Qual o principal objetivo da educação psicomotora?

Introdu��o

    Psicomotricidade � uma ci�ncia que estuda o indiv�duo e suas rela��es com o corpo, consiste em desenvolver os fatores inerentes ao desenvolvimento, favorecendo e ajudando sua expressividade plena, seu principal objetivo � incentivar a pr�tica do movimento em todas as etapas da vida de uma crian�a. Esta abordagem da psicomotricidade na Educa��o Infantil ir� permitir que a crian�a tenha consci�ncia do seu corpo, e as possibilidades de expressar por meio deste.

    Segundo Barreto (2000, p. 32), �O desenvolvimento psicomotor � de suma import�ncia na preven��o de problemas da aprendizagem e na reeduca��o do t�nus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo�.

    As atividades psicomotores a serem trabalhadas na Educa��o Psicomotora: tonicidade, equil�brio, mem�ria corporal, lateralidade, no��o do corpo e estrutura��o espa�o. Portanto, para a psicomotricidade interessa o indiv�duo como um todo, procurando auxiliar se um problema est� no corpo, na �rea da intelig�ncia ou na afetividade.

    A educa��o infantil � a fase da escolaridade que mais tem crescido no Brasil. Isso ocorre pela preocupa��o com a forma��o das crian�as, antes mesmo que atinjam a idade para freq�entar o ensino fundamental, dentre outros motivos. O que acontece nessa fase � marcante para o desenvolvimento da crian�a (KRAMER, 1989, p. 64).

    O que foi proposto � mostrar a import�ncia da psicomotricidade na e para a Educa��o Infantil, tendo por base os estudos de alguns autores que nortearam este estudo, a postura do educador deter o dom�nio de suas experi�ncias, assim como possuir a compreens�o te�rica das mesmas, tendo em vista o exerc�cio adequado da pr�tica psicomotora na Educa��o Infantil, seguindo uma metodologia de estudo bibliogr�fico. Sendo assim, as respostas podem estar mais pr�ximas que se imagina sabendo-se que a educa��o de uma crian�a tem que ser integral buscando desenvolver nela o motor, o afetivo, o social e o seu cognitivo.

    Portanto o desenvolvimento psicomotor requer o aux�lio constante do professor atrav�s da estimula��o; portanto n�o � um trabalho exclusivo do professor de Educa��o F�sica, e sim de todos profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Na Educa��o Infantil, a fun��o primordial do professor n�o � alfabetizar, devendo tamb�m estimular as fun��es psicomotoras necess�rias ao aprendizado formal.

Conceito de Psicomotricidade

    De acordo com Defontaine apud Oliveira (2001, p. 28) a psicomotricidade tem como objetivo desenvolver o aspecto comunicativo do corpo, o que equivale a dar ao indiv�duo a possibilidade de dominar seu corpo, de economizar sua energia, de pensar seus gestos a fim de aumentar-lhes a efic�cia e a est�tica, de completar e aperfei�oar seu equil�brio.

    A Psicomotricidade, oportuniza as crian�as condi��es de desenvolver capacidades b�sicas, aumentando seu potencial motor, utilizando o movimento para atingir aquisi��es mais elaboradas, como as intelectuais, ajudariam a sanar estas dificuldades.

    Segundo Mello (2002, p. 37), existe tr�s formas de utiliza��o destas abordagens entre a Psicomotricidade e a Educa��o F�sica que podem apresentar bastantes semelhan�as.

    Na primeira abordagem h� os que dizem que n�o � poss�vel diminuir o impacto entre o conflito da Psicomotricidade com a Educa��o F�sica, porque h� uma liga��o destas com o modo pr�prio de ver o mundo, portanto o educador deve utilizar apenas uma delas.

    No decorrer de sua hist�ria concep��es apareceram, e paralelamente seus te�ricos vieram a conceituar a psicomotricidade em v�rias vertentes definindo-a respectivamente do seguinte modo:

  • A Psicomotricidade se conceitua como ci�ncia da Sa�de e da Educa��o, pois indiferente das diversas escolas, psicol�gicas, condutistas, evolutistas, gen�ticas, etc. ela visa � representa��o e � express�o motora, atrav�s da utiliza��o ps�quica e mental do indiv�duo (MELLO, 2002).

