Os meios de transporte são classificados como: aeroviário, aquaviário e terrestre (ferroviário, rodoviário e dutoviário). Sendo o meio mais rápido, porém, com alto custo. Exemplos de veículos de transporte aéreo são: helicóptero, avião (aeronave), dirigível, balão, etc. É utilizado para transportar cargas e pessoas. No transporte de cargas, pode
ser utilizado por meio de aeronaves especiais ou em conjunto com aeronaves comerciais de passageiros. A entidade reguladora que cuida dos interesses dos usuários do transporte aéreo é a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil e a Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária tem como principal objetivo fiscalizar a
infraestrutura dos aeroportos. Juntas, as entidades precisam fazer valer a lei nº 12462/2011 da Secretaria de Aviação Civil. Sendo um meio mais demorado, porém mais econômico e pode fazer
transporte em grandes volumes e quantidades. Exemplos de veículos de transporte aquaviário são: barco, canoa, hiate, cruzeiro, balsa, cargueiro, etc. Pode ser dividido em marítimos (mares e oceanos), fluviais (rios) e lacustres (lagos). A entidade reguladora dos transportes por água é a ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários e pelos
Portos do Brasil, subdivisão criada pelo Governo Federal. A Convenção de Genebra (1958) definiu os limites aquáticos dos mares e oceanos de cada país. No Brasil, cada uma das 14 Unidades Administrativas Regionais tem jurisdição sobre uma determinada região pré-definida. Leis e decretos referentes ao transporte por água, nº
10233/2001 e 12815/2013. Meio de transporte eficaz para transporte em massa e de custo baixo, porém limitado pelas vias férreas. Exemplos de veículos de transporte ferroviário são:
trem, metrô, locomotivas, vagões, veículos adaptados para trafegar em vias férreas, etc. Nem todo trem pode utilizar qualquer via, existem limitações como tamanho de bitolas diferentes (largura dos trilhos). A entidade regulamentadora do transporte sobre estradas de ferro são a ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre e também uma empresa criada pelo governo para fazer exploração de ferrovias, chamada
VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.. Os órgãos obedecem a lei nº 11772/2008, vinculada ao Ministério dos Transportes. Meio mais utilizado no Brasil. Qualquer transporte feito por ruas, avenidas, estradas, trilhas, etc. é considerado terrestre. Exemplos de veículos de transporte terrestre são: carro, caminhão, ônibus, bicicleta, trator, etc. Fiscalizado pela ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre e a parte de infraestrutura fiscalizada pelo
DNIT – Departamento Nacional de Transportes Terrestres. Meio não explorado no Brasil para transporte de passageiros, mas em fase de testes na Europa. Transporte é feito por meio de tubulações, pela gravidade ou por pressão.
Os dutos podem ser subterrâneos, aéreos, submarinos ou à vista na superfície. Muito utilizado no transporte de gases, óleos, minérios, carbono e outros materiais e produtos. Fiscalizado pela ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre. O transporte é definido pelo deslocamento de pessoas (passageiros) ou objetos (cargas). Como o objetivo do site é tratar do
transporte de passageiros, então o transporte de cargas não será citado quando a palavra “transporte” for mencionada. O deslocamento de pessoas pode ser feito por vários modos, que podem ser classificados em motorizados e não motorizados. Os não motorizados são veículos que usam apenas esforço físico para movimentar-se, seja por meio de homem
ou animal, tais como carroça, patins, roller, skate, patinete, montado em um animal, bicicleta ou até deslocamento a pé, etc. Os motorizados são veículos que usam algum tipo de fonte de energia para movimentar-se, tais como moto, automóvel, ônibus, caminhão, trem, bonde, metrô, etc. Podem ser classificados em três categorias: 1 – privado ou individual; 2 – público coletivo ou de massa; 3 – público exclusivo ou semipúblico. É aquele onde a pessoa tem total liberdade de manipular, seja para ir aonde quiser e o horário que quiser. Carros particulares, bicicletas são exemplos desse tipo de transporte. São veículos que fazem itinerários definidos com horários determinados pela empresa ou algum órgão fiscalizador. São os ônibus, lotações, trens, etc. São veículos de uso público, porém, com mais restrição de passageiros, flexibilidade para itinerários e horários. Ônibus fretados por empresas, táxis, são exemplos desse tipo de transporte. Muitas questões podem ser abordadas para definir o que é a qualidade no transporte urbano. Muitos princípios foram criados para definir essa qualidade, em uma
