dos povos germânicos (bárbaros) não houve propriamente substituição dos costumes dentro da Europa. Permanecem costumes romanos e juntam-se outros de origem germânica

Os bárbaros tinham as suas leis nativas que acabaram por ser influenciadas pelo direito romano. Criou-se um sistema romano-germânico que vai influenciar os direitos de praticamente todos os países do mundo.

O latim, foi gradualmente substituído por várias línguas de raiz latina, influenciadas por línguas germânicas que deram, o francês, português ou romeno num processo que ocorreu ao longo de séculos.

Por outro lado já antes da queda do Império Romano, Roma estava a passar por uma crise que aumentou o êxodo urbano no império, o que diminuiu a produção. O governo, tentando preservar a produção, resolveu proibir os camponeses de abandonarem as terras onde trabalhavam. Com essa proibição os camponeses perderam a liberdade e foram transformados em servos dos grandes proprietários. Em troca, estes garantiam a sua protecção contra os invasores, terras para o cultivo e o direito de ficar com uma parte do que produziam. Esse tipo de relação perdurou por quase toda a Idade Média. 

Já o cristianismo, outra influência romana na sociedade feudal, ganhou muitos adeptos no fim do Império Romano. Alguns imperadores aperceberam-se que a tolerância àquela religião talvez fosse proveitosa para o governo. Em 391, o imperador Teodósio oficializou o cristianismo como religião do Império Romano. 

Os imperadores romanos entenderam que o cristianismo era muito aceite pelo seu povo e mais tarde alguns reis germânicos perceberam que, ao se tornarem cristãos, seriam aceites pela população dos territórios por eles conquistados. Foi assim que o cristianismo ganhou importância no Império e, mais tarde, também na Idade Média.

Os reinos bárbaros acabaram por se converter ao cristianismo, adotaram leis comuns e o casamento entre as populações germana e romana acabou por ser permitido.

  • Consulta
  • //www.mundoeducacao.com/historiageral/as-influencias-germanicas-romanas-no-ocidente-medieval.htm
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Legado_romano

Influência Muçulmana

Os Árabes viviam na península arábica, organizados em tribos. Dedicavam-se à pastorícia e ao comércio feito através do deserto.

Os seguidores do islão, os Muçulmanos, acreditam na existência de deus único (são por isso monoteístas) que Maomé disse ter-lhe sido anunciado pelo arcanjo Gabriel que lhe dera a mensagem de que deveria pregar a todos os homens uma nova religião, o Islão ou islamismo.

Quando Maomé morreu, em 632, a arábica estava unificada e os seus habitantes, em grande parte, convertidos à religião islâmica ou islamismo.

Os muçulmanos, unidos pela nova fé, partiram à conquista de novas terras. Em cerca de cem anos formaram um império, esta expansão ficou a dever-se, fundamentalmente, ao desejo de espalhar o islamismo mas na prática queriam dominar as rotas comerciais e alargar as sua influências comerciais a outras religiões. 

Nos anos de 711, os muçulmanos que ocupavam o Norte de Africa atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a península ibérica, derrotando o exército cristão na batalha de Guadalete. Os muçulmanos Irão permanecer na Península Ibérica durante vários séculos.

A conquista muçulmana na região do Mediterrâneo teve profundas consequências na História do Ocidente. A ciência árabe fez notáveis progressos na Física, Química, Matemática, Astronomia e na Literatura.

A construção naval progrediu com a introdução do sistema de vigas e pranchas em substituição do método romano de caixa e espiga, bem como a introdução da vela latina e do leme de proa, que possibilitaram um aumento significativo da velocidade de navegação. Os muçulmanos ensinaram-nos ainda a construir e utilizar instrumentos de navegação como o astrolábio, o quadrante e a bússola.

  • Consulta
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_mu%C3%A7ulmana_da_pen%C3%ADnsula_Ib%C3%A9rica

Sociedade medieval

Verificou-se a ruralização da economia, ou seja, a população passou a viver quase exclusivamente da agricultura. Assim, a economia urbana, comercial e monetária do tempo dos romanos deu lugar a uma economia de subsistência, que conduziu a um período de regressão da economia.