  • �Psicomotricidade � a ci�ncia de s�ntese, que com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas, que afetam as interrela��es harm�nicas, que constituem a unidade do ser humano e sua conviv�ncia com os demais (MELLO, 2002).

  • �A Psicomotricidade � a otimiza��o corporal dos potenciais neuro, psicocognitivo funcionais, sujeitos as leis de desenvolvimento e matura��o, manifestados pela dimens�o simb�lica corporal pr�pria, original e especial do ser humano� (MELLO, 2002).

    A Psicomotricidade est� relacionada � afetividade e � personalidade, porque o indiv�duo utiliza o seu corpo para mostrar o que sente.

    Segundo Barreto (2000, p. 36), �O desenvolvimento psicomotor � de suma import�ncia na preven��o de problemas da aprendizagem e na reeduca��o do t�nus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo�. (FONSECA, 1988, p. 133).

    A psicomotricidade � atualmente concebida como a integra��o superior da motricidade, produto de uma rela��o intelig�vel entre a crian�a e o meio (LIMA; BARBOSA, 2007).

    A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a forma��o e estrutura��o do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a pr�tica do movimento em todas as etapas da vida de uma crian�a. Por meio das atividades, as crian�as, al�m de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educa��o Infantil. (LIMA; BARBOSA, 2007)

Psicomotricidade e a Educa��o Infantil

    Conforme Referencial Curricular Nacional para Educa��o Infantil (RCNEI) foi desenvolvido para servir de guia de reflex�o sobre conte�dos, objetivos e orienta��es did�ticas escolares. O documento visa � melhoria da qualidade, do cuidado e educa��o para as crian�as de e ainda contribuir para o aperfei�oamento e qualifica��o de seus educadores.

    Nos objetivos gerais que o Referencial Curricular Nacional para Educa��o Infantil estabelece, n�o h� uma refer�ncia expl�cita � educa��o f�sica, mas sim, refer�ncias que dizem respeito ao "corpo" e ao "movimento", tais como:

  • Descobrir e conhecer progressivamente seu pr�prio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando h�bitos de cuidado com a pr�pria sa�de e bem-estar;

  • Brincar, expressando emo��es, sentimento, pensamentos, desejos e necessidades;

  • Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, pl�stica, oral e escrita) ajustadas �s deferentes inten��es e situa��es de comunica��o, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas id�ias, sentimentos, necessidades e desejos e avan�ar no seu processo de constru��o de significados enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva (RCNEF, VOLUME 1, p. 63).

    J� o Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA), regulamentado no Artigo 277 da constitui��o de 1988 e na Lei n�. 8.069, de 13 de julho de 1990, "[...] traz em si uma concep��o da crian�a cidad�, o que significa entender que todas s�o sujeitos de direitos, merecem prote��o integral, porque se encontram em condi��es especiais de desenvolvimento".

    Atualmente a Psicomotricidade possui crescente import�ncia nos trabalhos que se relaciona com o desenvolvimento infantil, tanto na fase pr�-escolar, como depois dela e para entender melhor, Vitor da Fonseca (1988, p. 27) comenta que a "Psicomotricidade" � atualmente concebida como a integra��o superior da motricidade, produto de uma rela��o intelig�vel entre a crian�a e o meio. Na Educa��o Infantil, a crian�a busca experi�ncias em seu pr�prio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal.

    Segundo Barreto (2000, p. 49), �O desenvolvimento psicomotor � de suma import�ncia na preven��o de problemas da aprendizagem e na reeduca��o do t�nus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo�

    A crian�a ao explorar o ambiente, passar por experi�ncias concretas, indispens�veis ao seu desenvolvimento intelectual, e � capaz de tomar consci�ncia de si mesma e do mundo que a cerca. E a educa��o psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as fun��es motoras, perceptivas, afetivas e s�cio motoras.