conclusão geral de estudo, foi apontado os principais tópicos que procuram beneficiar a maior parte dos envolvidos: passageiro, governo e empresários. Definido por como o passageiro chega até o local de embarque, o acesso aos pontos de parada e aos veículos. A qualidade da infraestrutura do caminho casa <-> transporte. Distância medida por tempo entre um veículo e outro
(headway). Tempo de espera no local de embarque. Intervalo de atendimento. Tempo total de viagem de origem e destino do passageiro dentro do veículo. Calculando também a velocidade média da viagem. Relação de tempo de viagem coletivo x carro particular. Quantidade de passageiros no interior do coletivo. Relacionado ao grau de certeza do
passageiro de que o veículo irá passar e que ele chegará no destino. Problemas com viagens não realizadas, atrasos e adiantamentos.Índice da página
1 – Meios de Transporte (Introdução)
1.1 – Transporte aeroviário
1.2 – Transporte aquaviário
1.3 – Transporte terrestre: ferroviário / metroviário
1.4 – Transporte
terrestre: rodoviário
1.5 – Transporte terrestre: dutoviário
2. Transportes Urbanos
3. Modos de Transporte Urbano
3.1 – Transporte privado ou individual
3.2 – Transporte público coletivo ou de massa
3.3 –
Transporte público exclusivo ou semipúblico
4. Fatores essenciais para qualidade no transporte
4.01 – Acessibilidade
4.02 – Frequência de atendimento
4.03 – Tempo de viagem
4.04 – Lotação
4.05 – Confiabilidade
4.06 – Segurança
Acidentes. Atos de violência como assaltos, roubos, agressões, dentro dos veículos e nos locais de espera do coletivo.
4.07 – Características dos veículos
Aparência do veículo, tecnologia oferecida ao passageiro, conforto oferecido. Importante ressaltar que para não para desviar atenção do passageiro do foco principal, que é transportar, com futilidades desnecessárias.
4.08 – Características dos locais de parada
Condições do calçamento, identificações visuais, cobertura adequada (útil e funcional e não para bonito), bancos para sentar. Aparência em geral.
4.09 – Sistema de informações
Informação necessária ao passageiro como dados sobre itinerários e horários, clareza nas informações de número e nome das linhas. Informações e reclamações no sistema de atendimento ao cliente (SAC).
4.10 – Conectividade
Facilidade de deslocamento entre dois pontos quaisquer da cidade. Qualidade das integrações físicas ou tarifárias.
4.11 – Comportamento dos operadores
Referente aos funcionários das empresas, comportamento e profissionalismo.
4.12 – Estado das vias
Pavimentação e qualidade das vias onde o coletivo trafega, sinalizações adequadas.
4.13 – Tarifa
Comparação com outras cidades de mesmo porte.
Fatores de necessidade- Nível dos empresários: rentabilidade do capital, prazo para recuperação do investimento (período de concessão/permissão) e reconhecimento pelo trabalho (imagem da empresa).
- Nível dos trabalhadores: salários e benefícios, jornada de trabalho, local de trabalho, reconhecimento e respeito, integração e motivação e oportunidade de desenvolvimento.
- Nível da comunidade: contaminação do ar, poluição sonora, prejuízo para o trânsito (aglomerações), segurança (acidentes), degradação de espaços públicos (aproveitamento dos locais destinados ao transporte), valor da tarifa, aparência dos ônibus e locais de embarque, situação dos funcionários, cumprimento das leis e a imagem que o serviço passa à população.
- Nível do governo: valor da tarifa, qualidade do serviço (programas de avaliação), eficiência do serviço, situação judicial das empresas, imagem do serviço (nos meios de comunicação), satisfação: dos usuários, da comunidade, dos trabalhadores e dos empresários.
5. Passagem: tipos de integração
Uma integração pode ser considerada pela transferência de um veículo ao outro. De mesma modalidade é chamado de intramodal (exemplo: terrestre para terrestre), de modalidades diferentes é intermodal (exemplo: terrestre para aéreo). No transporte coletivo urbano podem ser feitos dois tipos de integração: a física e a tarifária.
5.1 – Integração física
A integração física envolve uma estrutura de transbordo (ponto de transferência) ou terminal, onde o passageiro desembarca de um veículo e aguarda para embarcar em outro veículo sem pagar pela segunda passagem. Uma ou mais integrações físicas podem ser feitas em um sistema fechado. Estações com pré-embarque também são consideradas integrações físicas.
5.2 – Integração tarifária
A integração tarifária não necessidade de uma estrutura física, ela pode ser feita em qualquer ponto da cidade. Geralmente é gerenciada por um sistema de bilhetagem eletrônica, onde é definido um tempo limite para integração entre um veículo e outro. As integrações podem ser feitos com tarifas menores à passagem normal ou então com total gratuidade.