A sociedade era formada pelo clero, pela pobreza e pelo povo (comerciantes, artesãos e camponeses). O clero e a nobreza eram grupos socias privilegiados, pois possuíam direitos que o povo não tinha, destacando- se a isenção do pagamento do imposto ao rei- embora recebessem rendas e tributos dos camponeses.

Abaixo destes grupos, situava-se o povo, grupo social não privilegiado, que vivia, em geral, pobremente.

Na sociedade medieval, todos tinham funções distintas, destacando-se as seguintes:

  • O clero rezava pela protecção e salvação de todos;
  • A nobreza combatia para defender o território;
  • O povo trabalhava para alimentar toda a sociedade;

A estrutura social e económica tinha por base as relações feudais. Embora não fosse proprietária, a nobreza detinha os direitos de exploração e tributação de grande parte dos terrenos agrícolas. Os servos obtinham o direito a cultivar e habitar as terras de determinada família nobre mediante o pagamento de uma renda na forma de trabalho, géneros ou moeda. Em troca, recebiam proteção económica e militar. Ao longo dos séculos XI e XII, estas terras, ou feudos irão tornar-se hereditárias.

  • Consultas
  • //www.mundoeducacao.com/historiageral/as-influencias-germanicas-romanas-no-ocidente-medieval.htm
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia

II.3.2 – Baixa Idade Média

A Baixa Idade Média representa um período determinante na formação dos estados ocidentais europeia. Os reinos de França, Inglaterra e Espanha consolidam o seu poder e definem centros de poder duradouros. Surgem também novas potências na Europa Central como a Hungria e Polónia, após sua conversão ao cristianismo. O Reino da Hungria teve origem nos Magiares, que se estabeleceram no território por volta do ano 900.

A explosão demográfica europeia que gerou uma população marginal, sem emprego e sem terras, uniu ao desejo de riqueza o fervor religioso de libertar a Terra Santa conquistada pelos turcos seldjúcidas (dinastia do fundador Seldjuk), que haviam proibido a peregrinação ao Santo Sepulcro, em Jerusalém.

Convocadas pelo Papa, os cristãos da Europa Ocidental, organizaram as Cruzadas expedições militares para combater (guerra santa) os muçulmanos.

As Cruzadas representaram uma tentativa do papado de unir a Igreja Ocidental e a Igreja Oriental, separadas desde 1054 pelo Cisma do Oriente. A necessidade de algumas cidades comerciais europeias, principalmente italianos, interessados nos produtos orientais e na possibilidade de abertura do mar Mediterrâneo ao comércio, contribuíram para o financiamento destas expedições a que muitos nobres e cavaleiros com o desejo de se apropriarem de terras no oriente.             

Do final do século XI à segunda metade do século XIII, houve oito cruzadas, que dirigiram a sua luta contra os turcos no Oriente.

Embora do ponto de vista religioso as cruzadas tenham fracassado, tiveram um papel importante do ponto de vista económico no desenvolvimento comercial. Acabaram com a dominação árabe no Mar Mediterrâneo restabelecendo as relações europeias com o norte da África e a Ásia. Foram responsáveis pela reabertura do Mediterrâneo ao comércio internacional e pelo desenvolvimento do comércio ocidental fortalecido pelas feiras, Cruzadas e pelo surgimento dos Burgos e que:

  • No Mediterrâneo: fazia a ligação entre a Europa e Oriente através das cidades italianas e os árabes.
  • No Norte da Europa: ligava o mar do Norte ao mar Báltico, predominavam os comerciantes alemães.
  • No Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o mar do Norte ao Mediterrâneo.
  • No Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres.

Gradativamente, o comércio foi se desenvolvendo, a princípio dentro da própria cidade, depois entre duas ou mais cidades e, por fim, entre países.

Por outro lado o século XII marca o momento em que surgem as primeiras Universidades nos principais centros urbanos onde se assiste ao debate em torno das questões de direito, tanto secular como canónico. Em 1100, o direito romano fazia já parte do programa de universidades com a de Bolonha, e o seu ensino e disseminação viria a contribuir para o registo e padronização de códigos legais por toda a Europa Ocidental.