    E para com isso as atividades f�sicas de car�ter recreativo, s�o as que favorecem a consolida��o de h�bitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptid�o f�sica, a socializa��o, a criatividade; tudo isso visando � forma��o da sua personalidade.

    � de suma import�ncia salientar que o movimento � a primeira manifesta��o na vida do ser humano, pois desde a vida intra-uterina realizamos movimentos com o nosso corpo, no qual v�o se estruturando e exercendo enormes influ�ncias no comportamento.

Educa��o psicomotora na escola

    Segundo Le Boulch (1984, p. 36), �a educa��o psicomotora deve ser considerada como uma educa��o de base na escola prim�ria. Ela condiciona todos os aprendizados pr�-escolares; leva a crian�a a tomar consci�ncia de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espa�o, h� dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coordena��o de seus gestos e movimentos. A educa��o psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseveran�a, permite prevenir inadapta��es dif�ceis de corrigir quando j� estruturadas�.

    Pode-se afirmar, ent�o, que a recrea��o, atrav�s de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equil�brio na vida das pessoas, expresso na intera��o entre o esp�rito e o corpo, a afetividade e a energia, o indiv�duo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano. Isto �, uma pr�tica pedag�gica que visa contribuir para o desenvolvimento integral da crian�a no processo ensino aprendizagem buscando estar sempre condizendo com a realidade dos educandos.

    A partir deste conceito e atrav�s da nossa pr�tica no contexto escolar, considera-se que a psicomotricidade � um instrumento riqu�ssimo que nos auxilia a promover atividades que proporcionam resultados satisfat�rios em situa��es de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Os movimentos expressam o que sentimos, nossos pensamentos e atitudes que muitas vezes est�o arquivadas em nosso inconsciente. Atrav�s da a��o sobre o meio f�sico com o meio social e da intera��o como ambiente social, processa-se o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano. � um processo complexo, em que a combina��o de fatores biol�gicos, psicol�gicos e sociais, produz nele transforma��es qualitativas. Para tanto desenvolvimento envolve aprendizagem de v�rios tipos, expandindo e aprofundando a experi�ncia individual.

    Para uma crian�a agir atrav�s de seus aspectos psicol�gicos, psicomotores, emocionais, cognitivos e sociais, precisa ter um corpo �organizado�. Dessa forma, o educador precisa auxiliar seus alunos no sentido de faz�-los centrarem sua aten��o sobre si mesmos para uma maior interioriza��o do corpo. A interioriza��o � um fator muito importante para que a crian�a possa tomar consci�ncia de seu esquema corporal. Pela interioriza��o, a crian�a volta-se para si mesma, possibilitando uma automatiza��o das primeiras aquisi��es motoras. A crian�a que n�o consegue interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano do desenvolvimento motor como no desenvolvimento intelectual.

Inser��o da Educa��o F�sica na Educa��o Infantil

    De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o de 20 de dezembro de 1996 (Lei 9394) art. 29 �a educa��o infantil, primeira etapa da educa��o b�sica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da crian�a at� 6 anos de idade, em seus aspectos f�sico, psicol�gico, intelectual e social, complementando a a��o da fam�lia e da comunidade�.

    Rabinovich (2007) ressalta que:

    A Educa��o Infantil � a primeira etapa da Educa��o B�sica que visa o desenvolvimento da crian�a de zero a seis anos de idade, tanto no seu aspecto f�sico, ps�quico, intelectual e social, estabelecendo as bases da personalidade humana, da intelig�ncia, da vida emocional e da socializa��o.

    A Educa��o F�sica inserida no contexto da Educa��o Infantil n�o deve ser pensada em um padr�o �escolarizante�, propondo de forma antecipada a assimila��o dos conte�dos com base na prepara��o das crian�as para o ingresso no ensino fundamental, mas sim, permitir que essas crian�as de 0 a 6 anos desempenhem um papel de suma import�ncia em seus movimentos, respeitando os seus interesses, capacidades, bem como, as suas necessidades.