6. Tipos de linhas
As linhas podem ser definidas, de acordo com o traçado, pelos tipos:
6.1 – Radial
Liga a área central aos bairros (Centro/Bairro).
6.2 – Diametral
Conecta duas regiões passando pelo centro da cidade.
6.3 – Circular
Linhas que formam trajetos circulares, sem passar pelo mesmo local, tendo apenas um sentido e com o ponto final sendo o mesmo inicial.
6.4 – Interbairros/Perimetral
Liga duas ou mais regiões sem passar pela área central.
6.5 – Local
Linha que transita apenas em uma determinada região de perímetro curto.
7. Funções das linhas
As linhas podem seguir as seguintes funções, de acordo com o tipo de sistema adequado:
7.1 – Convencional, Comum ou Paradora
Linhas normais fazendo origem-destino, parando em todos pontos ao longo do itinerário e nenhuma restrição.
7.2 – Troncal ou Interestação
Linha que opera em uma artéria principal da cidade, ligando dois pontos de concentração de demanda. Geralmente ligando centro da cidade ao terminal ou ao centro de uma cidade metropolitana.
7.3 – Alimentadora
Linha que opera recebendo a captação da concentração de demanda e distribuindo na região local. geralmente ligando terminais às regiões próximas.
7.4 – Expressa ou Direta
Linha que faz ligações a dois pontos sem ter pontos de parada ao longo do itinerário.
7.5 – Rápida ou Semidireta
Linha que faz ligações a dois pontos tendo poucos pontos de parada ao longo do itinerário em relação à linha convencional.
7.6 – Especial ou Eventual
Linhas especiais que funcionam apenas em eventos de grandes demandas. Geralmente festas, comemorações, shows, jogos de futebol ou outra convocação especial.
7.7 – Seletivo, Executivo ou Complementar
Linhas com maior flexibilidade no itinerário ou horário, onde podem oferecer serviço diferenciado ao comum. Serviços especiais para portos, aeroportos e outros pontos geradores de viagens.
7.8 – Escolar e/ou Universitária
As linhas escolares e universitárias podem fazer parte do sistema e assim transportar junto qualquer passageiro para qualquer destino ou então podem ser de caráter público exclusivo ou semipúblico, no qual só transporta estudantes e não sendo integrado ao sistema.
7.9 – Corujão ou Madrugadão
Linhas especiais com função de atender um ou mais bairros durante a madrugada.
7.10 – Rural
Linhas com atendimento à comunidade afastada de perímetro urbano. Tráfego em estradas e vias sem pavimentação.
8. Tipos de redes
As redes são definidas pelo tipo de sistema de transporte público que é aplicado na cidade. Existem vários tipos de redes que podem ser implantados em um sistema de transporte coletivo urbano. Muitas vezes um único sistema pode conter várias redes diferentes funcionando em conjunto. É muito importante entender os aspectos de uma cidade, bem como a cultura e os costumes das pessoas que nela vivem. Uma rede é feita para atender a demanda da cidade, suprindo suas necessidades exclusivas e não uma cópia de um sistema de outra cidade. O que funciona em uma cidade pode não funcionar em outra.
8.1 – Rede radial
A mais comum de ser criada. Esse sistema leva todos veículos dos bairros para o centro, em geral as linhas são bairro/centro e centro/bairro. A maior concentração de demanda é situada na região central da cidade. Esse tipo de rede, se mal administrada, pode gerar uma saturação de veículos na área central. Pode ou não contar com integração entre linhas.
8.2 – Rede em malha
Usada para quando a maior concentração não é na região central. As linhas são feitas com intersecções e pontos de integração ou transbordo, sem necessidade de passar pela área central.
8.3 – Rede tronco-alimentador
Construída com terminais de integração e linhas com funções definidas. Um terminal em cada centro de demanda com linhas alimentadoras e linhas troncais e interestações que ligam os terminais e à área central.
8.4 – Rede tipo BRS – Bus Rapid Service
Sistema que trabalha com vias exclusivas, racionalização de linhas, divisão de linhas em pontos de parada e utiliza poucos recursos para implementação.
8.5 – Rede tipo BRT – Bus Rapid Transit
Contempla conjunto de vias exclusivas com pontos de ultrapassagem, estações de pré-embarque, necessita o uso de linhas troncais e alimentadoras e prioridade semafórica.