O ensino Universitário contribui ainda, por influências das culturas grega e islâmica, para a substituição da numeração romana pelo sistema de numeração decimal,  e para a introdução da álgebra, fundamentais para o avanço das ciências matemáticas.

Um dos maiores pólos de desenvolvimento da medicina deu-se no sul de Itália, na Escola de Salerno, influenciada pela medicina islâmica.

Ao longo dos séculos XII e XIII, assiste-se na Europa e uma série de inovações na gestão dos meios de produção económica, que se reflectiram num crescimento económico muito acentuado. Entre os maiores avanços tecnológicos conta-se a invenção do moinho de vento, os primeiros relógios mecânicos, as primeiras investigações no campo da óptica com a criação de lentes rudimentares, a destilação e o uso do astrolábio.

  • Consulta
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia

II.3.3 – Crise do Século XIV

Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. Os primeiros anos do século XIV são marcados da transição climática abrupta, o clima torna-se mais frio e dão-se vários períodos de fome que culminariam na Grande fome de 1315-1317.No seguimento destas catástrofes, surge em 1347 a Peste Negra, uma epidemia altamente contagiosa e mortal que se disseminou por toda a Europa entre 1348 e 1350. Um terço da população europeia foi dizimado entre 1347 e 1350, calculando-se que morreram cerca de 35 milhões de pessoas, sobretudo as cidades em virtude da elevada concentração populacional. Grandes porções do território ficaram inabitadas e os terrenos abandonados.

Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios Reinos.

  • Consulta
  • htts://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia 

II.4 Idade Moderna

A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente que se caracteriza pela substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista.

Foi um período de transição por excelência. Alguns historiadores estabelecem o seu início em 1453 quando se dá a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos outros historiadores apontam o início das viagens de Descoberta Portuguesas (conquista de Ceuta em 1415). O seu término dá-se com a Revolução Francesa, em  1789.

II.4.1 -Século XV o Início da expansão europeia

Interrompido durante a crise do século XIV o comércio europeu voltou a crescer extraordinariamente a partir do século XV . As comunicações vão-se tornando mais velozes e a burguesia, que reunia banqueiros, mercadores e artesãos vai ganhando cada vez mais importância.

Contribuiu para tal a de alguns inventos que impulsionaram o progresso técnico e os avanços da ciência nomeadamente a bússola, inventada pelos chineses que começou a generalizar-se entre os séculos XIV e XV permitindo a orientação dos navegadores em alto-mar.

Verificam-se ainda vários avanços culturais:

  • Vários países fizeram um esforço no sentido de codificar as leis, tendo sido promulgados códigos
  • Apareceram também uma série de novas universidades por toda a Europa e difundiram-se as escolas comerciais.

A invenção da prensa móvel por volta de 1450, trouxe consigo a facilidade na impressão de livros e a percentagem dos alfabetizados cresceu, embora continuasse baixa: as estimativas apontam para que por volta de 1500 a taxa de literacia fosse de apenas 10 % entre os Homens e 1 % entre as mulheres.

Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" -fomes, pestes e guerras - criando condições propícias às descobertas marítimas e ao encontro de povos. O dinheiro adquiriu valor e o comércio supera a terra fazendo surgir uma nova mentalidade orientada para o lucro e para a acumulação – mentalidade capitalista.

O desenvolvimento das navegações fortalece o roto marítimo e comerciais abertas na Idade Média o que exige cada vez maior quantidade de moeda e de ouro, que como não abundava na Europa, criava a motivação de chegar directamente às regiões produtoras. O desejo europeu de expansão passava também por ter acesso directo aos mercados de especiarias e produtos de luxo do oriente.

Após a conquista de Ceuta em 1415 pelos portugueses os reinos da península Ibérica começaram a financiar explorações além das fronteiras da Europa. 

Portugal liderou a exploração geográfica, seguido pela Espanha no começo no século XVI. França, Inglaterra e Países Baixos seguiram o exemplo de Portugal e Espanha.