    Os estudos de Say�o (2002, p. 59) esclarecem que:

    Numa perspectiva de Educa��o Infantil que considera a crian�a como sujeito social que possui m�ltiplas dimens�es, as quais precisam ser evidenciadas nos espa�os educativos voltados para a inf�ncia, as atividades ou os objetos de trabalho n�o deveriam ser compartimentados em fun��es e/ou especializa��es profissionais. Entretanto, a quest�o n�o est� no fato de v�rios profissionais atuarem no curr�culo da Educa��o Infantil. O problema est� nas concep��es de trabalho pedag�gico desses profissionais que, geralmente fragmentam as fun��es de uns e de outros se isolando em seus pr�prios campos. �[...] Portanto, n�o se trata de atribuir fun��es espec�ficas para um ou outro profissional e designar �hora para a brincadeira�, �hora para a intera��o� e �hora para linguagens��. O professor de Educa��o F�sica deve ser mais um adulto com quem as crian�as estabelecem intera��es na escola. No entanto, s� se justifica a necessidade de um profissional dessa �rea na Educa��o Infantil se as propostas educativas que dizem respeito ao corpo e ao movimento estiverem plenamente integradas ao projeto da institui��o, de forma que o trabalho dos adultos envolvidos se complete e se amplie visando possibilitar cada vez mais experi�ncias inovadoras.

    Assim, a Educa��o F�sica na Educa��o Infantil pode se configurar como um espa�o em que a crian�a brinque com a linguagem corporal, com o corpo e com o movimento. As atividades aplicadas para a educa��o b�sica devem ter em vista, a dimens�o l�dica como elemento essencial para a a��o educativa na inf�ncia.

Aplica��o da Psicomotricidade nas aulas de Educa��o F�sica na Educa��o Infantil

    Quando se defende a rela��o entre Educa��o F�sica e Psicomotricidade e considerando os elementos da motricidade humana de forma geral, pensa-se num processo de aprendizagem que possibilite concretamente a rela��o entre os v�rios aspectos do desenvolvimento humano, englobando o motor, intelectual, afetivo e o social da crian�a e os estudos atuais demonstram o quanto � rela��o entre esses elementos � inevit�vel quando o ser humano encontra-se em atividade, em movimento e estabelecendo rela��es sociais.

    De acordo com Assun��o & Coelho (1997, p 108) a psicomotricidade integra v�rias t�cnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas partes), relacionando-o com a afetividade, o pensamento e o n�vel de intelig�ncia. Ela enfoca a unidade da educa��o dos movimentos, ao mesmo tempo em que colocam em jogo as fun��es intelectuais. As primeiras evid�ncias de um desenvolvimento mental normal de um indiv�duo s�o eminentemente manifesta��es de car�ter motor.

    Sobre o conceito de psicomotricidade, Otoni (2007, p. 1) fala que:

    A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade a conceitua como sendo uma ci�ncia que estuda o homem atrav�s do seu movimento nas diversas rela��es, tendo como objeto de estudo o corpo e a sua express�o din�mica. A Psicomotricidade se d� a partir da articula��o movimento/ corpo/ rela��o. Diante do somat�rio de for�as que atuam no corpo - choros, medos, alegrias, tristezas, etc. - a crian�a estrutura suas marcas, buscando qualificar seus afetos e elaborar as suas id�ias. Constituindo-se como pessoa.

    Assim sendo, percebe-se que a psicomotricidade � uma ci�ncia fundamental no desenvolvimento da crian�a, em que a mesma deve ser estimulada sempre para que se possa ter uma forma��o integral, uma vez que o movimento para a crian�a significa muito mais que mexer com o corpo: � uma forma de express�o e socializa��o de id�ias, ou at� mesmo a oportunidade de desabafar, de soltar as suas emo��es, vivenciar sensa��es e descobrir o mundo.

    O desenvolvimento psicomotor requer o aux�lio constante do professor atrav�s da estimula��o; portanto n�o � um trabalho exclusivo do professor de Educa��o F�sica, e sim de todos profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Na Educa��o Infantil, a fun��o primordial do professor n�o � alfabetizar, devendo tamb�m estimular as fun��es psicomotoras necess�rias ao aprendizado formal. Os principais aspectos a serem destacados s�o: esquema corporal, lateralidade, organiza��o espacial e estrutura��o temporal. Al�m desses aspectos citados, � importante trabalhar as percep��es e atividades pr�-escritas.