Um sistema pode ter uma mistura de vários outros (como já dito anteriormente), porém, um sistema não pode ser definido por conter partes de uma rede. Por exemplo, não existe sistema BRT que não contemple os fatores NECESSÁRIOS para que seja um BRT, não é simplesmente criar uma faixa exclusiva e comprar ônibus de modelo BRT sem ter instalado o sistema propriamente dito.
8.6 – Rede tipo BHLS – Bus With High Level of Service
Sistema formado com longas vias de faixas exclusivas, intersecções com prioridade semafórica e acesso direto, com integração tarifária e/ou física. Geralmente usado como uma forma alternativa ao BRT por ter menos custos com infraestrutura. Utiliza do sistema tronco-alimentador como estruturas de linhas.
9. Componentes de redes
Uma série de recursos podem ser adotados para melhoria das redes, trata-se de implantações isoladas, integradas ou complementares ao sistema, infraestrutura ou operação.
9.1 – Terminal
Um terminal pode ser aberto ou fechado. Pode ser localizado em polos geradores de demanda. Para melhor aproveitamento dos terminais, linhas troncais ou interestações são criadas para trazer a demanda de outros polos e as linhas alimentadoras fazem a distribuição da demanda na região.
9.2 – Estações de pré-embarque ou transbordo
Pontos de parada criados ao longo de uma linha troncal ou interestação em que a cobrança de passagem é feita na entrada do ponto de parada e não no veículo. Agiliza o embarque e diminui o tempo de parada do veículo.
9.3 – Faixas exclusivas
São faixas destinadas exclusivamente ao coletivo, sinalizadas na cor azul. As faixas NÃO SÃO CORREDORES, faixas exclusivas não tem barreiras físicas que separam os carros dos coletivos. Podem ou não serem divididas com serviços executivos e táxis.
9.4 – Corredor ou canaleta
Os corredores são pistas exclusivas para o coletivo, porém com barreiras físicas, seja grades, canteiros ou barreiras de concreto que separam os carros dos coletivos.
9.5 – Vias específicas subterrâneas ou aéreas
Elevados feitos para transporte exclusivo de coletivos sobre pneus ou trilhos. Também por baixo da terra ou por cima da água.
9.6 – Escalonamento de linhas
Adotados em locais onde tem fluxo de muitas linhas, significa a divisão das linhas em pontos de paradas diferentes ao longo da mesma via.
9.7 – Ordenadora
Organização da ordem dos coletivos para melhor localização nos pontos de parada em corredores ou faixas exclusivas. Para ver mais detalhes sobre o funcionamento da ordenadora, consultar pelo link.
9.8 – Box ou plataforma de embarque nos terminais
Podem ser divididas em lineares (reto, com ou sem afastamento entre veículos), com plataforma de ângulo (no estilo rodoviária), como dente de serra (com entrada e saída independente) ou como ilhas independentes.
9.9 – Box ou plataforma de embarque nos pontos de paradas
Podem ser divididas em lineares (reto, com ou sem afastamento entre veículos) ou como dente de serra (com entrada e saída independente). Podem estar situadas no centro do corredor com embarque e desembarque no mesmo lado, com plataformas em lados opostos ou em ambos os lados.
10. Sistema viário
Para construção de um sistema viário com faixas ou corredores exclusivos para ônibus, é necessário que a largura de cada faixa tenha entre 3,25 e 3,50m. Casos excepcionais podem admitir 3m. A superlargura de curvas deve ser adotada com base no estudo do tipo de ônibus que circulará nelas, bem como os aclives e declives.
A priorização do coletivo em um sistema viário faz com que a velocidade média de cada viagem aumente e a agilidade do sistema melhore. Também pode ser adotado a prioridade semafórica.
11. Custos para cálculo tarifário
Breve citação dos principais fatores que influenciam o cálculo tarifário: combustível, lubrificantes, custo de rodagem, peças e acessórios, custo de capital (depreciação e remuneração), funcionários, despesas administrativas da empresa e os tributos.
12. Impactos nas implantações dos sistemas
Para implantação de um sistema, é importante analisar os impactos que esse sistema vai gerar na cidade, lembrando que existem pontos positivos e negativos. Os custos associados aos projetos do sistema são o de implantação e o de operação.
12.1 – Meio ambiente
Poluição sonora, poluição atmosférica, poluição visual, vibrações do solo, aumento da matriz energética.
12.2 – Social
Desapropriação ou supervalorização de moradias e terrenos, inviabilização ou desenvolvimento do comércio, aumento de empregos.
Referências
Os textos são referenciados e comprovados conforme pesquisa e ainda estão em processo de atualização e inclusão de novas informações. Essa ainda não é página final. As referências podem ser encontradas na página feita somente para citação, podendo ser acessada pelo link.