Impérios Coloniais:

  • Espanha - parte da América do Norte, grande parte da América Central e do Sul, o Caribe e Filipinas.
  • Portugal - Brasil, territórios costeiros em África e Ásia e Índia, Macau e Timor Português
  • Grã-Bretanha - Austrália, Nova Zelândia, maior parte da índia e grande parte de África e América do Norte.
  • França - Partes do Canadá, Indochina, grandes terras na África e Caribe.
  • Países Baixos - Índias Orientais (Indonésia) e algumas ilhas no Caribe.

Com a maior variedade de produtos de luxo a entrarem no mercado europeu por via marítima, os anteriores mercados europeus de bens de luxo estagnaram. O comércio do Atlântico suplantou largamente as anteriores potências comerciais italianas (repúblicas marítimas) e alemãs (Liga Hanseática), que baseavam as suas relações comerciais no Báltico, com russos e muçulmanos.

O centro da economia europeia deslocou-se do Mediterrâneo para a Europa Ocidental.

  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Europa

II.4.2 - Século XVI – Novos valores europeus

Os homens da Idade Média consideravam todos os aspectos da vida de acordo com os ideais religiosos. A vida terrena e os acontecimentos históricos explicavam-se pela vontade de Deus e toda a ciência, a literatura e a arte dependiam do pensamento religioso. Todavia, no decorrer do século XVI, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de pensar e o homem passou a ser visto como o grande protagonista dos acontecimentos, determinados em grande parte pela sua vontade, para o que contribuíram as grandes navegações que proporcionaram novas experiências culturais e científicas e a queda de Constantinopla, a importante capital do Império Romano do Oriente, grande centro comercial e cultural que levou muitos intelectuais a procurarem refúgio em Itália.

Esta mudança de mentalidades tomou o nome de Renascimento que vem de renascer ou reviver os valores da Antiguidade clássica greco-romana e caracteriza-se pelo humanismo e pelo espírito crítico. Durante toda a Idade Média, o homem foi uma criatura frágil e submissa à vontade de Deus, com o humanismo, ele acaba por se tornar responsável por si mesmo e não permanentemente subordinado à vontade divina.

O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, colocando-o no centro dos interesses e atenções- antropocentrismo.

A natureza também atrai as atenções torna-se objecto de observação e estudo numa atitude de crítica ao saber tradicional, levando a um extraordinário desenvolvimento de vários ramos do conhecimento sobretudo na matemática, astrologia, geografia, botânica e anatomia.

Nas artes o Renascimento caracterizou-se, em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma perspectiva racional e matemática representando a paisagem, as arquitecturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma impressão de espaço tridimensional.

Os humanistas com um novo conceito sobre a vida e o mundo desenvolveram um apurado espírito crítico sobretudo em relação aos problemas da sociedade nomeadamente:

Política – novas concepções que defendem que alguém (em geral, um monarca) deve ter o poder absoluto, isto é, independente de outro órgão.

A igreja católica – critica aos costumes das hierarquias da igreja que culminarão com os movimentos de reforma protestantes que tiveram efeitos profundos na unidade europeia, não só dividindo as nações uma das outras pela sua orientação religiosa como alguns estados foram afectados internamente por lutas religiosas, fortemente encorajadas por seus inimigos externos. A França viveu essa situação no século XVI com uma série de conflitos, como as guerras religiosas na França.

  • Consultas
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Europa
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante

II.4.3 - SEC XVII - Absolutismo e impérios coloniais

Politicamente o século XVII na europa é caracterizado pela  monarquia absolutista  que nasce com Luís XIV de França, conhecido como "Rei-Sol", 

Durante os séculos XVI e XVII, diversos pensadores procuraram  justificar o poder absoluto dos monarcas. A principal obra de Nicolau Maquiavel, O príncipe, escrita para responder a um conjunto de questões a respeito da origem e da manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a defesa do absolutismo. Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar-se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder. As acções do Estado deveriam ser regidas, sobretudo, pela racionalidade.   

Com o absolutismo o rei concentrava todos os poderes, criando leis sem aprovação da sociedade, além de impostos e demais tributos de acordo com a situação ou um novo projeto ou guerra que surgisse. Além disso, o monarca interferia em assuntos religiosos, em alguns casos controlando o clero de seu país.