    Um esquema corporal mal constitu�do resultar� em uma crian�a que n�o coordena bem seus movimentos, veste-se ou despe-se com lentid�o, as habilidades manuais lhe s�o dif�ceis, a caligrafia � feia, sua leitura � inexpressiva, n�o harmoniosa (MORAIS, 2002).

    Quando a lateralidade de uma crian�a n�o est� bem estabelecida, a mesma demonstra problemas de ordem espacial, n�o percebe a diferen�a entre seu lado dominante e o outro, n�o aprende a utilizar corretamente os termos direita e esquerda, apresenta dificuldade em seguir a dire��o gr�fica da leitura e da escrita, n�o consegue reconhecer a ordem em um quadro, entre outros transtornos (MORAIS, 2002).

    Uma crian�a com a estrutura��o temporal pouco desenvolvida pode n�o perceber intervalos de tempo, n�o percebe o antes e o depois, n�o prev� o tempo que gastar� para realizar uma atividade, demorando muito tempo nela e deixando, portanto, de realizar outras. Partindo da concep��o que a psicomotricidade na Educa��o Infantil � importante, devemos valoriz�-la e trabalhar com as crian�as no sentido de efetivar o seu verdadeiro significado.

    Conforme Assis, Jobim (2008), a psicomotricidade � a capacidade ps�quica de realizar movimentos, n�o se tratando da rela��o do movimento propriamente dito, mas sim da atividade ps�quica que transforma a imagem para a a��o em est�mulos para os procedimentos musculares adequados.

Discuss�o

    Os estudos apontaram que, ao longo da hist�ria, as crian�as brincaram conforme as condi��es e objetivos de cada �poca. Sendo que a brincadeira � uma realidade cotidiana na vida das crian�as, fica cada vez mais importante estabelec�-la na escola, desde a Educa��o Infantil, pois este � um lugar de descobertas e de amplia��o das experi�ncias individuais, culturais, sociais e educativas, na qual a crian�a est� inserida, em um ambiente distinto dos da fam�lia. Desta forma, a Educa��o F�sica tem um papel fundamental na Educa��o Infantil, seja por proporcionar as crian�as uma diversidade de experi�ncias atrav�s de situa��es nas quais elas possam criar, inventar, descobrir brincadeiras novas.

    Faz-se necess�rio salientar que o professor de Educa��o F�sica introduzido na Educa��o Infantil tem um papel de criar oportunidades para que a brincadeira aconte�a de uma maneira sempre educativa. E para que isso aconte�a, o professor deve participar, intervir e observar juntamente com as crian�as nas brincadeiras. Assim, quando a crian�a brinca nas aulas dessa disciplina, a mesma desenvolve diversas �reas do conhecimento, al�m de se exercitar fisicamente, aprimora as habilidades motoras, assimila comportamento, bem como, valores.

    Todavia, no ato de brincar a mesma viabiliza a constru��o do conhecimento de maneira prazerosa, garantindo a motiva��o necess�ria para uma boa aprendizagem juntamente com a psicomotricidade porque esta favorece � crian�a, uma rela��o consigo mesmo, com o outro e com mundo que o cerca, possibilitando um melhor conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades. Est� associada � afetividade porque favorece sua autoimagem positiva, valorizando suas possibilidades de a��o e crescimento � medida que desenvolve seu processo de socializa��o e interage com o grupo independente de classe social, sexo ou etnia. Ao cognitivo porque atrav�s das descobertas e resolu��es de situa��es, ele constr�i conceitos e no��es.

    Enfrentando desafios e trocando experi�ncias com os colegas e adultos, ele desenvolve seu pensamento. Ao psicomotor porque atrav�s da expans�o de seus movimentos, da explora��o de seu corpo e do meio a sua volta. Realizando atividades que envolva esquema e imagem corporal, lateralidade, rela��es temporais e espaciais.

