Muitas vezes me pego refletindo sobre a condição humana de altruísmo. Até onde os indivíduos conseguem ser humanos, na mais pura acepção do termo? A globalização, que proporcionou uma corrida diária e desenfreada, tornou-nos frios e calculistas; capazes apenas de enxergar o que se encontra a poucos centímetros do nosso próprio nariz.
Fazer o bem deveria ser um dom inato de todos nós. Teríamos nossas atitudes dignas enraizadas em nosso âmago e não nos preocuparíamos apenas em subtrair para nós mesmos os frutos dos nossos anseios. Não haveria necessidade de nos tornarmos Gandhis ou Madres Teresas de Calcutá, mas pelo menos seguirmos o exemplo deles, fazendo um pouquinho a partir do legado deixado.
A inversão de valores é algo pertinente a ser analisado. A juventude moderna, óbvio que uma parte, não tem nenhuma perspectiva de futuro. Acredita que o hoje deve ser “aproveitado sem pudor ou de forma inconsequente”. A tecnologia, que deveria servir como braço de apoio para nossa evolução, por momentos se passa como facilitadora de atos inconvenientes.
Os celulares nas mãos de muitos tornaram-se ferramentas de desaforos e futilidades. A tecnologia é usada para a depreciação do caráter. Quantas vezes soubemos que meninas e meninos trocaram fotos e vídeos deles completamente nus ou mesmo praticando atos libidinosos? Os pais, que não têm controle da situação, perdem seus filhos para um aparelho com inteligência artificial. Estamos sendo dominados.
Dificilmente notamos alguém que usa a mesma ferramenta para a bondade e filantropia. Mas não precisamos parar nesse tema. Ainda que não tivéssemos evoluído tanto nesse quesito tecnológico, mesmo assim a bondade não estaria em primeiro plano.
Não sou referência para ninguém, aliás nem pretendo. Porém, gostaria de deixar meu legado, pois qualquer um de nós tem muito mais do que precisa. Se fizermos um pouquinho, melhoraremos outras vidas. Sigo sempre uma frase atribuída à Madre Teresa de Calcutá: “O que eu faço é uma gota no meio do oceano. Mas sem ela o oceano será menor”. Para refletir!
Miguel Júnior é mestre em Linguística, jornalista e professor universitário
Enquanto estiver vivo, sinta se vivo. Se sentir saudades do que fazia, volte a fazê lo. Não viva de fotografias amareladas Continue, quando todos esperam que desistas. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca se detenha.
„Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.“
— Mahátma Gándhí líder político e religioso indiano 1869 - 1948
You must not lose faith in humanity. Humanity is an ocean; if a few drops of the ocean are dirty, the ocean does not become dirty.
The wit and wisdom of Gandhi - página 30, Gandhi (Mahatma) - Beacon Press, 1951 - 234 páginas
Fé
Biografia: Agnes Gonxha Bojaxhiu, conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de Calcutá, foi uma missionária católica de etnia albanesa, nascida no Império Otomano, na capital da atual República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003.