Desenvolvimento científico

No período que começou no século XVI e  se prolongou até o século XVIII a Ciência, que até então estava atrelada à Filosofia, separa-se desta e passa a ser um conhecimento mais estruturado e prático.

As causas principais desta revolução  científica encontram-se  no renascimento e na mentalidade humanista, na difusão através da imprensa e na reforma protestante que participou de modo decisivo uma vez que os reformistas pregavam que uma forma de se apreciar a existência de Deus era através das descobertas na ciência e por isto estas foram incentivadas, proporcionando uma propulsão ao desenvolvimento da revolução científica.

Assistem-se a novas viagens de descoberta e novos impérios pois a curiosidade científica também se projectou no alargamento do conhecimento do Mundo. A partir do século XVII são os países do norte da Europa que tomam a iniciativa do movimento expansionista europeu.

Colonização

O objectivo da colonização foi primordialmente explorar da forma mais lucrativa possível os domínios coloniais. Não havia nenhuma intenção de povoamento: trabalhadores livres, em grande número procurariam o seu próprio enriquecimento e dificultariam a fiscalização e taxação de impostos. As novas ligações trans-oceânicas e o seu domínio pelas potências europeias originaram os impérios coloniais europeus, que vieram a controlar grande parte do planeta.

Novas religiões impuseram-se aos  rituais "pagãos", assim como línguas, culturas políticas e, em algumas áreas como a América do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Argentina, povos indígenas foram afastados de suas terras ou reduzidos a minorias.

Vulneráveis a doenças infecciosas euroasiáticas a que nunca haviam sido expostos, muitos morreram  com doenças transmitidas pelos Europeus, que nalguns casos dizimaram 50-90% de algumas populações.

Considerar o elemento nativo como inferior foi o traço comum na colonização dos outros continentes e como tal desrespeitaram e baniram a cultura local, provocando o desaparecimento de muitas nações indígenas em nome da "civilização" que os países ocidentais trouxeram como "legado" e que deveria ser incorporado às terras conquistadas.

Em menos de cem anos, vitimaram-se três quartos da população americana.

Tornou-se imperiosa a vinda de escravos africanos que irá ter profundas consequências em ambos os continentes.

  • Consultas:
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Era_dos_Descobrimentos
  • //pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo

II.4.4 - Século XVIII – Absolutismo, mercantilismo e revoluções

O século XVIII foi o último século da Idade Moderna e o primeiro da Idade Contemporânea e ficou conhecido como o Século das Luzes.

As ideias iluministas promovidas na Europa pelos  filósofos espalharam-se pelo mundo e inspiraram revoluções como a Revolução Francesa em 1789.

O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes ,foi um movimento cultural da elite intelectual europeia  que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval.

Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista . Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado.

Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação da tirania e superstição que diziam ser o legado da Idade Média.

Crítica ao Absolutismo e ao mercantilismo

Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela revolução intelectual do Iluminismo.

Com as críticas do iluminismo a centralização monárquica, acabou por se constituir num novo  absolutismo, desta vez esclarecido e progressista, fundado numa ordem política expressa na constituição do Estado moderno e na existência de uma nova entidade coletiva que, a partir de agora, ia formar a nação.

O rei passa a ser senhor absoluto, símbolo nacional. Ele é quem faz as leis, aplica a justiça, cuida das finanças e estabelece hierarquia de funcionários; enfim, ele é a fonte de todos os poderes.

mercantilismo, doutrina económica típica da época, também foi condenado e novas propostas, mais condizentes com a nova realidade do capitalismo, foram teorizadas.

Os primeiros contestadores do mercantilismo foram os fisiocratas. Para os fisiocratas, a riqueza viria da natureza, ou seja, da agricultura, da mineração e da pecuária. O comércio era considerado uma atividade estéril, já que não passava de uma troca de riquezas.

Os fisiocratas eram contrários à intervenção do Estado na economia que segundo eles seria regida por leis naturais, que deveriam agir livremente. A frase que melhor define o pensamento fisiocrata é: Laissez faire, laissez passer (Deixai fazer, deixai passar).A fisiocracia influenciou pensadores como Adam Smith, pai da economia clássica.