Conclus�o

    Tendo em vista que a psicomotricidade valoriza no ser a capacidade de experimentar sentimentos e emo��es atrav�s dos movimentos de seu pr�prio corpo, a Educa��o F�sica associada a a��es psicomotoras possibilita um desenvolvimento global atrav�s do movimento corporal consciente, que sente, pensa e age em diferentes situa��es, sendo este um ser humano aut�nomo em suas realiza��es.

    Sendo assim, pode-se dizer que a Educa��o F�sica possui um impacto positivo no pensamento, no conhecimento e a��o, nos dom�nios cognitivos, afetivos e sociais, ou seja, na vida do ser humano como um todo. Entretanto � importante afirmar que o indiv�duo plenamente desenvolvido a partir do movimento consegue construir uma vida ativa, saud�vel e produtiva, criando uma integra��o segura e adequada e de desenvolvimento harm�nico entre corpo, mente e esp�rito.

    � importante ressaltar a import�ncia da Educa��o F�sica enquanto componente curricular para educar, socializar e interagir as crian�as de forma que eles percebam e valorizem a atividade f�sica como o melhor meio de adquirir e preservar a sa�de mental, f�sica e social.

Refer�ncias bibliogr�ficas

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  • KRAMER, Sonia; et al. Com a Pr�-escola nas M�os. Uma alternativa curricular para a educa��o infantil. Rio de Janeiro: �tica, 1989.

  • LE BOULCH, Jean. O Desenvolvimento Psicomotor (do nascimento at� os 6 anos). Tradu��o de Ana Guardrola Brizolara. Porto Alegre: Artes M�dicas, 1982.

  • LIMA, A.S.; BARBOSA. S.B. �Psicomotricidade na Educa��o Infantil � desenvolvendo capacidades�. 2007. Dispon�vel em: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/neurology/1618291-desenvolvimento-infantil-psicomotricidade/ Acesso em: 8 set. 2012.

  • MELLO, Alexandre Moraes de. Psicomotricidade: Educa��o F�sica: Jogos Infantis. 4� edi��o. Ibrasa, 2002.

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  • OTONI, B.B.V. �A Psicomotricidade na Educa��o Infantil�. 2007. Dispon�vel em: http://www.psicomotricidade.com.br/artigos-psicomotricidade_educacao.htm> Acesso em: 8 out. 2012.

  • RABINOVICH, Shelly Blecher. O espa�o do movimento na Educa��o Infantil: forma��o e experi�ncia profissional. S�o Paulo: Phorte, 2007.

  • SAY�O, D. T. Corpo e Movimento: Notas para problematizar algumas quest�es relacionadas � Educa��o Infantil e � Educa��o F�sica, Revista Brasileira de Ci�ncias do Esporte, Campinas, Col�gio Brasileiro de Ci�ncias do Esporte, v. 23, n. 2, p. 55-67, jan. 2002.

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Qual o principal objetivo da educação psicomotora?

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Qual é o objetivo principal da educação psicomotora?

A Educação Psicomotora tem como objetivo estimular o desenvolvimento da criança em seus aspectos motores, cognitivos e socioafetivos.

Quais são os três objetivos da prática psicomotora?

Para tanto, a prática psicomotora possui três objetivos fundamentais considerados por Valdés Arriagada e Rodríguez Torres como indispensáveis na educação. São eles: A) Inteligência – criatividade – afetividade. B) Memória – afetividade - desenvolvimento da operatividade.

Qual o ponto principal da psicomotricidade?

A psicomotricidade é sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Sendo estruturada por três pilares: o querer fazer (emocional) – sistema límbico, o poder fazer (motor) – sistema reticular e o saber fazer (cognitivo) – córtex cerebral.

Qual o fator principal da educação psicomotora ou da psicomotricidade?

A psicomotricidade envolve atividades físicas que estimulam a consciência corporal. Seja para que as crianças aprendam a situar-se no espaço,ou para desenvolver a coordenação dos seus movimentos. É importante notar que a movimentação é fator que favorece o aprendizado infantil.