Revolução Industrial

Na parte final dos anos de 1700, a economia baseada na força manual no Reino da Grã-Bretanha começou a ser substituída por outra dominada pela indústria e pelas máquinas. Começou com a mecanização das indústrias têxteis, o desenvolvimento de técnicas avançadas de produção de ferro e o aumento do uso de carvão refinado.

A introdução das máquinas a vapor (abastecidas primeiramente com carvão) e maquinaria bruta (principalmente na manufactura têxtil) deram a base para grandes aumentos na capacidade produtiva inglesa.

A expansão do comércio foi possibilitada com uma verdadeira revolução nos transportes.

De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial.

Reino Unido foi pioneiro no processo da Revolução Industrial por diversos fatores:

  • Pela aplicação de uma política económica liberal desde meados do século XVIII.., que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros.
  • A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo, principais matérias-primas utilizadas neste período.
  • Dispunham de mão-de-obra em abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas.
  • A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-primas e máquinas e contratar empregados.

As mudanças ocorridas na  Grã-Bretanha na agricultura, manufactura e transportes produziram um profundo efeito socioeconómico e cultural, que posteriormente se espalhou por toda a Europa, América do Norte, e depois para todo o mundo num processo que ainda continua: a Industrialização.

Os outros dois movimentos que acompanham a revolução Industrial são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea.

  • Consultas:
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Moderna 

 II.4.5 - Século XIX – Sociedade Industrial

Assiste-se à propagação de ideais e  movimentos revolucionários. As classes médias são influenciadas pelos ideais da  Revolução Francesa. O operariado começou a seguir as ideias socialistas, comunistas e anárquicas. Uma nova onda de revoluções e um grande número de conflitos e guerras de independência marcam este período. Muitos estados europeus tornaram-se monarquias constitucionais. As revoluções liberais levaram à separação do estado com a igreja e à liberdade de culto, originando, em contrapartida, uma crise profunda no clero.

A alta nobreza sofre grandes reveses a nível político, económico e social, ao contrário da burguesia industrial e mercantil, que se fortalece, após as Revoluções Liberais, e depois de vários séculos de luta pela sua afirmação, tem agora o poder por que tanto lutara.

O antigo Terceiro Estado, o povo, conhece algumas melhorias a nível de participação política e de outros direitos, embora economicamente se mantenha subjugado e em más condições de sobrevivência.

O desenvolvimento de máquinas de ferramentas nas duas primeiras décadas do século XIX facilitou a produção de mais máquinas para serem utilizadas em outras indústrias.

Sociedade Industrial

A principal transformação nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população, à medida que novas mercadorias foram sendo produzidas.

Alterou ainda profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas. A população de Londres passou de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho. O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam. As jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência. Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos.

A produção em larga escala e dividida em etapas vai distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores domina apenas uma etapa da produção. Como a produtividade do trabalho aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre 1800 até 1870

 Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana).

  • Consultas:
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Revolução_Industrial
  • //pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Contempor%C3%A2nea
  • //www.infopedia.pt/$revolucoes-liberais

Porque os fenícios se tornaram grandes navegadores e comerciantes?

Em razão dos negócios comerciais, os fenícios desenvolveram técnicas de navegação marítima, tornando-se os maiores navegadores de Antiguidade. Desse modo, comerciavam com grande número de povos e em vários lugares do Mediterrâneo, guardando em segredo as rotas marítimas que descobriam.

O que os fenícios fizeram para crescer comercialmente?

No progresso de suas atividades comerciais, os fenícios tiveram expressivo destaque no desenvolvimento de embarcações que pudessem lhes colocar em contato com as diversas civilizações do mar Mediterrâneo.

O que levou os fenícios ao comércio marítimo?

Por habitarem uma região montanhosa e com poucas terras férteis, os fenícios dedicaram-se à pesca e ao comércio marítimo. As cidades fenícias que mais de desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.

Que fatores contribuíram para que a economia dos povos fenícios fosse voltado para o comércio marítimo?

A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia.

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